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2010 ano em que teremos eleições para presidente da república, governadores, deputados e, provavelmente para alguma vaga a senador, está chegando. Uma rotina que se repete dentro do que chamam Estado Democrático, desde em que foi proclamada a República em 1889, salvo períodos ditatoriais – Vargas e Militar. É certo que houve eleições minoritárias nos períodos obscuros de nossa vida política – 1930/1945 e 1964/1985, mas acredito manobrada para que os desejos ditatoriais fossem mantidos em nome de um nacionalismo duvidoso ou pelo menos sujeito a uma análise mais profunda. A obscenidade da moral dos políticos na atualidade faz com que a população brasileira mais politizada, desacredite da honestidade de qualquer pessoa que se intitule como tal.Infelizmente, interesses de grupos econômicos, oligárquicos, sindicais, etc., prevalecem em detrimento da população mais carente (que é a maioria).
Se buscarmos nos arquivos dos jornais se verá ali noticiado milhares de escândalos mostrando maracutaias de todos os tipos. Desde armazéns cheios de alimentos destinados as vítimas da seca do nordeste apodrecendo por não ter sido distribuído até obras faraônicas não concluídas e terminadas com orçamentos superfaturados. Em permeio a tudo isso, o desvio de verbas em todos os órgãos públicos e uma festa sem fim com o dinheiro sofrido do trabalhador que tem descontado de seu salário o imposto de renda. Prosseguir relatando essas mazelas, me daria vontade de vomitar, pois o pior de tudo isso, é que essas pessoas são produto do meio.Há alguns anos atrás, um bananeiro semi-analfabeto candidatou-se a vereador aqui em minha cidade. Não ganhou, mas faltou pouco.
Tempos depois, ao comprar suas bananas, como quem não queria nada, lhe perguntei; “Se você fosse eleito quem você colocaria como assessor?” “Meu filho!” Respondeu ele sem vacilar. Outras perguntas se seguiram semelhantes e a todas respondeu com sua “ingenuidade tacanha”, dizendo que seus parentes seriam os escolhidos. Desconhecia o que significada a palavra nepotismo entre outras.
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*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, escrevendo crônicas, contos, artigos e matérias especiais. Contato com o jornalista: jgarcelan@uol.com.br
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