sábado, 30 de outubro de 2010

SEXTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2010


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Diante de impropérios que a nação vem ouvindo nos últimos oito anos com absoluta lenidade, conclui-se que o estado brasileiro foi invadido pelo hipnotismo de um tirano, capaz de absurdo horror contra todos, desde que lhe seja garantido o poder absoluto.
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A partir das alianças amigas e solidárias de Lula, com Chaves, Fidel, Mahmoud Ahmadinejad, é oportuno detectar semelhança entre ele e suas atitudes, com grandes ditadores da história: No passado da França, Luis 14, “Rei Sol” (o Estado sou eu); da Alemanha, Hitler; o Rei Deus da Pérsia, Xerxes 1º, ou ainda a vontade inflexível de Joseph-Désiré Mobutu em trilhar o caminho de suas conquistas, mesmo deixando atrás de si, rastros de infortúnio e fogo.
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Se em Luis 14 foi evidente o absolutismo, vivemos com da Silva o mesmo gosto. Hitler todos conhecem seu registro macabro na história. Seu despotismo mostra herança congênita incluindo a vontade para dominar o mundo. Xerxes Iº usurpou o cargo do irmão primogênito, derrotou o exército de Leônidas no desfiladeiro de Termópilas, saqueou a África e arrasou os santuários da acrópole ao dominar Atenas.
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As afinidades entre Lula e o ditador Mobutu, Rei do Congo/Zaire, o “Grande Leopardo”, pode se apontar na origem humilde de ambos, na arrogância e volúpia pelo acúmulo de fortunas, de poder, no apego ao despotismo e na truculência. É também evidente a alta capacidade no iludir o povo, dando a mentiras, cunho de verdade. Se Mobutu convenceu com eficiência para obter ajuda de várias lideranças de países do ocidente, Lula caça direito, inibe judiciário e legislativo, pratica ditadura com mascara de democracia afirmando: “o Estado sou eu”, como disse Luis 14, expressão repetida pelo congolês. Adotaram na vida publica a linha da cleptocracia.
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As diferenças entre os dois? Lula nunca estudou, sempre viveu custeado por organizações sindicais, não aprecia leitura, e ameaça sistematicamente amordaçar a imprensa através do cerceamento da liberdade constitucional. Mobutu, o presidente, aprendeu a falar francês e currículos iniciais aos 8 anos. Logo a seguir, tornou-se frequente na leitura. Devorava publicações literárias, revelando, em principio, interesse por Charles de Gaulle, Winston Churchill e Maquiavel. Ainda no exercito, começou a trabalhar no jornalismo dedicando-se principalmente a área política. Em 1956 deixou as forças armadas para ficar no jornalismo em tempo integral.
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Não será difícil para o leitor em simples análise, constatar em Lula, um forte apetite ditatorial no desejo de subjugação do mundo, – hitlerismo – demonstrado claramente na busca de postos avançados, incluindo a ONU, no momento em que viu esgotar-se possibilidade de seus anseios de terceiro mandato, interposto por suas marionetes. Seus exemplos passados a nação, sob a égide da arrogância, se multiplicaram em rebeldia, mentiras e acobertamento das tramas engendradas a sua sombra no Palácio da Alvorada. Sua teatralidade tirânica ao ser contrariado, especialmente nos palanques de onde jamais desceu durante sua gestão, seu olhar fulminante espargindo ódio e terror, suas palavras a pregar o extermínio de agremiações e aniquilamento de pessoas, sempre identificaram o mal incrustado em seu espírito, sem a mínima observância ao dito maior: amai-vos uns aos outros.
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Ao final de uma jornada que deveria se revestir de acentuada civilidade, sublinhou-se a face inculta, despreparada e ambiciosa a incitar contra liberdade de expressão. Por inspiração do nefasto regente, estados da federação cuidam de aplainar caminhos criando conselhos de comunicação monitorando a mídia. O arbítrio foi recomendado na Conferencia Nacional de Comunicação convocada por Lula e começa a render frutos alicerçando pretensão de cercear a liberdade de imprensa em âmbito nacional. O art. 142, da Constituição Federal, com sabedoria reza que, “as Forças Armadas ocupam-se com a defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais, e por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.
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Neste domingo, o eleitorado brasileiro decidirá nosso destino. Sua cultura política e ponderação vão definir o acerto ou desvio do caminho que leva a redenção nacional através do equilíbrio com justiça para a emancipação da pátria. Rejeitemos a ditadura ameaçando as liberdades. Honremos e desfrutemos a democracia com respeito ao silencio da caserna.
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*José Reynaldo Nascimento Falleiros (Garcia Netto), 82, é jornalista, radialista e escritor francano. Autor dos livros Colonialismo Cultural (1975); participação em Vila Franca dos Italianos (2003); Antologia: Os Contistas do Jornal Comércio da Franca (2004); Filhos Deste Solo - Medicina & Sacerdócio (2007) e a novíssima coletânea Seleta XXI - Crônicas, Contos e Poesias, recentemente lançada. Cafeicultor e pecuarista, hoje aposentado. Garcia Netto é amigo e colaborador deste blog.
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