quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

BRASIL ... O PARAÍSO DA TRAMPOLINAGEM

Edward de Souza

Li em uma camiseta, e comecei a analisar que realmente, de perto ninguém é normal. Exemplos mil estão em nossa vida cotidiana. Do mais ao menos importante. Vale para todas as castas. Escrevo castas, porque o Brasil está sofrendo o mal do rico, ficando cada dia mais rico, e o pobre cada dia mais pobre. Logo mais serão somente o é ou não é. “Reflexo da crise mundial” analisa o comentarista econômico de grande rede de tevê. Reflexo coisa alguma. É que a concentração de renda está nas mãos de poucos. E os que falam que vão lutar – e deveriam lutar -, para mudar este estado de coisas, estão na lista de protagonistas de alguma CPI da vida. É... De perto ninguém é normal. Razão absoluta tinha quem construiu tal frase. O Brasil é um grande “paraíso”, onde mora impunidade, malandragem, trampolinagem, falta de decoro parlamentar, uma infinidade de políticos “Pinóquios” - que só sabem prometer - a vantagem de ter um lucro fácil, fazer o outro de tonto e muitos mais nefastos habitantes. Chateado hoje estou, pois tudo o que você pode conseguir para dar aos seus filhos, é de uma hora para outra, tirado como um pirulito de uma mão de criança. Então, repito a frase: de perto ninguém é normal.
Até quando políticos que pregam ‘filosofias de almanaque e de nada entendem vão deitar cátedra? Até quando a "menoridade" de 18, que é de 1940 vai prevalecer? Quantos mais vão ser vitimados pelos "menores" sem que haja punição efetiva? Os "menores" de hoje são iguais aos de 1940? A morte de milhares de pessoas de bem e outras tantas mantidas em cativeiros, roubadas em seu direito de liberdade, só consegue chamar a atenção dos governantes quando acontece com alguém que está no poder. Não é justo nem humano que aqueles escolhidos pelo povo para conduzir seu país, lamentem e decretem "guerra" aos criminosos apenas quando essa barbaridade atinge alguém em evidência. Não se sensibilizam com a neurose coletiva que aflige a todos, vivendo em ritmo de roleta russa, não acatando a iniciativa de grupos ou cidadãos que, tentam, desesperadamente, sugerir algumas medidas contra toda essa violência, que atinge especialmente a classe menos privilegiada.
“Cientistas estão desenvolvendo um futuro melhor”, ouvi de uma figura dos meios políticos. Futuro melhor? Com alguns deputados acusados dos piores crimes, e ninguém com “saco roxo” para colocá-los na cadeia? É inóspito pensar que outro fim tenha alguém considerado “gente de bem”, e que ande do outro lado da lei. Lei, em sua maioria feita por eles próprios, mas que em nenhum momento pensam em cumpri-las. Indignado fico, pois a geração futura, que nem bem começou a brotar, já está amedrontada. Pensam os jovens de 10, 11 ou 12 anos, que quando alcançarem 18, o mundo vai estar pior que está hoje.