sábado, 24 de julho de 2010

HOJE É ANIVERSÁRIO DE J. MORGADO!


Ao Mestre, que nos deseja PAZ, MUITA PAZ!,
todos os dias,queremos, hoje, cumprimentar
e cantar, com a voz dos anjos, entoando

FELIZ ANIVERSÁRIO!

E agradecer pelo muito que aprendemos com os seus magníficos textos e ensinamentos, que são arte e vida plena em forma de palavras!

PARABÉNS, J. MORGADO!

Muitas alegrias, vida longa
e

PAZ, MUITA PAZ!

São os votos dos articulistas, colaboradores e
leitores do Blog de Edward de Souza.
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SEXTA-FEIRA, 23 DE JULHO DE 2010

CARIDADE E AMOR AO PRÓXIMO



Assistindo a um programa de televisão onde é mostrado o desperdício de gêneros alimentícios e o aproveitamento destes por pessoas pobres, me veio à mente o Capítulo XVI, item 8 do “Evangelho Segundo o Espiritismo”. “DESIGUALDADE DAS RIQUEZAS” “A desigualdade das riquezas é um desses problemas que se procura em vão resolver, se não se considera senão a vida atual. A primeira questão que se apresenta é esta: Por que todos os homens não são igualmente ricos? Não o são por uma razão muito simples: é que eles não são igualmente inteligentes ativos e laboriosos para adquirir, nem moderados e previdentes para conservar.

É um ponto matematicamente demonstrado que a fortuna, igualmente repartida, daria a cada qual uma parte mínima e insuficiente; que, supondo-se essa repartição feita, o equilíbrio estaria rompido em pouco tempo, pela diversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-a possível e durável, cada um tendo apenas do que viver, isso seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e o bem estar da Humanidade; que, supondo-se que ela desse a cada um o necessário, não haveria mais o aguilhão que compele às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos, é porque daí ela se derrama em quantidade suficiente segundo as necessidades”...

O acima transcrito é apenas o primeiro parágrafo do item mencionado. A lição continua. No parágrafo terceiro destaca-se: “Deplora-se com razão o lamentável uso que certas pessoas fazem de sua fortuna, as ignóbeis paixões que a cobiça provoca”... O restante da lição, o leitor poderá continuar a ler no livro codificado por Allan Kardec, em 1864.

A reportagem aludida nos mostra os necessitados catando alimentos jogados no lixo e os aproveitando para suas refeições diárias. Muitos desses alimentos, principalmente verduras, legumes e frutas estão apenas levemente amassadas ou começando a apodrecer. Devidamente recuperados em parte saciam a fome de milhares de pessoas.

Entrevistado, um dos trabalhadores do entreposto comercial respondeu a uma pergunta do repórter: – Qual a razão da não doação dos alimentos imprestáveis para os pobres? Fugindo à resposta, disse: – Não sei.

Lembrei-me, então, de outra lição, esta de Emmanuel o mentor de Francisco Cândido Xavier, inserida no livro “Religião dos Espíritos” página 207, que tem como título “Campanha na Campanha”- Edição FEB-1988.

Essa página se baseia na Questão número 886 CARIDADE E AMOR AO PRÓXIMO, do “Livro dos Espíritos”, codificado em 1857, que diz: “Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade como entendia Jesus?”

– Benevolência com todos, indulgência com as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.

O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, porque amar ao próximo é fazer todo o bem que está ao nosso alcance e que gostaríamos que nos fosse feito. Esse é o sentido das palavras de Jesus: “Amai-vos uns aos outros como irmãos”...

Como disse antes, a lição continua e prossegue dizendo que “a caridade, para Jesus, não se limita à esmola. Ela abrange todas as relações com nossos semelhantes, sem inferiores, iguais ou superiores”...

Quanto à página mencionada, “Campanha na Campanha”, vejamos um pequeno trecho:

“Campanha”, além de outros significados na sinonímica, pode também figuradamente expressar “esforço para conseguir alguma coisa”.

Possuímos, desse modo, campanhas múltiplas no terreno da solidariedade, como simples dever; todas, porém, rogando a campanha da indulgência no âmago de si mesma.

Ouçamos, assim, o que nos diz semelhante campanha íntima:

• Ergue um lar que recolha os infortunados da via pública; entretanto não expulses do coração as vítimas do mal, para que o mal não as aniquile.

• Estende o prato reconfortante ao faminto; contudo, não te falte apoio moral para os sedentos de compreensão.

Estes são apenas dois dos treze elevados pensamentos constantes nessa maravilhosa e educativa (como sempre) obra ditada por Emmanuel ao nosso Francisco Xavier.

A leitura constante dos três livros mencionados nos trará, certamente, condições de entender a humanidade num todo. E, quando tomarmos conhecimentos de tragédias que se desenrolam em todo o mundo, nos lembraremos que nos encontramos em um estágio evolutivo ainda bastante precário. Um dia começaremos a sair deste período de expiação e provas e ingressaremos na etapa seguinte que é o mundo em regeneração. É evidente que isso não se dará como num passe de mágica. Os sinais serão imperceptíveis e serão poucos os que notarão a diferença. Provavelmente, as guerras serão em menor número; o analfabetismo e a fome começarão a ser erradicadas e os homens começarão a se respeitar uns aos outros...

Esses e outros sinais levarão talvez um, dois ou mais séculos para serem notados, mas, certamente começarão.
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*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista: jgarcelan@uol.com.br

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