sexta-feira, 2 de abril de 2010

CONTOS & CRÔNICAS DE PÁSCOA
PÁSCOA,

UMA TRADIÇÃO MILENAR

Marcelo Henrique assim se expressa em um artigo publicado na internet: “...Historicamente, a Páscoa é a junção de duas festividades muito antigas, comuns entre os povos primitivos, e alimentados pelos judeus, à época de Jesus. Fala-se do "pesah", uma dança cultural, representando a vida dos povos nômades, numa fase em que a vinculação à terra (com a noção de propriedade) ainda não era flagrante. Também estava a "festa dos ázimos", uma homenagem em que os agricultores sedentários faziam às divindades, em razão do início da colheita do trigo, agradecendo aos Céus, pela fartura da produção agrícola, da qual saciavam a fome de suas famílias, e propiciavam a troca nos mercados da época. Ambas eram comemoradas no mês de abril (nisan) e, a partir do evento bíblico denominado "êxodo" (fuga do povo hebreu do Egito), em torno de 1445 a.C, passaram a ser referenciadas juntas. É esta a Páscoa que o Cristo desejou comemorar junto dos seus mais caros, por ocasião da última ceia. Logo após a celebração foram todos para o Getsêmani, onde os discípulos invigilantes adormeceram, tendo sido o palco do beijo da traição e da prisão do Nazareno.

No entanto, há outros elementos "evangélicos" que marcam a Páscoa. Isso porque vinculações religiosas apontam para a quinta e sexta-feira santas, o sábado de aleluia e o domingo de Páscoa. Os primeiros relacionam-se ao "martírio", ao sofrimento de Jesus – tão bem retratado neste último filme hollywoodiano (A Paixão de Cristo, segundo Mel Gibson) -, e os últimos, à ressurreição e a ascensão de Jesus.
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No que concerne à ressurreição, podemos dizer que a interpretação tradicional aponta para a possibilidade da mantença da estrutura corporal do Cristo, no post-mortem, situação totalmente rechaçada pela ciência em virtude do apodrecimento e deterioração do envoltório físico. As igrejas cristãs insistem na hipótese do Cristo ter "subido aos Céus" em corpo e alma, e fará o mesmo em relação a todos os "eleitos" no chamado "juízo final", isto é, pessoas que morreram pelos séculos afora, cujos corpos já foram decompostos, se reaproveitados pela terra, ressurgirão, perfeitos, reconstituindo estruturas orgânicas, no dia do julgamento, onde o Cristo separará justos e ímpios.
ESTE ARTICULISTA ESPÍRITA TEM RAZÃO!

Deus nosso Pai, ao contrário dos seres humanos, não viola suas próprias leis. “Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade.” (Kardec).

A Igreja católica criou muitos dogmas para enriquecer ou confundir os crentes que se aglutinaram em torno da mensagem de Jesus. Para atingir seus objetivos não hesitaram em embaralhar as mentes ingênuas de um povo que na época, não sabia ler. Um privilégio para o clero e mais alguns poucos.

Com isso, criou-se a raiz de muitas tradições que hoje se faz presente em todo o mundo. A malhação do Judas, por exemplo, foi trazida pelos portugueses e espanhóis. Uma tradição que antecede o “Domingo de Páscoa” e denominada “Sábado de Aleluia”. O fato em si é estúpido e cruel. As pessoas não sabem o que estão fazendo. Deus Amor e Jesus todo Perdão jamais incutiriam na humanidade gestos ou atos de ódio.

Entretanto, ao que parece, no Brasil, a malhação do Judas acabou gerando um ato de protesto contra pessoas ou situações que desagradam à população. Mas, a situação ainda é de ignorância. O ódio e atos de revolta um dia deixarão de existir.
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Os espíritas têm uma visão diferente das demais doutrinas cristãs. Por ser esse dia tradicional ele é respeitado como também são respeitadas todas as filosofias que praticam ou divulgam o bem.

A questão de renovação, para o espírita, é algo a ser feito diariamente e não apenas celebrado (ou relembrado), ou seja, no Natal ou na Páscoa. De acordo com o Evangelho Segundo o Espiritismo, o verdadeiro espírita é reconhecido por sua transformação moral e pelos esforços que empreende para domar suas más inclinações.

Os ritos e crenças das igrejas cristãs devem ser respeitados. Afinal, entende-se que essa foi a forma que a humanidade encontrou para fazer uma reflexão sobre os ensinamentos de Jesus e atentar para o “AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO.”
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*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista: jgarcelan@uol.com.br
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