SAUDADE INFINDA
"Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche." (Martha Medeiros)
Diadema, 26 de outubro de 2008.
Profundamente consternado, comunico o falecimento da minha adorada e saudosa mãe, a Sra. Matilde Pinheiro de Oliveira, ocorrido no fatídico dia 24 de outubro de 2008.
Ela veio à luz em 14 de março de 1923, no bairro paulistano de Santana, onde moravam meus avós maternos Júlio Xavier Pinheiro e Belmira Pedroso Pinheiro, que ficaram jubilosos com o nascimento da sua primeira filha! Mas, quando ela tinha um ano de idade, meus avós fugiram, apavorados, da capital, por causa da Revolução, que ceifou muitas vidas de cidadãos paulistanos, refugiando-se no sítio do pai da minha avó materna, Antônio Manoel Pedroso, no atual município de São Bernardo do Campo-SP.
Findo o período belicoso, meus avôs maternos não retornaram ao bairro de Santana, preferiram continuar morando no interior, no sítio do meu bisavô materno, onde mamãe viveu até a adolescência, mudando-se, a seguir, com os pais e mais três irmãos, para Santo André. Tempos depois, mais precisamente no dia 4 de dezembro de 1941, contraiu matrimônio com meu adorado e saudoso pai (meus pais eram primos em 4º grau), que faleceu no também fatídico dia 9 de agosto de 1997. Eles tiveram sete filhos (o primeiro partiu após quatro horas de existência, no dia 18 de novembro de 1942).
Dona Matilde sempre se dedicou com amor, zelo e presteza à sua numerosa prole, que era provida com o labor de chauffer do meu pai, no antigo Ponto de Táxi do Cine Carlos Gomes, em Santo André, telefone: 44-31-06 (será que se eu ligar ele me atende?!...) Além deste reles e desolado escrevinhador outonal, minha adorada e saudosa mãe deixou mais 5 filhos, 13 netos e 9 bisnetos desamparados e aniquilados...
Depois que o meu pai faleceu, o estado de saúde da minha adorada e saudosa mãe começou a ficar combalido. Ultimamente ela se locomovia com ajuda, mesmo assim, com muita dificuldade, precisando da assistência de minha valorosa e prestimosa irmã, Maria Inês, para todas as situações do cotidiano.
Na manhã do fatídico dia de sua partida, começou a revirar os olhos e minha irmã, apavorada, chamou o SAMU andreense, que prontamente a levou ao Pronto-Socorro da Vila Luzita. Entretanto, ela lá chegou sem vida.
Após os trâmites no IML (que horror...mas foram ágeis e prestativos), seu corpo foi trasladado para o Cemitério da Vila Euclides, no município de São Bernardo do Campo, onde foi velado e sepultado no final do dia.
É insuportável pensar que o corpo da minha adorada e saudosa mãe está se decompondo no silêncio sepulcral da 2ª gaveta à direita, do jazigo 53, no Sepulcrário da Irmandade do Santíssimo, que fica no Cemitério da Vila Euclides, que fica na Avenida Redenção, que fica no Jardim do Mar, que fica no município de São Bernardo do Campo, que fica na Região do Grande ABC, que fica na Grande São Paulo, que fica no Estado de São Paulo, que fica na Região Sudeste, que fica no país chamado Brasil, que tem a maior parte do seu território no Hemisfério Sul, que fica na América do Sul, que fica no Continente Americano, que fica no Planeta Terra, que fica no Sistema Solar, que fica na galáxia da Via Láctea, que fica no grupo de galáxias local, que é uma da bilhões de galáxias que ficam no Universo, que pode ser um dos incontáveis Multiversos...
Por que há existência, quando poderia não haver nada?!!!
Nunca mais ouvirei da minha saudosa e adorada mãe: - Oi João você está bom? - Cuidado na rua, por causa da ladroagem! - Se você não estudar, quando crescer vai puxar carroça!. - Não saia sem blusa, por causa da friagem! - Jamais tome banho, após o almoço! - Não volte tarde! - Onde você vai e com quem? - Já rezou para dormir? - Deus te abençoe! - Vá com Deus! - Você precisa ter uma religião! - Não me conformo de você ter ficado ateu! - Vá lavar as mãos antes de comer! - Venha cá, seu menino malcriado, levar umas cintadas! - Eu já lhe falei, nunca mais faça isto! Quem mandou prender o gato no armário da pia e colocar fogo no coitado! - Pare de ficar girando o botão da máquina de lavar roupas!...Suas palavras ainda ecoam no meu peito...
Minha vida tornou-se insulsa sem a presença radiante da minha adorada e saudosa mãe! Volte, mãe, volte!
Compungidamente,
*João Paulo de Oliveira, 57, pertence a uma das mais antigas famílias do Grande ABC, com raízes na Freguesia de São Bernardo. Andreense de nascimento, é professor e leciona na Escola Municipal Anita Catarina Malfatti, em Diadema, na Região do ABC Paulista. Ocupa também o cargo de Coordenador Pedagógico na EMEF Dr. Habib Carlos Kyrillos, na Prefeitura de São Paulo. Além de Pedagogo é Mestre em Educação. Especializa-se no estudo da árvore genealógica familiar. Nas horas de lazer, quando sua mansão no litoral não é invadida por ladrões, busca refúgio nas belas praias do Guarujá. Amigo e colaborador do blog, João Paulo escreve, mais uma vez, uma crônica neste espaço. Visite seu blog, Celulóide Secreto, em http://joaopauloinquiridor.blogspot.com Contatos com o articulista pelo e-mail joaopauloinquiridor@ig.com.br
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Olá Mestre Escola
ResponderExcluirPois é, sua genitora partiu mais uma vez. Outras partidas virão. São idas e vindas até que um dia...
Você pode não acreditar, mas você ainda encontrará sua mãe. Como irmã, como tia, avó e até como pai...
Aprimoramento espiritual é o nosso destino...
Como já tive a oportunidade de dizer em outras ocasiões, o corpo da mulher que lhe deu vida do pó veio e ao pó voltará. Seu espírito paira em algum lugar. Quem sabe de quando em vez não o visita.
Um abraço fraterno
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
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ResponderExcluirOlá Meninooooooooooo.
ResponderExcluirFoi impossível não chorar com o seu lindo texto.
Também não tenho minha querida mãe presente,sei como dói.
Mas enquanto lia seu relato,me lembrei das traquinagens que você aprontou e já nos relatou aqui no blog e também no vagão Expresso.
Tenha certeza que sua mãe está em um lugar tranquilo, e lá de cima deve estar com uma vontade danada de lhe dar uns beijos e abraços,mas também umas palmadinhas no bumbum, pois está vendo as armações da dupla inseparável e imbatível:João Paulo e Dona Miquelina.
Mas,sabe que deve ficar tranquilo,afinal de contas apesar das traquinagens,você demonstra ter sido um filho presente,carinhoso,amável e dedicado,esses pequenos,mais importantes atos é o que nos conforta ao saber que esse ser tão puro e que nos ama incondicionalmente partiu,mas dizem que é porque Deus quer os bons perto dele.
Beijossssssssssssss.
ANA CÉLIA DE FREITAS.
Prezados Nivia Andres, Edward de Souza e articulistas desta série dedicada às mães: parabéns pelos textos sensíveis e belos. Estou fora do ar (aqui no blog) nesta semana porque estou fechando a edição de maio do jornal Dance (sempre um sufoco) e mais sufoco ainda por causa de obras de reformas na minha casa, eis aí algo que detesto, mas tem que ser feito. Desculpem, pois, pela pouca contribuição no painel de idéias. Semana que vem volto como autor e também comentarista. Vai ser outra correria, porque estou com viagem para Buenos Aires, mas é claro que não deixarei de dialogar com nossos queridos leitores.
ResponderExcluirBeijos a todos!
Milton Saldanha
Boa tarde, professor!
ResponderExcluirFelizmente tenho a minha mamãe ao meu lado e peço a Deus sempre que lhe dê muita saúde. Sabe, professor, tenho a impressão que esta semana que antecede o Dia das Mães é triste para quem, como o senhor, perdeu a mãe. As lembranças são mais fortes, mas compensam quando são ternas e doces como as suas.
Bjos,
Giovanna - Unifran - Franca - SP.
Professor, também estou preparando-me para essa passagem triste.
ResponderExcluirTranscrevo, aqui uma mensagem que recebo hoje e da qual, não sei o autor. É muito verdadeiro:
Abraços do amigo João B.Gregório
"Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de
fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.
Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, lingüiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai.
Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato.
Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele
lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por
haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:
" - Querida, eu adoro torrada queimada..."
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada.
Ele me envolveu em seus braços e me disse:
" - Filho, sua mãe teve hoje, um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou um melhor empregado, ou cozinheiro!"
O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.
Essa é a minha palavra para você, hoje. Que possa aprender a relevar o mal, e pensar que até o que não é bom pode ser uma alavanca para melhorar sua relação com o outro e que "uma torrada queimada , afinal, não é evento destruidor."
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos - e com amigos.
Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio. Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração Dele; você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.
As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão do modo pelo qual você as fez se sentir."
------(desconheço a autoria) ----------
Abraços
JB
Amigo João Paulo.
ResponderExcluirNo próximo domingo ao alvorar o dia, com o sol alegre da manhã dourando sua pele, saia de sua casa que fica em um dos incontáveis Multiversos, se entregando a longa caminhada que o levará ao Sepulcrário da Irmandade de São Francisco onde está o jazigo 53.
Ai terá chegado ao sítio, onde finito a matéria e nunca o espírito, poderá mostrar uma cabeça cheia de bons pensamentos e justas recordações carregados no caminho. Certamente será entendido com a doçura de um afago, o que perceberá na leveza do corpo ou no perfume que será espargido a sua volta.
Leve com você a alvura de um cravo branco, símbolo imaculado de Dona Matilde no dever sacrossanto do exercício da Maternidade.
Garcia Netto
Olá,amigos e amigas!
ResponderExcluirHoje temos, novamente, a satisfação de contar com o talento e a sensibilidade do Professor João Paulo de Oliveira, sempre generoso e gentil aos nossos apelos. Podemos notar que ele não vacila em abrir o seu coração para mostrá-lo transbordante de saudade de sua mãezinha, Dona Matilde, certamente uma presença constante e luminosa em sua vida.
Caro Professor João Paulo, ter saudade é uma dádiva, porque assim lembramos sempre de momentos preciosos, que serão eternos enquanto os conservarmos na nossa memória.
Felizes daqueles que têm saudade, porque viveram!
Um abraço a todos!
Prezado amigo João Paulo de Oliveira, domingo próximo é um dia muito bonito no calendário do coração. É o Dia das Mães. Quando nos vem à mente uma figura de mãe, sempre surge acompanhada de um misto de divino e humano. É muito rara a pessoa que não se comova diante da lembrança de sua mãe. As mães são um pouco fadas, pois um abraço seu cura qualquer sofrimento, e seu beijo é um santo remédio contra a dor...
ResponderExcluirPara os filhos, mesmo crescidos, a oração de mãe continua tendo o poder de remover qualquer dificuldade, resolver qualquer problema, afastar qualquer mal. As mães tiram os filhos do ventre simplesmente para colocá-los no coração. No entender dos filhos, as mães têm ligação direta com Deus, pois tudo o que elas pedem, Deus atende.
Como você, meu amigo João Paulo, perdi minha mãe faz alguns anos. Resolveu partir para além do arco-íris com pouco mais de 60 anos, cumprindo com dignidade sua tarefa de mãe de cinco filhos aqui nesta Terra e deixando enorme saudade. Para as mamães como as nossas, que não estão mais neste mundo, meu caro Mestre, haverá, por certo, uma prece, saída do fundo do coração.
Um forte abraço e meus cumprimentos pelo emocionante relato neste blog.
Edward de Souza
Caríssimo professor João Paulo. Comovente seu relato e as fotos marcantes tiradas ao lado da senhora sua mãe. Quanta saudade! Penso que somos todos iguais, quando alguém escreve ou fala sobre uma mãe, logo a figura celestial da nossa surge em nossa mente. Lendo sua bonita crônica minha mãe estava em minha mente, com seu vestido sujo de ovo e o chinelo na mão. Tem uma música que você deve conhecer, quando ouço as lágrimas teimam em cair dos meus olhos. Um versinho para recordar e matar saudade e para quem nunca ouviu: "Mamãe, mamãe, mamãe...Eu te lembro o chinelo na mão... O avental todo sujo de ovo... Se eu pudesse, eu queria outra vez mamãe... Começar tudo, tudo de novo".
ResponderExcluirAbraços, João Paulo!
Miguel Falamansa - Botucatu - SP.
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ResponderExcluirBoa tarde, Professor João Paulo, que crônica mais comovente. Acho lindo, apesar da tristeza por não ter mais sua mãe, essa demonstração de carinho e afeto dedicado a saudosa D. Matilde. Com certeza, a exemplo de milhares de mães, uma heroína, que sempre lutou com deveres da casa, cuidando com amor e carinho de sua sua prole. Parabenizá-las apenas um dia, seria injusto, merecem nossa admiração todos os segundos, todas elas, sem exceção.
ResponderExcluirParabéns pela bela crônica.
Liliana Diniz - Santo André - SP.
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ResponderExcluirMãe de bandido.
ResponderExcluirMinino! Para de fumar craque!
Minino! Larga essa arma!
Minino! Vai buscar o pai nu bar, vagabundo!
Minino! busca maconha pra mãe!
Minino! Se ocê fumar um pouquinho da minha maconha, eu descarrego essa sete meia cinco nu seu lombo marvado!
Mininino! pode sair e dentro do baú que a sua bisavó trouxe da áfrica, por que os pulicia já foi embora!
Minino! Sai da etenerte, vê se para de lê esse brog do Edward, se não ocê vai fica baunzinho, para de assarta os outro, para de vende droga, ai nóis vai pra...
Pois é, mãe é mãe, sempre preocupada com os filhos.
Não importa de que jeito, mas sempre preocupadas.
Padre Euvideo
Olá Professor, havia me esquecido de comentar sobre a nova foto postada pelo prezado escritor João Batista. De fato, deixou de assustar minha sobrinha, mas quase me derrubou da cadeira... De susto!
ResponderExcluirCreio que melhor seria a foto aterrorizante da casa sombria. Palavra de quem tem Falamansa no sobrenome, mas ronca grosso. (hahahahahahahahahaha).
Abraços
Miguel Falamansa - Botucatu - SP.
Mãe é a coisa mais maravilhosa que existe no mundo.
ResponderExcluirEu amo a minha mãe.
Professor João Paulo de Oliveira, sou muito sensível. Chorei ao ver suas fotos abraçado a sua mamãe, D. Matilde e respeitosamente tomando-lhe a benção. Mãe é palavra mágica. Significa ternura, amor, bondade. Se todos os seres tivessem a aura feminina da maternidade o mundo seria melhor, sem guerras, sem maldades, viveríamos em tempo de paz e fraternidade. Ser mãe é possuir estado de espírito divino reservado às mulheres, implica sacrifício, noites insones, perseverança e trabalho sem fim. Deixo um abraço carinhoso a todas as mamães do Mundo.
ResponderExcluirAndressa - Cásper Líbero - SP.
Professor João Paulo, li com atenção seu relato e deduzí que o senhor era o caçulinha da prole, ou estou errada? Normalmente o caçulinha é o mais "agarrado" a saia da mãe e recebe sempre maiores cuidados, até porque os outros, crescidos, já cuidam da própria vida. E o caçulinha é o que mais sofre com a partida da sua mãe querida. Em casa foi assim. Minha mãe morreu num acidente aéreo, não faz muito tempo e não gostaria de entrar em maiores detalhes sobre isso. Eu sou a caçula, companhia de meu pai com quem divido os sofrimentos pela tragédia. Meu outro irmão mais velho, casado e residente na França, é claro que se abalou e ficou desesperado com o ocorrido, mas tem suas atenções voltadas para sua família, seus negócios e vive uma outra realidade. Agarrada a mãe como eu era, não consigo jamais esquecê-la. Domingo, como faço todos os dias, vou mais uma vez pensar nela com amor, carinho e gratidão.
ResponderExcluirCarol - SBC
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ResponderExcluirEsse padre Euvídeo! Baú da Àfrica!
ResponderExcluirSó pode estar "mangando" de mim. rsrs
Mãe de bandido também é mãe, uai!
Gostei!
Abraços
joão
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ResponderExcluirProfessor João Paulo, com sua sensibilidade ao falar sobre sua mãe, deixou-me comovida. Carol, que tristeza, amiga, aceite um abraço afetuoso e a certeza de que Deus certamente cuida agora de sua mãe com muito amor.
ResponderExcluirBjos a todos, parabéns pelo texto, professor!
Daniela - Rio de Janeiro
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ResponderExcluirAs homenagens que estão sendo prestadas esta semana neste blog são comoventes. Essas fotos do professor João Paulo com sua mãe revelam toda a ternura e o amor que ele sentia, na verdade sente, por ela. Esse registro professor, mais do que simples fotografias, vão ficar para sempre como uma de suas maiores lembranças dessa que lhe colocou no mundo, com certeza. Tenho comigo um texto, cuja autoria é desconhecida, que acho maravilhoso, permita-me apresentá-lo como homenagem à todas as mamães do mundo:
ResponderExcluirCerta vez perguntaram a uma mãe qual era seu filho preferido, aquele que ela mais amava. E ela, deixando entrever um sorriso, respondeu: "nada é mais volúvel que um coração de mãe. E, como mãe, lhe respondo: o filho dileto é aquele a quem me dedico de corpo e alma, é o meu filho doente, até que sare. O que partiu, até que volte. O que está cansado, até que descanse. O que está com fome, até que se alimente. O que está com sede, até que beba. O que está estudando, até que aprenda. O que está nu, até que se vista. O que não trabalha, até que se empregue. O que namora, até que se case. O que casa, até que conviva. O que é pai, até que os crie. O que prometeu, até que se cumpra. O que deve, até que pague. O que chora, até que cale. E já com o semblante bem distante daquele sorriso, completou: o que já me deixou, até que o reencontre.
Carol, um beijo, querida. Certamente os olhos da sua mãe continuam a brilhar na penumbra da noite, mesmo depois de todas as luzes se apagarem...
Uma boa noite a vcs!
Gabriela - Cásper Líbero - SP
Nesta semana dedicada às mães estamos todos muito emotivos. Uns, alegres, por terem suas mães junto de si; outros, tristes, saudosos, lembrando de suas mães que partiram e cultuando a sua memória...
ResponderExcluirA rede de carinho e afeto que formamos e nos esforçamos para manter viva, aqui no blog, também é emocionante, serve de alento, de estímulo. É uma amizade muito bonita!
Querida Carol, meu carinho a você! Nossa vida tem mistérios insondáveis. Sua mãe repousa na paz de Deus e você a terá sempre consigo, na lembrança, pois esse é um amor que não se apaga jamais.
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ResponderExcluirProfessooooor, depois de ler sua crônica, algumas opiniões e o triste relato da Carol, recuso-me a comentar qualquer coisa hoje no blog. Vou sair correndo e dar um abraço muito forte e muitos beijos na minha mamãe querida, mesmo que esteja dormindo.
ResponderExcluirAbçs
Juninho - SAMPA
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ResponderExcluirProfessor, que sua crônica de hoje seja uma homenagem a todos(as) que choram a ausência de suas mães. A minha não está mais presente. Cumpriu sua missão e está na constelação de Deus como uma linda estrelinha; e eu, sua filha, todos os dias sinto sua presença e percorro o caminho que ela me ensinou. Saudade de você, mamãe, na certeza que Deus a colocou num local de absoluta paz, harmonia, e de luz. Certamente fazendo companhia à mamãe querida da Carol, a quem envio a minha solidariedade.
ResponderExcluirAnna Claudia - Uberaba - MG.
Olá Edward! Obrigada pela visita e por seguir meu blog! Será sempre bem-vindo. Depois voltarei aqui para ler os textos com calma. Abraços!
ResponderExcluirhttp://meuprojetopiloto.blogspot.com
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ResponderExcluirMas, afinal: o que é a vida? Um eterno, mas finito, entra e sai de ar dos pulmões? Será só isso? O que nos mantêm vivos e o que nos diferencia dos ossos dos antepassados, senão a energia impregnada em cada pedaço do corpo?
ResponderExcluirMorrer é algo que não entendemos e a nossa existência não acaba com o que conhecemos por “morte”.
Podemos pensar que somos luz, que foi dela que começou todo o mundo material...
"No princípio era o verbo e do verbo se fez luz!"
Engraçado, está na Bíblia, este livro que transpassa milênios e está sempre atual.
Uma vibração que contamina as outras que as cercam, isto é vida e ela não se acaba por morte de sua visível ferramenta chamada “corpo”. Esta energia vai ser atraída, por magnetismo ou forças que desconhecemos, aos lugares dos quais gostava, vai participar de nossas vidas como sempre o fez. Cabe a nós preserva-la nas nossas memórias, nas nossas mentes, mesmo que isso nos cause o desconforto da consciência de sua ausência física.
Querido amigo João,
ResponderExcluirNada há que dizer de sua crônica. Ela é impecável!
Sorte a sua (nossa) de podermos lembrar e chorar de saudade pela mãe que tivemos.
Infelizmente, não é a realidade hoje em dia. Cada vez mais os noticiários trazem acontecimentos envolvendo mães que nos fazem perguntar: serão realmente Mães?
Que esta data comemorativa sirva também para reflexão.
Grande abraço,
Fatima
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ResponderExcluirOlá Meu querido amigo João Paulo.
ResponderExcluirAs imagens lindas de você e sua mamãe juntos,demonstra o grande amor que ambos sentiam.
Deixo aqui uma linda mensagem:
PARA SEMPRE.
POR QUE DEUS PERMITE QUE AS MÃES VÃO SE EMBORA?
MÃE NÃO TEM LIMITE,
É TEMPO SEM HORA
LUZ QUE NÃO SE APAGA
QUANDO SOPRA O VENTO
E CHUVA DESABA,
VELUDO ESCONDIDO
NA PELE ENRUGADA
ÁGUA PURA, AR PURO
PURO PENSAMENTO.
MORRER ACONTECE
COM O QUE É BREVE E PASSA
SEM DEIXAR VESTÍGIO.
MÃE,NA SUA GRAÇA,
É ETERNIDADE.
POR QUE DEUS SE LEMBRA
MISTÉRIO PROFUNDO
DE TIRÁ-LA UM DIA?
FOSSE EU REI DO MUNDO
BAIXAVA UMA LEI:
MÃE NÃO MORRE NUNCA
MÃE FICARÁ PARA SEMPRE
JUNTO DE SEU FILHO
E ELE, VELHO EMBORA,
SERÁ PEQUENINO
FEITO GRÃO DE MILHO.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE.
BEIJOSSSSSSSSSS.
ANA CÉLIA DE FREITAS.
Caro João, tenho pesado muito no que lhe responder, sem ferir seus sentimentos e nem abalar nossa amizade, mas amigo também são pra isso. Vejo você muito preso ao passado, fugindo pela tangente para e se esconder em um tempo que não existe, que já passou. Resgate o passado na saudade, mas viva o presente, O passado é um tempo que não existe mais o futuro é o tempo da incerteza. Viva o presente. Seus textos, vídeos e fotos são belos e importantes para reflexão e formação de novas gerações, mas devem ser acima de tudo um trampolim para a libertação. Sua saudosa mãe a amiga Irene e outros foram protagonistas do seu tempo e hoje da nossa saudade. Assim também devemos protagonizar o nosso tempo, libertando-nos de todas as amarras que nos impede viver o hoje. A vida, acredito, não finda na morte. Ela prossegue em outros espaços e as vezes funde-se ao nosso, Não vemos, não percebemos e não entendemos pois estamos pesos a idéias, padrões e comportamentos ora determinado ora criado pela nossa ilusão de um mundo que poderia ser. Perdão. Um beijo no teu coração. Te gosto na mesmo proporção.
ResponderExcluirCarinhosamente,
Nelson
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