segunda-feira, 14 de junho de 2010


MINHAS COPAS



Das dezoito Copas do Mundo de futebol, dezesseis eu as vivi. Ainda não me encontrava neste mundo em 1930 e 1934. Na de 1938, contava apenas três anos de idade. Mas, foi nesse torneio que o Brasil conseguiu se destacar e ficar em terceiro lugar. Nas anteriores, realizadas no Uruguai e na Itália, o Brasil praticamente não apareceu. Apenas assinou a lista de presença.
Em 1938, surgiu, para o mundo, o futebol-arte através do grande atleta e artilheiro da Copa, Leônidas da Silva. Conseguimos o terceiro lugar.

Por causa da Segunda Grande Guerra (1939/1945) a quarta Copa só foi realizada em 1950. Desta vez, no novo Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro, dando continuidade ao sucesso alcançado na França.

E foi nessa Copa que eu chorei! O Brasil chorou! Amargamos um segundo lugar. Perdemos para o Uruguai por 2 x 1. O título escapou por entre nossos dedos! Coitado do Barbosa... Foi crucificado durante todo o resto de sua vida por essa derrota. Na verdade, foi feito bode expiatório por essa falha.

Em 1954, a Copa foi disputada na Suíça. Uma copa conturbada por um regulamento esquisito. O Brasil foi eliminado nas quartas-de-final pela Hungria (4x2). O campeão foi a Alemanha Ocidental. Durante muito tempo, a crônica esportiva falou sobre a equipe da Hungria e seu maior jogador, Puskas.

Em 1958, finalmente o maior acontecimento esportivo do século, pelo menos para nós, brasileiros. Na Suécia, sexta edição da Copa do Mundo. O Brasil sagra-se CAMPEÃO!

Começou a nascer aí o “Rei do Futebol”, Pelé.

Entretanto, havia um jogador nesse time que poderia se tornar o REI, se ele se preocupasse com sua imagem. O vício da bebida e o sexo desvairado o derrubaram. Estou falando do homem de pernas tortas, GARRINCHA. O maior ponta direita que o mundo já viu!

Rogério Torquato assim se refere a esse incrível jogador:

“Na identidade, constava Manoel Francisco dos Santos. Tinha uma perna maior que a outra cerca de 6 centímetros, pelas contas. O andar era meio estranho, mas com a bola nos pés a história era completamente diferente. O homem aprontava desde a Copa de 1958; os ingleses se renderam diante dele na Copa de 1962, afirmando que ele não era deste mundo. E não era mesmo. Tido por anjo, demônio e craque, de acordo com o ponto de vista, os súditos de Sua Majestade apenas ratificaram que Mané Garrincha estava acima de qualquer um. Então, deveria ser um deus. O deus do drible”.

Jogando juntos, Pelé e Garrincha nunca perderam uma partida!

Em 1966, o Brasil amargou um 11º lugar. A Inglaterra, que sediou a Copa, foi a Campeã. Um torneio que, para mim, não passou de uma grande marmelada, por uma série de fatores.
No México, em 1970, conseguimos o tricampeonato. Teria sido esse o maior time brasileiro de todas as Copas? Segundo a maioria, sim.

Após o título de 1970, o Brasil entrou num jejum de 24 anos sem título. A conquista voltou a ocorrer em 1994, na Copa do Mundo dos Estados Unidos. Liderada pelo artilheiro Romário, nossa seleção venceu a Itália numa emocionante disputa por pênaltis. Quatro anos depois, o Brasil chegaria novamente à final, porém perderia o título para o país anfitrião: a França. Outra marmelada!
Em 2002, na Copa do Mundo do Japão/Coreia do Sul, liderada pelo goleador Ronaldo, o Brasil sagrou-se pentacampeão, ao derrotar a Seleção da Alemanha, por 2 x 0.

Em 2006, a Itália sagrou-se campeã em torneio realizado pela segunda vez na Alemanha.

Cheguei em 2010, minha 17ª Copa, mais as duas em que ainda não me encontrava neste mundo, 19ª.

Seremos hexa? Verei as Copas seguintes? É claro que sim!
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*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista: jgarcelan@uol.com.br
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JOGOS DESTA SEGUNDA-FEIRA 14/06) PELA COPA DO MUNDO NA ÁFRICA DO SUL:
Holanda 2 x 0 Dinamarca
Japão 1 x Camarões 0
Itália 1 x Paraguai 1
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