domingo, 4 de janeiro de 2009

Vamos abaixar o preço da gasolina?

Edward de Souza

Há uma década recebo e-mails com certa freqüência contando uma história e clamando união para deixarmos de comprar gasolina nos Postos da Petrobras. Louváveis iniciativas, mas depois de tanto tempo, qual foi o resultado efetivo?
A Petrobras, constituída no Governo Getúlio Vargas, na década de 40, abria-se com o Lema: “O Petróleo é nosso.” Sua criação utilizou 100% de capital do Povo Brasileiro, advindos dos impostos que pagamos, embora hoje, somente uma determinada “nata” possua suas ações; ou seja, ela não nos pertence. O seu lucro sempre fora utilizado politicamente e cobrira também rombos do Tesouro Nacional.
Todo o petróleo extraído e até o importado, é totalmente monopolizado por esta estatal. Ela nada perde se não comprarmos gasolina de seus postos. Apenas os seus proprietários, arrendatários, cessionários perdem.
O preço final do combustível, no Brasil, é baseado na premissa do máximo que você pode pagar, acompanhado do máximo que você possa economizar. Aqui não funciona a lei de mercado.
Você sabia que o excedente é exportado a preços subsidiados e a gasolina é vendida a 60 centavos o litro para a Argentina? Você sabia que apesar desta maximização do lucro, a Petrobras costuma tomar empréstimos externos vultosos no mesmo nível? Por favor, alguém me explique essa lógica.
Agora uma pergunta fútil, mas útil: - Se 100% da nossa necessidade é produto nacional, por que a estatal manipula os preços conforme cotações internacionais? Mais, por que só nas altas e nunca nas baixas?
Como vê, abaixar o preço da gasolina parece luta inglória. A nível estadual nos mostram que não rezam a mesma cartilha. A nível federal nem se fala! Até onde nosso povo conseguirá arcar com tantos desmandos?