terça-feira, 15 de junho de 2010


LEIGO NA BOLA

No quartel, soldado em dia de folga pretende o quê? Serviço. Foi exatamente assim meu caso. Em momento de folga fui localizado no quartel pelo oficial de dia, Nívia Andres, ela de conluio com o general Edward de Souza, me colocaram de plantão durante a Copa a fim de interagir no processo com as feras valorosas escolhidas pelo comando.

Ordens são ordens não me cabendo discuti-las e sim, cumpri-las adequadamente, na qualidade de humilde soldado a serviço da pátria, especialmente neste momento em que tremula nossa bandeira no cimo do mastro, anunciando as esperanças de vitória.

Aos amigos e leitores, devo confessar que no rádio atuando por muitos anos, o departamento que nunca adentrei foi o esportivo.

Não fora minha falta de vocação pelo setor do futebol, o primeiro emprego teria sido na Rádio Pan-americana de São Paulo onde estava um dos grandes narradores do Brasil, Pedro Luiz (E), um profissional destacado, iniciado em Franca, cidade também de minha origem. Ao visitá-lo ainda na Rua São Bento, agradeci o convite para participar de sua equipe, por absoluta inaptidão nas jornadas esportivas, fato que o levou a apresentar-me ao Itá Ferraz, então na diretoria da Radio Cruzeiro do Sul.

A maioria dos amigos do Edward, colaboradores do blog, são oriundos das transmissões esportivas, portanto, dominam as célebres expressões criadas por famosos, através de microfones frente aos gramados, por onde a bola dançava seu balé, tocada pelas pernas tortas de Garrincha, fazendo explodir em alegria os estádios do mundo. “Pimba na gorduchinha”, “Balançooo o véu da noiva”, “Carimba que o golll foi leeegaaal”, “Olho no lance", "Olha lá, olha lá, olha lá”, “ripa na chulipa”, ”fala ôôô Valdir”, “Abrem-se as cortinas do espetáculo”. As expressões aqui lembradas devem na saudade trazer aos leitores outras tantas de narradores famosos. Osmar Santos (D2), Raul Longras, Silvio Luiz, Geraldo José de Almeida, Oduvaldo Cozzi, Jorge Cury, Ary Barroso e sua gaitinha, Fiori Gigliotti (D1), Pedro Luiz, Edson Leite, Valdir Amaral, Doalcei Camargo, alguns da grande constelação.

Advogado, político, ‘speaker’, (termo da época) cognominado “metralhadora do rádio” pela velocidade em que descrevia uma partida de futebol. Nicolau Tuma (E), pioneiro a correr atrás da bola para narrar emoções, o fez pela vez primeira no Brasil, no Campo Floresta, às margens do Tietê, em frente a Ponte Grande no ano de 1931 pela Rádio Educadora Paulista. Seu objetivo foi, com sucesso, transmitir uma partida inteira o que era feito antes em pequenos ‘flashes’.

Iniciou por traduzir muitas das expressões do inglês para português, podendo citar-se, como exemplo, ‘corner’ para escanteio e “goalkeeper” para goleiro. Esse primeiro embate foi travado pelas seleções Paulista e Paranaense, obrigando Tuma a bradar por 10 vezes o gol - 6 para a Paulista e 4 dos Paranaenses -.

Como incipiente, - nem isto - na trajetória do futebol brasileiro, pensei que memorizar fatos iniciais de sua história, acrescentaria aos novos, curiosidade de saber, aos sabedores antigos a oportunidade de contestar botando o trem nos trilhos da verdade. E assim entrarei no tema de forte acontecimento envolvendo o Brasil na Copa de 1938. Essa foi à terceira Copa Mundial e, no aspecto comunicação, a primeira transmitida pelo rádio graças à façanha de um sonhador, o denodo de um profissional construtor da história do rádio: Gagliano Neto (D). Armado com o mais absoluto entusiasmo aferrou-se ao propósito de ir à França, enfrentando os obstáculos presumíveis, tarefa culminada com a formação da rede Byngton, intregrada pelas Rádios Clube do Brasil e Cruzeiro do Sul, do Rio de Janeiro; Cosmos e Cruzeiro do Sul, de São Paulo, além da Rádio Clube de Santos, em colaboração com os jornais O Globo e Jornal dos Sports, sob o patrocínio exclusivo do Cassino da Urca. A polêmica Copa de 1938, com incontáveis desentendimentos, tinha Domingos da Guia, Perácio e Leônidas que foi artilheiro, com 8 gols. Em 1938 o Brasil parou para ouvir Gagliano Neto na Copa. Os alto falantes instalados no Largo Paysandu, Praça Patriarca, SP; Galeria Cruzeiro e Praça Mauá, Rio, reuniam pessoas suprindo a inexistência de rádios receptores na época.

A primeira Copa Mundial de Futebol teve lugar no ano de 1930, no Uruguai, sagrando-se campeão o anfitrião, que deixou de comparecer à Copa de 1934. O Brasil marca, na atualidade, a presença constante em todas as Copas, sendo o único país qualificado para festejar participação em todos os eventos ocorridos.
Li, na véspera da abertura da Copa, em nosso blog, texto do jornalista e amigo Edward de Souza, competente especialista no setor, com passagem por várias emissoras brasileiras, levando as torcidas a forte emoção do principal esporte nacional: o futebol. Se sua prática tem origem no Reino Unido, sua maior expressão e respeito à volta do mundo, pertence ao Brasil, maior exportador de atletas da área com nível de alta qualidade.

Edward fez alguns prognósticos e outros especialistas desfilarão pelo blog durante a Copa, para, certamente, mostrarem um saber que não tenho. Ligo-me ao futebol de quatro em quatro anos, como leigo na bola, mas com o fito e fidelidade ao meu país, para vibrar e torcer. Desejo ocupar-me, a seguir, com permissão dos amigos, em tirar das caixas as bandeiras com as quais ornamentarei uma sacada do apartamento, embalado pelo calor brasileiro. Esperemos a vitória.
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*José Reynaldo Nascimento Falleiros (Garcia Netto), 82, é jornalista, radialista e escritor francano. Autor dos livros Colonialismo Cultural (1975); participação em Vila Franca dos Italianos (2003); Antologia: Os Contistas do Jornal Comércio da Franca (2004); Filhos Deste Solo - Medicina & Sacerdócio (2007) e a novíssima coletânea Seleta XXI - Crônicas, Contos e Poesias, recentemente lançada. Cafeicultor e pecuarista, hoje aposentado. Garcia Netto é amigo e colaborador deste blog.
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RESULTADOS DOS JOGOS DESTA TERÇA-FEIRA (15-06) PELA COPA DO MUNDO NA ÁFRICA DO SUL:
Nova Zelândia 1 x 1 Eslováquia
Portugal 0 x Costa do Marfim 0
Brasil 2 x Coreia do Norte 1
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39 comentários:

  1. Caríssimo Garcia Netto, mesmo sendo "um leigo na bola" presenteou-nos, hoje, com um artigo prá lá de interessante. Imaginem se fosse um "expert"!!
    Mas afinal, quem foi a "gostosa" que deu o primeiro chute??
    Abraços
    João Batista

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  2. Bom dia, amigos e amigas!

    Olá, Garcia Netto!

    Mais uma vez, contamos com a brilhante participação do nosso estimado amigo e colaborador Garcia Netto que, com a sua memória privilegiada, acrescenta importantes informações à Série A COPA NO BLOG, lembrando, especialmente, dos grandes narradores esportivos do rádio brasileiro, que fizeram a alegria de um público cativo, durante muitos anos.

    Gosto muito de futebol e me agrada escutar os jogos pelo rádio. É muito maior a emoção e a nossa imaginação viaja com o brilhantismo do narrador. Garcia Netto referiu-se aos astros da narração esportiva, que fizeram história, com suas expressões criativas e marcantes.

    Belo trabalho, Garcia! E depois você diz que não entende de futebol! Você nos contou a história do rádio esportivo, com passagens que certamente poucos conheciam!

    Gratíssimos por sua especial colaboração!

    E vamos em frente! Hoje, dia de muita emoção e expectativa com a estreia da nossa Seleção!

    Mãos e corações entrelaçados, de norte a sul, enviando força e vibrações positivas para a Seleção Brasileira. Gostaria que todos os amigos e amigas deixassem, nos seus comentários, uma MENSAGEM DE APOIO À SELEÇÃO BRASILEIRA!

    Vai lá, Brasil, buscar a sexta estrela!

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  3. Hoje estarei dividido
    Entre a Copa e meu sopão
    Verei meu Brasil querido
    Sem deixar meus pobres na mão

    E 6 estrelas conquistadas
    já é uma constelação...
    E a todos os amigos do Blog
    Um grande abraço do
    João

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  4. Olá Garcia Netto


    Linda matéria elucidativa.
    Eu fico aqui pensando com meus botões. As histórias se repetem. Muda apenas a tecnologia.
    Nas duas primeiras copas notícias via telegráfo ou telefone e outros meios de comunicação no gênero.
    Em 1938, como você bem explanou, o rádio foi à grande coqueluche. Seguindo-se até a primeira transmissão preto e branco da televisão e mais tarde a cores.
    O entusiasmo do povo sempre o mesmo.
    O homem progride muito lentamente. A tecnologia avança a passos largos.
    O que virá para a transmissão das próximas copas?

    Parabéns meu amigo

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  5. Meu prezado e querido amigo Garcia Netto. Antes de ler o seu texto também estava hasteando minhas bandeiras, guardadas de copas anteriores. Essas bandeiras, que o vento sempre importuna, levando-as de um lado para o outro, foram testemunhas da alegria e tristeza do povo brasileiro. Enquanto procurava deixá-las firmes, presas ao mastro, pedia baixinho para que ali permanecessem até o final desta Copa da África do Sul, sinalizando que nossa Seleção Canarinho ainda estava viva e pronta para disputar o hexa, tão sonhado pelo povo brasileiro.

    Quando eu e a Nivia o convidamos para participar de "A Copa no Blog", tínhamos certeza de que viria um belo texto como o de hoje, caro Garcia Netto. Lembranças muitas de Copas, transmissões esportivas que você tem guardadas nesta sua memória privilegiada e nomes de radialistas que ficaram marcados na história do esporte. Alguns, já falecidos, que tive o prazer de com eles trabalhar, ou, então, privar de suas amizades.

    Em 70 trabalhei na TV Globo de São Paulo, onde também estava Geraldo José de Almeida. Eu era, na oportunidade, o locutor padrão da TV Globo e havia gravado a abertura do Jornal Nacional, cujo patrocínio era do Banco Português. A apresentação já era de Cid Moreira e Sérgio Chapelin. Geraldo José de Almeida apresentava, exatamente às 18,55, diariamente, "5 minutos com Geraldo José de Alemida", onde o radialista apresentava seu comentário. Eu ficava bem próximo, ouvindo com atenção o sãopaulino como eu, Geraldo José de Almeida. Quando ele terminava seu comentário, saíamos juntos para um café, ou mesmo um aperitivo.

    Outro, este amigo de estádios e de festas de confraternizações, cuja foto aqui está postada foi Fiori Gigliotti, para mim, um dos melhores locutores esportivos que o Brasil já teve, ao lado de Edson Leite, Pedro Luiz e por último Osmar Santos, com quem trabalhei nas rádios Globo-CBN, de São Paulo. Um grave acidente automobilístico nos tirou Osmar Santos do Rádio, mas o conservou vivo para torcer hoje pelo nosso Brasil. Enfim, sempre que leio seus textos, Garcia, surgem todas essas lembranças. Preciso dar um breque, do contrário não há espaço para tantas recordações. Obrigado pela bela crônica, Garcia Netto. Grato pelas lindas recordações.

    Um forte abraço...

    Edward de Souza

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  6. Edward, lembro-me desse "5 minutos com Geraldo José de Almeida". Nossa, parece que foi ontem!!!
    Abs
    João

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  7. Bom que tenha lembrado, João. O Geraldo José de Almeida sentava-se num banquinho, que não aparecia na tela. Ele era um homem alto e sempre numa "estica" danada, tinha a maior audiência no País todo. Apenas 5 mnutos e todos ficavam vidrados em seus comentários. O tempo voa, caro amigo João Batista.

    Estou aguardando o Garcia Netto para sentenciar quem foi a musa que deu o pontapé inicial num Fla x Flu em 50, no Maracanã. Eu e o João Batista chutamos. O João disse que poderia ser a eterna Miss Brasil, Marta Rocha. Eu chutei que poderia ser a Carmen Miranda. Com a palavra final o Garcia Netto. E também o Milton Saldanha deve uma reposta. Quem foi a famosa que entrou no vestiário após um jogo da Copa e tomou banho de roupa e tudo com seu "love"?

    Um recado. Palpites para o Jogo de daqui a pouco, entre Brasil e Coreia do Norte encerram-se às 14 horas, tem tempo ainda. Vale uma camisa oficial da Seleção Brasileira.

    Abraços...

    Edward de Souza

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  8. Garcia Netto, eu adoro ler sempre essas crônicas que você, Edward de Souza, J. Morgado e Milton Saldanha escrevem, nos ensinam muito sobre coisas do nosso passado. Embora seja como vc ( o trato foi abolir o senhor, certo?), leiga em futebol, gosto de saber um pouco dessas antigas transmissões esportivas e de como o brasileiro se comportava em épocas de Copa do Mundo. Meus parabéns, belíssima crônica.

    Meu palpite que ainda não deixei, Edward, e com tempo: Brasil 2 Coreia do Norte 0.

    Bjos a todos e vamos torcer pelo Brasil.

    Vanessa - PUC - São Paulo

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  9. Boa tarde a todos do blog!
    Foi uma loucura chegar em casa, mesmo tendo saido bem antes do jogo de daqui a pouco entre Brasil e Coreia. Um trânsito confuso e terrível, muita gente correndo pra casa mais cedo. E que delícia abrir nosso blog de ouro e ler mais uma das imperdíveis crônicas de Garcia Netto. O que chamou minha atenção foi você, Garcia Netto, nunca ter feito parte de nenhuma equipe esportiva. Não gostava de futebol, ou foi uma escolha profissional que fez? Mas hoje, vamos de Brasil, Garcia Netto. Vamos tentar ganhar e ficar na frente. Vi neste blog que Portugal empatou. É nossa chance de ficar na frente.

    Beijinhos, pessoal, parabéns pela crônica Garcia Netto!

    Gabriela - Cásper Líbero - SP

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  10. Abrem-se as cortinas e comeeeeeça o espetááaculooooo.
    Lá vem Morgado com a bola, passa pro para o professor João Paulo, João Paulo dribla um, dribla dois, dribla três, chuta pro Garcia Netto, ele conduz a bola com maestria, passa com precisão para o João Batista, João batista chuta pro Edward, Edward dá um chapéu no Birola, cruza na área, Padre Euvido de cabeça!!! Gol!!! gooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooollllllllllllllllllllllllllllllllllll.
    Não acredito!!! A árbitra Nivea Andres anulou o gol.
    Veja no tira teima que a bandeirinha Criz Fonseca marca o impedimento. Acontece que o Padre Euvideo na hora do passe estava três milímetros atrás do ultimo homem, errou a bandeirinha.
    —O que aconteceu padre! Anularam o seu gol?
    —Ahhh!!! É isso que dá colocar mulher pra apitar jogo!
    Parece que não respeitam mais a batina verde amarela!!!...

    Padre Euvideo.

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  11. Padre Euvídeo, o senhor está expulso por ofender a honra profissional feminina. Eu e a Cris somos diplomadas em arbitragem esportiva e árbitras da FIFA! Só não estamos apitando na Copa porque há muito preconceito, ainda, contra árbitros mulheres!

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  12. Caríssimo Edward de Souza: a moça (na época) foi a cantora Elza Soares. Ela estava no Chile durante a Copa de 1962, fazendo shows, e aproveitou para se aproximar da Seleção. Ainda não namorava o Garrincha, que ficou alucinado por ela. Então Elza chegou para o Mané e disse: "Mané, você me quer? Então tem que ganhar a Copa para o Brasil!" Dizem que foi por isso que Garrincha jogou aquela barbaridade. Há quem diga que ganhou a Copa sozinho. Pelé estava fora, com estiramento muscular. Quando terminou a final Elza entrou no vestiário quando os jogadores já estavam pelados, entrando no banho. Não deu a mínima, para espanto deles. Foi para o chuveiro onde já estava Garrincha, com roupa e tudo, e se atracou com ele ali mesmo, aos beijos. Tudo isso está contado no livro do Ruy Castro (cujo título me foge no momento) sobre a vida do Garrincha. É um livro sensacional, que recomendo. Quando achar na minha estante passo o título certinho.
    Beijos a todos e feliz Copa, com nossa vitória!!!
    Milton Saldanha

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  13. Prezado Professor João Paulo, jamais expulsaria o Pe. Euvídeo do blog. Expulsei-o, apenas, da partida futebolística, por ofensa ao árbitro e ao bandeirinha, rsrsrsrs.

    Ele cumpre a suspensão automática regulamentar, por um jogo, e poderá voltar à peleja!

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  14. Boa tarde, Garcia Netto!
    Tinha certeza que iria me acalmar um pouco vindo ao blog antes do jogo do Brasil para ler a sua belíssima crônica. Uma viagem no tempo, que nos faz sonhar. Meus parabéns pelo texto, adorei, Garcia Netto.

    E o Padre Euvídeo aprontando em suas narrações. Deve estar eufórico esperando o jogo do Brasil, pelo jeito. Nivia, fez bem expulsar o padre, onde já se viu essa discriminação contra as mulheres. Você chamou minha atenção, Nivia. Mulheres não podem apitar jogos da Copa?

    Agora, como todos vcs, vou ver o jogo e torcer como nunca pelo Brasil. Força Brasil!!!

    Beijos,

    Carol - Metodista - SBC

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  15. Milton Saldanha, aproveitando que ainda estou no blog, li seu comentário acima. O Edward, no texto de J. Morgado, disse que tem o livro escrito pelo Ruy Castro, com o título "Estrela Solitária" e que não leu nada sobre isso nesta edição. Vai ver que se esqueceu. Entre nos comentários do texto de ontem, do J. Morgado e leia o que o Edward escreveu. Eu até anotei o nome do livro para comprar.

    Beijos,

    Carol

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  16. João e Edward. Certo, um matou de primeira. Goolaaaaço.
    Antes que ela fosse o que foi, eu a conheci na Ilha de Itaparica, Baia. Com sua irmã Laura e um namorado americano estagiando na base aérea em Salvador, com quem parece Laura casou-se indo morar nos EE. UU.
    Era uma tarde de sol aguardando o embate (Fla-Flu) Flamengo e Fluminense, grande clássico carioca. No Maracanã, Oduvaldo Cozzi, cercado por Sergio Paiva, Valdir Amaral, Celso Garcia e outros da equipe, aguardavam a chegada ilustre a ser responsável em dar ponta pé inicial da partida que certamente com transmissão aberta por Cozzi, seria envolta pela linguagem fluente e poética de seu costume.
    Era 1954 e o tamanho de seu sucesso no Brasil era imensurável. A Emissora Continental usava nas externas um furgão de marca Dodge onde se instalara uma emissora ambulante. Eu a bordo, o motorista e um operador de sistema de radio estacionamos em Copacabana. Aprazado o encontro, recolhemos a bela na viatura para o trajeto até o Maracanã.
    Seu perfume era doce, seus olhos verdes e seus cabelos dourados não deixavam espaço para nada mais belo. Para nós, se tinha duas polegadas a mais, não importava. Martha Rocha, o novo ídolo, estava comosco com aquele riso paixão.
    Garcia Netto
    Volto depois do Jogo

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  17. É GooLLLLL
    2x0
    Brasil, meu Brasil brasileiro!!!!!
    JB

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  18. Olá Amigos

    Boa tarde

    Não ganhei a camisa, mas ganhei o jogo. Viva o Brasil!

    Saudações brasileiras

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  19. Pessoal. Bota por favor um h no meu Bahia mencionado lá atrás pela vitoria do João que chegou eufórico depois deste jogo em que o Brasil jogou nada. Em todo foi melhor que perder. gn

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  20. O Brasil só não foi um fiasco porque ganhou dos coreanos por 2 x 1. Todo o mundo em casa não gostou do Brasil, mas eu acertei o resultado, Edward, coloquei dois a um, postado ontem, 21 horas, no texto do Senhor J. Morgado, verifique. Deve ter mais gente que deu o mesmo placard, então vou esperar o sorteio. Garcia, adorei sua crônica, que eu havia lido antes do jogo, só não deu tempo para comentar. Bela memória, adorei......

    Bjos,

    Fabiana - Metodista - SBC

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  23. Nivia e criz, desculpas, eu estava fora de mim à hora que eu disse que mulheres não deviam apitar jogo de futebol.
    Na verdade eu queria dizer que mulheres só poderiam estar nas arquibancadas para enfeitar o visual pesado e amenizar o ambiente horrível que é tantos cuecas em juntos em pouco espaço.
    De qualquer forma eu estou muito feliz com os dois a um. Como todo brasileiro eu acho que foi pouco, poderia ser quatro a um, ai eu disputava a camisa da seleção que eu queria para colocar no meu cão para amenizar o frio que o coitadinho está sentindo aqui em franca.
    Brincadeira, na realidade eu não penso assim.
    Eu acho que o espaço que as mulheres conseguiram deve se mantido para todo sempre, com perspectiva de infinidade de outras conquistas.

    Saudações copanianas!!!
    Creduuuu!!! Sai professor que esse corpo não te pertence!!! Saaaaiiii!!!
    Padre Euvideo.

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  24. Cris, eu também dei o palpite de 3 x 1 para o Brasil e pensei que uma de nós iria acertar, mas o Brasil perdeu gols demais e não atacou como devia a Coreia, muito fraquinha. Não entendo de futebol, mas ouvindo meu irmão e seus colegas que ainda estão fazendo a festa aqui em casa, o Brasil não tem time para ser campeão. Vamos ouvir depois o Edward, a Nivia e outros do blog que entendem de futebol. Não ganhei a camisa, mas ganhei uma bela crônica escrita pelo Garcia Netto. Gostei desse relato sobre como eram as transmissões de futebol na Copa nos anos 30. Imagino a dificuldade que esses profissionais tiveram para transmitir essa Copa de 38. Legal, gostei!

    Ahhhhh... Acabo de ver a postagem da Fabiana, minha colega de faculdade, ela acertou o resultado. Deve ter sido numa bamba, Fabi não entende nada de futebol, como eu (rsrsrsrsrsrsrsrs).

    Bjos

    Tatiana - Metodista - SBC

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  25. Carol, obrigado. Isso, o livro é o "Estrela Solitária". O Edward deve ter esquecido, mas o episódio está lá. Mas não vou ter paciência de procurar para indicar a página. Quando a gente lê biografias, e adoro o gênero, acaba se fixando mais em alguns episódios, e este da Elza foi um deles, que chamou muito minha atenção.
    Obrigado pela ajuda. Abraços!
    Milton Saldanha

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  26. Olá pessoal, nada de clima de velório, afinal uma vitória na estréia da Copa não é de se desprezar, apesar de concordar que a Seleção Brasileira não mostrou pinta de campeã, conforme alguns críticos de futebol, com um meio campo lento e recuado e um ataque inoperante, com Luiz Fabiano, Kaká e o Robinho. Tanto que os gols do Brasil foram marcados por um lateral e um meio campista. Jogando este futebol o Brasil terá sérias dificuldades para enfrentar no domingo a Costa do Marfim, que vi jogar hoje contra Portugal. Também é um time fechado, tal qual o coreano, mas é forte, violento e tem um contra ataque rapidíssimo. Com a dificuldade que o Brasil tem em jogar contra retrancas, a coisa vai ficar feia domingo.

    Vamos ao sorteio da camisa oficial da Seleção Brasileira. Três acertadores com o placard de dois a um. O nosso Juninho, que deve estar morrendo de frio na África a estas alturas foi um, a Fabiana, da Metodista, outra a acertar, e o Valentim Miron, o terceiro. O Molina vai fazer um sorteio e ao invés de uma camisa, vamos dar duas oficiais. Uma oferta do blog e outra presente do Molina. Dos três, um vai ficar fora e dois vão ganhar as camisas. Claro, uma para cada um. Daqui a pouco o nome dos dois ganhadores. Duas funcionárias da Lojas de Esportes, do Molina, vão tirar os dois nomes, num sorteio realizado em instantes.

    Aguardem...

    Edward de Souza

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  27. hoje eu não pode assistir o jogo.
    Eram quinze horas e vinte e oito minutos, quando o meu professor Miguel Arcanjo (professor de medicina e psiquiatria da Universidade de São Paulo), me escalou para pesquisar o comportamento dos brasileiros na hora do jogo do Brasil.
    Sai às ruas com um caderno nas mãos e ia anotando as reações das pessoas durante o desenrolar da partida.
    Os meus conhecimentos a luz da ciência e da psiquiatria, não foram suficientes para detalhar na integra algumas deformidades psíquicas que alguns exalavam sem nenhuma força motriz de auto controle.
    Veio-me a tona uma palestra que eu dei nos estados unidos na universidade de Harvard (Harvard University), aonde eu me tornei PHD. em psiquiatria.
    Eu falava justamente da parte anterior do cérebro que constitui o cortex pré-frontal, responsável pelo ajuizamento das coisas e pelo comportamento emocional. Lembrava também que na base do cérebro, em sua parte medial interna, encontramos o giro do cíngulo, peça importante na fisiologia das emoções. É também no mesencéfalo que situa a substância negra, área produtora da dopamina, vizinha da área tegumentar ventral. A dopamina, ou simplesmente DOPA, é o neurotransmissor atuante no Circuito de Recompensa e em boa parte das estruturas acima descritas, de tal forma que tais estruturas, num conjunto relacionado com as emoções denominado de Sistema Límbico, é também conhecido como Sistema Dopamínico.
    Pois bem, o pensamento compulsivo e mal administrado faz que o individuo não se relacione bem com as metas que ele não ache condizente com os desejos que queria que fossem realizados.
    Exemplos: O individuo queria seis a zero contra a coréia, mas a reação cerebral letárgica não associou os dois a um como uma verdadeira vitória, e é inevitável a reação é de desconforto, achando que ficou sempre a desejar.

    Até breve.
    Dr. Sebastião Honório- Médico psiquiatra.
    C.R.M. 9991

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  28. Boa noite Garcia Netto.
    Menino, nem parece que você é leigo no assunto,achei seu artigo super interessante,o mesmo se estende ao texto de hoje no jornal Comércio da Franca, que também abordou um assunto interessantíssimo.
    Hoje no momento que estava vindo do trabalho e "assistindo" o pessoal correndo,todo esperançoso e feliz,fiquei pensando,é muito lindo ver esse amor pela copa,as pessoas se envolvem,se unem,cada um quer ser um pouco técnico,a maioria conhece o perfil dos jogadores,etc.Pena que na área política não é assim,muitos se esquecem em quem votou na última eleição,mas sabe de cor e saltiado detalhes de muitas copas,gostaria de ver os Brasileiros mais envolvidos na política,mas...
    Pessoal,confesso que além de ficar preocupada com a maneira que o jogo se apresentou,fiquei muito triste,estava me vendo com a camiseta do Brasil amanhã no meu trabalho toda feliz,mas em função de alguns minutinhos,ah!não,nem acreditei perdi meu prêmio.Mas parabéns aos possíveis ganhadores.
    Vou pensar assim: a seleção não convenceu, e daí? mas ganhou,tomara que seja assim até o final.E assim seremos Hexa.
    Beijosssssssssssss.

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  29. Credo, ando com medo do Dr. Sebastião Honório. Com esse palavreado difícil, logo resolve pesquisar o comportamento em geral do pessoal deste blog e me intima a tomar choques de duas em duas horas, conforme aconselhou os evangélicos que invadiram o blog numa postagem de futebol para fazer uma pregação. Se não estiver enganada, esse mesmo psiquiatra deu um palpite de 5 x 0 para o Brasil. Estaria ele sofrendo da mesma reação cerebral letárgica? Ou concordou tranquilamente com os 2 x 1.

    Senhor Garcia Netto, para mim, sempre uma aula de conhecimento ler suas crônicas neste blog. Suas memórias sempre trazem um pouco do nosso passado, que vemos desfilar nas linhas de seu texto muito bem elaborado. Meus cumprimentos.

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  30. Senhor Garcia Netto, hoje pela manhã li seu artigo publicado no Jornal O Comércio da Franca, com o título "Pensando só em si", em que afirma que a cultura francana vem mudando no caminho da evolução de maneira bastante sensível. Um belo texto, como este que acabo de ler aqui no blog, extraído de sua memória fenomenal. Meus parabéns, estou sempre aprendendo com o senhor e com todos os jornalistas deste blog. Uma das melhores coisas que fiz foi quando o Edward de Souza fez uma palestra na Unifran e disse que tinha um blog, pedir a ele esse endereço. Desde que entrei no blog, não mais saí e o dia que não tenho tempo de vir, sinto falta. É um dos melhores, senão o melhor blog da Internet, dando show de cultura.

    Adoro todos vocês!

    Beijos, Senhor Garcia, parabéns pelas duas crônicas de hoje.

    Giovanna - Unifran - Franca - SP.

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  31. Atenção para os dois ganhadores da camisa oficial da Seleção Brasileira. Uma camisa vai para Juninho, que solicitou para guardarmos até que ele retorne da África do Sul. No entanto, preciso apenas que você, Juninho, assim que acessar este blog, se não morrer congelado aí na África, me passe com urgência o número de sua camisa, tá bom? Tenho que retirá-la o mais rápido possível na Loja dos Esportes, do Molina. A outra ganhadora é a Fabiana, da Metodista de São Bernardo do Campo. Os dois colocaram 2 x 1 para o Brasil contra a Coreia do Norte. O blog havia prometido uma camisa, mas a Loja dos Esportes deu a outra, dobrando assim o prêmio. Fabiana, você tem 48 horas para me enviar seu endereço, CEP e o sobrenome. E dizer também o número de sua camisa. Assim que o fizer, seu prêmio será enviado por sedex para sua residência, O.K.? Anote: edwardsouza@terra.com.br

    Grato a todos vocês que participaram.

    Um forte abraço e acompanhem amanhã mais um capítulo da série "Memória Terminal", do jornalista José Marqueiz. Na quinta o blog volta a falar de Copa do Mundo.

    Edward de Souza

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  32. Oi Edward, obrigada, estou muito feliz com o prêmio que recebi. Já lhe enviei um e-mail com meu nome e sobrenome e meu endereço, tá bom?

    Grata

    Fabiana - Metodista - SBC

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  33. Minha saudação ao Garcia Netto pelo texto diferenciado que acabo de ler, postado neste blog. Diferenciado porque não aborda o futebol em si, mas toda a história que o envolve, desde as primeiras transmissões radiofônicas das Copas do Mundo em 38. Quanto a nossa seleção hoje, ficou devendo e foi preciso torcer para o jogo acabar logo, com medo do empate. Não vai longe desse jeito.

    E o Juninho, ganhou uma camisa acertando o resultado lá do fim do mundo. Vai ter sorte assim lá na África. Meus parabéns a ele e a Fabiana, os dois acertadores premiados. E é um belo prêmio. Tentei comprar uma dessas camisas oficiais da Nike aqui em Votuporanga e custa mais de 200 pilas cada uma. Não comprei porque não tinha meu número. Quase ganho aqui no blog, dei azar, coloquei 2 x 0 para o Brasil.

    Abraços

    Birola - Votuporanga - SP.

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  34. Meus amigos.
    Um pouco retardatário venho ao blog para agradecimentos absolutamente necessários. Fiquei como sempre, muito gratificado com os comentários postados, todos de alto nível acrescentando alguma coisa de bom ao texto Leigo na bola.
    Além das qualidades dos participantes, comoveria a qualquer um as referencia feitas.
    Elas são na realidade o pagamento que recebe quem escreve.O carinho de vocês, promove interação quando se discute assunto garantindo propulsão a nos animar na produção do conhecimento.
    Permitam-me uma saudação especial a Nivia e Edward e ao capricho usal da Cris que exerce com muito amor e capacidade a função de embelezar nossos textos. O de hoje extrapolou.
    Aos que descobriram meu aniversario agradeço com a promessa de que ainda teremos muitos a festejar. Obrigado.
    Embora com uma seleção deixando a desejar ou frustrando nossos objetivos, ganhamos a partida de estreia. Esperemos que em próximos embates, tenhamos mais arrojo, mais agressividade chegando a final com sucesso.Um abraço.
    Garcia Netto

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