sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A OUTRA FACE: UM GESTO DE CORAGEM

O nono parágrafo do capítulo 37 do livro “Fonte Viva” (edição FEB/1986), psicografado por Francisco Cândido Xavier e ditado pelo espírito Emmanuel, assim diz: “Se não é justo atirar petróleo às chamas, com o propósito de apagar a fogueira, ninguém cura chagas com a projeção de perfume”. No parágrafo anterior (oitavo) da mesma lição, o sublime guia espiritual de Chico diz: “Nas horas difíceis, em que vemos um companheiro despenhar-se nas sombras inferiores, não olvidemos que, para auxiliá-lo é tão desaconselhável a condenação, quanto o elogio”. Infelizmente, a humanidade num todo ainda não consegue compreender que a paz que tanto se almeja só será possível quando o respeito se fizer presente nas relações humanas. O amor fraterno se seguirá e com ele a harmonia fraterna será uma realidade. Acusamos, criticamos, agredimos, vilipendiamos e ferimos com atos e palavras nosso próximo (nossos irmãos), justificando com esses atos que se trata de um revide. E, pasmem! Somos cristãos.
O revide não é ato de um cristão. No Novo Testamento assim está escrito: “Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, orientai-o com espírito de mansidão, velando por vós mesmos para que não sejais igualmente tentados”. (Paulo. Gálatas, 6:1.).
O mundo sempre esteve repleto de guerras. Guerras que começam porque o orgulho de alguém foi ferido. O diálogo, o ensino cristão e outras filosofias religiosas semelhantes, nunca foram empecilhos para a truculência do homem. No dia a dia, as páginas dos noticiários policiais estão repletas de fatos de ferocidade e horror. Questões de trânsito, familiares, passionais, entre vizinhos e desrespeito às leis dos homens e às leis naturais. Uma “estupidez geral”! Reclamamos dos mandatários sem nos atermos que esses indivíduos são frutos do meio em que vivemos. Daí...
O orgulho e seus filhos diletos, entre eles a hipocrisia, imperam em um mundo perfeito, maculado por uma humanidade insensata. “Dar a outra Face” para essa mesma humanidade é sinal de covardia. Entretanto não poderia haver maior ato de coragem ao fazê-lo. Em “Evangelho Segundo o Espiritismo”, no capítulo XII, ”Amai Vossos Inimigos”, item 11, “O DUELO” (Livraria Allan Kardec Editora), apesar de ser, para alguns, um capítulo ultrapassado, nunca foi tão atual como o é nos dias de hoje. Na época os duelos físicos (pistolas e espadas) eram comuns, mas eles continuam verbalmente, ocasionando discórdias e tragédias. “(...) Refleti um pouco: por causa de uma palavra, as vezes dita irrefletidamente, ou quase inofensiva, da parte de um dos vossos irmãos, inflama-se o vosso orgulho, respondeis de modo irritado, e daí uma provocação” (...). Frases como essa, nos mostram que duelamos todos os dias com insultos ou objetos. Não temos a coragem de nos resguardar ou dar a outra face. O orgulho fala mais alto e as tragédias e desentendimentos se sucedem. Enfim, podemos almejar por paz, se cada um de nós não está contribuindo para que isso aconteça?
A importância da doutrina espírita está exatamente em chamar a atenção para o que está escrito no parágrafo acima. Muitos dos detratores se apegam na lei da reencarnação para combater o Espiritismo. Porque será? Nós espíritas, sabemos a resposta. O foco maior da codificação é chamar a atenção da importância da reforma íntima. Conscientizado disso, o indivíduo lutará todos os dias para diminuir seus defeitos morais e materiais.
“Dar a outra face” não é seguir literalmente o que diz a frase. É ser corajoso e mostrar que aqui estamos para evoluir moral e intelectualmente. É dizer que com truculência verbal ou física a paz está longe de ser alcançada. “Não existe um caminho para a paz; a paz é o caminho” (Mahatma Gandhi).
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*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, escrevendo crônicas, contos, artigos e matérias especiais. Contato com o jornalista: jgarcelan@uol.com.br
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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

UMA PISCINA DE CERVEJA PARA HÓSPEDES

Por cerca de R$ 360, é possível nadar por duas horas na "gelada". Segundo donos desse spa na Áustria, cerveja limpa a pele e ajuda a cicatrizar feridas.
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Visitantes relaxam na piscina de cerveja oferecida por fabricante na Áustria. Por 135 euros, o equivalente a cerca de R$ 360, é possível nadar por duas horas na cerveja, fabricada no local.
O spa oferece 7 piscinas, todas preenchidas com cerveja. O líquido é trocado a cada sessão. De acordo com os proprietários, o banho de cerveja limpa a pele, ajuda a cicatrizar feridas e combate doenças.
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CERVEJA FAZ BEM À SAÚDE?

Assim como todos os alimentos, os cientistas ainda estudam os efeitos benéficos ou maléficos que a cerveja produz no organismo. Mas de uma coisa todos já têm certeza: Assim como todos os alimentos, o consumo da cerveja deve ser Moderado. Os efeitos do álcool sobre a saúde dependem fortemente da quantidade consumida e de outros fatores como sexo, peso corporal, alimentação e predisposição genética.
O abuso do álcool aumenta a mortalidade por causar doenças cardiovasculares, doenças no fígado, e câncer. Essa é a parte ruim da coisa. A literatura mais recente, entretanto, indica que o consumo moderado de álcool está associado a uma redução total do risco de mortalidade. De acordo com as novas pesquisas, o baixo índice glicêmico e as propriedades fitoestrogênicas da cevada e lúpulo usados na produção da cerveja são elementos que promovem uma dieta equilibrada e previnem a ocorrência de doenças cardiovasculares. Recentemente dados foram publicados sobre os potenciais efeitos protetores dos antioxidantes do vinho. Foi também descoberto que a cerveja, vinho e destilados diferem muito no seu conteúdo antioxidante, mas o consumo destas bebidas não leva a diferentes capacidades antioxidantes no soro humano. Novos números, entretanto, sugerem que o consumo moderado de cada tipo dessas bebidas alcoólicas aumentam semelhantemente a capacidade antioxidativa no soro humano. Estas descobertas elucidam a contribuição do consumo moderado de álcool para um estilo de vida saudável.
Não se iluda. Cerveja dá barriga, sim senhor. Assim como quase todos os outros alimentos, uns menos, outros mais. Um copo (300 ml) de uma cerveja do tipo Pilsen, por exemplo, possui cerca de 300 calorias. As cervejas encorpadas, sobretudo as Ales, têm ainda mais calorias por mililitro. Portanto, a palavra de ordem, como tudo na vida, é Moderação. O Consumo regular e moderado de cerveja pode tornar-se um estilo saudável de vida, juntamente com uma alimentação equilibrada e exercícios físicos.

Pense com carinho!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

ISSO É O BRASIL: A ONG DOS DESCASADOS

GUIDO FIDELIS

Depois do sexo, esporte em que o brasileiro é campeão absoluto, deixando gringos de todos os quadrantes de queixo caído com a sensualidade das mulheres que exibem empinados bumbuns nas praias e nas ruas, outras preferências nacionais residem na criação de novas igrejas e de uma infinidade de ONGs, negócios que prosperam país afora e que rendem excelentes dividendos aos seus dirigentes. Quanto às igrejas, proliferam como a velha saúva que devorava a produção agrícola no tempo em que inexistiam os sem-terra e os coronéis mandavam e desmandavam no campo. Estão em todos os bairros e atraem fiéis com ofertas imperdíveis, que podem ser pagas em suaves prestações na forma de dízimos. Transpor as portas de certos templos é como transitar numa feira-livre, caminhar entre barracas, escolher frutas e verduras. Basta definir o produto ou o milagre preferido e o desejo será satisfeito prontamente. Com pagamento adiantado, em dinheiro sonante, tudo se comercializa em nome de Jesus.
Como não tenho vocação para erguer uma velha Bíblia com mãos veementes de fanático e pregar, utilizando-me da voz grave e pausada dos arautos do apocalipse, para multidões de crentes que certamente me retribuirão com generosas oferendas no aguardo de que minhas promessas de intermediação com Deus equacionem difíceis questões sobre a melhor maneira de expulsar o diabo, além de indicar rota segura para a glória e o enriquecimento, fico com as ONGs. Nada de imitar Sísifo e empurrar pedra montanha acima. Ao contrário do que se diz, a montanha virá a Maomé. Efetivamente, trata-se de um negócio que exige menos esforço, mais de acordo com minha postura preguiçosa, com meu jeito de agir silenciosamente nos bastidores. Longe de holofotes, de exposição na mídia, de confusão com lobistas e doleiros, dentro do sagrado princípio de que boas transações exigem discrição absoluta.
Há milhares de ONGs, mas há espaço para outras tantas. Elas ocupam o lugar do Estado, são impenetráveis, prosperam graças a contribuições oficiais e anônimas. Pode-se, por exemplo, promover a defesa dos ouriços pretos, de suaçus e libélulas e até mesmo da conveniência de substituir a mala preta pelo canguru como meio de transporte de valores destinados a corromper.
Penso em instituir uma ONG acima de qualquer suspeita e, desde já, aceito candidatos a cargos de direção do grupo que terá forte representatividade e que se disponham a antecipar verbas de custeio, com garantia de retorno, rentabilidade sem nenhum risco para o investidor.
Proponho-me a estabelecer as diretrizes para a criação do Instituto Messalina de Pesquisas Afrodisíacas. Independente dos estudos que serão realizados no campo da sexualidade, voltados para ativar a libido e melhorar o desempenho dos casais, o objetivo principal será o de defender interesses econômicos dos descasados, daqueles que se separam de cônjuges ricos e se transformam em nau sem rumo, em meio às ondas revoltas da incerteza quanto ao futuro que se avizinha, ou seja, sem grana para sustentar o luxo e a mordomia.
A ONG cuidará principalmente de socialites que se sentirem abaladas emocionalmente e desequilibradas financeiramente. Claro, desde que os ex-maridos tenham patrimônio que possa ser dividido e disponham de numerário para pagar gordas pensões. As frequentadoras das altas rodas e de salões elegantes receberão tratamento de primeiro mundo, com advogados, psicólogos, religiosos, professores de expressão corporal e instrutores de lutas marciais, prevenção contra agressões físicas de rivais.
Terão, ainda, imenso instrumental para obter o atendimento do pedido, mesmo que sob ameaça de se revelar, por intermédio de escândalos, a nebulosa origem das fortunas daqueles que abandonaram as companheiras. Será montado amplo esquema de divulgação para infernizar a vida dos desafetos que rejeitarem as propostas de acordo. Em casos excepcionais, homens que perdem o sustento de ricaças liberadas, desonrados por terem sido substituídos por outros parceiros mais jovens e atraentes, também serão admitidos como clientes da ONG. Como brinde promocional, os primeiros clientes receberão um pequeno frasco de cristal, com tampa de ouro, para guardar algumas preciosas gotas das lágrimas
derramadas.
Empreendedores que queiram participar do grupo de trabalho devem enviar currículo, aos meus cuidados, indicando disponibilidade para subsidiar as comissões temáticas. Preferência para os que possam financiar os gastos de minha viagem ao país do Papai Noel, onde serei acolhido em audiência especial a fim de receber como prêmio uma
conta secreta nas Ilhas Jersey.
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* Guido Fidelis é jornalista e escritor (autor de 20 livros)
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

UM CACHORRO REJEITADO CHAMADO "FÉ"

Esta é a história de um cachorro que nasceu na véspera do Natal de 2002, cuja autoria das fotos e do relato infelizmente não tenho em mãos para poder acrescentar os devidos créditos. Muitos, por certo, já devem ter recebido esse e-mail, que circula faz algum tempo pela internet. Outros não, por isso, hoje, senti uma vontade imensa de publicar fotos e parte do texto, com as devidas correções, como uma mensagem de "Fé" e esperança para que, quando aparecer nuvens negras em nossas vidas, saibamos sair debaixo e ir à busca do sol, não ficar parado na inércia da incompreensão e do medo. A vida não é um mar de lamentações. Apesar das perdas e das adversidades, os seres humanos são capazes de vencer quaisquer obstáculos. Precisamos aprender a receber com fé, amor e tolerância todas as adversidades, todos os obstáculos que temos que passar. Esse cachorro, cujo nome é "Fé", nos ensina que não devemos desistir, porque enquanto houver esperança, nenhum sonho estará perdido. "Fé" nasceu com 3 pernas - duas saudáveis e uma anormal, na frente, que teve de ser amputada. Certamente ele não conseguia andar quando nasceu. Mesmo a sua mãe não o aceitou. Ele foi rejeitado e desdenhado.
(Edward de Souza)
. Seu primeiro dono também nem acreditou que ele sobreviveria. Assim sendo ele até pensou em eliminá-lo. Naquela época, sua atual dona Jude Stringfellow entrou em sua vida e desejou cuidar dele. Ela estava determinada a ensiná-lo e treiná-lo para andar por si só. Ela acreditava que só precisava de um pouco de fé. Por isso ela lhe deu o nome de "Faith" ( Fé). No começo ela colocava FAITH numa prancha de surf para que ele sentisse os movimentos da água. Mais tarde lhe dava pasta de amendoim, numa colher, como um prêmio e recompensa por ter ficado ereto e saltar pela casa. Até outros cachorros da casa o ajudavam e encorajavam a caminhar. Surpreendentemente, depois de apenas seis meses, como que num milagre, FAITH aprendeu a se equilibrar em suas duas patas traseiras e saltar se movendo para a frente. Depois de mais algum treinamento na neve ele pode caminhar como um ser humano! FAITH adora passear. Não importa para onde ele vai, sempre atrai as pessoas à sua volta. Agora ele está ficando famoso no cenário internacional. Já apareceu em vários jornais e espetáculos de TV. Há, inclusive, um livro cujo título é "With a Little Faith" (Com um pouco de fé), publicado a seu respeito. Ele chegou a ser cogitado para aparecer num dos filmes de Harry Potter.
Sua atual proprietária, Jude Stringfellow deixou seu trabalho e carreira como professora, para levá-lo através do mundo, para orar: "mesmo sem um corpo perfeito, alguém pode ter uma alma perfeita."
Na vida sempre acontecem coisas indesejáveis. O pensamento positivo muitas vezes é a diferença entre o sucesso e o fracasso. Uma pessoa que vê o mundo positivamente encontra soluções, o pessimista encontra apenas problemas. Por essa razão, quando sentir que as coisas não estão indo bem como desejaria, é preciso lutar contra o pessimismo, só dessa maneira poderá ver os fatos sob uma nova perspectiva. Espero que essa mensagem possa trazer a todos nova forma de pensar e encarar a vida, apreciar e agradecer cada dia maravilhoso que se seguirá. A Vida é uma demonstração contínua do poder do pensamento positivo.
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Acredite em você!

sábado, 24 de outubro de 2009

FALTAVA ESSA: ESCOLA FORMAVA JOVENS PARA O CRIME EM S. BERNARDO DO CAMPO


O noticiário de rádio, jornal, televisão, internet e revistas enfocam neste final de semana os lamentáveis acontecimentos que estão ocorrendo no Rio de Janeiro e que ensejou o excelente artigo do jornalista Juliano Morgado publicado neste blog ontem, sexta-feira. Na esteira da tragédia carioca, a imprensa deu destaque à prisão de um casal, aqui em São Bernardo, que comanda verdadeira indústria de aliciamento de jovens e adolescentes, cujo objetivo é prepará-los para o mundo do crime. De acordo com o delegado comandante da operação que desbaratou o esquema, 75 jovens de ambos os sexos, entre 12 e 17 anos, foram encontrados num sobrado em um bairro da periferia de São Bernardo. Denominada "mata aula", a reunião aglomerava adolescentes que participavam de uma espécie de baile funk, organizado por traficantes. Os meninos pagavam dois reais o ingresso, para as meninas a entrada era grátis. Ainda segundo o delegado, os rapazes eram instruídos para o consumo e em seguida ao tráfico de drogas e as garotas à prostituição. Todos os jovens detidos moram no bairro e estudam em escola municipal localizada poucos metros da casa onde funcionava a "escolinha" de preparação ao crime. Como a prisão dos responsáveis aconteceu nesta sexta-feira, provavelmente novos lances da fábrica de aliciar menores irão eclodir e deixar perplexos pais e responsáveis por jovens e adolescentes do ABC.
Há poucos meses abordamos, em artigo publicado aqui neste espaço, os problemas gerados pela indiferença ou cumplicidade de alguns pais em relação aos filhos adolescentes. Foram citados casos de garotos, nossos conhecidos, que tomavam conta de carros na noite de São Bernardo, cujos pais estavam interessados apenas na quantidade de dinheiro que os meninos levavam para casa e nunca com os meios de arrecadação e muito menos onde as crianças passavam a noite, já que chegam em casa sempre pela manhã. Um desses jovens havia, à época, mencionado de passagem algo sobre a festa "mata aula", agora desmantelada pela policia de São Bernardo. Em Santo André, até o final dos anos 90 havia uma casa, comandada por uma mulher e seu marido, que abrigava e instruía jovens para a venda de rosas nas casas noturnas do ABC. De paupérrima condição social e familiar, esses adolescentes, de ambos os sexos, saiam noite adentro oferecendo as flores. Um deles também contou que havia, ainda em Santo André, um sobrado, igualmente comandado por um casal, que aliciava e encaminhava jovens ao uso e tráfico de drogas. Essa residência foi fechada pela polícia no começo do ano 2000 e os responsáveis presos. Estes registros demonstram que a indústria do tráfico lança seus tentáculos aos quatro cantos do Brasil com claro objetivo de formar mão de obra especializada. O alvo, e não poderia ser diferente, são jovens e adolescentes inseridos na exclusão social, cujos pais e responsáveis não têm recursos e, em muitos casos, noção de como criar uma família saudável e distante da marginalidade.
Os acontecimentos do Rio de Janeiro são trágicos e desnudam uma realidade aterrorizante; o caso de São Bernardo direciona para um futuro mais assustador e que, como todos os outros, deixará o noticiário e, pela resignação da população, ficará a margem da indignação de um povo indiferente às atrocidades. Nessa linha, o porvir irá mesclar uma população alheia e alienada ao crime organizado, a formação da pequena e média indústria da marginalidade e agregará ao cotidiano o trucidamento da moral, do caráter e da dignidade do ser humano. Os 75 jovens descobertos na festa "mata aula" nesta sexta-feira em São Bernardo, certamente são sucessores de outros tantos já formados e antecessores de contingente maior que aguardam vaga na promissora escolinha do tráfico.
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*Oswaldo Lavrado é jornalista/radialista, radicado no Grande ABC
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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

VIOLÊNCIA GERAL: UMA ESTRATÉGIA
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PARA SE MANTER NO PODER
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Recebemos informações todos os dias sobre a violência reinante no Rio de Janeiro e outras capitais brasileiras. Na linda capital, outrora sede do governo federal, trava-se atualmente uma “guerra suja”. A Polícia mal paga e com um efetivo de 37 mil homens, o mesmo da década de meados de 80, enfrenta bandidos do tráfico. E pasmem... Os bandidos usando armamentos pesados! No último sábado, a tentativa de invasão ao morro dos Macacos, na zona norte do Rio, por criminosos de uma facção rival resultou em uma série de confrontos. A polícia tentou intervir e se colocou no meio do fogo cruzado. Um helicóptero acabou atingido e caiu, matando três policiais. No total, desde sábado, 35 pessoas morreram em eventos relacionados à tentativa de invasão.
Autoridades brasileiras ainda tentam tapar o sol com a peneira. O ministro do Turismo, Luiz Barretto, disse ontem que as repercussões negativas na imprensa internacional sobre a violência no Rio de Janeiro é uma reação esperada, já que o Brasil está "na cena" por causa da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Por isso, ele disse que não se preocupa com as reportagens sobre a criminalidade na cidade. Por cima, temos que engolir isso. A corrupção, na verdade, é a maior causa de tudo o que
está acontecendo. Episódios degradantes, com políticos e policiais presos ao longo de um período de quase trinta anos, não serviram para nada. A demagogia continua a mesma. Mais irritante ainda é ver o governo atual fazer promessas que certamente não poderão ser cumpridas.
No dia 20 de outubro/2009, ao assistir o jornal da TV Bandeirantes, pude apreciar uma reportagem interessante e bem informativa. Fiquei um pouco surpreso ao saber que o Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, etc., nem constavam nos primeiros lugares de cidades mais violentas do mundo, segundo a revista americana “Foreygn Polyce”. Caracas, a capital da Venezuela consta como a cidade mais violenta da América do Sul. E isso começou a acontecer a partir de 1998 quando Hugo Chávez assumiu o poder. A maior taxa de homicídios de nosso continente subiu na capital venezuelana 67%.
Naquela cidade, autdoors por toda a parte mostram o “presidente” e o Che Guevara. Os morros com suas favelas se assemelham ao Rio de Janeiro. Dois regimes políticos (será que são dois?) e uma realidade: A violência! De um lado as promessas vãs, utópicas e superdemagógicas. Do outro, um povo que não se informa e, por essa razão, continuamos a empurrar com a barriga os problemas que poderiam ser resolvidos em médio prazo se o voto fosse mais consciente.
O episódio que aconteceu em Honduras e ainda não resolvido mostra bem a cara de um oportunismo meio disfarçado. Outro tentando se perpetuar ou alongar-se no poder é barrado. Se o usurpador tem razão ou não, o tempo dirá. Observando-se tudo isso, entre outros fatos que acontecem na América do Sul (Equador, Bolívia...), verifica-se que os meios para se atingir o poder e a glória não tem peia.
A violência parece ser o caminho para esse tipo de governo. “Quanto pior, melhor” seria um pensamento de Lenin? Se não é, aproxima-se da estratégia de se tomar o poder criado por esse pensador entre outros do mesmo naipe. Os europeus, por ser um povo informado, já não se deixam envolver por palavras melífluas e a vida prossegue dentro de um padrão moral razoável. Digo razoável por entender que nosso estágio evolutivo ainda é aquém do que poderia ser. A violência sempre foi os degraus para ditadores. Basta pesquisar a história e se manter informado com o que acontece a nossa volta e, certamente, encontraremos líderes com capacidade para presidir um bom governo.
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*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, escrevendo crônicas, contos, artigos e matérias especiais. Contato com o jornalista:
jgarcelan@uol.com.br
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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

MEMÓRIAS - CAFÉ DA MANHÃ NA ESTRADA

O ano era 1953. Minha família, pai capitão do Exército, vivia em São Borja, RS, cidade às margens do caudaloso rio Uruguai. Do outro lado fica a Argentina. Tínhamos um Chevrolet preto, naquele tempo todos os carros eram importados, e a gente adorava viajar por aquelas estradas de terra estreitas e esburacadas, cheias de curvas, que se enchiam de nuvens de poeira deixadas pelos veículos, que eram poucos.
Éramos quatro irmãos, crianças, meu pai e mãe. As viagens, verdadeiras aventuras, principalmente porque aqueles carros não tinham hora nem lugar para quebrar, com uma frequência absurda quando comparados com os carros de hoje, de alta tecnologia. Essa dificuldade era atenuada pela notável solidariedade de todos os motoristas na estrada. Quando alguém parava, até para um pipi amigo no matinho mais próximo, era raro alguém passar direto, sem perguntar se precisava de alguma ajuda. Os caminhoneiros, então, eram todos também mecânicos. Jamais deixavam alguém na mão, mesmo que tivessem que perder um tempão. Veio disso o termo “irmão da estrada”.
Partimos de São Borja durante a noite, rumo a São Luiz Gonzaga, por sinal onde nasci, em julho de 1945, junto com o final da II Guerra Mundial, da qual meu pai tinha participado recentemente, servindo na base avançada do arquipélago de Fernando de Noronha, numa fusão de tropas brasileiras e norte-americanas.
Durante a viagem o velho ia contando suas aventuras na ilha, histórias que se repetiriam durante toda sua vida, por sinal muito interessantes, e no nosso imaginário ele se transformava num grande herói. A gente ia ouvindo até pegar no sono, com aquele sacolejar do carro na precária estrada. Hoje não são muitos quilômetros que separam São Borja de São Luiz Gonzaga, pela asfaltada BR-285, mas naquele tempo a viagem parecia uma eternidade, ainda mais naquela escuridão. Não sei as razões da viagem nem porque meu pai escolheu a noite. Parecia só um passeio. Rodamos horas.
Foi a primeira vez, maravilhado, que vi um sol nascendo. Aquela bola vermelha subindo no horizonte, iluminando os campos, enquanto a família toda festejava, eufórica pela cena. A estrada parecia um deserto, sem uma única casa à vista em extensa reta. Ainda hoje há fazendas imensas, muitas trocaram o gado pela soja. Em 1953 era tudo pecuária. Imaginem a desolação e a monotonia daquela paisagem de campos verdes que sumiam no horizonte. Era nesse caminho, inclusive, em Itu, que as famílias Vargas e Goulart, dos dois presidentes, “vizinhos de porteira”, como se diz no Sul, tinham suas fazendas.
A fome começou a bater. Durante a noite tínhamos tomado lanche no carro, que minha mãe levou num grande cesto: um peru com farofa e ovos cozidos, preparado com carinho pelo chefe da cozinha do quartel, um tipo bonachão e alegre, amigo da família.

De repente avistamos uma casa isolada, cercada de poucas árvores, quase na beira da estradinha. Era uma casa grande, de madeira, com a pintura gasta e escurecida pelo tempo. Era bonita e se destacava no meio daquele oceano verde ondulado das pastagens. Encostamos e meus pais foram bater à porta. Atendeu prontamente uma senhora serena, de tez muito clara, beleza simples e angelical, com um sorriso acolhedor. Que tempos, em que se abria uma porta assim a estranhos. Não se via mais ninguém na casa, o gaúcho do campo é madrugador, certamente os homens já estariam nas suas rotinas. Meu pai propôs pagar por um café da manhã, ela aceitou prontamente. Nos acomodou na sala, em torno de uma mesa grande, e ali montou, com seus melhores pratos e talheres, tirados de uma cristaleira antiga, um verdadeiro café colonial. Delicioso, com leite quentinho recém tirado da vaca, pão feito em casa em forno de lenha, salame, geléia, manteiga, biscoitos, tudo da produção artesanal doméstica.
Lembro-me que a gente se divertiu com as fotos já cinzentas em grandes molduras redondas nas paredes, com figuras certamente de cem anos passados, os parentes ancestrais daquela família, em poses austeras, com bengalas e chapéus curiosos.
Quando terminamos o farto e saboroso café, só aí meu pai perguntou o preço, puxando a carteira do bolso. “Não é nada e voltem sempre”, respondeu a doce senhora, com o sorriso sereno que nunca se desfazia do seu rosto. Meus pais insistiram, quase implorando para pagar, minha mãe dizendo que “assim morreria de vergonha”, mas a dona da casa foi inflexível, se recusou a receber um único centavo. Ela nunca tinha nos visto antes. Despedimos-nos com abraços como velhos e queridos amigos. Partimos felizes e gratos, todos abanando. Ela respondia, e lá ficou, em pé na varanda, até tornar-se um ponto diminuto e sumir no retrovisor do carro. Jamais voltamos a nos ver. A vida no interior, em 1953, era assim.
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*Milton Saldanha, 64 anos, é jornalista e dono de notável memória, que adora manter sempre viva.
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COMENTE E GANHE ESSE LIVRO
Com 4 mil exemplares já nas mãos dos leitores, "As 3 Vidas de Jaime Arôxa" (A luta de um vencedor), de Milton Saldanha, pela Editora Senac Rio, é um bestseller no segmento da dança, área artística que reúne dezenas de títulos. O livro, patrocinado pela Costa Cruzeiros, multinacional dos navios, teve seu primeiro lançamento em momento inédito, a bordo de um deles, em alto mar, durante o cruzeiro Dançando a Bordo, na rota Santos-Salvador. Conta a saga de um bem-sucedido dançarino e empresário, com sucesso até no exterior, que nasceu em bairro pobre do Recife; fugiu de casa adolescente e foi morar num prostíbulo insalubre em todo os sentidos; quase foi cooptado por um estelionatário e bandido temido; passou todo tipo de dificuldade para sobreviver no Rio, sem emprego fixo; até que descobriu seu talento para a dança e fez disso sua razão de viver e motivo do seu sucesso. O livro mescla drama e humor, diverte e ensina sobre a aventura de viver, levando, sem discurso, à natural conclusão que o trabalho compensa mais que o crime.
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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Cerimônia Solene e Anúncio de Premiação

Prezados participantes do Blog Crônicas de Edward de Souza e amigos jornalistas: Bom dia!

Esta é uma ocasião solene porque vocês a fizeram assim, criando ontem, neste blog, momentos agradáveis, de rara harmonia, ao comentarem acerca da resenha produzida pela jornalista Nivia Andres, sobre o livro "As virtudes da casa", do escritor Luiz Antonio de Assis Brasil.
A idéia de presentear o leitor com a obra resenhada surgiu como uma maneira de agradecermos aos amigos que diariamente nos visitam, expressando sua opinião sobre os assuntos propostos. Todos que frequentam este espaço sabem que o debate, a crítica, a polêmica, a exposição do contraditório são exercícios saudáveis de cidadania e utilizam o direito de manifestação democrática de forma respeitosa, cordial e pacífica. Na verdade, nos tornamos um fórum permanente de debate sobre assuntos da atualidade. Isso é raro. Fato que nos honra e sensibiliza. Assim, amigos e amigas, vivemos ontem um dia especial, onde os comentaristas do blog se dispuseram a concorrer a um brinde singelo pelo seu valor material, mas todos entenderam a significação ímpar da nossa intenção – um livro é presente raro para quem ama as letras, pressente e sabe das delícias escondidas nas páginas impressas, que nos desvelam o mundo e nos fazem voar com os pés no chão.
Ah... E como sofremos para eleger o vencedor dessa promoção! Queríamos entregar o livro a todos, talvez consternados e visivelmente sensibilizados pelas lágrimas copiosamente derramadas por alguns dos participantes, que quase inundaram o blog de água. Tivemos que abrir as comportas...
Pois bem. Anunciemos, enfim, o vencedor. Trata-se de um jovem recém-formado, ainda em busca de um espaço onde possa demonstrar seu conhecimento técnico e o talento que, sem dúvida, tem de sobra, pois conquistou-nos a todos, ao expressar lindamente o seu desejo de presentear a mãe, que aniversaria no próximo domingo. A prática de ler a duas vozes, alternando-as, soou como uma sinfonia. Rafael Gustavo, o livro é teu!
Aos demais concorrentes, nosso carinho e agradecimento pela participação. Há outros livros e filmes esperando por vocês. Rafael Gustavo, parabéns!
Mande um e-mail ainda hoje com o seu endereço para edwardsouza@terra.com.br e no domingo poderá presentear a mamãe.
Edward de Souza e Nivia Andres

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

RESENHA DO LIVRO "AS VIRTUDES DA CASA"

GANHE O LIVRO DE PRESENTE

Prezados amigos e amigas frequentadores assíduos deste blog:
Como agradecimento aos nossos milhares de leitores, a partir de hoje, a cada resenha de livro ou filme aqui publicada, vamos oferecer o livro ou o filme resenhados a um dos comentaristas – aquele (a) que melhor expressar a sua vontade de receber o presente.
A equipe de jornalistas do blog vai avaliar os comentários e indicar o vencedor, que será conhecido no dia imediatamente posterior à publicação.
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AS VIRTUDES DA CASA
Autor: Luiz Antonio de Assis Brasil
Editora: Mercado Aberto, 392p

Baltazar Antão, o estancieiro; Micaela, sua esposa; Isabel e Jacinto, os filhos e Félicien, o visitante são os personagens de As virtudes da casa, romance notável do escritor gaúcho Luiz Antonio de Assis Brasil
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A narrativa mostra a vida numa estância, no século XIX. A partir da chegada de um botânico francês, a harmonia familiar se desintegra. Vão aflorando paixões desenfreadas, crimes e traições. Enquanto Baltazar Antão está ausente, ocupado com a guerra, Micaela o trai com Félicien, mesmo sabendo o quanto vai magoar a filha Isabel, também apaixonada pelo botânico francês. Jacinto, o filho, sofre duplamente, pela dor da irmã e pela felicidade proibida da mãe, por quem nutre adoração.
Romance psicológico, As virtudes da casa é um estudo da alma rio-grandense dos primórdios do século XIX. A trama recria a peça dramática do dramaturgo grego Ésquilo, o Agamêmnon, em pleno pampa rio-grandense do sul. No papel-título do original grego, está o Coronel Baltazar Antão Rodrigues de Serpa, estancieiro e comandante militar que, no início da narrativa, vai à guerra contra o uruguaio Artigas; como Cliptemnestra está Micaela, sua esposa fiel até então, cuja vida se transtorna com o surgimento do estrangeiro (Egisto), na pele do naturalista francês Félicien de Clavière. Os filhos de Baltazar Antão e Micaela são Jacinto (Orestes) e Isabel (Electra). Com os atores a postos, desenvolve-se a tragédia.
Bibliografia respeitável já garante destacado lugar no moderno romance brasileiro ao gaúcho Luiz Antonio de Assis Brasil. Hoje convido novos leitores para outra aventura nos domínios da ficção, com As virtudes da casa, volume de quase quatrocentas páginas, e lhes digo, com certeza: Quem escolhe este livro para ler, dificilmente o larga, e se o faz, mal pode esperar a hora de novamente embrenhar-se numa torrente de emoções.
Em As virtudes da casa, Assis Brasil narra as vicissitudes da família de Baltazar Antão, Coronel de Auxiliares e proprietário da Estância da Fonte. Vai em meio a guerra contra os castelhanos de Artigas, e o Coronel, veterano de outras correrias a serviço do rei, não consegue e nem quer ignorar o entrevero. Arregimenta seus homens e parte para a guerra – uma questão de honra e de preservação do território.
Para a família de Baltazar Antão, Micaela, sua mulher, Jacinto e Isabel, seus filhos, tanto quanto para a criadagem e os escravos, a ausência do Coronel é um transe insuportável, porque já experimentado em outras épocas. Um fato novo, porém, vem alterar essa atmosfera de saudade. Ao partir para o combate, o Coronel havia recomendado tratamento especial a um visitante ilustre - estava prevista a chegada à estância de um naturalista francês, e a ordem era recebê-lo com a principesca marca da hospitalidade sulina. A chegada do estrangeiro, jovem, atraente, culto e dono de hábitos, modos e vestir requintados instala nova ordem cultural na Estância da Fonte, pois sua figura sedutora é quase irresistível para os que vivem os costumes feudais do Continente, fechados, reprimidos e reservados. A presença do francês deflagra violentos processos de mudança nas relações interpessoais, fazendo aflorar todos os componentes das paixões desenfreadas, como a audácia e o medo, a credulidade e a suspeita, o desejo e a culpa, o langor e a sensualidade - o fogo da vida, que antes era mortiço como as lanternas de Isabel, agora fulgura como as lamparinas de Micaela.
Para Jacinto e Isabel - Édipo e Electra perdidos nos desvãos continentinos, atraídos pelo visitante e ao mesmo tempo cativos da velha ordem de cultura, o francês é assustador, quase um diabo; para Micaela, fascinante, quase um deus. No auge dos conflitos, quando se mostram as profundas brenhas da alma humana, toma corpo um ritmo narrativo onde as emoções vão porejando folha a folha, até o desfecho em que se torna inevitável preservar, ainda que com alto custo e só na aparência, as virtudes da casa.
Aspecto que merece registro é a estrutura perfeita que construiu Assis Brasil, dividindo o romance em quatro novelas, as três primeiras correspondendo à visão que tem dos fatos um dado personagem, e adotando na última um procedimento diverso para precipitar o desenlace, tão surpreendente quanto o da tragédia grega. As virtudes da casa é daqueles livros livro que não se pode deixar de ler, sob pena de faltar-se com o que há de melhor na literatura brasileira. O resultado final é uma análise primorosa do mundo dos personagens – três visões de uma história de paixão, desejo, incesto e adultério, que a cada página se enriquece, se avoluma e mergulha nas mazelas de uma família rio-grandense perdida na imensidão do pampa. O livro é belo. A narrativa, encantadora. As paisagens, inigualáveis. Eu recomendo!
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Nivia Andres, jornalista, graduada em Comunicação Social e Letras pela UFSM, especialista em Educação Política. Atuou, por muitos anos, na gestão de empresa familiar, na área de comércio. De 1993 a 1996 foi chefe de gabinete do Prefeito de Santiago, Rio Grande do Sul. Especificamente, na área de comunicação, como Assessora de Comunicação na Prefeitura Municipal, na Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACIS), no Centro Empresarial de Santiago (CES) e na Felice Automóveis. Na área de jornalismo impresso atuou no jornal Folha Regional (2001-06) e, mais recentemente, na Folha de Santiago, até março de 2008.
Blog da jornalista:
http://niviaandres.blogspot.com/
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