terça-feira, 21 de dezembro de 2010

SEGUNDA-FEIRA, 20 DE DEZEMBRO DE 2010

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Nasci em 1941, na região central de São Caetano do Sul, cidade que compõe o Grande ABC, aqui na Grande São Paulo. São Caetano era, então, a cidade das olarias; Santo André dos ceboleiros e São Bernardo dos batateiros, pelo óbvio. Apesar do progresso vertiginoso, São Caetano, a época, ainda possuía muitas ruas de terra, inclusive no centro. Foi em uma delas que nasci, cresci, estudei e somente sai de lá para morar em casa própria, no Bairro Nova Gerty, com meus pais, por volta de 1951. A narrativa abaixo ocorreu em um mês de dezembro de 1949, portanto, eu estava com 8 anos. Éramos quatro amigos na mesma faixa etária.

O ano de 1949 estava nos extertores, era véspera de Natal. Sem nenhuma perspectiva de receber presentes e ainda acreditando que Papai Noel preferia sempre visitar os meninos mais comportados, arrumamos uma forma de ganhar algum mimo. Na rua de trás de nossa casa havia uma olaria, cujo dono, um português de vastos bigodes, reunia seus empregados e alguns garotos sem sonhos para lhes dar um presentinho na véspera de Natal. Deveria ser para aplacar sua consciência, talvez corroída pela presunção.

O “portuga” deixava um porteiro na olaria para impedir a entrada de garotos negros. O preconceito, a época, era latente, e o "Seu" Anísio, (esse era o nome do pulha), escancarava seu escárnio pela raça. Nós éramos quatro, (todos na faixa dos 8/9 anos). Eu, Leonardo, Chico e Adão, estes dois últimos, negros. Na portaria o vigia liberou minha entrada e a de Leonardo, porém barrou os outros dois. Na saída, com um copo de guaraná na mão, um carrinho e uma bola, eu e o Léo não sabíamos o que fazer para disfarçar a tristeza ao ver algumas lágrimas nos olhos dos amigos negros, nem tanto pelo presente não recebido, mas por serem expurgados, como se humanos não fossem. Não saímos dali. Havia a necessidade imperativa de fazer com que nossos coleguinhas recebessem um presente e ao mesmo tempo estragar a hipócrita festa do “portuga” e seu arrogante vigia, era o troco pelo estúpido preconceito, no mínimo.

No interior da fábrica havia uma mesa com comes e bebes só para os familiares do dono. Umas três senhoras, todas enfeitadas com seus vestidos largos e cintilantes, (nesse tempo mulher não usava calças... compridas) e cinco ou seis crianças, todas brancas, claro, rodeando a mesa e desfrutando dos refrigerantes, balas, bolos e outras atrativas guloseimas. A olaria fazia fundo com outra rua, exatamente a que eu morava com meus pais e irmãos. No muro havia um pequeno buraco por onde empurramos o Chico e o Adão pra dentro da festa. Foi um desastre: antes que chegassem onde estava a mesa com os comes e bebes, os "negrinhos" foram descobertos para deleite do português que, armado com um pau, surrou meus dois amigos até desfalecerem. Contou com a ajuda e colaboração de alguns empregados, brancos, ávidos em fazer média com o patrão e patroa.

Chiquinho e Adão foram atirados à rua de terra, feridos e sangrando. Foi um pavor. Eu e o Léo não sabíamos o que fazer, porém uma alma caridosa que passava conduziu ambos ao Pronto Socorro. Chiquinho tinha apenas algumas escoriações, porém Adão, com fratura do crânio, estava à morte. A noite chegando e o desespero tomando conta de todos nós que rezávamos pela vida do nosso companheiro. Com ou sem presentes, nosso Natal acabara ali. Eu e o Léo, então, resolvemos apelar para a instância que restava já que os médicos garantiam que Adão não passaria das próximas horas. Final de tarde, rumamos para a igreja Matriz (Sagrada Família) e pedimos ao Papai Noel (a gente ainda acreditava Nele) que nos desse o melhor dos presentes. A vida de Adão.

Fomos para casa sem festejar a noite de Natal, uma vez que nossos pais decidiram cancelar a humilde reunião familiar em virtude do estado de saúde do Adão que, como o Chico e o Léo, era muito querido por nossos familiares. Se o nosso pedido a Papai Noel funcionou a gente nunca ficou sabendo, mas a verdade é que o "neguinho" sobreviveu, embora tivesse ficado paraplégico sem nunca mais ter voltado a andar. Viveu de acordo com seus recursos físicos, construiu família e morreu há exatos dois anos, também em uma véspera de Natal, aqui em São Bernardo. Leonardo e Chico tomaram os caminhos indicados pelo destino. Eu mantive alguma ligação com Adão e sua família ainda por alguns anos. Léo e Chico nunca mais vi.

Desde esse dia, todo final de dezembro, lembro dos três amigos e da cena pungente daquela véspera de Natal. Apesar de um tanto cético, pelo passar dos anos que petrificam o ser humano, nada me tira da cabeça e do coração que Alguém resolveu nos dar o melhor dos presentes: um milagre naquela triste e inesquecível véspera de Natal: a vida do querido Adãozinho. Quem sabe o nome tenha ajudado.
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*Oswaldo Lavrado é jornalista/radialista radicado no Grande ABC.
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39 comentários:

  1. Bom dia amigos (as)...
    Terminei de ler este relato do amigo-irmão Oswaldo Lavrado com lágrimas nos olhos. É possível que, como a maioria, nesta semana de Natal eu esteja mais sensível, amoroso, até porque, sabemos, o brilho desta data marca nossos corações. Passamos um ano inteiro buscando nossos próprios interesses e quando chega nessa época do ano simplesmente somos tocados pelo espírito Natalino. Um estranho sentimento de remorso misturado com a bondade, um sentimento de culpa e vontade de fazer o bem surge em um mundo onde a justiça é injusta. Esse comerciante, que covardemente espancou estes meninos, simplesmente porque eram negros, representa o lado negativo deste Natal. Com sua prepotência e mania de grandeza, destruiu o sonho de duas pobres crianças, que como milhares em nosso país, queriam apenas ganhar um simples presente.

    Adãozinho aprendeu cedo, de uma forma cruel, com apenas 8 anos, que o Papai Noel não é o bom velhinho vestido de vermelho, de barbas brancas que aparecia sempre em seus sonhos, trazendo lindos presentes para ele e seus amiguinhos no Dia de Natal. O Papai Noel deste pobre menino negro, ao invés de um saco cheio de mimos, segurava um pedaço de pau que o inutilizou para o resto de sua vida. Um Papai Noel racista e sem coração, essa a imagem que certamente marcou Adãozinho naquela fatídica véspera de Natal. Ainda bem que existem pessoas que acreditam no milagre do renascimento, onde o Jesus Menino, de um presépio pobrezinho, anuncia a salvação do mundo: “eu sou o sal da terra, eu sou a luz do mundo...”. Ainda bem que existem crianças que acreditam que todas são filhas de Papai Noel, apesar dos conflitos sociais, raciais, religiosos, entre tantos outros.

    Um forte abraço!

    Edward de Souza

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  2. Meus Deus! Como pode ter alguém assim tão cruel, como este comerciante? Destacar até um porteiro para impedir crianças negras de entrar em sua festa é uma discriminação que deveria ter sido seriamente combatida pelos moradores da cidade, mesmo sabendo que na época citada por você, Oswaldo Lavrado, nada impedia que esse homem sem coração agisse deste modo. Não havia a lei contra o racismo. Pobres crianças... Em busca de alguma coisa para comer e um presentinho e barbaramente espancadas por este malvado, acredito que, a estas alturas, prestando contas de suas maldade ao Todo Poderoso.

    Precisamos cuidar de nossas crianças o ano todo, não só no Natal, são elas o futuro do nosso país. Que cada um de nós seja o Papai Noel bom que muitas delas esperam nesta dia de Natal que se aproxima e durante todos os 365 dias do ano.

    Feliz Natal a todos!

    Tatiana - Metodista - SBC

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  3. O impressionante e chocante episódio narrado pelo Oswaldo Lavrado mostra a que ponto pode chegar a estupidez humana. O Brasil, que tantos criticam até quando não merece, foi o primeiro país do mundo -- eu disse o primeiro, vejam bem -- a ter uma lei anti-racismo, que leva o nome do seu autor, Afonso Arinos. Essa lei permite a prisão em flagrante do racista e é também inafiançável. Ou seja, qualquer um de nós, ao flagrar um ato de racismo explicíto, pode e deve chamar a polícia na hora e exigir a prisão do criminoso. Lavrado, o que aconteceu com esse português bandido? Ficou impune? Esse cara, no mínimo, deveria ter sido expulso do Brasil. Depois de responder, preso, a processo.
    Abraços!
    Milton Saldanha

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  4. Acabei de pesquisar na internet. A Lei Afonso Arinos (falecido em 1990, foi jurista e deputado federal pela antiga UDN mineira), foi aprovada na Câmara em 3 de julho de 1951. A lei é clara: prisão do racista.
    Milton Saldanha

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  5. Olá Oswaldo Lavrado, Edward, Tatiana e Milton Saldanha. O pior não foi só o racismo explícito deste português praticado contra estas crianças negras, mas também a brutal agressão praticada contra elas que resultou em graves ferimentos num dos meninos, deixando-o paraplégico pelo resto de seus dias. Deveria ser obrigado a pagar todas as despesas médicas desta criança e ainda indenizar a família pelo mal praticado. Imagine as dificuldades que teve este menino, que mais tarde, mesmo paralítico, ainda constituiu família e viveu com sérios problemas de locomoção e até rejeição para encontrar um trabalho para se sustentar. Também estou curiosa para saber o que aconteceu com este comerciante sem coração. Pelo relato do Oswaldo Lavrado, deve ter ficado impune, comprado quem resolveu incomodá-lo e ainda por cima rindo do ato vil praticado. Revoltante!

    Bjos,

    Larissa - Santo André - SP

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  6. Olá Lavrado

    Comovente o episódio real narrado por você acontecido em 194... Portanto, antes da Lei Afonso Arinos.
    Eram outros tempos e você tem razão. O racismo na época era bem mais violento do que hoje. Uma aberração embutida no ser humano de ontem e de hoje.
    Como eu disse comovente e trágico.
    Cada um nesta época do ano tem um Papai Noel diferente. O português irracional tinha o dele, provavelmente herdado de seus antepassados escravocratas e feitores.
    Muita Luz para os garotos vítimas da ignorância de um indivíduo sem escrúpulos.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  7. Olá Oswaldo Lavrado, esta história verídica que acaba de nos contar foi uma das mais tristes que já li nesta época de Natal, em que todos falam em amor ao próximo e alguns no nascimento de Jesus. Não entendo como pode um comerciante, certamente bem sucedido na vida, para promover festas como estas, rejeitar crianças negras em sua festa que tinha o caráter, diria, beneficente. Pior, agir como um animal irracional numa véspera de Natal, agredindo brutalmente duas pobres crianças que foram em busca de pão e uma simples lembrancinha de Natal. Terminei a leitura com lágrimas nos olhos, mas também extremamente revoltada com toda esta violência praticada por este homem. Não sei o que aconteceu com este malvado, mas tenho certeza que, se não foi punido nesta Terra, certamente será por Deus.

    Um Natal de muita paz para todos nós!

    Bjos

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  8. Olha, meu caro Oswaldo Lavrado, um homem como este não deveria estar solto, mas sim enjaulado, lugar indicado para feras perigosas. Não só ele, mas tambpem todo o seu grupo que o ajudou e incentivou a praticar todas estas maldades contra crianças pobres e negras. Isso é uma covardia inaceitável, um bando de ignorantes armados com paus atacando duas crianças indefesas pelo fato de serem negras. Penso que esse comerciante, pelo grau de maldade que demonstrou agindo desta forma, nem remorso deve ter sentido quando soube, se é que soube, que um dos meninos ficou paraplégico. Um bárbaro, ele e seus "capangas" que o ajudaram a praticar esta violência.

    Abraços

    Juninho - SAMPA

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  9. Oiê, amigos...
    Obrigado pelos comentários.
    Prezado Saldanha: A Lei Afonso Arinos até hoje não é, em muitos casos, fielmente aplicada, imagine dois anos antes de existir.Passadas seis décadas, ainda prevalece a chamada "carteirada", seja pelo poder, pela grana ou pela cor. Valeu mestre.

    Tatiana:O preconceito ainda é o maior mal que atinge a humanidade e não terá solução definitiva a curto prazo. Tatiana, estamos aqui defronte a "sua" Metô, agora silenciosa pelas merecidas férias dos estudantes. Obrigado garota.

    Mestre Morgado, Gabriela e
    Larissa, o portuga da história é apenas produto da cruel realidade da época. São Caetano, como grande parte do Brasil, estava loteada por imigrantes em busca de melhores espaços e, conseguindo (como foi o caso do lusitano) não mediam escrúpulos para ostentar seu sucesso, mesmo que isso custasse o sofrimento de alguém. Nem todos é claro.

    Irmão Edward, em suas andanças por muitas paragéns brasileiras, você constatou, certamente, que o preoconceito é velado, mas resistente. Não fosse nossos pequenos amigos, negros e pobres, certamente o desfecho da história seria outro. Cara, vamos juntando os cacos da viola antes que ela pare definitivamente de tocar.

    Obrigado a todos.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo.

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  10. Chocante este seu texto, Oswaldo Lavrado. Essa crueldade praticada pelo comerciante contra o Adãozinho e seu colega mostra que, ainda hoje, existe o outro lado do Natal, o ruim, pouco divulgado nesta época de fraternidade, mas espalhado por todos os cantos do mundo, exercido contra crianças pobres e indefesas. Adãozinho sobreviveu, mas como teria sido os "natais" de sua vida depois deste dia? A simples proximidade desta data certamente traria de volta em sua mente estas cenas de violência e maldade que foram praticadas contra ele e seu coleguinha, porque eram pobres e negros. Estes meninos aprenderam muito cedo que o Papai Noel não existe. Foi arrancado a pancadas dos seus corações inocentes. Que isto nunca mais ocorra em lugar nenhum deste planeta. Que nossas crianças sejam respeitadas e tratadas com carinho e dignidade. Só assim teremos um mundo melhor!

    Bjos,

    Andressa - Cásper Líbero - SP

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  11. Triste tomar conhecimento de uma história como essa, vivida e presenciada por você, Oswaldo Lavrado. Mesmo fazendo tantos anos, podemos perceber que muitos "Anísios" proliferam neste mundo de injustiças e preconceitos, como essa ocorrida numa véspera de Natal. Você finaliza dizendo que o nome Adãozinho, numa referência ao Adão, a primeira criação Divina, pode ter ajudado, mas creio seriamente que a fé inocente dos coleguinhas e seus familiares, implorando a ajuda de Deus surtiu efeito. Quanto a esse homem maldoso, cuja punição você não revelou se teve, terá contas a pagar, se não as estiver pagando. E muito caro por essa absurda violência contra duas pobres crianças negras.

    Bjs,

    Carol - Metodista ( em férias) - SBC

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  12. Boa tarde, Oswaldo Lavrado!
    Faz algum tempo li um texto sobre racismo na Internet, cujo autor usou esta frase para marcar o preconceito contra negros em nosso país: "ser negro ainda é ser isca de polícia. De noite, a pé ou de carro, é ser suspeito". O Brasil diz ser o país mais miscigenado do mundo, que tem uma população que não é preconceituosa, que respeita as diferenças. Não consigo entender de onde esta idéia foi tirada. será que isso é verdade? Será que o brasileiro é tão aberto assim às diferenças, será que sabe conviver muito bem com crenças e costumes diferentes?

    Mesmo com a lei Afonso Arinos, destacada pelo Milton Saldanha, o preconceito ainda hoje fala mais alto, imagine então no final dos anos 50. A atitude abominável deste comerciante e os que o acompanharam nesta covarde agressão contra dois meninos negros ainda acontece nos dias de hoje, acredite! Na surdina praticam todas estas agressões contra pobres, mendigos e negros para fugir de punições hoje estabelecidas por lei, o que antes não ocorria, era mesmo à luz do dia e na frente de muitos, como o caso que você acaba de relatar, Oswaldo Lavrado.

    Neste Natal é a hora exata de aplicar todos os textos de auto-ajuda e tentar reverter o quadro degradante das vacilações morais que aí estão. É preciso que todos se conscientizem que o Natal precisa ser todos os dias. Hora de mudar comportamentos. Oportuno lembrar que nem tudo está perdido. Os sinos de Natal transmitem a inefável sensação de Paz.

    Um Bom Natal a todos!

    Michelle - Florianópolis - SC

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  13. Prezada Michelle: Você tem total razão. Destaquei a lei Afonso Arinos como um avanço inegável do Brasil, mas não afirmei que aqui não existe preconceito. Existe sim, e muito. A Bahia, quem diria, é um Estado de muito preconceito. Quem me provou isso foi um amigo negro, baiano. Rodando com ele por casas noturnas de Salvador, há vários anos, para uma reportagem do meu jornal, percebi como nos olhavam de maneira estranha e até hostil em alguns lugares de gente fresca e só frequentados por brancos. O interior do meu Rio Grande do Sul, onde vivi muito anos, era muito racista, e ainda guarda esse ranço. Tudo de forma velada, e as vezes nem tanto. Em Santa Maria havia clubes só de brancos e só de negros, não precisa dizer mais nada. Adolescente, fui expulso de um clube de negros do meu bairro. Esse é o outro lado do Brasil que muitos fingem que não existe. É preciso combater essa ignorância.
    Abraço grande!
    Milton Saldanha

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  14. Sem querer abusar da paciência de vocês, quero apenas acrescentar algo que considero de grande importância: a dança de salão, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, constitui a mais perfeita comunidade que conheço em integração racial. É um orgulho e um exemplo para o mundo. Isso sim é evolução e civilização.
    Abraços!
    Milton Saldanha

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  15. Fiquei impressionada com este relato, Oswaldo Lavrado. E que triste sina teve o Adãozinho. Pequeno, foi espancado quase à morte pelo comerciante português. Sobreviveu, mesmo paraplégico, constituiu família e morreu exatamente numa véspera de Natal... Será que esse comerciante conseguiu viver o resto dos seus dias em paz com sua consciência depois de tanta maldade? Não creio.

    Bj

    Priscila - SBC

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  16. Olá Milton, você está correto em afirmar que a dança tem contribuido muito para a integração racial. Você, claro, tem conhecimento que hoje em dia não se entende o carnaval brasileiro, sem levar em conta a peculiar composição étnica do povo brasileiro. Ela é fruto de um longo e complexo processo de integração racial, feito muitas vezes ao arrepio da ética, mas que resultou numa surpreendente realidade humana e cultural, que constitui, sem sombra de dúvida, a riqueza maior deste país. A dança, não podemos negar, representa um avanço contra tanto preconceito e racismo ainda existente em nosso Brasil.

    Abraços,

    Michelle

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  17. Oi Oswaldo Lavrado, triste e comovente relato, que tenho a certeza, deve ter lhe marcado pelo resto de sua vida, principalmente em véspera de Natal. Imagino o desespero que deve ter tomado conta de vocês vendo os seus amiguinhos jogados no solo, sangrando e gritando de dor, meu Deus! No mínimo, esse comerciante sem coração deveria ter sido preso e indiciado por tentativa de homícidio e agressão covarde contra duas crianças. E também arcar com todas as despesas médicas que a família teve. Como imaginar que uma pessoa promove uma festa onde a presença de Cristo deveria ser sempre lembrada e pratica uma violência destas proporções? Época do Natal, Oswaldo Lavrado, deveria ser uma data para reflexão, amor ao próximo, fraternidade, redefinição de metas e projeção para o futuro. Seria de bom alvitre que esses sentimentos povoassem as mentes e os corações de todos nós, para que violências como esta nunca mais aconteça contra nossas pobres crianças indefesas, independente da cor ou credo de cada uma.

    Bjos, Bom Natal a todos!

    Giovanna - Franca - SP

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  18. Oiê, amigos (as)...
    Andressa, Carol (a Metô, aqui em frente, está triste e vazia com as férias), Michelle, Priscila e Giovanna, obrigado pelos comentários e opiniões. Ao contrário do que parece o preconceito está mais vivo do que nunca, apenas escondido na hipocrisia de muitos. Não precisa necessariamente ser negro: basta ser pobre e morar em favela que o bicho pega.
    Glorioso Saldanha: a dança, o esporte, o teatro, enfim a arte, são alavancas para ajudar a erradicar o preconceito, mas ainda é pouco. valeu "camarada".

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  19. Boa noite, Oswaldo Lavrado, não podemos negar que tivemos algum avanço, 61 anos depois deste triste acontecimento, quando este comerciante agrediu a pauladas estes dois meninos, deixando um deles paraplégicos. Um caso como este, hoje em dia seria denunciado pela mídia e com certeza este português seria preso e pagaria caro pela sua maldade. Ele, suas esposas e empregados, envolvidos nesta bárbara agressão. Nossos "Datenas" de plantão certamente o chamariam de "monstro da olaria" ou outros adjetivos, forçando nossa justiça a agir com rigor contra ele e seus "capangas". Além de leis e justiça mais atuante do que naqueles tempos, a Imprensa exerce papel importante nos dias atuais, denunciando e cobrando punição a quem pratica atos ilegais. Nesta época, você não definiu claramente em seu texto, nem nos comentários, pelo visto o português deitou e rolou e nada aconteceu com ele. Lamentável.

    Abraços

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  20. Olá Oswaldo Lavrado, conheço hoje em dia pessoas como esse comerciante português, que zombam de negros e adoram maltratá-los quando encontram um deles. Fanfarrões que acham bonito o que fazem. Hoje, se denunciados, podem ser presos e conforme a gravidade das ofensas, permanecer encarcerados por um bom tempo. Esse dono desta olaria certamente se julgava o dono do pedaço, para agir desta maneira brutal contra duas pobres crianças negras. Pelo seu relato, bem possível que tenha passado o Natal promovendo a maior festa, enquanto a família de Adãozinho, e todos vocês, amiguinhos, rezavam para vê-lo vivo. Sabe, Oswaldo Lavrado, tenho certeza que todos os leitores e leitoras deste blog que leram esta história se indignaram com tanta maldade e tamanha violência contra dois pequenos seres que queriam apenas um pouco de atenção e carinho. Foram em busca de um presentinho de Natal e acabaram sendo recebidos a pauladas. Os ferimentos do corpo cicatrizaram com o tempo, mas no fundo dos corações destes meninos a dor da incompreensão, isso é certo, permaneceu.

    Bjos, Bom Natal!

    Vanessa - Campinas - SP.

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  21. Um menino de 8 anos de idade sendo perseguido por marmanjos e agredido a pauladas revolta quem lê um relato como esse, Oswaldo Lavrado. Imagine então tentar entender que isso aconteceu porque esta pobre criança era negra e queria apenas participar de uma festa na véspera de Natal! Esse menino, Adãozinho, com esta idade estava começando a aprender a falar e cheio de sonhos acreditava em Papai Noel. Como pode este homem praticar tamanha violência contra ele e seu coleguinha? Estas perguntas, esse comerciante sem coração já deve ter respondido perante o Tribunal Divino.

    Bom Natal a todos!

    Anna Claudia - Uberaba - MG

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  22. Fiquei estarrecida quando acabei de ler essa história de sua infância, Oswaldo Lavrado. Uma festa celebrando o aniversário de Jesus Cristo onde crianças negras não podiam entrar e tinha até porteiro para cumprir esta determinação. É difícil inacreditável que um absurdo destes possa ter acontecido. Mesmo nesta época mencionada por você. Só uma mente doentia teria a capacidade de perseguir e espancar estes meninos, a ponto de deixar um deles inválido pelo resto dos seus dias. Chocante este relato, deixou-me impressionada, creia!

    Bj

    Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP

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  23. Puxa vida! Ainda não sei como começar o meu comentário.
    Confesso que não consegui derramar nenhuma lágrima sequer.
    Não sei se foi pela minha indignação de imaginar que o cruel português emissário do inferno ficou sem punição da justiça dos homens, ou se o meu coração está endurecido pelos acontecimentos atuais.
    Acredito que o momento turbulento que a terra vive, infinidades de crianças estão sendo surradas até a morte pelo descaso da nossa política, da nossa justiça e da nossa incapacidade de fazer leis apropriadas e muito menos a civilidade de cumpri-las.
    Mas natal é assim mesmo,
    A nossa falsa alegria, permeada pela desilusão de não conseguir adquirir todos os bens materiais possíveis, mesmo que não precisamos deles, gera essa tristeza que nos sufoca e seca as nossas lágrimas diante de um fato real.

    Padre Euvideo.

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  24. Bom dia, Oswaldo Lavrado, acabo de ler hoje pela manhã a história desta triste véspera de Natal. Duas crianças espancadas covardemente apenas porque eram negros. Partiu meu coração este relato.
    A intolerância racial, sobretudo contra os negros, ainda é uma questão de grande peso. E enquanto as pessoas não se atentarem para o fato de que todos, independentemente de cor, raça ou gênero são igualmente seres humanos, a intolerância continuará fazendo milhares de vítimas pelo mundo todo. Tolerar, no entanto, não é apenas permitir o ser do outro, mas sim, respeitá-lo em toda a sua integridade.

    Um bom Natal

    Talita - Santos - SP.

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  25. Bom dia, brilhante jornalista e radialista Oswaldo Lavrado!
    Hoje pela manhã recebi um telefonema da Dra. Laudemira Losako (psiquiatra), que na ocasião me reportava a vontade do Dr. Miguel Arcanjo (professor de medicina e psiquiatria da USP.), para que eu fizesse uma análise sobre a violência contra negros. Confesso-lhes que não foi difícil tecer essas elucubrações que vão adentrar mais uma vez aqui nesse nobre espaço elucidativo, que desempenha um papel impar no conhecimento dos fiéis seguidores desse adorado blog conduzido pelo competente jornalista, escritor e radialista Edward de Souza.
    É promissor o desenvolvimento de pesquisa sobre qualquer uma das formas de discriminação. Chama a atenção a aparente simplicidade e baixo custo desta experiência. Mesmo assim, ela detecta pelo menos dois aspectos muito complexos da questão: A dificuldade das pessoas se reconhecerem como discriminadoras, no caso, racistas; e a questão da leniência (excessiva tolerância) em relação ao ato racista. A maioria dos brancos diz que reagiria enfaticamente ao racismo, mas se omite quando vê casos reais de preconceito.
    O racismo levanta questões importantes. Embora ainda haja relutância em debater o preconceito racial e étnico no contexto da saúde mental em certos setores sociais, pesquisas psicológicas, sociológicas e antropológicas demonstraram que o racismo está relacionado com perpetuação de problemas mentais. A julgar pelos indícios disponíveis, as pessoas alvo do racismo por muito tempo têm maior risco de apresentar problemas mentais ou sofrer agravamento de problemas que já existem. Psiquiatras que estudam a relação entre racismo e saúde mental nas sociedades onde o racismo é prevalente observaram que o racismo pode acentuar a depressão, por exemplo.

    A influência do racismo pode ser considerada também em nível da saúde mental coletiva, de grupos e sociedades. O racismo tem fomentado muitos sistemas sociais opressores ao redor do mundo e através dos tempos. Na história recente, o racismo permitiu aos brancos africanos do sul, definir os sul-africanos negros como "inimigos", e assim cometer atos que, em outras circunstâncias, seriam considerados moralmente repreensíveis. Pesquisa publicada na revista Nature Neuroscience mostrou ainda que o rendimento cerebral de racistas obrigados a interagir com uma pessoa de outra raça (cor ou outras diferenças físicas) fica temporariamente afetado, diminuindo a capacidade de realizar determinadas atividades. É importante que os colegas psiquiatras e psicólogos compreendam, por exemplo, que muitas vezes o racismo leva ao enlouquecimento e, se isso acontece, as falas desse sujeito vão estar permeadas de referências à sua cultura, seja religião, dança, música, o que for. É preciso saber escutar e entender estas questões.

    É importante saber o que o negro está precisando, seja do ponto de vista de formação profissional (por exemplo, com necessidade de produção de pesquisas que abordem essa temática e intervenções que levem em conta a configuração psicossocial do racismo), seja do ponto de vista pessoal, por exemplo, quando ocorrem barreiras ao seu sucesso profissional causadas pelo racismo. Se pensarmos no processo de desenvolvimento, o racismo promove determinados sintomas que vão estar ligados à construção da identidade, à construção da autoimagem. Ele vai atacar o sujeito priorizando a sua desmoralização. Ele humilha e coloca a pessoa em situação de inferioridade, de incompetência. Se a gente pensar nos estereótipos e no imaginário social, isso também vai afetar o sujeito no processo de desenvolvimento. Muitas vezes as mensagens desqualificadoras vão trazer dúvidas sobre a própria competência para lidar com a vida, com o cotidiano ou com as próprias situações de discriminação racial.

    Atenciosamente
    Dr. Sebastião Honório (professor de medicina da Universidade de São Paulo - Médico psiquiatra).

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  26. Prezado Oswaldo Lavrado, o preconceito existe, fala mais alto em todos os escalões. Para você ter uma ideia, na semana passada um amigo me ligou pedindo que fosse a sua casa. Sua irmã estava saindo para trabalhar quando foi abordada e seu carro levado. Enquanto ela estava nervosa, chorando, não conversamos sobre o ocorrido. Mas quando já nos encaminhávamos para a delegacia, passamos a falar. Ela disse que sempre presta atenção quando sai de casa, e que inclusive, ao tentar tirar o carro da garagem da primeira vez, não o fez porque viu um “moreno (negro) suspeito” de bicicleta atravessando a rua. Desistiu e entrou em casa.

    Passados alguns minutos, voltou ao portão. Olhou e não viu ninguém, exceto um rapaz loiro e bonito que estava na parada de ônibus em frente a casa, que olhara sorrindo para ela. Ela retribuiu o sorriso, e decidiu abrir a garagem e sair. E o fez. Mas teve que sair do carro para fechar a porta. Foi aí que aquele rapaz, que não parecia assustador a abordou e, rendendo-a, tomou as chaves do carro e a sua bolsa. Ela disse: “Pôxa, é uma pena aquele rapaz, tão gatinho, ter feito algo tão cruel. O rapaz da bicicleta me parecia muito mais perigoso.” Dois dias depois, soube que o "moreno" (negro) que a assustara era apenas o porteiro do prédio duas casas após a sua, que chegava para trabalhar.

    A história relatada por você comove, mas, sem dúvida, revolta...

    Bom Natal

    Birola - Votuporanga - SP

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  27. Bom dia amigos (as)...
    O caso verídico relatado pelo amigo-irmão Oswaldo Lavrado continua repercutindo. Contabilizamos neste momento 500 visitas e 26 comentários, desde que este texto foi postado, na manhã de ontem. E estamos nos aproximando do Natal, quando muitas pessoas correm, ultimando os preparativos para o dia 25, sexta-feira, data em que se comemora o nascimento de Cristo. Não custa acrescentar este detalhe, não é verdade? Muitos se esquecem disso.

    Percebi, entre tantos comentários, que a maioria pergunta o que aconteceu com este comerciante de São Caetano, autor deste bárbaro espancamento em dois meninos negros numa véspera de Natal. Como conheço o Lavrado faz muitos e muitos anos, foi fácil notar em seus comentários que ele não se lembra mais do fim que levou o português da olaria. E nem poderia, ele tinha apenas 8 anos de idade, concordam?

    Uma coisa eu posso garantir, mesmo que isso revolte ainda mais os leitores (as). Caso a polícia tomasse conhecimento deste caso e ido até a olaria, os dois "negrinhos" seriam acusados de invadirem propriedade alheia para roubar. Mesmo feridos, seriam apreendidos e os pais chamados a Delegacia para tomarem um belo puxão de orelhas. Se hoje isso acontece, imaginem então em 1949, onde os "coronéis" ditavam ordem? Triste realidade!

    Um forte abraço!

    Edward de Souza

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  28. Este comentário foi removido pelo autor.

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  29. Bom dia, amigas e amigos!

    Nem sempre a época natalina nos traz recordações alegres. Muitas vezes, elas são dolorosas e esse sofrimento fica abrigado, por toda a vida, no nosso coração, como a história que Oswaldo Lavrado conta, neste blog, em depoimento emocionante. Imagino a dor, a flição e o medo que os amiguinhos passaram, em decorrência de uma estupidez criminosa, cometida por alguém que, certamente, nunca conheceu as palavras amor, solidariedade e compartilhamento. Lamentável que existam, ainda, em nossa sociedade, pessoas que pensam que a cor da pele é importante.

    Cumprimentos ao Oswaldo Lavrado por sua mensagem e a todos os amigos e amigas participantes deste blog, desejo um Natal abençoado e um Ano Novo cheio de novas oportunidades.

    De outra parte, por questão de amizade e de respeito à verdade que deve permear todas as relações humanas, pessoais e virtuais, gostaria de esclarecer um fato que aconteceu no sábado passado e repetiu-se no domingo, neste espaço de comunicação que, além de configurar-se como crime de falsidade ideológica, por utilizar-se do nome de outrem, sem autorização e expresso consentimento, constrange sobremaneira o professor João Paulo de Oliveira, já que não é ele o autor dos comentários que, maldosamente, utilizam o seu nome. Alguém clonou o seu perfil e dele aproveitou-se, tentando imitar o seu estilo de escrever, não sei com que interesse.

    Ao ler os comentários, percebi que não eram de sua lavra e comuniquei-me com ele, que mostrou-se desconcertado, dizendo que já havia tomado providências junto ao administrador do sistema, comunicando o ilícito.

    Disse-me, ainda, bastante constrangido, que não voltaria a participar de um espaço do qual foi alijado por circunstâncias que não vale a pena mencionar.

    Um abraço a todos,

    Nivia Andres
    Porto Alegre, RS

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  30. Oiê, amigos (as)...
    Opa, que beleza as manifestações, obrigado gente.

    Falamansa, Vanessa, Ana Cláudia, Tânia Regina, Padre Euvideo, Talita, Birola e irmão Edward...
    O professor Sebastião Honório define, em sua especialidade, o caráter individual e a índole adquirida do meio em que a pessoa vive. Os casos de homofobia, vivenciados agora em São Paulo, sempre existiram no Brasil, mas não havia divulgação. Como o preconceito de cor, raça e condição social, a homofobia é excecrável. Obrigado professor pelas observações valiosas.

    A todos FELIZ NATAL

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  31. Olá Nivia, obrigado pela presença, um Feliz Natal a você e seus familiares. O fato ocorrido com o professor realmente me surpreendeu. Tivesse sido avisado no dia eu teria deletado a postagem, mas ficarei atento a qualquer inserção deste tipo agora no blog e não irei permitir que isso aconteça. Não devo pedir desculpas, primeiro porque não tem como eu descobrir se era verídico ou não tal comentário. Segundo porque, de forma alguma poderia eu imaginar que alguém teria a coragem de clonar uma foto e postar um texto imitando outra pessoa. Este, talvez, o grande problema de não se monitorar comentários. Espero que isso não mais aconteça. Quanto ao recado enviado pelo professor de que não participaria de forma alguma de um blog em que foi alijado, respondo que isso não seria necessário, foi descortesia de sua parte, até porque não seria mesmo convidado a escrever neste espaço. No dia respondi que o blog está aberto para todo e qualquer comentário e continua livre o espaço. Quanto aos textos, não aceitamos mais principiantes, apenas jornalistas profissionais.

    Um forte abraço!

    Edward de Souza

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  32. Mais um detalhe: na matéria abaixo, de J. Morgado, deletei fotos e textos atribuídos a um antigo colaborar que foi "alijado" deste espaço. Essas postagens, ao que consta, foi criminosamente inseridas por um desconhecido.

    Edward de Souza

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  33. Olá Edward



    Está muito difícil discernir se o comentário postado em nome do Mestre Escola é ou não dele.

    O estilo é do professor e até alguns vocábulos são de “propriedade” do mesmo.

    Além disso, não vejo nenhum “pecado” cometido, a não ser o fato da falsificação, que se caracteriza como “falsidade ideológica”.

    Além disso, se o comentário fosse de autoria do Professor João Paulo, seria digno de elogios, pois mostraria um ser humano vencendo o cancro da humanidade chamado de orgulho.

    Paz. Muita Paz

    J. Morgado

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  34. Enganei-me redondamente, acreditando que o joio havia se transformado em trigo. Peço desculpas a você e ao J. Morgado pela menção que fiz a essa pessoa. Retiro o que disse. Não merece nenhum tipo de elogios um "homem" que envia porta voz para falar em seu nome. Esse mesmo texto deixei abaixo, na crônica escrita pelo J. Morgado, onde os fatos aconteceram.

    Bjos,

    Gabriela - SP

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  35. Olá Gabriela

    Um apertadíssimo abraço.

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  36. Prezado J. Morgado,

    Se for ao blog do professor, lá encontrará as explicações claras e precisas a comprovar de que não foi ele quem escreveu os comentários. Embora o fraudador tenha utilizado termos que ele sempre usa, grafou-os de maneira incorreta e fora do ordenamento dos elementos da frase que fazem parte do seu estilo.

    Prezada Gabriela,

    O professor João Paulo não me fez portadora de mensagem alguma, até mesmo porque creio que me tem estima e respeito,assim, não seria capaz de me pedir que agisse como sua intercessora, em qualquer circunstância. A iniciativa foi minha, por notar que ele ficou magoado e apreensivo com o acontecido. Não creio que você apreciasse ter o seu perfil clonado e utilizado, à sua revelia. Ademais, ele continua tendo todos em alta conta, mesmo não participando mais do blog.

    Não desejo polemizar e solicito escusas ao Oswaldo Lavrado e ao Edward por tratar de assunto que não tem a ver com o texto de hoje.

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  37. Olá Nivia e Professor João Paulo

    Quero desejar a vocês um Feliz Natal e um próspero ano de 2011.

    Com carinho e Paz. Muita Paz.

    Abraços

    J. Morgado

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  38. Amigos do blog de ouro,bôa tarde.
    primeiramente minhas escusas ao amigão Oswaldo Lavrado,por não haver comentado seu interessante artigo anteriormente.
    Oswaldo Lavrado,sempre nos proporciona ótimos artigos e esse postado na data de ontem não poderia deixar de ser um aceno para a nossa reflexão quanto a data natalina.
    Pobres coitados os meninos humilhados e surrados por verdadeiros animais que já existiam náquele longiquo dezembro de 1949.
    São fatos que se ocorrecem hoje em dia,por cérto TODOS pagariam caro tamanha covardia.
    É para se pensar !!
    Quanto ao quiproquo de hoje em "nosso" blog, devo puxar a sardinha para o lado do amigão Edward em quem sempre acreditei,e quem se sentir prejudicado (a) que se EXPLODA !!!Perfil clonado é ruím em ?? Gostei Edward,vc é mesmo o verdadeiro COMANDANTE do blog de ouro e não pode deixar que o passem para tráz.

    Abraços Oswaldo Lavrado pelo artigo,Edward pelo blog e aos demais participantes .
    tenham todos um FELIZ NATAL,em paz, muita paz,plagiando o grande mestre meu xará J.Morgado

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  39. Oieeeeeee, Conterrâneo. Eu estava viajando, só agora li este e os outros artigos do blog. Estava morrendo de saudades de vocês. Este caso que contou me deixou muito, mas muito triste. E logo em nossa querida São Caetano tinha que acontecer isso. O engraçado, Oswaldo, é que sempre soube que em nossa cidade sempre predominou a colônia italiana. Tem portugueses, mas poucos, ou estou errada?

    Um bom Natal a você e família!

    Cindy - São Caetano

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