HÁ ALGO DE PODRE NO REINO DA DINAMARCA
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Está em curso, em Copenhague, a capital da Dinamarca, a maior conferência climática da história, com 20 mil delegados de 192 países, gerando expectativa enorme e uma bela lista de impasses. No país nórdico encontram-se ambientalistas, políticos, cientistas, imprensa, turistas, curiosos, cada qual com seu posicionamento e interesse. E nós, como nos inserimos nessa questão? Aquecimento global, mudanças climáticas, poluição, energia, água, lixo, consumo estão na nossa agenda diária de preocupações? Ou isso quem resolve é o governo e a sociedade não têm nada a ver com a iminência de uma catástrofe de proporções inimagináveis? Afinal, o que se discute em Copenhague?
A polêmica maior está nas metas de redução de gases-estufa e na falta de recursos financeiros para que os países mais pobres se adaptem aos efeitos da mudança do clima e criem economias mais limpas. Cada nação apresenta uma meta de redução das emissões de gases que, no conjunto, apresenta-se desigual, levando em conta pontos de partida diferentes e uma matemática de emissões pouco transparente. E o maior problema é que essas metas muito abaixo do que os cientistas avisam ser necessário para evitar o aquecimento excessivo da Terra.
Os Estados Unidos falam em cortes de emissão de 17% em 2020 em relação a 2005. A União Européia promete 20% em 2020 em comparação a 1990 e 30% se os EUA e a China pactuarem igual meta. Outro ponto de atrito no mundo dos ricos é que a meta dos EUA não cobre todos os setores de sua economia - a agricultura, por exemplo, está de fora. Nas grandes economias emergentes também há uma diversidade de percentuais.
Brasil, China e Índia anunciaram suas propostas de redução de gases-estufa, o que faz com que suas delegações cheguem fortalecidas a Copenhague. O Brasil promete de 38% a 42% de corte na tendência crescente de emissões até 2020. Isso significa 15% de redução, em 2020, em relação aos níveis de emissão de gases-estufa de 2005, diminuindo radicalmente o desmatamento na Amazônia (80%) e no Cerrado (40%).
China e Índia estabeleceram outro parâmetro. Os chineses prometem 40% a 45% de corte na intensidade de emissões em 2020 em relação a 2005, patamar insuficiente para o planeta, segundo os especialistas. A Índia anunciou uma redução na intensidade de carbono (uma medida que relaciona a emissão de gases-estufa por unidade de PIB) de 20% a 25% em 2020 sobre os níveis de 2005. Já pelos industrializados, a maior promessa é a da Noruega, de 40%.
Mas, todas as metas, em conjunto, são muito inferiores ao que os cientistas avaliam ser necessário para combater as mudanças climáticas. Segundo o relatório do IPCC, o órgão científico da ONU, divulgado em 2007, a redução de gases-estufa feita pelos países ricos deveria ser de 25% a 40% entre 2013 e 2020. As atuais propostas indicam redução entre 10 e 24%.
Toda essa parafernália de números e promessas nos fazem chegar a uma conclusão óbvia - nenhum país quer abrir mão de seu processo de desenvolvimento em nome de um possível cataclisma que, sabe-se lá, quando vai acontecer...É revoltante verificar que a competição econômica, a dancinha das cadeiras do poder é mais importante do que a preservação da vida na Terra!
E não é por falta de aviso. Há anos que o planeta manda telegramas, cartas, e-mails e toda sorte de informação comunicando que o equilíbrio está por um fio – geleiras se desprendem da calota polar; secas e enchentes se multiplicam; furacões, ciclones e tornados acontecem em locais antes improváveis, causando devastação e morte; frio e calor congelam e torram a natureza e o homem. E não são interpretados como aviso?
Definitivamente, haverá algo de podre no reino da Dinamarca nestes dias de dezembro se as autoridades responsáveis pelo destino da Terra não chegarem a um consenso mínimo que permita um novo recomeço.
E nós, indivíduos, gente, povo, sociedade, inquilinos deste planeta ainda azul, temos consciência do perigo que nos espreita e dos bilhetes desesperados por mudança que ele escreve sem parar? Além do alerta que vem de cima, pelo estrago diário que cometemos, devemos lembrar que, além do problema ecológico, aqui, no Brasil, temos um problema sanitário; nossa verdadeira tragédia ambiental é o fato de que 50% da população não dispõe de rede de esgotos ou de que dois terços dos esgotos são lançados nos rios sem tratamento nenhum. Na Amazônia, onde há o maior volume de água doce do mundo, a maioria da população não tem água decente para beber. Nas área pobres das cidades, o lixo não é coletado - acaba em rios, represas ou na rua. A questão ecológica real, no Brasil, chama-se pobreza."
Mas o governo brasileiro prefere gastar milhões para assegurar que o filme Lula, o Filho do Brasil, seja assistido por toda a população mais pobre do país, garantindo-lhe o essencial - pão, circo e voto, bem melhor do que água encanada e esgoto. Afinal, obra enterrada não aparece, nem elege ninguém... O tempo, o vento, o apagão, o desmatamento da Amazônia, isso a gente discute na Dinamarca, bem longe, para não atrapalhar o lançamento do filme...
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Nivia Andres, jornalista, graduada em Comunicação Social e Letras pela UFSM, especialista em Educação Política. Atuou, por muitos anos, na gestão de empresa familiar, na área de comércio. De 1993 a 1996 foi chefe de gabinete do Prefeito de Santiago, Rio Grande do Sul. Especificamente, na área de comunicação, como Assessora de Comunicação na Prefeitura Municipal, na Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACIS), no Centro Empresarial de Santiago (CES) e na Felice Automóveis. Na área de jornalismo impresso atuou no jornal Folha Regional (2001-06) e, mais recentemente, na Folha de Santiago, até março de 2008.
Blog: http://niviaandres.blogspot.com/
A polêmica maior está nas metas de redução de gases-estufa e na falta de recursos financeiros para que os países mais pobres se adaptem aos efeitos da mudança do clima e criem economias mais limpas. Cada nação apresenta uma meta de redução das emissões de gases que, no conjunto, apresenta-se desigual, levando em conta pontos de partida diferentes e uma matemática de emissões pouco transparente. E o maior problema é que essas metas muito abaixo do que os cientistas avisam ser necessário para evitar o aquecimento excessivo da Terra.
Os Estados Unidos falam em cortes de emissão de 17% em 2020 em relação a 2005. A União Européia promete 20% em 2020 em comparação a 1990 e 30% se os EUA e a China pactuarem igual meta. Outro ponto de atrito no mundo dos ricos é que a meta dos EUA não cobre todos os setores de sua economia - a agricultura, por exemplo, está de fora. Nas grandes economias emergentes também há uma diversidade de percentuais.
Brasil, China e Índia anunciaram suas propostas de redução de gases-estufa, o que faz com que suas delegações cheguem fortalecidas a Copenhague. O Brasil promete de 38% a 42% de corte na tendência crescente de emissões até 2020. Isso significa 15% de redução, em 2020, em relação aos níveis de emissão de gases-estufa de 2005, diminuindo radicalmente o desmatamento na Amazônia (80%) e no Cerrado (40%).
China e Índia estabeleceram outro parâmetro. Os chineses prometem 40% a 45% de corte na intensidade de emissões em 2020 em relação a 2005, patamar insuficiente para o planeta, segundo os especialistas. A Índia anunciou uma redução na intensidade de carbono (uma medida que relaciona a emissão de gases-estufa por unidade de PIB) de 20% a 25% em 2020 sobre os níveis de 2005. Já pelos industrializados, a maior promessa é a da Noruega, de 40%.
Mas, todas as metas, em conjunto, são muito inferiores ao que os cientistas avaliam ser necessário para combater as mudanças climáticas. Segundo o relatório do IPCC, o órgão científico da ONU, divulgado em 2007, a redução de gases-estufa feita pelos países ricos deveria ser de 25% a 40% entre 2013 e 2020. As atuais propostas indicam redução entre 10 e 24%.
Toda essa parafernália de números e promessas nos fazem chegar a uma conclusão óbvia - nenhum país quer abrir mão de seu processo de desenvolvimento em nome de um possível cataclisma que, sabe-se lá, quando vai acontecer...É revoltante verificar que a competição econômica, a dancinha das cadeiras do poder é mais importante do que a preservação da vida na Terra!
E não é por falta de aviso. Há anos que o planeta manda telegramas, cartas, e-mails e toda sorte de informação comunicando que o equilíbrio está por um fio – geleiras se desprendem da calota polar; secas e enchentes se multiplicam; furacões, ciclones e tornados acontecem em locais antes improváveis, causando devastação e morte; frio e calor congelam e torram a natureza e o homem. E não são interpretados como aviso?
Definitivamente, haverá algo de podre no reino da Dinamarca nestes dias de dezembro se as autoridades responsáveis pelo destino da Terra não chegarem a um consenso mínimo que permita um novo recomeço.
E nós, indivíduos, gente, povo, sociedade, inquilinos deste planeta ainda azul, temos consciência do perigo que nos espreita e dos bilhetes desesperados por mudança que ele escreve sem parar? Além do alerta que vem de cima, pelo estrago diário que cometemos, devemos lembrar que, além do problema ecológico, aqui, no Brasil, temos um problema sanitário; nossa verdadeira tragédia ambiental é o fato de que 50% da população não dispõe de rede de esgotos ou de que dois terços dos esgotos são lançados nos rios sem tratamento nenhum. Na Amazônia, onde há o maior volume de água doce do mundo, a maioria da população não tem água decente para beber. Nas área pobres das cidades, o lixo não é coletado - acaba em rios, represas ou na rua. A questão ecológica real, no Brasil, chama-se pobreza."
Mas o governo brasileiro prefere gastar milhões para assegurar que o filme Lula, o Filho do Brasil, seja assistido por toda a população mais pobre do país, garantindo-lhe o essencial - pão, circo e voto, bem melhor do que água encanada e esgoto. Afinal, obra enterrada não aparece, nem elege ninguém... O tempo, o vento, o apagão, o desmatamento da Amazônia, isso a gente discute na Dinamarca, bem longe, para não atrapalhar o lançamento do filme...
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Nivia Andres, jornalista, graduada em Comunicação Social e Letras pela UFSM, especialista em Educação Política. Atuou, por muitos anos, na gestão de empresa familiar, na área de comércio. De 1993 a 1996 foi chefe de gabinete do Prefeito de Santiago, Rio Grande do Sul. Especificamente, na área de comunicação, como Assessora de Comunicação na Prefeitura Municipal, na Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACIS), no Centro Empresarial de Santiago (CES) e na Felice Automóveis. Na área de jornalismo impresso atuou no jornal Folha Regional (2001-06) e, mais recentemente, na Folha de Santiago, até março de 2008.
Blog: http://niviaandres.blogspot.com/
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Bom dia, amigos e amigas!
ResponderExcluirA expressão grafada no título do texto evoca a célebre frase de Hamlet, príncipe da Dinamarca, imortalizada no texto de William Shakespeare, a que recorremos quando queremos expressar suspeita de que algo não vai bem.
E, de fato, nesse caso, é mais que suspeita...Algo não vai bem no planeta e por nossa própria culpa e responsabilidade. Discute-se, na Dinamarca, agora, alternativas para a salvação da Terra, ameaçada pela produção excessiva dos gases que provocam o efeito-estufa e produzem aquecimento capaz de provocar fenômenos climáticos que afetam a vida, sob todas as suas formas.
O que temos observado, acompanhando as discussões, conforme se demonstra no texto, é que há promessas e promessas da diminuição gradual das emissões, porém não há consenso e nem haverá enquanto a sede de poder e de desenvolvimento a qualquer custo dominar a mesa das negociações.
E nós, que habitamos o planeta, o que pensamos e o que fazemos a esse respeito? Nos interessamos em, ao menos, debatê-lo? Está na nossa agenda diária ou isso deixamos para o governo resolver?
Esta é a proposta de hoje. Vamos discuti-la?
Olá Nivia
ResponderExcluirExcelente abordagem. Um assunto que está nas primeiras páginas dos jornais e revistas além dos noticiários de todo o mundo.
Entretanto, o ser humano, apesar de estar sofrendo com as conseqüências da ação destrutiva do meio ambiente, nada ou pouco sabe sobre o assunto.
Eu mesmo fiz uma pesquisa particular sobre o problema. E pasmem! Respostas evasivas ou nenhum conhecimento sobre a importante reunião na Dinamarca.
O que são apresentados nessa reunião são apenas números e nada mais como você bem disse. Ações positivas, nenhuma!
Se a humanidade agisse com racionalidade, os recursos naturais disponíveis proporcionados pela natureza seriam praticamente inesgotáveis.
Não devemos nos esquecer que existe uma lei natural que rege todas as nossas ações – a lei de causa e efeito –. Infelizmente, a ganância aliada ao egoísmo poderá levar esta nossa pátria planetária ao caos.
Se a humanidade se unisse em torno do bem estar geral. A coisa poderia ser de outra forma.
Alguns milhares de ativistas lutam em Copenhagen para forçar os governos a tomarem medidas justas. E o resto do mundo? Afinal somos mais de seis bilhões de pessoas viajando no mesmo barco.
A mesma fórmula pode ser usada para conter os desmandos corruptivos aqui no Brasil.
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlha, Nivia, sinceramente, não acredito no sucesso dessa conferência. Isto porque as 17 nações, detentoras do maior poder econômico mundial, responsáveis por quase todas as emissões de gases, pouco se sensibilizam para alterar suas estruturas de produção a curto e médio prazos. Daí o clima de pessimismo sob o qual a conferência foi instalada. Na cúpula do clima, a divisão do seu plenário ocorre entre partidários do verde e da elevação da temperatura.
ResponderExcluirAs emissões globais, de acordo com o que li em revistas e jornais e também na Internet, são estimadas em 47 bilhões de toneladas de gases-estufa, por ano, podendo chegar a 58 bilhões em 2020. O acordo para sua redução, buscado agora, esbarra nas implicações negativas provocadas no ritmo de desenvolvimento de cada país. Poucos se dispõem ao sacrifício no crescimento em favor da sobrevivência futura. Mais ainda. O sucesso de Copenhague dependerá, especialmente, das posições dos Estados Unidos da América e da China, então...De olhos neles!
Um forte abraço a todos...
Edward de Souza
Bom dia, Nivia, tudo bem?
ResponderExcluirOlha, sou pessimista quanto a essa conferência climática que acontece em Copenhague, até porque os interesses das grandes potenciais são outros. Não vão querer diminuir sua produção, principalmente a China, que hoje invade nossas casas com produtos baratos, de péssima qualidade visando dominar o comércio mundial.
Em uma sociedade marcada pelo consumismo, por vezes exagerado, a briga das empresas para ver quem produz objetos melhores e em maior quantidade não cessa e a produção de dióxido de carbono, principal responsável pelos danos ambientais, aumenta.
Por isso, Nivia, precisamos fazer nossa parte sem se importar com as decisões que serão tomadas lá no fim do mundo para tentarmos impedir o aquecimento global, causado pelo efeito estufa, agravado pela emissão de poluentes das fábricas, veículos, entre outros. Nós, consumidores, podemos ajudar a reduzir os prejuízos à natureza através de simples decisões no momento da compra ou atitudes no dia-a-dia.
Outro grave problema, principalmente aqui no Brasil é o desmatamento de florestas. Somos o quarto País que mais contribui para o aumento do efeito estufa no mundo. Certamente isso será discutido, ou já foi, em Copenhague. Nosso Presidente deve apresentar medidas para conter esse avanço exagerado da derrubada de nossas florestas, principalmente na Amazônia. Mas, seriam essas promessas cumpridas? Dificil de se acreditar! Vamos fazer nossa parte, antes que seja muito tarde.
Beijos, parabéns pelo artigo postado hoje...
Liliana Diniz - Santo André - SP.
Preservar o meio ambiente é caro, reduz as margens de lucro. Quais empresas, principalmente as grandes corporações, iriam querer cuidar do meio ambiente, o planeta, para se preocupar com os problemas sérios que isso gera? Iriam esses líderes das grandes potencias mostrar preocupação com o nosso planeta? Se o mundo corre o risco de sofrer sérios aumentos em sua temperatura? Ou se o aumento do nível dos oceanos por causa das chuvas incessantes podem descongelar as calotas polares ocasionando a morte dos animais marinhos? Nem pensar... O que fala mais alto é o vil metal e a humanidade que se dane! Como disse a Liliana, façamos nossa parte!
ResponderExcluirBeijos,
Gabriela - Cásper Líbero - SP.
Parabéns Nivia Andres! Concordo com todos os comentários acima e também não acredito em solução. Todavia, acho que a discussão é melhor do que nada. Amigo-irmão Edward, esqueceu da minha modesta crônica sobre as chuvas? Teria colado bem com esse brilhante relato da Nivia, ainda que sem a mesma qualidade de pesquisa e detalhamento. Quanto aos investimentos safados com dinheiro público, também concordo. Governo, de municipal a federal, deveria ser proibido de investir em publicidade. Os canalhas precisam apenas cumprir suas obrigações e não alardear obras que fazem com nosso dinheiro.
ResponderExcluirAbraços!
Milton Saldanha
Olá Milton...
ResponderExcluirNão esqueci de forma alguma sua matéria sobre as chuvas. Nem me lembrei que ela poderia ter sido acoplada a essa da Nivia. Mas, como deve chover novamente em São Paulo e novas tragédias (infelizmente) acontecerem, pensei em esperar alguns dias, ou, quem sabe, algumas horas para postá-la. Falha minha, caro amigo, mas vamos reaproveitá-la nessa sequência.
Sabe o que você me fez recordar, Milton? Os finais de ano nas redações de jornais. Todo mundo em clima de festa e ninguém querendo saber de mais nada. Então surgiu a velha história da retrospectiva. Um editor esperto meteu a tesoura nas matérias do ano todo e enfiou nas páginas para enganar os leitores. E pode ler os jornais desse final de ano, a mesma coisa. Gillete Press nas notícias do ano todo e o pobre leitor que se lixe.
É o caso da sua matéria. Nunca será descartada. Só esperar cair um toró em São Paulo, se é que não está caindo e mandar bala. Está atualizada sempre, enquanto São Paulo existir e São Pedro continuar abrindo as comportas. A diferença é que sua matéria é inédita e as do Gillete Press, velhíssimas.
Aliás, porque Gillete? Ninguém pronuncia lâmina, não é engraçado? Adams Gillete foi o inventor da lâmina de barbear e o nome "pegou". Assim como esponja de aço virou Bom Bril e muitas outras assumiram o nome do seu inventor.
Forte abraço...
Edward de Souza
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá Nivia, a preocupação do que vai acontecer com o planeta daqui algumas décadas não é de hoje. A questão das mudanças climáticas foi citada pelos governantes e especialistas como sendo um dos principais desafios das megacidades. O estudo foi feito em 2007 e, de lá pra cá, o que observamos de mudanças de postura diante deste problema? Alguém sabe me dizer?
ResponderExcluirBjos, parabéns pelo texto!
Larissa - Metodista - S.Bernardo
Foge do tema do dia, mas a lembrança do Edward sobre a Gillete é interessante. O maior fenômeno de marketing de todos os tempos. Chiclete também, que é marca, virou definição de goma de mascar. Assim como ladrão já virou sinônimo de político. Trouxa deveria virar sinônimo de eleitor.
ResponderExcluirAbraços!
Milton Saldanha
Como será o mundo em 2040 se não agirmos agora contra o aquecimento global? O filme “The Age of Stupid” (A Era da Estupidez), da diretora Franny Armstrong, aborda esta temática. O ator Pete Postlethwaite, indicado, interpreta o último habitante da Terra, que guarda os vestígios que restaram da humanidade, enquanto se pergunta por que não fomos capazes de conter as mudanças climáticas a tempo.
ResponderExcluirO filme foi exibido em cinemas do mundo inteiro, porém sua principal exibição acontece nesse encontro que se realiza em Copenhague, onde representantes de países do mundo inteiro estão reunidos para tratar sobre o novo acordo climático. No final dessa conferência, Nivia, iremos saber se esse filme servirá como profecia ou não passou de uma ficção.
Beijos a todos...
Bruna - Universidade Federal de Juiz de Fora/MG
Creio que a populaçao mundial deveria exigir dos seus dirigentes ações mais concretas contra o aquecimento global, afinal foram eleitos para representar a vontade do povo. Também um abaixo assinado mundial via net e boicote a produtos de países que poluem em demasia. Só sentindo no bolso eles tomarão uma atitude. É preciso a união do povo, o grito da massa para mexer com esses governantes insensíveis que só pensam no vil metal... Antes que seja muito tarde!
ResponderExcluirRafael Gustavo - Franca - S. Paulo
Meus cumprimentos a todos deste blog...
ResponderExcluirOs políticos de todos os países poluidores persistem em ignorar os malefícios causados pelo CO2. U.S.A. e China são os maiores devastadores da camada de ozônio e continuam emitindo gases poluentes. Precisam urgentemente diminuir estes índices, não só prometer isso lá em Copenhague. Precisam cumprir com a promessa.
O Brasil, por outro lado, devastou demais a Amazônia, principalmente o Pará,(em 78% do seu território). Estive lá e o que eu vi… Deu vontade de chorar. Por isso, nosso governo também tem culpa nessa empreitada de destruição e devastação. Até mesmo indígenas (verdadeiros e legítimos donos da terra), foram expulsos e mortos. Hoje, já está consumado o desequilíbrio ambiental naquela Região. Onde foi parar toda a madeira de Lei que foi derrubada? Quem lucrou com isso? Será que nessa conferência o Lula será cobrado por isso, mesmo tendo prometido acabar com o desmatamento no Brasil? Duvido que o cobrem. Nós precisamos fazer isso enquanto ainda existir florestas no Brasil, enquanto houver vida...
Marco Antonio Duarte - Brasília
Olá Nivia!
ResponderExcluirO Brasil, como economia emergente e aparecendo como liderança no cenário político mundial, deve sim ter meta de redução nas suas emissões de gases poluentes. Já está na hora de mudarmos a nossa economia, parar de copiar o mundo e imprimir uma face mais sustentável ao nosso desenvolvimento. Parar o desmatamento não é favor, nem meta de redução, é dever do estado brasileiro, uma dívida com o nosso povo.
Bjos,
Vanessa - PUC - São Paulo
Existe um fato, prezada jornalista, que descreve: "Quando jogamos um sapo em uma panela com água quente, ele pula fora imediatamente, mas quando colocamos o mesmo sapo em uma panela com água fria e esquentamos essa panela gradualmente, ele fica ali parado até morrer." Não é preciso dizer que o sapo é toda a humanidade e a panela nosso planeta. Quantas vezes teremos que ser avisados! Nosso clima é tão frágil quanto a nossa economia, os custos de prejuizos causados por eventos climaticos ou catástrofes naturais serão muito maiores no futuro se não houver um planejamento político em relação às atuais revelações feitas em Copenhague. Não adianta continuarmos a "tapar o sol com a peneira" mas sim refletirmos sobre nossa postura em relação as questões ambientais. Não se trata somente do meio natural do qual nós somos parte integrante, se trata da qualidade de vida de todas as pessoas do mundo, é uma questão de SUSTENTABILIDADE.
ResponderExcluirAbçs,
Arthur Nogueira Castro - Curitiba/PR
Ôi Nivia...
ResponderExcluirEu não vejo nenhum fruto a ser plantado para o futuro do planeta na Dinamarca. Acho discutem um monte de teórias patéticas, cada um defendendo seu próprio nariz e a vida vai seguir fluindo ao caos. Ninguém em Copenhague está preocupado com o que vai acontecer daqui a 20 ou 100 anos. Até porque a maioria já deve ter morrido até lá. O que lhes interessa é o hoje, que se dane a futura geração.
Quando cada um dos países poluidores começar a sentir na pele estas mudanças climáticas, e for atingido no social, econômico, com cidades costeiras sendo engolidas pelo mar, quando tempestades cada dia mais fortes atingirem seu território, ai sim, com o caos estabelecido, sem controle, essas potências, como China e Estados Unidos vão tomar providências. Mas até lá muitas tragédias acontecerão. Infelizmente...
Beijos, excelente seu artigo!
Andressa - Cásper Líbero - SP.
Olha pessoal, as chuvas torrenciais que estão castigando o Brasil ainda não tiveram uma única explicação. Arrisco uma, de amador impertinente: o aquecimento global está degelando as calotas polares (os ursos polares estão em grave risco de extinção); para onde vai toda a água evaporada? Quando se fala em globalização da economia, fica esquecido que todos vivemos neste globo e, por isto, a globalização de todo o planeta é um fato inescapável. O sul do Brasil está recebendo as águas evaporadas da Antártida? Para Lula ter virado sua atuação de protetor disfarçado de desmatadores para defensor do clima, desconfio de que há muita coisa secreta, não revelada para evitar pânico. O mais estranho é o Brasil propor uma diminuição na produção de CO2 que é o dobro da prometida pelos EUA. O Brasil está em vias de se tornar país de flagelados (há catarinenses há mais de um ano ainda desabrigados). O que está acontecendo que não sabemos?
ResponderExcluirRenato Mattos - Londrina/PR
Mas quem acredita nos resultados desta cimeira?Há países que desconhecem que na Dinamarca se discute algo muito importante para todos nós... Há gente em Portugal que não sabe o que é isso do aquecimento global...Como? Aquecimento? Ho je as temperaturas ( nas cidades costeiras) atingiram apenas 7º e no interior já houve temperaturas negativas...quem fala em aquecimento??
ResponderExcluirNinguém se senta para explicar ao povo que o planeta azul ( a nossa casa) está terrivelmente doente e que muito em breve, pode passar a outra côr: o amarelo dos desertos!!
Há um vídeo que visionei há dias "Carta do ano 2070" que é apavorante. Há sinais por todo o lado de que estas cenas podem não ser ficção...
A cimeira irá terminar sem nenhum consenso...como é hábito e também como já é hábito, com o "retrato de família".
Graça
Sou uma pessoa extremamente otimista, sempre acho que há possibilidade de consenso, qualquer que seja a polêmica. Porém, no caso da Cop 15, a Conferência sobre o Clima, que se desenrola em Copenhague, não vejo chance de prosperar um consenso que priorize a nossa maior aspiração - um acordo amplo, global, cujas metas estabelecidas sejam cumpríveis, em favor da VIDA.
ResponderExcluirE tudo porque lá impera a arrogância, a prepotência, a autossuficiência, a concorrência selvagem, desqualificativos que deveriam ter sido deixados na porta de entrada da Conferência.
Além disso, a Conferência foi transformada num megaevento. Há mais lobistas, ambientalistas, turistas, jornalistas e curiosos do que comporta a estrutura preparada, transformando a cidade de Copenhague num caos.
Mas aguardemos o desenrolar dos acontecimentos.
Boa tarde a todos e a Nívia Andres.
ResponderExcluirPrimeiramente gostaria de cumprimentá-la pelo belíssimo tema,embora bastante preocupante.
Sempre fui uma pessoa otimista,mas quando falam no problema sério que o planeta enfrenta,infelizmente acredito que nada mais vai prosperar,a ganância sempre falou mais alto,e nós que temos boas intenções,somos pequenos,uma gotinha no fundo do mar se comparar com a realidade.Como bem disse minha amiga Cristina,faço a minha parte,separo o lixo,não jogo nada na rua,são pequenas ações que se cada um fizesse a sua parte seria sem dúvida um bom começo.
Vocês nem imaginam como fico irritada ao presenciar pessoas jogando panfletos,toco de cigarro,garrafas pets,latinhas de cerveja na rua,como se não fizessem parte do planeta,preferem fingir que está tudo normal.
Deus que nos proteja.
Beijos a todos.
Ana Célia de Freitas.
Boa tarde a todos do blog de ouro.
ResponderExcluirPenso que essa conferência já deveria ter acontecido há mais tempo,não quero acreditar que seja tarde,mas os últimos acontecimentos estão me deixando um tanto desacreditado.
Alguns dias presenciei uma jovem senhora varrendo o lixo para dentro do bueiro,e com toda educação,falei que aquilo era um perigo para o nosso planeta,pois se as chuvas aparecessem iriam entupir o bueiro e seria um caos, e que deveríamos fazer a nossa parte para evitarmos futuras catástrofes,ela me respondeu:Até acontecer tudo o que dizem meu jovem,já estarei longe desse mundo,mas e os netos,sobrinhos e as pessoas que ela ama,será que ela quer deixar as possíveis catástrofes como herança?
Penso que maus hábitos vem de casa,minha mãe desde quando eu era criança me ensinou a reciclar o lixo,e deixou claro as consequências de uma irresponsabilidade,mas ao que parece é que grande parte dos pais se preocupam em ter,e quanto ao futuro...
Parabéns pelo belíssimo texto externado com grande maestria por essa jornalista tão competente e que abrilhantou o tema,assim como o título.
Abraçosssssssssssss.
Rafael de Freitas.
Boa noite, Nivia!
ResponderExcluirSabe, o que é triste nisso tudo, na verdade, é que os governos estão se lixando para o aquecimento da terra, todos falam, mas é só da boca pra fora, ação mesmo nada, ninguém quer investir dinheiro nisso e só empurram com a barriga. Sabe-se que o degelo das calotas polares e da Groelândia estão se ampliando dia a dia; a emissão dos gases, Carbônico, Metano e Oxido Nitroso também estão; a camada de ozônio e seus buracos cada vez mais, uma menor e o outro maior. Não estão acreditando que a mãe terra possa reagir negativamente contra essa agressão. Quando isso começar a acontecer não haverá volta, não haverá tempo de reação e só espero que sobre alguns poucos para o recomeço, tal qual no filme: "O dia depois de amanhã".
Abçs
Miguel Falamansa - Botucatu - SP.
Olá Nivia!
ResponderExcluirO ritmo do desmatamento está caindo, pura verdade. Tanto que, daqui a pouco, não haverá mais o que desmatar. Aí sim alcançaremos zero por cento de desmatamento. É uma pena, pois nossa incompetência nacional não nos permite gerar riquezas com a floresta em pé. É mais fácil desmatar as florestas para plantar soja ou para o gado pastar enquanto sobra terra improdutiva em todos os estados. Basta pegar estrada pelo interior de SP ou MG para constatar esta verdade. Se o EUA não estivesse tão ocupado com sua guerra por petróleo com certeza "internacionalizariam" a Amazônia, a maior reserva de água doce e biodiversidade do mundo. Já estão preparando o terreno com sua base na Colômbia ali do ladinho da nossa Amazônia. É só esperar mais um pouco e...
Abçs, belo artigo, meus cumprimentos.
Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.
A Dinamarca é um exemplo na questão ambiental! Se a cambada de corruptos do PT (Lula e Dilma) aprenderem algo de bom por lá iria me surpreender, mas quem sabe?
ResponderExcluirDenmark é o País da Energia Eólica, energia limpa e renovável e que não emporcalha nosso Planeta.
Abraços
Anésio Furtado - Biriguí - SP.
Boa noite, Nivia Andres!
ResponderExcluirEu não sou muito pessimista. Penso que só pelo fato dos governantes de muitos países se reunirem já é um progresso. Sinal que estão sentindo os rugidos da Mãe Natureza pedindo socorro imediato. Todo mundo "mete o pau", mas será que estão fazendo sua parte? Eu espero sinceramente que acordos positivos para o meio ambiente sejam fechados nessa conferência, mas é preciso que todos nós, juntos, façamos nossa parte.
Nivia, me permita agradecer ao Sr. Eurípedes Sampaio pelo envio de uma maravilhosa caixa de bombons russos. Recebi hoje pela manhã. Muito obrigado!
Tanaka - Osasco - SP.
Olá Nivia...
ResponderExcluirHá muitas coisas que precisam ser revistas e realmente colocadas em prática. Não adianta fazer conferência e não mudar nada. Acordos são feitos mas não totalmente cumpridos (como foi o de Kyoto). Esperamos que dessa vez as autoridades coloquem em prática as decisões tomadas. O planeta não pode esperar os governantes deixarem de lado os interesses economicos.
Bjos,
Giovanna - PUC - SP.
Boa noite Nivia e Edward!
ResponderExcluirPara salvar o nosso Planeta só voltando à era da pedra, onde não existia o consumismo, a degradação da atmosfera e nem do solo. Façamos a nossa parte ouço todos os dias, mas quem realmente cumpre o que diz? Todos nós, no fundo, agimos como nossos políticos, que se reunem, fazem todo aquele estardalhaço e no fundo nada resolvem. Quero ver esses que são metidos a fazer média deixar o carro e andar a pé, tomar banho gelado, carregar as compras do supermercado em sacolas de pano e jamais usar plásticos e por aí afora. Falar é fácil, isso nossos políticos há anos estão nos fazendo engolir! Na prática é que são elas. Ninguém quer deixar o comodismo de lado.
Luiz Antonio (Bola)- Santo André - SP.
Boa noite, Nivia!
ResponderExcluirOnde vamos parar diante desse quadro que se agrava? Governantes insanos, inescrupulosos, corruptos, alçados por um povo que não enxerga nada além de um prato de comida e uma bolsa família!
Nada será feito em Copenhague, assim como nada foi feito em outras conferências. O que podemos fazer é começar a construir refúgios e estocar alimentos, as crises que estão se aproximando, sejam econômicas ou naturais nos levarão a um completo caos. Em curto prazo de tempo!
Abçs,
Nilo Salvadori - Erechim/RS
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ResponderExcluirAmigos,
ResponderExcluirTem uma música de Luiz Gonzaga que nos mostra a hipocrisia humana. Diz assim: "Tinha pena da rolinha que o menimo matou, mas depois que torrou a bichinha e comeu com farinha, gostou."
Precisamos parar com a nossa hipocrisia e achar que tudo depende do outro. Que a culpa é do outro.A China polui aquilo que adoramos adquirir na 25.
O planeta tem capacidade para produzir o necessário para todos. A nossa ganância e egoísmo em querer o supérfluo causa desajustes econômicos, socias e ambientais. Existem também mudanças astronômicas que devem ser consideradas. Há um movimento da Terra, cujo nome Precessão, parece com o do movimento de um pião, o tempo para realizar esse movimento é de 25.800 anos. O movimento de precessão é realizado em torno de um eixo perpendicular. Acaba ocorrendo fenômenos de consegüências climáticas. De resto o planeta Terra é um ser vivo e nós somos os micróbios (conscientes) deste ser. Aos poucos vamos comendo e matando esse ser. Se vai ver antes do tempo, como um suicídio, ou não, vai depender de nós.
Abraços a todos.
Luiz Antônio de Queiroz
Franca-SP