sexta-feira, 21 de agosto de 2009

FILHOS:EDUCAÇÃO E RESPONSABILIDADE

Educar os filhos: uma obrigação dos pais ou do poder público? A humanidade precisa compreender definitivamente que a responsabilidade de educar nossos
filhos é de importância vital,
pois estamos educando a nós mesmos.

J. MORGADO
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O índice de violência em todo o Brasil ultrapassou as fronteiras das grandes metrópoles e como um formigueiro gigantesco se espalha pelas cidades médias e pequenas. E a exemplo desse inseto himenóptero, vai destruindo tudo por onde passa. O homem do campo sabe como controlar essa praga e com tecnologia aliada à sabedoria adquirida através dos antepassados vai avançando e produzindo alimentos cada vez em maior quantidade. Entretanto, esse mesmo homem não soube se livrar da violência que ele mesmo criou. Ao contrário, propaga-a quais as formigas, mesmo tendo o remédio para evitá-la. Recentemente, autoridades municipais aliadas ao poder judiciário, resolveram ditar normas para disciplinar o trânsito de menores durante a noite. Os resultados não se fizeram esperar. Os índices de violência baixaram consideravelmente. Mas, mesmo assim, há aqueles que não aceitam essas medidas considerando-as ilegais, mesmo tendo atingindo seus fins.
Essas mesmas pessoas também não apresentam nenhuma solução para o problema e quando o fazem, são com sugestões utópicas de difícil emprego. Este pequeno preâmbulo serve para exemplificar que o pobre homem sabe vencer os obstáculos que a vida lhes oferece. Entretanto não sabe como estancar ou evitar o mal que ele mesmo criou e que o cerca por todos os lados.
E o remédio para isso está à disposição de toda a humanidade. É de graça. Da mesma maneira que o agricultor prepara a terra para o cultivo, o operário prepara o material para a elaboração de um utilitário, o intelectual estuda para escrever livros ou compêndios, o homem tem a obrigação moral de preparar seus filhos para ser útil à sociedade.
“Quase sempre a mocidade sofre estranhável esquecimento. Estima criar rumos caprichosos, desdenhando sagradas experiências de quem precedeu no desdobramento das realizações terrestres, para voltar mais tarde, em desânimo, ao ponto de partida, quando o sofrimento ou a madureza dos anos lhe restauram a compreensão”. Esse parágrafo entre aspas é do livro “Vinha de Luz” em seu capítulo 136, denominado FILHOS, psicografado por Francisco Cândido Xavier e ditado por Emmanuel (edição FEB/1987).
Lendo essa lição e vendo o que acontece a minha volta e mesmo dentro de minha própria família, nos sentimos frustrados e o mea-culpa acaba por introduzir-se em nosso imo. Não soubemos cumprir com nossos deveres de pais. Se tivéssemos nos esforçado em tentar entender e acompanhar os ensinamentos de Jesus, provavelmente muitos desses jovens que estão perdidos nas drogas e na criminalidade em geral, ou ainda dentro de si mesmo, não estariam na situação em que estão.
Somos pais, somos filhos... Um girar constante diante do processo da reencarnação. Se soubermos nos comportar dentro das leis que regem o Universo e do Estatuto Moral de Boa Conduta, ou se quisermos amar nossos filhos e pais como a nós mesmos, certamente vamos compreender que estamos nos amando, pois o retorno a vida material para aprimoramento, se dá como um círculo vicioso, onde começamos como filhos e desencarnamos como pais.
Compenetrada desse fato, a humanidade compreenderá definitivamente que a responsabilidade de educar nossos rebentos é de importância vital, pois estamos educando a nós mesmos. O Poder Público poderá ajudar sem se ater a políticas partidárias e visando a coletividade num todo, fazer leis e aplicando-as com sabedoria sem nenhum despotismo.
Lendo a tradicional revista “Seleções”, Tomo XVIII, n. 107 – dezembro/1950 (não fique admirado, eu tenho esse número como muitos outros) na página 29, há um artigo muito interessante: “A ciência descobre o verdadeiro Amor”. A matéria é assinada por Howard Whitman (é só acessar a internet para ter mais informações).
O psiquiatra me parece ser essa a especialidade de Howard, nos surpreende com um pequeno trecho de sua dissertação sobre o assunto: “Não se trata, aqui, do amor tão comumente pintado em romances e filmes. Trata-se do amor que Jesus conhecia por inspiração divina – o mais simples e, ao mesmo tempo, o mais complexo atributo do homem. E também o mais incompreendido”.
O artigo se aprofunda nos resultados positivos na terapia do amor. E no final, nos dois últimos parágrafos, assim está escrito: “O Dr. G. Brock Chisholm, diretor geral da Organização Mundial de Saúde das Nações Unidas, reconheceu que o futuro da humanidade depende do número de indivíduos evoluídos que pudermos produzir pessoas capazes de amar, capazes de abordar os problemas de nosso mundo mutável com um espírito de amor e não com espírito de ódio.
Sim, os sábios estão procurando aproximar-se de Jesus. Também Ele pensava no futuro do homem quando disse há dois mil anos: “UM NOVO MANDAMENTO VOS DOU: QUE VOS AMEI UNS AOS OUTROS”.
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*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. Morgado escreve quinzenalmente neste blog, sempre às sextas-feiras. E-mails sobre esse artigo podem ser postados no blog ou enviados para o autor, nesse endereço eletrônico:
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