quarta-feira, 30 de junho de 2010



Apesar de pertencer a uma família pobre, posso dizer que levei uma infância de rico. Nasci em Santo André numa fria madrugada de junho de 1948 e, dois meses após, fui no colo de minha mãe para Bálsamo, para onde minha família passou a morar. As ruas ainda eram de terra. As casas térreas, com amplos quintais, todos com árvores frutíferas. As residências dos meus avós eram as preferidas. A dos meus avós maternos possuía mangueiras com os mais diversos tipos de manga – a que eu mais apreciava era a Bourbon. Havia, ainda, rente às cercas de arame farpado no quintal, pés de abacaxi, que eu saboreava ali mesmo quando eles amadureciam. A dos meus avós maternos era preferida por causa de suas jabuticabeiras, das pequenas às grandes. Doces como mel, eu as saboreava nos próprios pés, diante do sorriso maroto do meu avô Angelim, um tipo pequeno e simpático.
Na outras casas, também, nada era proibido. Por isso, eu, sempre quando tinha vontade, invadia os quintais dessas casas e pegava minha fruta preferida - laranja, caju, melancia, dependendo da época. As mangueiras predominavam na maioria dos quintais.
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Antes de completar seis anos de idade, ingressei na escola municipal, denominada Modesto José Moreira. Lá fiz o primário e, no mesmo edifício onde funcionava a escola, tinha também o ginásio, onde cursei até o segundo ano – foi quando minha família transferiu-se novamente para Santo André. Em Bálsamo, além de estudar, cheguei a trabalhar como bóia-fria catando algodão e, depois, amendoim. Depois, passei a visitar os sítios dos arredores da cidade com um carrinho puxado à mão, arrecadando garrafas que, posteriormente, vendia no comércio da cidade. Minha última profissão em Bálsamo foi a de engraxate. Acredito que fui um dos primeiros a implantar o atendimento de engraxate em domicílio. Enquanto os demais engraxates ficavam na praça central ou andando pelas ruas à cata de cliente, eu visitava as casas, no horário marcado, e engraxava os sapatos de toda a família. Um negócio mais garantido, que foi copiado posteriormente pelos demais colegas de profissão.
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Jogava também futebol. Diziam que tinha um chute potente. Não segui carreira por ter-me contundido, lesado o tornozelo da perna direita. Nunca mais chutei uma bola com força. Aprendi a nadar nos rios e lagoas existentes nos sítios instalados ao redor da cidade. Esse aprendizado salvou a minha vida quando, ao regressar em um barco da Ilha Anchieta com destino a Ubatuba, no litoral norte paulista, o barco naufragou. Mesmo diante de ondas altas e violentas, consegui nadar até à praia da ilha. Nesse dia, foi impossível não lembrar os rios de Bálsamo.
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Em Bálsamo é que tomei gosto pela leitura. Meu pai era assinante da revista Cruzeiro, já extinta, e da Readers Digest e, nas horas de folga, eu ficava lendo em sua barbearia. Na Cruzeiro, não deixava de apreciar a última página, com a crônica de Rachel de Queiróz. Ambas, proporcionam boas leituras, bom passatempo, principalmente para uma criança que começava a descobrir o mundo exterior.
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Namorar com aquela idade era sonho e brincadeira. Cheguei a paparicar uma das meninas, da qual nem me lembro o nome. Mas lembro, não só do nome, mas também do rosto de uma por qual me apaixonei, se é que se pode chamar de paixão o sentimento de um menino com menos de dez anos. Chamava-se Alaíde, era morena, tinha cabelos negros e um sorriso encantador. Eu a via com mais freqüência aos sábados, pela manhã, quando ia até a sua casa engraxar sapatos. Ingênuo, ignorava que ela jamais iria se enamorar por um engraxate, sabendo que os garotos de família rica também a desejavam. Já se passaram quase meio século e eu ainda tenho essa menina em meu pensamento: Alaíde, minha paixão infantil.
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Em Bálsamo, fiz muita amizade e poucos amigos. Dois deles: Ismael e Tico. Ismael mudou-se de lá nos anos seguintes e só o vi, depois, uma vez. Como repórter, viajava com destino ao norte de São Paulo, quando o encontrei num posto de gasolina, pedindo carona para um motorista de caminhão. Conversamos rapidamente e ele se foi. Nunca mais o vi. Tico, cujo nome era Heider José Borduqui, permaneceu meu amigo até a sua morte. Toda vez que eu visitava Bálsamo, ia ao seu encontro. Nos dias em que lá ficava, estávamos sempre juntos, nos bares, bebendo cerveja e conversando sobre a infância passada. Quando o vi pela última vez, apesar de ter parado com as bebidas alcoólicas, aceitei tomar um copo de cerveja com ele. Brindamos a nossa saúde. Ele morreu no ano seguinte.
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De Bálsamo, tenho boas lembranças. Nos finais de ano, quando tudo dá certo, revisito a cidade. Está muito modificada. As ruas pavimentadas, o número de carros aumentou de maneira extraordinária. Não é mais nem sombra do que foi no passado. Perdeu a sua paz... Assim como eu perdi a minha saúde. Faz tempo que não volto a Bálsamo. Talvez volte um dia. Sinto que, se voltar, será uma visita nostálgica, com ar de despedida. Uma visita de quem vai para se despedir. É o que sinto. É o que o meu coração me faz dizer.
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Quando da minha infância em Bálsamo, a imagem que tinha de Bagdá era aquela dos castelos gigantes e misteriosos, de ruas estreitas, de bares camuflados nos porões, nos tapetes voadores, nos reis e nas rainhas e, principalmente, de Ali Babá e os 40 ladrões – este último que ficou mais famoso no Brasil depois que políticos confundiram Ali Babá como chefe dos 40 ladrões e não como o seu o seu implacável perseguidor. Bagdá me lembrava – e ainda me lembra na imaginação – a cidade dos sonhos, das lâmpadas maravilhosas realizadoras de desejos impossíveis. Jamais – mesmo nos dias de hoje – deixei que a guerra desfechada por sanguinário norte-americano, no suposto extermínio de armas nucleares, na conquista permanente da paz mundial, eliminasse de minha mente essa visão romântica.
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Bagdá me lembra, ainda, as mulheres com véus transparentes, deixando ver a suavidade de suas faces, o misterioso e envolvente olhar feminino que só as mulheres árabes conseguem ter. Assim, caminhando pelo corredor do terceiro andar no Hospital do Câncer, para melhor circulação do sangue, é que via, bem ao final, a figura de uma mulher que, por motivos ainda desconhecidos, me levavam em sonho para Bagdá. Ela estava lá, aparentemente só, à espera não se sabe do quê. Mais tarde, fiquei sabendo que era o seu cunhado que ali estava internado e só estava aguardando determinação para ser encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva. O motivo da doença, não fiquei sabendo. Só a vi, sozinha, o olhar perdido em algum lugar de seu deserto particular e, com o cansaço natural provocado pela quimioterapia, parei estático, escorando-me na parede. Respirava com dificuldade e ela me ofereceu uma cadeira.
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- Se quiser, pode entrar e descansar. Meu cunhado já foi para a UTI.
Agradeci, respirei, como se ali estivesse um oásis. Restabelecida a respiração normal, ia recomeçar a caminhada de volta ao meu quarto, quando ela formou uma espécie de triângulo com seu braço esquerdo e ofereceu a ajuda, com uma ternura, com uma meiguice jamais sentida em toda a minha vida. Não afeito à delicadeza tão espontânea, me neguei a aceitar e ela insistiu, formando de novo o triângulo com o braço esquerdo: "Aceite, por favor".

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E nessa sua insistência, por instantes, senti parte da milenar solidariedade do povo árabe. Se aceitasse, agora compreendia, estaria aceitando a ajuda que ela não poderia mais dar ao cunhado ausente. Deixei-a me conduzir até ao meu quarto e lá mesmo ela se identificou: "Meu nome e Daguirra. Nasci em Bagdá". Antes que eu a questionasse, ela complementou: "Não nessa Bagdá atual. Mas a Bagdá do meu tempo criança, dos castelos e das mil e uma noites".
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Na próxima quarta-feira, o décimo segundo capítulo de Memória Terminal, do jornalista José Marqueiz, Prêmio Esso Nacional de Jornalismo, falecido em 29/11/2008. O Prêmio Esso de Jornalismo é o mais tradicional, mais conceituado e o pioneiro dos prêmios destinados a estimular e difundir a prática da boa reportagem, instituído em meados da década de 50. (Edward de Souza/ Nivia Andres) Arte: Cris Fonseca.
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terça-feira, 29 de junho de 2010


MENINA-VENENO


E segue o baile das cadeiras, na Copa do Mundo da FIFA, na África do Sul! Findos os jogos da terça-feira, Paraguai e Espanha juntam-se a Uruguai e Gana; Holanda e Brasil; Argentina e Alemanha, completando o seleto grupo dos oito que ascendem às quartas-de-finais. E que contradança temerária! Se os dançarinos não fizerem pimba na jabulani, podem contratar aeroplano que os leve para casa!

Confesso-me entusiasmada ao perceber que quatro seleções sulamericanas seguem na disputa – Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, superando as europeias Holanda, Alemanha e Espanha, com o único representante africano, Gana, fechando o grupo.

E, vejam só, nada é impossível, podemos chegar às semifinais só com seleções do continente sulamericano, com disputas entre Brasil e Uruguai; Argentina e Paraguai. Nada mais, nada menos, do que a reprodução da Copa América!

Pois bem, a dança prossegue e não é só dentro das quatro linhas. Erros de arbitragem gritantes trouxeram, novamente, à baila, o uso do recurso da tecnologia para a decisão dos lances duvidosos. Joseph Blatter, o todo-poderoso presidente da FIFA, pediu desculpas, hoje, às seleções prejudicadas e disse que, na próxima reunião do Comitê de Arbitragem, serão novamente votadas as mudanças...Pela lentidão com que são introduzidas novas regras, não creio que haja reformulação em curto espaço de tempo. Muitos interesses estão em jogo...

Aliás, falando em interesse e poder, vocês têm ideia da premiação que será distribuída aos países participantes desta Copa do Mundo? O campeão leva US$ 30 milhões e a Taça FIFA; o vice, US$ 24 milhões; o terceiro lugar terá direito a US$ 20 milhões; o quarto, US$ 18 milhões. País eliminado nas quartas-de-final leva US$ 14 milhões; nas oitavas, US$ 9 milhões; na primeira fase, US$ 8 milhões. Cada seleção recebe, ainda, US$ 1 milhão a troco de ajuda de custo. Todos regiamente recompensados!

Voltando ao bailado futebolístico que anima e encanta o mês de junho em todas as latitudes, tenho certeza de que a dona do pedaço segue sendo a jabulani, a menina-veneno do Mundial, criada com aparato tecnológico que apresenta o novíssimo perfil "grip'n'groove", uma textura que possibilita estabilidade excepcional e domínio perfeito aos melhores jogadores do mundo. Ela é formada por oito gomos tridimensionais ligados termicamente que, pela primeira vez, têm molde esférico, fazendo com que a bola seja perfeitamente redonda e ainda mais precisa do que antes. Só que nem todos os craques têm conseguido domar a danadinha...Achei divino o novo apelido – menina-veneno! Surgiu durante o jogo Inglaterra e Alemanha, no domingo, quando o cantor Ritchie, inglês radicado no Brasil, participou, como convidado da Globo, dos comentários, no intervalo da partida. Quem não lembra daquela canção de sua autoria...Menina Veneno!

E a jabulani que tem aprontado tanto, provocando risos e lágrimas, não é única. Tem uma irmã preciosa. A jo’bulani – a bola do jogo oficial da final da Copa do Mundo da FIFA 2010. A jo’bulani é uma versão distintivamente dourada da jabulani. O nome é uma homenagem à cidade-sede de Johannesburg, conhecida como a "Cidade do Ouro" e também como Jo'Burg. A bola possui um design com a mesma inspiração sul-africana da jabulani, com a diferença de que a sua principal coloração é dourada.

Então, esperemos que a dourada jo’bulani esteja nos pés dos guerreiros do escrete canarinho, no dia 11 de julho, em Johannesburg, no magnífico Soccer City Stadium, seja qual for o adversário e que os deuses do futebol consintam que os nossos craques a acariciem, com amor, e façam dos gols com a douradinha manhosa, a nossa alegria!

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*Nivia Andres é jornalista e licenciada em Letras. Suas opiniões e experiências estão no blog Interface Ativa! (totalmente remodelado, deem uma espiadinha!) http://niviaandres.blogspot.com/
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JOGOS DE HOJE, 29-06, PELAS OITAVAS-DE-FINAL DA COPA DO MUNDO DE FUTEBOL DA ÁFRICA DO SUL:
PARAGUAI 0 x 0 JAPÃO
(NOS PÊNALTIS, PARAGUAI 5 X 3 JAPÃO)
ESPANHA 1 x PORTUGAL 0
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segunda-feira, 28 de junho de 2010

O CHILE TRAZ GOSTOSAS RECORDAÇÕES

Sempre que o Brasil enfrenta o Chile lembro-me da Copa do Mundo de 1962 que foi realizada naquele país, quando nossa Seleção iria conquistar o bicampeonato ao vencer os tcheco-eslovacos na final. A estrela de Pelé não brilhou, machucado no primeiro jogo, mas o Brasil contou com Didi, Djalma e Nilton Santos, Vavá, Zito, Amarildo e... Garrincha, um dos artilheiros da competição e melhor jogador da Copa.

A zebra andava solta pelos lados do Brasil e parecia que o sonho do bicampeonato mundial seria adiado. O treinador do Brasil, Vicente Feola, que havia conquistado o mundial em 58, sentiu-se mal e foi preciso substituí-lo às pressas. Aymoré Moreira assumiu o comando do escrete canarinho. A bruxa estava de plantão e no primeiro jogo do Brasil, contra o México, com vitória brasileira por 2 x 0, Pelé, que marcou um dos gols, se contundiu com gravidade e estava fora da Copa no Chile, para desespero de milhões de brasileiros. Amarildo, atacante botafoguense, entraria no lugar do melhor jogador do mundo.

Bons tempos eram aqueles dos cadillacs, da brilhantina, do namoro de mãos dadas, da coca-cola e chiclete Adams, das meias de nylon, dos corpetes pontudos e de “Only You” tocando no rádio. Nos Estados Unidos quem despontava para o sucesso eram os Beatles, que em 1962 lançavam seu primeiro disco, Please, Please Me. No cinema, morria Marilyn Monroe, aos 36 anos, após cometer suicídio. O mercado automobilístico estava em franca expansão e a novidade era que a empresa alemã Volkswagen tinha resolvido produzir os seus modelos de carros no ABC Paulista. Assim, no ano da Copa no Chile, sai da nova fábrica de São Bernardo do Campo, o primeiro Karmann-Ghia brasileiro, carrinho de linhas arrojadas e que fez um sucesso enorme nos anos 60 e começo dos anos 70.

Eu cursava o ginasial naquela época da Copa no Chile e o Brasil, sem Pelé, iria enfrentar o forte selecionado da Espanha, no período da tarde. E naquele tempo, nada de paralisar aulas ou fechar o comércio por causa de jogos da Copa. Até porque quase ninguém tinha TV em casa, principalmente no interior, e o único recurso era o rádio. Meu pai estava de olho para que eu não faltasse às aulas e colocou a mochila em minhas costas e me acompanhou até o ginásio onde eu estudava. No pátio da escola, cabeça baixa e desesperado para ouvir o jogo Brasil e Espanha, Carlão, um amigo, encostou-se e tirou de sua bolsa escolar um rádio portátil de pilha, com capa de couro marrom e alça, não me esqueço. Era a grande novidade da época e só ricos tinham um desses, custava caro e não tinham muitos para vender. Para ouvir o jogo saímos da escola e nos escondemos num campinho de futebol das proximidades. Levamos outros três companheiros. O Brasil perdia o jogo para a Espanha até 27 minutos do segundo tempo, quando brilhou a estrela de Amarildo. Contando com os passes de Garrincha, o substituto de Pelé marcou dois gols e o Brasil eliminou a Espanha da Copa do Chile. Na comemoração do gol da vitória, Carlão jogou o rádio pra cima, o aparelho caiu no chão e silenciou. Não ouvimos o final do jogo. Faltavam poucos minutos e ficamos aflitos, quando, repentinamente, fogos espocaram por todos os cantos da cidade. Era o sinal de que o Brasil tinha vencido o jogo e comemoramos, todos abraçados e pulando. O radinho foi levado logo depois a uma autorizada para conserto.
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Na semifinal da Copa o Brasil enfrentaria o Chile e os anfitriões tinham um bom selecionado e contavam com a torcida a seu favor. E nós, sem o radinho (ainda estava no conserto), demos um jeito de cabular as aulas e procurar algum boteco que tivesse rádio sintonizado no jogo. Não foi difícil encontrar um. Atentos na transmissão, ouvimos o locutor gritar, entusiasmado, do superlotado estádio Nacional do Chile, os dois gols de Mané Garrincha, marcados em 32 minutos de jogo e praticamente assegurando a vitória brasileira. Naquele jogo, o gênio das pernas tortas foi expulso da partida, após falta dura no chileno Rojas. Com a ajuda de Vavá, que também marcou dois gols, a seleção derrotou o anfitrião da competição por 4 a 2 e na disputa final, contra os tchecos, mesmo saindo perdendo por 1 x 0, o Brasil virou o jogo e venceu por 3 x 1, tornando-se bicampeão mundial.
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As regras foram mudadas na última hora para essa partida e Garrincha, expulso no jogo anterior contra o Chile, pode jogar. Um trambique bem arrumado, sem dúvida, para azar dos tchecos. Garrincha não marcou neste jogo, mas deu dribles sensacionais e passes certeiros para Vavá, Zito e Amarildo fazerem os gols do bicampeonato mundial.
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O Brasil enfrenta o Chile nesta segunda-feira, às 15h30 (de Brasília), no Estádio Ellis Park, na Copa do Mundo da África do Sul. O vencedor do duelo joga pelas quartas de final contra a Holanda, que venceu, também nesta segunda-feira, a Eslováquia por 2 x 1. A luta pela vaga nas quartas de final da Copa do Mundo não será a única preocupação do Brasil na partida contra o Chile, hoje. Além do adversário, a Seleção Brasileira precisa ficar atenta aos quatro jogadores pendurados com um cartão amarelo. Dois deles devem ser titulares contra os chilenos: o zagueiro Juan e o atacante Luís Fabiano. Já o volante Felipe Melo dificilmente será liberado pelos médicos, pois se recupera de contusão no tornozelo, enquanto Ramires deve ficar como opção, no banco de reservas.
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Sabemos que não temos jogadores que desequilibram a partida, como em 58, 62 e 70, mas estamos torcendo para que baixe em Robinho o espírito de Mané Garrincha e que ele entorte, com suas pedaladas, os zagueiros adversários. Temos esperança de que Luiz Fabiano se inspire em Amarildo ou Vavá, o peito de aço da conquista do bi no Chile e faça os gols necessários que classifiquem o Brasil para as quartas de final. E que Kaká esteja em seu melhor momento nesta Copa e nos encante com suas arrancadas maravilhosas, como faziam Zito e Didi e carregue, junto com suas passadas elegantes, todas as esperanças de milhões de brasileiros, para que, hoje no conforto de nossas casas, vendo o jogo numa TV, possamos soltar o grito de gol que ficou entalado em nossas gargantas no último compromisso, no frio 0 x 0 contra Portugal. Boa sorte, Brasil!
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*(crônica escrita e postada antes do jogo do Brasil).
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*Edward de Souza é jornalista e radialista.
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RESULTADOS DAS OITAVAS DE FINAL DA COPA DO MUNDO, JOGOS REALIZADOS NESTA SEGUNDA-FEIRA(28-06):
HOLANDA 2 ESLOVÁQUIA 1
BRASIL 3 X CHILE 0
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domingo, 27 de junho de 2010

COMEÇOU O MATA-MATA NA COPA DO MUNDO

.SÁBADO, 26 DE JUNHO DE 2010
Neste domingo as emoções começaram cedo, com o grande clássico europeu entre Alemanha e Inglaterra. Jogando um grande futebol e contando com um erro incrível da arbitragem, a Alemanha humilhou a Inglaterra com goleada por 4 a 1 e avançou confiante às quartas de final da Copa do Mundo. O trio de arbitragem comandado pelo uruguaio Jorge Larrionda, na primeira etapa, quando os alemães venciam por 2 a 1, anulou um gol incrivelmente legal marcado por Frank Lampard. Na jogada, a bola bateu no travessão e caiu dentro do gol da Alemanha (vejam foto acima). Os ingleses reclamaram muito, entendendo que, com o empate, caso o gol fosse validado, o jogo teria uma outra história, já que a Seleção da Inglaterra não se arriscaria tanto ao ataque e se defenderia mais, não tendo sofrido os outros dois gols no contra ataque alemão. Indiferente ao choro inglês, a Alemanha enfrenta agora a Argentina que, também com gol ilegal de Tevez, totalmente impedido, bateu o México por 3 X 1. As oitavas de final desta Copa na África começaram ontem, sábado, com a vitória do Uruguai por 2 x 1 sobre a Coreia do Sul e a derrota dos Estados Unidos para a Seleção de Gana, único representante africano, por 2 x 1. No tempo normal, EUA e Gana empataram em 1 x 1. Com estes resultados, nas quartas de final o Uruguai enfrenta Gana e pode ser o primeiro semifinalista sulamericano na Copa. Ainda pelas oitavas de final, nesta segunda-feira o Brasil vai enfrentar o Chile, repetindo as oitavas de 1998, na França - em que derrotamos os sul-americanos por 4 a 1. Antes, às 11 horas de Brasília, a poderosa Holanda, com 100 por cento de aproveitamento nesta Copa, como a Argentina, vai enfrentar a Eslováquia. O vencedor encara Brasil ou Chile, já nas quartas de final. *(Texto postado às 18h30 de domingo-27-06-2010)
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O futebol da Seleção Brasileira nesta Copa do Mundo na África do Sul tem a cara do seu treinador, feio, carrancudo, mas eficiente, isso não se pode negar diante dos resultados conseguidos até agora. No entanto, neste jogo de compadres ontem, contra Portugal, ficou provado que falta talento para nossa seleção armar jogadas e criar lances ofensivos. Durante boa parte do jogo nossos jogadores irritaram até o técnico Dunga tocando bola de um lado para o outro, algumas vezes errando passes de dois metros e propiciando contra ataque ao adversário. Apenas o futebol dos zagueiros Lúcio e Juan, além do goleiro Júlio César, com duas defesas sensacionais, sobressaíram neste jogo. Lúcio parou os atacantes de Portugal e fez, além do seu trabalho, também os dos volantes que só jogam para o lado e se arriscou à frente, indo trombar com a defesa lusitana. O lateral esquerdo Michel Bastos, nos três jogos da Seleção Brasileira não justificou ainda sua convocação, muito menos ocupar a vaga de titular na posição. Avança timidamente ao ataque, não marca e demonstra excesso de nervosismo quando por várias vezes a bola lhe escapa dos pés e sai pela lateral.
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Confesso-lhes, estou sentindo saudades de Roberto Carlos, que mesmo com a idade avançada, ainda joga o fino da bola no Corinthians, correndo 90 minutos. Falar em saudade, o jogo de ontem mostrou que Ronaldinho Gaúcho está fazendo falta neste time apático e sem objetividade de Dunga. De qualquer maneira, sem encantar os torcedores como fazia a seleção de 58, que tinha uma linha ofensiva formada por cinco jogadores, Garrincha, Didi, Vavá, Pelé e Zagalo, ou as de 62 e 70, ano em que foi tricampeão do mundo, o empate contra Portugal deu para o gasto. Dentro da filosofia do futebol pragmático (a mesma de 1994, quando Dunga era o capitão na campanha do tetra), o Brasil já percorreu quase a metade do caminho. Fechou a primeira fase em primeiro lugar e volta a jogar em Johanesburgo, como desejava o treinador e os jogadores.
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É preciso ser otimista, por isso lembro que nossa seleção jogou desfalcada ontem e deve melhorar muito com a volta dos titulares contra o Chile. Vamos colocar uma pedra sobre essa primeira fase que terminou, porque a Copa do Mundo começa hoje, sábado, com o mata-mata que coloca frente a frente as 16 melhores seleções até aqui, das 32 que foram para a África do Sul sonhando com o cobiçado título mundial. Quem perder despede-se da Copa do Mundo. Para nós, brasileiros, a Copa começa nesta segunda-feira contra o Chile e oxalá nossos jogadores encontrem o seu verdadeiro futebol.
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A vantagem neste jogo parece ligeiramente brasileira. Os chilenos, comandados por Marcelo Bielsa gostam de jogar para frente, o que pode deixar espaços para o estilo de contra-ataque favorecido pelo time de Dunga. Na última participação chilena antes da Copa de 2010, há 12 anos, a equipe - que tinha jogadores como o meia José Luis Sierra e a dupla de ataque formada por Marcelo Salas e Ivan Zamorano - caiu ante ao Brasil na mesma fase de oitavas de final por 4 a 1. Neste jogo, Dunga era o capitão do time brasileiro. Nos duelos do Chile contra a Seleção Canarinho, a vantagem é toda brasileira durante a "era Dunga". Foram cinco derrotas em cinco partidas (duas nas Eliminatórias da Copa, duas na Copa América de 2007 e um amistoso). A Seleção Brasileira terá ainda as voltas de Kaká, Robinho e Elano, ausências sentidas no jogo de ontem contra Portugal.
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Para aqueles que não confiam em nosso selecionado, mostro uma estatística que encontrei ontem na Internet, feita pela agência Infostrada Sports. De acordo com essa agência, a final mais provável da Copa do Mundo é entre Brasil e Argentina. Os eternos rivais sul-americanos são aqueles que têm mais chances de estarem na final do dia 11 de julho. E para levantar o astral dos torcedores brasileiros, informo que Brasil e Argentina já assumiram as primeiras colocações nas principais bolsas de apostas do mundo. É bem verdade que estatísticas estão aí para serem mudadas. Mas ainda assim, é sempre bom ter os números ao nosso lado. Caso a previsão se concretize, seria apenas a terceira vez que dois times do continente decidiriam uma Copa do Mundo - a primeira vez foi Uruguai x Argentina, em 1930; e a outra foi Brasil x Uruguai, em 1950. Nas duas vezes, a Celeste ficou com o título.
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Tudo indica que este será mais um final de semana prolongado, com o jogo do Brasil contra o Chile programado para a tarde de segunda-feira. O comércio promete abrir até as 14 horas, mas muitas fábricas, citando as de calçados de Franca, fizeram acordos com seus funcionários e só voltam a trabalhar na terça-feira. Tomara que ao final do jogo contra o Chile, todos possam sair às ruas e comemorar uma importante vitória brasileira que nos levará para as quartas de final, contra Holanda ou Eslováquia, mas essa fase da Copa do Mundo é outra história.
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*EDWARD DE SOUZA
é jornalista e radialista
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RESULTADOS DOS JOGOS DESTE SÁBADO, (26-06), OITAVAS DE FINAL DA COPA DO MUNDO NA ÁFRICA DO SUL:
URUGUAI 2 X COREIA DO SUL 1
EUA 1 X GANA
1 (TEMPO NORMAL)
PRORROGAÇÃO: EUA 1 X GANA 2
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RESULTADOS DOS JOGOS DESTE DOMINGO, (27-06), OITAVAS DE FINAL DA COPA DO MUNDO NA ÁFRICA DO SUL:
ALEMANHA 4 X INGLATERRA 1
ARGENTINA 3 X MÉXICO 1
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sexta-feira, 25 de junho de 2010

IMPRENSA TORCE PELO

FRACASSO DE DUNGA


Será que o pessoal que visita e faz comentários aqui no blog vai meter o pau neste escriba depois de ler o que vou continuar a escrever?
Aprendi, ao longo de minha vida, a não me deixar influenciar pelo o que a mídia, falada, escrita e televisada, propaga. A imprensa, de uma maneira geral, quando emite opiniões, não gosta de se ver contrariada. Na verdade, eu acho que não há, da parte da imprensa, humildade suficiente para admitir erros. Fale e escreva o que quer e, certamente, vai ouvir e ler o que não quer.

Alguns órgãos de divulgação deste país estão fazendo contra o Dunga, treinador da Seleção Brasileira, uma campanha sórdida. É de se lamentar.

Acredito até que, no alto de seu orgulho (descabido), alguns jornalistas ou cronistas esportivos estão torcendo para que a Seleção não consiga seu objetivo, que é o de se tornar hexacampeã.

Isso não quer dizer que Carlos Caetano Bledorn Verri, vulgo Dunga, também não seja tocado pelo excesso de altivez. Só que, ao contrário de seus desafetos, ele luta para ser campeão do mundo como treinador já que, como jogador, o é. Um vencedor! Não se deixa influenciar por palpiteiros. Pelo menos é o que parece, até agora.

A celeuma que se criou em torno da convocação de Ganso e Neymar, jogadores do Santos, provou que, apesar da intensa pressão da imprensa, Dunga não se deixou envolver. O tempo provou que o técnico da Seleção estava certo. Neymar prestaria um desserviço ao time. O já apelidado “Cai-cai”, certamente seria expulso no primeiro ou segundo jogo. O rigor da arbitragem não permitiria a “mise-en-scène” que o excelente jogador (mas, imaturo) está acostumado a fazer para conseguir faltas ou mesmo, um pênalti. Quanto ao Ganso, se viu em notícias recentes que o atleta foi submetido a uma artroscopia para eliminar inflamação na cartilagem do joelho. O que aconteceria se ele fosse convocado?

O descontentamento da imprensa com os técnicos das Seleções Brasileiras é proverbial. Na Copa de 1970, João Saldanha, jornalista e comentarista esportivo, foi convocado pela CBD para ser o técnico da Seleção. É verdade que o sucesso do treinador com times cariocas foi levado em conta. Mas, por trás de tudo isso havia uma finalidade - conseguir menos pressão da imprensa.

Dunga não diz “amém” aos “donos da verdade”. Por isso é atacado, impiedosamente. Por realizar treinos secretos onde são ensaiadas jogadas estratégicas. Por ser rigoroso disciplinarmente. Por não atender com “luvas de pelica”, aqueles que o destratam e os palpiteiros de plantão.

Já perdemos copas por excesso de liberdade. E isso é do conhecimento público. A luxúria e a gula, entre outras coisas ocasionaram prejuízos enormes. Não conseguimos o título máximo do futebol mundial.

A convocação de Ronaldo, Ronaldinho (que nada faz em jogos da seleção) e Roberto Carlos foi exigida por um grupo de palpiteiros. Querem maior absurdo do que esse?

Existe, ainda, todo um interesse político por trás dos jogos da Seleção. A FIFA e governos estão sempre envolvidos. Assim foi na Inglaterra, em 1966, onde os inventores do futebol (aperfeiçoado pelos brasileiros) se sagraram campeões. Busquem na História e poderão verificar a interferência política. Na Argentina, em 1978, o escândalo foi arrasador e a sujeira que rolou fede até agora.

Poderia um simples treinador impedir que isso acontecesse? Poder não poderia, mas um cara como o Dunga botaria a boca no trombone. No último jogo do Brasil, onde ele conseguiu ganhar da Côte d’Ivoire por 3 x 1, a imprensa teve um prato cheio para desmascarar a interferência externa. Mas, se calou! Para uma partida de futebol dessa importância, foi escalado para apitar a peleja um trio de árbitros franceses.

Por que a bronca? A Costa do Marfim (Côte d’Ivoire) teve como um de seus colonizadores a França, cujos interesses econômicos ainda são de grande monta naquele país africano. A língua oficial do país é o francês.

Para finalizar, qualquer motivo é suficiente para largar a madeira em cima do Dunga. No domingo, após o jogo, numa coletiva com a imprensa, os microfones ficaram abertos (sabe-se lá se de propósito ou não...), momento em que o técnico despejou um vocabulário chulo pra cima dos mastodontes do time adversário (teve muitas razões para isso). É a coisa mais natural do mundo. Entretanto, a imprensa, muito educada, aproveitou o fato para, mais uma vez, desancar o técnico da Seleção.

Ontem, mais sereno, Dunga teve a hombridade de desculpar-se com a torcida brasileira, demonstrando que não perdeu a seriedade com que pauta o seu comportamento, desde a época em que era jogador.
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*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista: jgarcelan@uol.com.br
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RESULTADOS DOS JOGOS DESTA SEXTA-FEIRA (25-06), PELA COPA DO MUNDO DE FUTEBOL, NA ÁFRICA DO SUL:
BRASIL 0 X PORTUGAL 0
COREIA DO NORTE 0 X COSTA DO MARFIM
3
CHILE 1 X ESPANHA
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SUIÇA 0 X HONDURAS 0
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quinta-feira, 24 de junho de 2010

JUNHO ESPECIAL NO BLOG

O TERÇO


Hoje é dia de São João! Não sei se é o São João Batista ou o São João Evangelista. Acho que é o "Batista" pois me lembro de uma passagem do Evangelho afirmando que Santa Isabel (mãe de S. João) acendeu uma fogueira num monte bem alto para avisar sua prima, a Virgem Maria, de que seu filho, João Batista, havia nascido. Por isso, em sua festa, acendem-se muitas fogueiras.

Existem, ainda, outras versões sobre as fogueiras, relacionadas às festas pagãs, mas prefiro acreditar nesta, já que também me chamo João, um nome curto, forte e honesto. Nasci, na verdade, às vésperas do dia de Santo Antônio e como já tinha um irmão chamado Antônio, graças a Deus, safei-me de ser chamado de Tonho ou Tunico.

Sempre gostei de fazer festas juninas, terços, quadrilhas, fogueiras, bailes, etc... tendo organizado muitas dessas festas. A que mais marcou em minha lembrança foi aquela feita na fazenda de um amigo, perto de Passos/MG, no município chamado São João do Glória - ou seja: prá lá do fiofó de Judas!

Contratamos um casal de rezadores (ele com a sanfona e ela com o terço e a imagem do santo) e enfeitamos um carro de boi com bambus e bandeirolas, o qual serviu para carregar os noivos, padrinhos, padre e coroinha.

Montamos um altar com o santo e começamos a rezar o terço; era um terço cantado à moda antiga e enquanto seguíamos com as orações, a sanfona nos acompanhava naquele tom monocórdio:...”glória seja o Pai, glória seja o Filho, glória o Espírito Santo e teu amor também...“

Nós, ajoelhados, não víamos o que acontecia lá atrás, onde o povo mandava ver no quentão, pinga e vinho quente.

De repente, o rezador parou com a sanfona e puxou a mulher: "-Vâmbóra, o povo daqui não arrespeita nada!" Olhei para trás e vi o Dérso, meu amigo, com uma enorme cenoura saindo pela braguilha da calça e ameaçando as mulheres. Pedi para sua esposa levá-lo para o quarto e convenci o homem a continuar com o nhéc...nhéc da sanfona.

Lá para o meio da reza, outro incidente interrompeu de vez o terço: Os moleques que brincavam em volta da fogueira, resolveram amarrar nos rabos dos cachorros da fazenda, vários fios de barbantes com bombinhas e busca-pés acesos.

Os pobres animais, endoidecidos com os estouros e faíscas, foram esconder-se por debaixo do altar improvisado, ganindo de dor. O casal de rezadô enfiou a sanfona no saco e se mandou. Coube a mim terminar de puxar o terço, já que o meu amigo fizera a promessa de realizá-lo por sete anos seguidos...

Seguem duas receitas características para o evento, as quais eu faço há mais de vinte anos:

QUENTÃO (OU GROGUE): 1 litro de pinga ou vinho tinto seco; 3 limões cortados em rodelas; 2 copos de água; 6 cravos da Índia; 50 gramas de gengibre picado; 3 paus de canela e açúcar a gosto. Ferver tudo em um caldeirão. Deixar em fogo baixo enquanto for servindo, em pequenas xícaras, pois se deve apreciá-lo bem quente.

CURAU DE MILHO VERDE: 8 espigas de milho verde; 1 litro de leite; 1 colher (cheia) de manteiga; 1 pitada de sal (meia colherzinha das de café); açúcar a gosto (menos de meio quilo).

Cortar os grãos com uma faca afiada e batê-los, aos poucos, no liquidificador, com o leite. Passar essa mistura numa peneira fina, espremendo bem até tirar todo o caldo (jogar o bagaço fora). Numa panela grande, misturar o caldo com a manteiga, o sal e o açúcar. Levar ao fogo, mexendo sem parar até engrossar bem.

Despejar num pirex grande, salpicar com canela em pó e deixar esfriar. Guardar na geladeira.

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*João Batista Gregório, 58, paulista de São João da Boa Vista, é cronista de mão cheia. Publicou, em 2009, suas crônicas reunidas em Crenças e Desavenças e já prepara um novo livro, a ser lançado em breve. Para conhecer a sua produção, acesse o blog do JB, cheio de histórias divertidas, onde cada crônica pitoresca acaba com uma receita culinária especial, testada e aprovada! Clique no endereço abaixo e delicie-se! http://contoscurtosgrandesreceitas.blogspot.com/
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RESULTADOS DOS JOGOS DE HOJE, QUINTA-FEIRA (24-06), NA COPA DO MUNDO DA ÁFRICA DO SUL:
ESLOVÁQUIA 3 x 2 ITÁLIA
URUGUAY 0 x 0 NOVA ZELÂNDIA
CAMARÕES 1 x 2 HOLANDA
DINAMARCA 1 x 3 JAPÃO
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