sexta-feira, 5 de março de 2010


SOMOS RESPONSÁVEIS

PELOS

DESASTRES DO MUNDO


Muito se tem falado das alterações climáticas do mundo. Aliás, todos nós temos sentido essas mudanças. As tragédias se sucedem. Maremotos, terremotos, secas prolongadas que provocam a miséria e a fome em muitos locais de nosso planeta. Segundo estatísticas da ONU, quase um bilhão de pessoas passam fome.
Em outros locais, as chuvas prolongadas ocasionam desastres terríveis. Milhares de pessoas desabrigadas, outras mortas ou desencarnadas em consequência.

Governos se reúnem para por fim às possíveis causas dessas alterações. Cada um deles defendendo seu ponto de vista para não prejudicar o crescimento de seu país.

Na verdade o que se percebe é uma pesada dose de egoísmo. O próximo nessa questão é esquecido.

A conscientização de cada ser humano para o problema deveria ser a meta. Um amplo programa de conscientização mundial para as questões do meio ambiente deveria ter prioridade. Evitar-se-ia frases como a que se ouve aqui e ali: “não estou nem aí, eu não vou estar vivo (a) para ver essas previsões pessimistas”.

Lendo o livro no “Roteiro do Evangelho” de Vera Lúcia e Ottília (espírito) – edição IDE/1989, capítulo 44, “Como ligarei”, destaquei o seguinte parágrafo: “Não olvides a voz da razão e da inteligência esclarecida, que te induz a reconhecer que o dia de hoje teve o seu começo no de ontem e prolongar-se-á até o de amanhã”.

Na verdade, somos herdeiros de nós mesmos. O materialismo excessivo é que está ocasionando todos esses desastres. A ganância aliada ao egocentrismo levará a humanidade a sofrimentos atrozes. Resta-nos a esperança da evolução espiritual para que um dia, o homem, menos materialista, comece a consertar o que destruiu.

É interessante observar que a energia que trouxe progresso ao mundo é a mesma que vem degradando o meio ambiente. Sim, falo do petróleo! Pois além do combustível são fabricados utensílios cuja deterioração leva centenas de anos, causando um enorme prejuízo à natureza que nos cerca.

Para ocupar o solo, o homem busca o meio mais fácil de conseguir a área desejada para a produção de alimentos. Provoca as queimadas! Um mal terrível para a extinção das espécies e degradação dos rios. Rios que fornecem a água que bebemos para podermos sobreviver. Onde está o bom senso e a racionalidade? O egoísmo é o vilão.

Enquanto escrevo este artigo, as manchetes nos jornais, rádio e televisão dão ênfase ao acontecido no Suriname. Dezenas de garimpeiros brasileiros foram agredidos violentamente em um dos muitos garimpos existentes no norte daquele país.

As imagens mostram um rio poluído devido à extração do minério aurífero e a mata ribeirinha completamente danificada!

As mortes ocasionadas pelo deslizamento de encostas em Angra do Reis e Ilha Grande, no Rio de Janeiro, é outro exemplo de descaso para com a natureza.

Fatos como esse acontecem em todas as partes do mundo. Afinal, o homem está em toda a parte.

O que nos aborrece (sou humano imperfeito) é ver que essa mesma mídia que noticia o fato com tanto alarde não tocar no assunto com a ênfase que deveria ser dada ao problema ocasionado pelo ser humano. Alguém já disse “E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE”.

O desvario dos homens em qualquer classe a que pertençam (uma divisão entre os homens) é latente. O lucro material é o que importa! O resto... a gente resolve depois.

Daí a dificuldade ou a má vontade de aceitar ou entender a reencarnação como um fato natural. Aceitá-la seria como interromper (para os incrédulos) o seu consumismo exagerado e despojar-se dos vícios morais. Preferem acreditar em histórias da carochinha ou não acreditar em coisa nenhuma e assim, entre o céu e o inferno, ficam com a crença de que “vamos aproveitar o máximo, pois a vida é uma só!”.

Ledo engano! Os sinais estão para quem quiser realmente ver. O desvario e a destruição do que se fizer hoje será nossa herança amanhã.

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*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista pelo e-mail jgarcelan@uol.com.br
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