sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

JOVENS: ALIENADOS OU REVOLTADOS?

Em poucas gerações, a juventude de uma maneira geral, alienou-se dos problemas reais que afligem o mundo e tentam viver ou criar uma sociedade de mentirinha. O lazer de tempos idos, saudável e até educativo, ficaram para trás. Hoje, o que vale, é a latinha de cerveja em roda de amigos, a balada onde rola algumas drogas e o sexo desvairado. Influenciados pela moda, tornam-se escravos da mídia implacável. Receiam ser rejeitados pelos grupos a que pertencem. Sentem vergonha de se declarar virgens ou recusar a fumar um baseado e assim por diante. O resultado desse quadro apresentado é de cada vez mais drogado e desastres automobilísticos envolvendo a “Juventude Transviada” (filme com James Dean e foto do ator ilustrando esse artigo). Os anos pós-guerra trouxeram essas calamidades. A partir da década de 50, bandas e cantores populares começaram a enaltecer a virtude das drogas e a juventude se deixou levar. Mesmo quando esses falsos “ídolos” começaram a morrer de overdose. À medida que determinados costumes foram abolidos na educação familiar (um deles a educação religiosa), notou-se que o respeito para com as pessoas era cada vez mais ausente. E a cultura? Esses jovens alienados talvez nem sabem o que é isso! Se perguntado o que ocorreu em determinada data festiva em que é comemorada uma efeméride, não sabem; respondem apenas que é feriado e que estão numa boa.
“Enquanto o vício se nos reflete no corpo, os abusos da consciência se nos estampam na alma, segundo a modalidade de nossos desregramentos”. Essa frase é de Emmanuel com psicografia de Francisco Cândido Xavier (do Livro Religião dos Espíritos, 5 – FEB). Os possíveis leitores deste artigo dirão: - esse cara tá pegando no pé do jovem. E eu responderia: - não há regra sem exceção -, pois eu acredito que esse tipo de jovem é minoria; uma minoria que influencia muitos outros! E é aí que entra a Juventude Espírita. “O Espírita, na essência, é o cristão chamado a entender e auxiliar” – Emmanuel – Chico Xavier, do “Livro da Esperança”. Usando a expressão latina “similia similubus curantur”, ou seja, os semelhantes curam-se pelos semelhantes (a base da homeopatia), os jovens espíritas têm a facilidade de se aproximar de seus iguais. Em cada adulto, o adolescente alienado vê os pais repressores, limitadores e até tiranos.
Dessa forma, usando do conhecimento espírita, a juventude - que na verdade não são jovens - poderá com amor e dedicação fazer o que nenhuma outra organização fará. Acredito que os primeiros espíritas brasileiros e de outros lugares do mundo estão agora reencarnando e um bom observador poderá notar que o plantio de ontem está sendo colhido hoje! É dessa forma que nós, espíritas, contribuiremos para o progresso deste Planeta e, a cada reencarnação, seremos muitos mais. Talvez, a grande doença que grassa entre essa juventude é pensar que não é ninguém, daí, as drogas e a adrenalina que julgam conseguir desafiando a sociedade. Encerro com um pensamento de Madre Tereza de Calcutá: “Uma das grandes enfermidades é não ser ninguém para ninguém”.
*Juliano Morgado é Jornalista e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. E-mails sobre esse artigo podem ser postados no blog ou enviados para o autor, nesse endereço eletrônico:
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