sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A RELIGIÃO E A CIÊNCIA, UM
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ASSUNTO SEMPRE EM PAUTA
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“A Ciência nos dá o Conhecimento e a religião nos dá o Sentido. Ambos são pré-requisitos para uma existência decente”. Assim se expressou o padre e cosmólogo polonês, além de professor, Michael Heller de 72 anos (em 2008). Esse sábio, que é também filósofo, recebeu o prêmio Templeton, outorgado pela fundação de estudos religiosos que tem o mesmo nome, localizado em Nova Iorque. Ele rejeita a idéia de que religião e ciência são contraditórias. Heller que recebeu o prêmio defendendo a existência de Deus diz: “Invariavelmente eu me pergunto como pessoas educadas podem ser cegas para não ver que a ciência não faz nada além de explorar a criação de Deus”. A notícia sobre essa premiação veio da BBC Brasil.
Desde épocas remotas que existem duas correntes filosóficas, uns tentando provar que Deus não existe e outros, felizmente a maioria, que o Criador do Universo é uma realidade inconteste. Na verdade acredito que a minoria tenta provar para eles mesmos a não existência de um Ser Supremo, tendo em vista a maneira em que vivem e procedem.
Os Dez Mandamentos recebidos por Moisés colocou um freio no povo hebraico que se dividia em praticar a religião emanada de Jeová (Deus) e deuses outros que tudo permitiam de acordo com a vontade de cada uma daquelas almas encarnadas e primitivas na sua evolução.
Séculos se passaram até que Jesus aqui chegasse com o Código Divino e o expôs a todos os que quisessem ouvi-lo. Mesmo com todos os fenômenos que aconteceram (e não foram poucos), os incrédulos de má vontade não desejaram deixar seus “status quo” para apreender a dar a outra face e amar o próximo como a si mesmo. Os acontecimentos que se seguiram são do conhecimento da humanidade.
Muitos outros séculos foram necessários para que o Espírito de Verdade prometido pelo Mestre se manifestasse e surgisse assim o LIVRO DOS ESPÍRITOS (1857), O LIVRO DOS MÉDIUNS (1861), O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (1864), O CÉU E O INFERNO (1865) e A GÊNESE (1868). Allan Kardec (Léon Hippolyte Denizart Rivail), nascido em Lyon (frança), a 3 de outubro de l804, foi o responsável pela codificação do que o mundo conhece hoje como ESPIRITISMO. Essa Doutrina (filosófica, religiosa e científica) esclarece de maneira clara e objetiva a moral cristã e suas relações com a filosofia e a ciência. Aqueles que se propuserem a estudarem (isentos de qualquer paixão) vão verificar que o sábio mencionado no início deste artigo tem toda razão.
Albert Einstein (1879/1955), um dos maiores cientistas de todos os tempos, “Pai da Relatividade”, judeu-alemão e depois americano, além de físico e matemático, era um filósofo e deixou belos e profundos pensamentos: “Deus é a Lei e o Legislador do Universo”; “A Ciência sem a Religião e Paralítica – A Religião sem a Ciência é Cega”; “Há duas coisas infinitas: O Universo e a Tolice dos Homens”. Mas, antes disso, o pensamento: “NÃO HÁ FÉ INABALÁVEL SENÃO AQUELA QUE PODE ENCARAR A RAZÃO FACE A FACE, EM TODAS AS ÉPOCAS DA HUMANIDADE”, inserida por Kardec nas obras da Codificação.
Em “A GÊNESE”, entre os muitos pensamentos e ensinamentos, a um que se liga diretamente ao assunto que estamos ventilando: “Se a religião recusa caminhar com a ciência, a ciência avança sozinha”. O insigne Professor Rivail nos mostra claramente o que quis dizer o Religioso e Cosmólogo premiado por suas afirmações neste ano de 2008.
Apenas cento e cinquenta anos se passaram desde o advento da Codificação. E não foram poucos os cientistas que se dedicaram a provar a comunicação com os espíritos. Ernesto Bozzano (1862/1943), Willian Crookes (1832/1919), Oliver Lodge (1851/1940), Charles Richet (1850/1935), Camille Flamarion, um astrônomo e filósofo renomado (1842/1925) e muitos outros. Recomendo a leitura da biografia de Flamarion na internet e de seus vários livros, entre os quais Urânia, A Morte e seus Mistérios, etc. A vida desse cientista é comovente e serve de exemplo para pessoas que querem atingir um objetivo. Como o leitor poderá verificar, esses nomes e de outros pesquisadores surgiram em meados do século XIX, ou seja, na mesma ocasião em que aconteceu a Codificação. .
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Coincidência?
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O Livro dos Espíritos em – LIVRO PRIMEIRO – AS CAUSAS PRIMÁRIAS – Capítulo Primeiro – DEUS – I – DEUS E O INFINITO (LAKE), Edição Especial, Editora e Encadernadora Lúmen/1966–tradução de J. Herculano Pires, página 63 diz: O que é Deus? – Deus é a Inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. (...). As perguntas e respostas prosseguem e no item II do mesmo capítulo (página 64), parágrafo 4, a pergunta: Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?
– Num axioma que aplicais às vossas ciências: Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e vossa razão vos responderá (...).
Foram muitas as revelações antes e depois da Codificação. A mais recente é a transformação dos meios científicos. Sociedades médicas espíritas e intelectuais dos mais diversos setores da sociedade, se organizando no Brasil e em várias partes do mundo visando à propagação e esclarecimento da Doutrina que nos trouxe a TERCEIRA REVELAÇÃO.
O misticismo e a deturpação de fatos religiosos e científicos através dos tempos levaram a essa batalha surda e inútil. O homem se raciocinar matematicamente como o fizeram muitos cientistas e filósofos através dos séculos vão verificar que DEUS NÃO REVOGA SUAS PRÓPRIAS LEIS.
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*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, escrevendo crônicas, contos, artigos e matérias especiais. Contato com o jornalista pelo e-mail:
jgarcelan@uol.com.br
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