segunda-feira, 1 de março de 2010


O SÍMBOLO PERDIDO


“...O que está perdido...será encontrado...”


Washington, a capital dos Estados Unidos, tal qual Roma, está cheia de passagens secretas e túneis – sua arquitetura, concebida e projetada por grandes mestres maçons – George Washington, Benjamin Franklin e Pierre L’Enfant, assim como sua arte e seu simbolismo, estão entre as mais interessantes do mundo.

Após ter sobrevivido a uma explosão no Vaticano (Anjos e Demônios) e a uma caçada humana em Paris (O Código Da Vinci), Robert Langdon está de volta em mais uma intricada história, com seu profundo conhecimento de simbologia e brilhante habilidade para solucionar problemas.

Em O Símbolo Perdido, o célebre professor de Harvard é convidado às pressas por seu amigo e mentor Peter Solomon - eminente maçom e filantropo - a dar uma palestra no Capitólio dos Estados Unidos (a sede dos poderes da república). Ao chegar lá, descobre que caiu numa armadilha. Não há palestra nenhuma, Solomon está desaparecido e, ao que tudo indica, correndo grande perigo.


Mal'akh, o sequestrador, um homem extremamente forte, ambicioso, inteligente e tatuado da cabeça aos pés, acredita que os fundadores de Washington, a maioria deles mestres maçons, esconderam na cidade um tesouro capaz de dar poderes sobre-humanos a quem o encontrasse. E está convencido de que Langdon é a única pessoa que pode destrancar o portal místico que lhe dará acesso irrestrito aos Antigos Mistérios.

Vendo que essa é sua única chance de salvar Solomon, o simbologista se lança numa corrida alucinada pelos principais pontos da capital americana: o Capitólio, a Biblioteca do Congresso, a Catedral Nacional e o Centro de Apoio dos Museus Smithsonian.

Neste labirinto de verdades ocultas, códigos maçônicos e símbolos escondidos, Langdon conta com a ajuda de Katherine, irmã de Peter e renomada cientista que investiga o poder que a mente humana tem de influenciar o mundo físico.

O tempo está contra eles. E muitas outras pessoas parecem envolvidas nesta trama que ameaça a segurança nacional, entre elas Inoue Sato, autoridade máxima do Escritório de Segurança da CIA, e Warren Bellamy, responsável pela administração do Capitólio. Como Langdon já aprendeu em suas outras aventuras, quando se trata de segredos e poder, nunca se pode dizer ao certo de que lado cada um está.

Sob a pena de Dan Brown, Washington se revela tão fascinante quanto o Vaticano ou Paris. Em O Símbolo Perdido, ele desperta o interesse dos leitores por temas tão variados como ciência noética, teoria das supercordas e grandes obras de arte, desafiando-os a abrirem a mente para novos conhecimentos.

PORQUE SUGIRO A LEITURA DA OBRA:

Quem aprecia a leitura de obras de ficção sabe o que esperar e busca se divertir-se, rindo, chorando, se emocionando, ficando tenso ou relaxado, conforme a obra se apresenta.

Quem lê Dan Brown encontra uma narrativa eletrizante, detalhista, enigmática, que prende o leitor, já que o autor é especialista em suspense e sabe, como poucos, encadear a história, mantendo a tensão, intencionalmente, até o desenlace.
De outra parte, o autor aborda um assunto interessante, envolvendo a Maçonaria, uma associação de caráter universal, cujos membros cultivam a filantropia, a justiça social, o aclassismo e a humanidade, através dos princípios da liberdade, democracia e igualdade, aperfeiçoamento intelectual e fraternidade. Enfim, essa associação, ainda cercada de mistérios, é um dos pilares da trama, bem como a Noética, um ramo da filosofia metafísica que se preocupa com o estudo da mente e da intuição, que é alvo dos estudos e das experiências da Dra. Katherine Solomon, envolvida com Langdon para tentar salvar seu irmão, Peter.

E claro, apresenta o fascínio arquitetônico da cidade de Washington - suas construções e monumentos estão presentes em toda a trama, revelando a inteligência e o talento de seus projetistas e construtores.

Esclareço que esta sugestão de leitura é apenas uma alternativa para quem gosta de ficção que envolve aventura, suspense e mistério. Nem sempre factível e verossímil. Como nos outros livros de Dan Brown - Ponto de Impacto, Fortaleza Digital, Anjos e Demônios e O Código Da Vinci. Todos são best-sellers. E daí? Nenhum preconceito me move. Há literatura para todos os gostos. Algumas obras para edificar o espírito, outras para entreter. Garanto-lhes diversão e algumas curiosidades reveladas.

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*Nivia Andres
é jornalista e licenciada em Letras. Suas opiniões e vivências estão no blog Interface Ativa! Acesse:
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