segunda-feira, 10 de maio de 2010

E.S.P.E.C.I.A.L

O DIA EM QUE MORRI (I)

Esta série é dedicada à médica Liliana Diniz

Aviso: Não é ficção. Tudo que será contado foi real!

COMO TUDO COMEÇOU

Foi numa tarde de sábado, muito quente, em novembro do ano 2000. Eu tinha acabado de chegar em casa, voltando de um almoço com um dos meus filhos, o André. Fomos comer no famoso botequim Galinheiro, ali na Vila Madalena, que tem um dos melhores frangos grelhados da cidade. Geralmente não bebo, mas naquele dia de calor enxuguei com especial prazer uma bela cerveja espumante.

Coloquei o carro na garagem, estava fechando o portão, quando comecei a me sentir mal. Minha namorada chegou de carro, estacionou, e eu apenas disse: “fecha tudo e depois sobe” (minha casa é um sobrado). “Estou me sentindo mal e vou deitar”.

Era o infarto se instalando.

Nos primeiros sintomas achei que era uma indisposição estomacal e culpei a cerveja. Só que aí o bicho pegou! Passei a sentir tudo ao mesmo tempo: dor na barriga, nos músculos dos braços, cabeça, garganta, olhos, ânsia de vômito. E o pior: muita falta de ar. “Vou fazer um chá”, disse a namorada, prescrevendo uma pueril receita caseira. “Chá?” - questionei, com o natural mau-humor de quem está numa situação assim. Já tinha caído minha ficha. “Querida, estou tendo um infarto. Vamos para o hospital!”

Ela não acreditou e procurou minimizar. “Infarto? Você tá louco, magina...”

Aí vocês não vão acreditar. Vou fazer aqui, pela primeira vez, uma confidência íntima. Uma coisa que, por excesso de pudor, nunca contei a ninguém, nem aos médicos. Ela estava cheirosa, gostosa, deitou ao meu lado me acariciando e... não resisti. Transamos assim mesmo. Eu infartando e... transando. Acho que isso acelerou o coração, estimulou o sistema circulatório, dilatou as artérias, irrigou as células, sei lá, mas o fato é que por um momento esqueci completamente do infarto e fizemos amor como se nada de anormal estivesse acontecendo. Camuflou, digamos, a doença. Permitiu-me reagir, pela troca do desânimo pela excitação. Vejam que receita que é isso! A energia da vida! Cura tudo!

Tomamos um banho rápido, consultei o guia do plano de saúde, e tocamos para o hospital. Escolhi um tal de Hospital Iguatemi, cujo endereço era ali na área nobre da Av. 9 de julho, nos Jardins. Ela dirigindo e eu reclamando do mal-estar, principalmente quando passava em buracos. Cada buraco da rua fazia trepidar meu corpo de forma muito desagradável e aumentava o mal-estar. Já era começo da noite quando chegamos ao hospital e observamos que não havia movimento. Estava tudo vazio e quase escuro, só havia um vigia sonolento e entediado sob uma luz, no fundo de um corredor. Chamamos o cara enfiando o rosto numa porta de grades. Ele veio arrastando os pés, com má vontade. E informou que há mais de um ano o hospital havia se mudado para o quinto dos infernos, lá para os lados de Taboão da Serra, BR-116, algo assim. Longe pra caramba.

Quando a gente está na situação em que eu estava, passa a não ter cérebro. Não raciocina. Ela tinha que assumir o comando da situação, com energia, mas não fez isso. Deixou as decisões por minha conta. E nessa hora, desculpem a expressão, a gente só faz merda. Decidi voltar para casa. Pode? Poder não pode, mas foi assim, infelizmente.

Passei a noite enfartando, muito mal, e em casa. Poderia ter morrido, e isso só não aconteceu por uma razão orgânica que vou explicar em outro capítulo. Pedi para ela mudar de quarto, para não precisar me aturar. No meio da madrugada abria a janela e buscava ar, desesperadamente. Ligava e desligava a TV. Rolava na cama quente, só de cuecas, porque a sensação de falta de ar causa essa vontade de ficar pelado, parece que tudo abafa você. Com calor, pior ainda. Lá pelas tantas, não sei nem a que horas, exausto, adormeci.

Pela manhã, domingo, chegou meu sobrinho, que era piloto da Varig e estava de passagem por São Paulo. Quando contei, ligou na hora para minha sobrinha Roberta, irmã dele, que é médica anestesista em Porto Alegre. “O que esse cara está fazendo em casa?” questionou Roberta, furiosa. “Leva já o tio para o hospital!”, ordenou.

O detalhe é que amanheci bem melhor e achava que o pior já havia passado. Mais tranquilo, mas sendo pressionado por meu sobrinho, fomos para o Incor – Instituto do Coração, ali na Rebouças.

Tiram sangue, fazem três eletrocardiogramas, medem pressão, colocam termômetro no meu braço, medem isso, medem aquilo. Um carnaval danado, e eu ali, só olhando, na enfermaria do PS, cercado de dezenas de outros pacientes deitados em macas. Engulo um comprimido e poucos minutos depois já estou me sentindo zero bala, prontinho para voltar para casa, até pensando no baile daquela noite. Desço da maca e me colocam numa salinha. Ficamos lá esperando, eu, meu sobrinho e a namorada. De repente, entram três médicos, juntos. Três! Uma moça e dois rapazes, com seus aventais brancos e estetoscópios pendurados no pescoço. Caramba, pensei, a enfermaria está cheia de gente e eles vem falar comigo em comissão? Comecei a sentir o drama. Eles me olhavam sem disfarçar que estudavam o paciente, certamente buscando novos sinais da minha doença. Isso não me incomodou, pelo contrário, foi bom sentir o interesse deles.

“A notícia que eu tenho não é boa”, disse um deles, que parecia ser o chefe da equipe. “Infelizmente, seu caso é grave e vai ter que ficar internado”. “Não posso ir em casa pegar roupas e livros?”, perguntei, com aquela inocência idiota dos pacientes de primeira vez num hospital. “Você só sai daqui para outro hospital, em ambulância, e com médico ao lado”, respondeu o doutor.

Aí, gente, pela primeira vez em toda a história, eu finalmente entendi que estava ferrado.

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*Milton Saldanha é jornalista e escritor.
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Não percam amanhã, no segundo capítulo de O DIA EM QUE MORRI - O Hospital São Camilo e uma triste história.

44 comentários:

  1. Bom dia, amigos e amigas!

    O jornalista e escritor Milton Saldanha inicia, hoje, uma Série Especial, em quatro capítulos, a serem publicados durante a semana -segunda, terça, quinta e sexta-feira (na quarta, teremos a sequência de MEMÓRIA TERMINAL, de José Marqueiz).

    Trata-se de um comovente relato pessoal sobre o infarto que sofreu, em novembro de 2000, onde o jornalista narra, com impressionante riqueza de detalhes, a sua luta contra a morte iminente.

    Acompanhemos, pois, esta emocionante série, escrita por um dos maiores profissionais da imprensa brasileira, onde o universo ficcional é a sua própria história!

    Um abraço a todos!

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  2. Queridas amigas e amigos: Obrigado Nivia Andres pelas generosas palavras sobre este velho operário, simples pedreiro, da comunicação. Antes de mais nada, permitam-me explicar a foto: não é a namorada citada no texto, é uma atriz, amiga, a Priscila Freitas, que faz shows como cover de Marylin Monroe. A foto foi tirada durante um cruzeiro marítimo, logo depois do show. Não cito o nome da namorada em nenhum momento porque não estamos mais juntos há vários anos e seria uma indelicadeza da minha parte fazer isso sem sua autorização. Na verdade, perdemos completamente o contato. Mas serei sempre muito grato pela dedicação que ela teve nos meus dias difíceis. Mandei essa foto como brincadeira, para mostrar meu bom-humor mesmo tratando de um tema tão áspero. Ana Paula, minha dentista e amiga, leu a séria antes. Mandou-me um e-mail com vários comentários simpáticos e expressou sua surpresa da forma como trato disso. A maioria das pessoas, disse ela, preferem esquecer, não gostam de falar. Respondi o seguinte: na vida tudo é tremendo aprendizado, tremenda experiência. Um escritor e jornalista jamais guarda só para si tal patrimônio. Entendam, então, também a série do nosso amigo José Marqueiz, cujo drama não ouso comparar com o meu, não seria justo. A matéria prima do escrito é a vida. O que passei faz parte dela. Contar pode ser uma catarse pessoal, mas é também dividir todo o aprendizado. Que espero, do fundo do coração, que ninguém dele venha a precisar. Obrigado a todos que me honram com sua leitura e eventuais comentários. Estarei ao dispor para as curiosidades, e não se precocupem com o modo de fazer as perguntas,sejam objetivos e diretos, pois não tenho o menor trauma.
    Beijos a todos!
    Milton Saldanha

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  3. Onde saiu "escrito", por favor, entendam "escritor". Desculpem a digitação.
    Milton Saldanha

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  4. Olá Saldanha

    Bom dia

    Comovente e corajoso o seu relato. Suspense puro. Se bem que pimenta...
    Já passei por algo parecido, mas não chegou a ser tão grave. Foi o dia que descobri que era hipertenso. Tudo se resolveu depois de um dia no hospital e, a partir daí, um comprimido diário pela manhã.
    Parabéns por ter superado com galhardia seu problema e estar aqui hoje relatando sua experiência que, certamente servirá de exemplo para os leitores não fazerem aquilo que você aprontou no dia do enfarto.
    Vamos aguardar o desenrolar com ansiedade, os demais capítulos.

    Um abraço fraterno

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Bom dia, Milton, tudo legal? Agora sim, claro. Mas naquele dia a coisa ficou feia para o seu lado. Tem uma vantagem, pelo menos neste relato do primeiro capítulo. Você traz uma prova concreta que no Governo Lula tem um ministro inteligente, o Temporão. Outro dia ele saiu às ruas, praças e avenidas dizendo que é preciso fazer sexo para espantar o estresse e consequentemente as doenças provocadas por esse mal, entre elas a hipertensão arterial e, o mais grave, o infarto. Não sou médica, mas creio que se fosse, minha recomendação, ao sentir os sintomas que vc sentiu era um só: corra ao hospital e se interne! Um relato corajoso e uma série que vai prender nossa atenção, certamente.

    Bjos,

    Carol - Metodista - SBC

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  7. Querido amigo e mestre Milton. Fiquei boquiaberta com seu relato. Logo eu, que carrego algumas pitadas de hipocondria, fiquei de cabelo em pé em ler tudo o que vc fez já infartado. Eu teria corrido para o hospital ao primeiro sinal de mal estar. Só tenho uma coisa a dizer: que coração forte o seu, meu querido! Graças a Deus, não tinha chegado sua hora. E é muito bom vc narrar os fatos com toda essa riqueza de detalhes, assim todos podemos nos espelhar em sua luta pela vida.

    Mas precisava fazer tanto suspense? rsrsrsrs... Não vejo a hora de ler o próximo capítulo!!!

    Beijos,
    Lara Fidelis

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  8. Bom dia amigos deste blog...
    De fato, essa série de meu amigo-irmão Milton Saldanha é imperdível e vale a pena acompanhar com atenção todos os quatro capítulos escritos por ele. Eu e a Nivia, (acredito que a Cris também), tivemos a oportunidade de ler a série, mas juro que não abro o bico, para não perder o suspense dessa narrativa real que poderão seguir aqui no blog.

    Tive problemas para enviar a chamada para os amigos e amigas e também para chegar aos comentários. Resolveram encher minha caixa postal com 287 e-mails, alguns com mais de 12 MB e isso me fez perder um tempo enorme. Continuando a comentar essa série, o que chamou minha atenção é que, conforme o próprio Milton relata, ele não bebe e, que eu saiba, nunca fumou. Mais ainda. Nunca vi o Milton gordo. Citei estes três ítens porque os médicos adoram colocá-los como uma das principais causas do infarto.

    Vou deixar esse detalhes clínicos para ser comentados pela Liliana, homenageada nesta série pelo Milton Saldanha. Isso, claro, se ela achar que deve tocar no assunto. Não estou certo, mas creio que a Liliana escolheu exatamente esta especialidade para seguir sua carreira, cardiologia. O pai é ginecologista conceituado. Vamos em frente, comentem e não deixem de acompanhar essa série escrita pelo Milton, está sensacional. Na quarta será interrompida. Apresentaremos o quarto capítulo de "Memória Terminal, de José Marqueiz e "O Dia Em Que Morri", do Milton Saldanha volta na quinta, com o fecho de ouro na sexta-feira.

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  9. Muito bem narrada a história , a riqueza de detalhes é tão grande que senti meu coração disparar ...
    Aguardo ansiosa a continuação ...
    Prende a atenção até do leitor mais desatento e isto sem sombra de dúvidas , faz toda a diferença .
    Parabéns !!!

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  10. Nivia, obrigado novamente. J.Morgado, cuide-se, com hipertensão não se brinca. Cris, querida, obrigado. Carol e Lara Fidelis, o certo é isso, correr logo ao hospital, jamais cometer as minhas burrices. Professor João Paulo, dizer o que se pensa tem vantagens e desvantagens, mas não sou tão a vontade assim, existe a hora de se mancar, né. Edward de Souza tem razão, nunca fumei, etc e tal, e isso me salvou. Ariel Leticia, obrigado! Dona Miquelina, desista, isso que conto é coisa do passado, já não tô mais com essa bola toda, embora ainda tente...
    Obrigado a todos! Beijos!
    Milton Saldanha

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  11. Prezado Milton Saldanha, fiquei realmente surpresa e porque não, envaidecida ao ver essa homenagem, que não me julgo merecedora. Surpresa também com seu relato, principalmente pelo tempo que levou para se cuidar e ser atendido. Casos assim de ataques cardíacos, Milton, em primeiro lugar, deve-se correr contra o relógio, procurando um atendimento imediato. Existem infartos mais ou menos graves, a gravidade depende da extensão, da localização, da idade do paciente, além de outras doenças concomitantes que podem agravar a doença. Pelo seu relato, acredito que foi um infarto que muitos especialistas classificam de pequeno, estes que lesam menos o músculo cardíaco e por essa razão têm melhor prognóstico: quanto maior a lesão do coração maior chance do paciente morrer

    As doenças cardíacas são, atualmente, as que mais matam pessoas no mundo inteiro, Milton e é preciso se cuidar sim e não brincar com coisas sérias com o Edward gosta de fazer. Quem fuma e bebe em excesso, tem colesterol alto, hipertensão arterial, diabetes, é obeso ou sedentário deve ter atenção redobrada. Nesse grupo estão as pessoas que têm maior tendência a sofrer do coração. Claro, muitos outros são os fatores que levam as pessoas a ter um ataque cardíaco, não tem como entrar no assunto aqui no blog, ficaria extenso e cansativo, mas é preciso cuidar bem da saúde, procurando levar uma vida saudável, começando com a alimentação, que deve privilegiar vegetais, gordura vegetal, cereais e frutas e praticar exercícios físicos regulares.

    Vou seguir essa série que você escreve, Milton, com atenção e carinho!

    Obrigada pela distinção,

    Liliana Diniz - Santo André - SP.

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  12. Caro João: sua economia nas palavras é impressionante. Deveria ser publicitário, aquele que mais ganha quanto menos (e melhor, seu caso) escreve. Grande abraço!
    Milton Saldanha

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  13. Querida Liliana Diniz: essa homenagem não vem do acaso, não é gratuita, nem apenas por ser você atuante em nosso blog. Você é uma das pessoas que sempre chamou minha atenção aqui. Tão jovem, mais que meus filhos, e tão lúcida! E mais: temos aqui uma grande médica em formação, isso é notório. Minha homenagem a você é sim merecida, e faço isso com especial alegria.
    Beijo grande!
    Milton Saldanha

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  14. Bom, Milton, a gente quando lê um relato como o seu, ainda mais sabendo que é real, sempre fica com alguma coisinha na cabeça. Acho que é até normal, afinal, creio, somos todos hipocondríacos. Mas, uma coisa me deixa curiosa. Qual a razão de infartos se manifestar mais em homens? Não querendo transformar sua série em um consultório médico, quem sabe a Liliana me explica isso.
    Tenho a impressão, Milton, que o capítulo de amanhã deve ser "quente", pela forma como terminou esse de hoje. Vou ficar atenta.

    Bjos,

    Tatiana - Metodista - SBC.

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  15. Caro e especial amigo Milton,

    Graças a D´us, encontrei você depois muito bem e desejo muita saúde e vida longa ao amigo. Mas você escreve de forma tão gostosa, tão envolvente, que até parece alguém distante retratado na crônica. Quando vejo que se trata do querido Milton, rezo e agradeço a D´us por ter dado tudo certo. Forte e grande abraço!!!

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  16. Milton, agora sei que meu pai tinha razão, quando sempre me orientava a não fazer julgamentos precipitados. Quando vim ao blog ler essa série que você escreveu, a primeira coisa que vi foi a foto e, antes de ler o texto, sacramentei: por isso o Milton teve um infarto, com uma loira dessas, até eu, pensei. Estava errado, percebi depois ao ler seu comentário. Mas se tivesse eu ficado apenas no blog, julgaria que a loira teria sido quase fatal pra você. Nada disso, trata-se de uma amiga, agora eu sei porque li seu comentário. Cá entre nós, que amiga!

    Quanto ao João Batista, acho que depois que ele saiu debaixo daquela casa em que se escondia, ficou envergonhado em postar comentários. Mas, escreve bem seu contos, gosto de ler. (Assim alivio a pancada que virá, com certeza). Sobre essa série que vou seguir e sempre participar, se não for cassado novamente, estou curioso para saber como se safou, Milton. Teria feito um transplante? Sei, a resposta está no capítulo de amanhã. Tá bom, vou ler.

    Um recado: Liliana, sou seu fã.

    Abçs

    Juninho - SAMPA

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  17. Prezado jornalista Milton Saldanha!
    Acabei de ler o primeiro capítulo dessa série que você escreveu. E estive muito perto de ter sofrido um infarto. O que me salvou é que corri no instante em que senti uma forte pontada no peito. Estava dirigindo e perto do Hospital do Coração, no Bairro paraíso, aqui em São Paulo, você deve conhecer. Assim que entrei, ainda suando muito e com ânsia de vômito, fui atendido por um jovem médico que me abriu a camisa e, aos gritos, solicitou socorros imediatos.Fui submetido rapidamente ao tratamento de cateterismo cardíaco seguido de angioplastia e fiquei bem, graças a Deus, sem maiores consequências. Hoje me cuido. Emagreci, tomo todos os dias um comprimido para controlar a pressão arterial, faço caminhadas todos os dias e tomo os cuidados com a alimentação, seguindo uma dieta correta, conforme recomendou acima a Doutora Liliana. Estou acompanhando a série, Milton, parabéns pelo excelente texto.

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.

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  18. Olá Edward
    Me desculpe pela ausência, realmente andei um pouco sumido. Pô moço que estória doida, amanhã volto pois quero acompanhar o caso.
    Um abraço

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  19. Tá bom, Juninho! Volto para fazer outro comentário, pois que nosso querido Milton Saldanha merece mais que aquela lacônica mensagem que postei acima.
    Na verdade, tenho razões para crer que o Milton coseguiu safar-se de complicações maiores pelo fato de ser um exímio dançarino. Não existe exercício melhor pois dançar traz força e alegria para o coração. Eu já deveria ser um infartado, pelo tanto que fumo e pela vida atribulada que tive mas, toda semana, eu descarrego as mágoas e preguiça numa boa noite de dança. Passamos 4 ou 5 horas dançando de tudo, na maior satisfação.
    Outra coisa, Juninho, aquela escadaria onde estou sentado na foto antiga, é uma Igreja. Levei meu genro para conhecê-la e como todo bom americano, ele tem mania de fotografar tudo. Enquanto o Anthony ficava lá dentro às voltas com as fotos, eu sentei-me ali, para fumar e ele aproveitou para registrar até onde vai meu vício (ele detesta cigarros).
    Abraços
    João

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  20. Valeu Milton,

    Sua presença aqui, trazendo um relato útil a todos nós, aumenta a alegria em "reve-lo", ainda que virtualmente.
    Somo com você na convicção de que as experiências devem ser compartilhadas.Especialmente com algo tão útil que pode acontecer a qualquer um.
    A solução do sexo, achei ótima.
    Embora contrarie as recomendações médicas, estou com o ministro Temporão e com o Lula (neste aspecto). O problema será daqui alguns meses, quando sair o viagra genérico, vai ser um tal de velhinhos com piripaque...
    Vou acompanhar a série, Milton.
    E comemorar sempre o fato de ter você entre nós.

    Abração,

    édison motta
    Santo André, SP

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  21. Milton, na verdade, eu morro de inveja dessas tuas atividades relacionadas à "Boa Dança", rsrs
    Grande abraço e estou tão ansioso quanto os demais para saber como foi o milagre de tua sobrevivência após o infarto.
    João B.Gregório

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  22. Olha eu de novo!! Qualquer hora eu quero contar aqui uma crônica de um amigo,Padre Paco, ex-clérigo e que morreu em cima de uma namorada. kkk
    João

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  23. Edward, obrigada pela visita. Voltarei com mais calma.

    Abraços!

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  24. No dia em que vi postado neste blog a chamada, ou alguns comentários para esta série do Milton, imaginei que teria repercussão, até porque todos nós, se não temos parentes com casos de infartos em família, já ouvimos relatos desta doença cardíaca ter se manifestado em amigos ou amigas. E o infarto que vc sofreu faz 10 anos, Milton, você está muito bem, depois do susto, cujas consequências maiores vamos saber nesta sequência. Creio também que essa sua exposição dos fatos, Milton, acaba ajudando a todos para se prevenirem contra essa doença silenciosa que muitas vezes não perdõa. Vou acompanhar a série atentamente.

    Bjos,

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  25. Bem vinda ao blog, Lara Amaral!
    Para os amigos do blog que ainda não conhecem a Lara, adianto que ela é jornalista e mora em Brasília.
    Sobre a série escrita pelo amigo-irmão Milton Saldanha, quem acabou levando chumbo foi eu. A Liliana não me perdoou, dizendo que faço brincadeiras com coisas sérias. Uma vez, Liliana, aí em Santo André, fui ao médico, por sinal amigo meu e dono de uma clínica, a Sandrecor. Esse médico, o Jorge, depois de examinar minha pressão arterial, receitou um remédio e mais uns conselhos, entre eles deixar de fumar. Como conheço o Jorge, retruquei: "mas, você fuma, Jorge". Ele rebateu no ato: "faça o que eu mando, não o que eu faço". E ponto final.

    Pelo visto o João Batista é mais um candidato a alguns catiripapos, já que é fumante confesso. E pelo visto, fuma mais que sapo. (hehehehehehehehehe). E o Édison Motta? Fumar acho que parou, mas as "amarelinhas" lá no "Baiano", duvido que tenha deixado. Em excesso também derruba, caro Édison. Juninho você implicou tanto com o João Batista "Barrios" e não mostrou o rosto ainda. Habilite-se, menino. Algumas donzelas gostariam de conhece-lo.

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  26. Amigas e amigos, pela ordem de postagem: Tatiana, sua questão é muito interessante, mas não sei responder. Também quero saber a resposta, vamos ouvir a Liliana Diniz, que vai fazer o favor de corrigir todas as besteiras que eu falar aqui e nos textos. Amigão Danon, obrigado e imenso abraço! Laércio H.Pinto, é sempre agradável ler sua participação nestes espaço, obrigado. Idem a Wanderley Elian Lima. Caríssimo João, você tem toda a razão, a dança é o melhor exercício, incomparável. Édison Motta, excelente jornalista, Prêmio Esso, é sempre uma honra sua presença. Obrigado a todos!
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  27. Caramba, gente, acabei de postar e já havia novos comentários, o que mostra que saúde é preocupação geral, ainda bem, só não pode virar neurose. Bem-vinda Lara Amaral. Querida Gabriela, exato, repassar experiências (boas e ruins)sempre ajudará alguém, quando menos se espera. Eu próprio nada sabia sobre o corpo humano, muito menos coração. Depois dessa encrenca passei a brincar dizendo que virei "cardiologista amador". Mas é só brincadeira, por favor. Edward, você mereceu o puxão de orelhas. Larga o cigarro já! A gente só fala isso para quem ama.
    Beijos a todos!
    Milton Saldanha

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  28. Professor, essa padre, ou melhor, ex-padre, não era "pedhomófilo".
    Abraços
    João

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  29. Boa tarde, Milton Saldanha.
    Pelo visto você vai assustar muita gente aqui no blog com esse seu relato. Eu deixei de fumar faz tempo, creio que há uns 20 anos, mais ou menos. Mas, não precisei de conselhos médicos não. Foi por conta própria. Passei a me sentir bem melhor. As causas de uma doença cardíaca são muitas outras, é preciso se cuidar mesmo, basta ler seu relato, um homem que não fuma e teve sérios problemas.

    Abraços, Milton, parabéns pela série.

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  30. Boa noite, meus amigos do blog, Edward ,J Morgado,Nivia e Cristina

    Muito hilariante a situação vivida pelo autor, na forma contada com maestria e irreverência. Na verdade, só aos heróis é permitido contar as histórias de sobrevivência da morte nessas situações tão perigosas de um enfarto.
    Parabéns Milton pois a morte deve ser vencida com o desprezo que ela merece.
    Agora fazes parte da galeria de heróis que retardaram a ação de nossa inimiga...
    Abraços
    Anfermam

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  31. Milton, já estou ansiosa para ler o segundo capítulo amanhã. Acho que essa é a primeira vez que ouço alguém contar a própria história em que desafiou a morte de perto. Ainda bem que vc hoje pode contar essa experiência, Milton. Vou lhe fazer uma pergunta, posso? Se não quiser responder, sem problemas. Quando vc se sentiu mal e se viu num hospital cercado de médicos, em momento algum vc pediu a ajuda de Deus? Se isso não aconteceu, onde estava seus pensamentos naquele momento trágico?

    Beijinhos

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  32. Caríssimos Juninho, Miguel Falamanda, Anfermam e Andressa: obrigado pelos comentários. Juninho, você é ótimo, tem excelente humor, e isso ajuda na prevenção do infarto. Miguel Falamansa, parabéns por largar o cigarro e divulgar isso. Anfermam, por favor, assim fico sem jeito, nada tenho de herói, sou apenas sobrevivente. Andressa, não desafiei a morte, jamais faria isso, não sou louco. Ela é que me desafio, e não venceu! Desafiar a morte é fazer tudo aquilo ao contrário do que a nossa querida homenageada, Liliana Diniz, recomenda.
    Adoro todos vocês, beijos!
    Milton Saldanha

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  33. Querida Andressa: a resposta para sua pergunta está no final do último capítulo. Não deixe de ler.
    Beijo!
    Milton Saldanha

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  34. Oi Tatiana, as mulheres têm menor risco de infarto em relação aos homens por questões hormonais. No entanto, tenho comigo um levantamento divulgado recentemente que é para as mulheres se preocuparem. A cada 100 pacientes masculinos que chegam ao SUS com complicações cardíacas, 12 morrem. Já no time feminino, o número é mais alarmante: corresponde a 19 a cada 100. Eu acredito que isso se deve, Taty, em razão da mudança hormonal ocorrida na menopausa. Com isso, o risco de infarto nas mulheres se iguala ao dos homens. Bom se cuidar sempre!

    Beijos,

    Liliana Diniz – Santo André

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  35. Uma coisa eu tenho certeza, o cara não morreu, por que não estaria vivo para contar essa história.
    O ministro fica falando que sexo é bom para a saúde, como é que ficamos nós padres?
    Quero dizer EU, por que eu levo o celibato a sério.
    Eu li essa crônica de hoje com o terço nas mãos.
    O Edward corta quaisquer deslizes meus por nada, mas o Milton é pedra noventa, pode falar de sexo à vontade!
    Milton, sua penitencia é joelhar no milho e rezar apenas trezentas ave Maria.
    Vê se cria juízo menino!

    Padre Euvideo.

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  36. Milton, seu relato é impressionante. Essa demora em ir a um hospital certamente deve ter lhe causado sérios problemas. Por pouco a vida, com certeza. Vamos ver isso nos outros capítulos. Com a participação da Drª Liliana, ficou muito bom esse capítulo hoje. Pelo menos ela ajuda a esclarecer algumas dúvidas.

    Bj

    Bruna - UFJF - Juiz de Fora/MG

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  37. Edward Souza, vi que me fez uma visita e muito embora não tenha deixado qual comment, percebi que passou lá em casa e se tornou meu seguidor daí a minha presença. Andei por aqui a passear um pouco e adorei o seu blog...vou voltar bjs

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  38. Peço desculpa Edward vi agora que tinha deixado um comment no post anterior.bjs

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  39. ANA CÉLIA DE FREITAS.segunda-feira, 10 maio, 2010

    Boa noite crianças.
    Milton,você me deixou surpresa com suas revelações,mas cá prá nós,correu sérios riscos.
    Amo de paixão tudo que você escreve,e tenha certeza aprendo sempre,sabe, não vejo a hora de chegar amanhã para ler o segundo capítulo...
    Tenha certeza que depois desse corajoso relato e as inteligentes dicas da Doutora Liliana, o pessoal vai ficar mais atento.
    Pelo seu relato, parece que o ministro tem toda razão,KKK.
    Dançar também faz um bem danado hein,afinal você se mostra mais jovem do que diz a sua idade.
    Beijossssssssss.
    ANA CÉLIA DE FREITAS.

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  40. Padre Euvidio, suas brincadeiras estão ótimas, adorei. O Edward deixa sim falar de sexo, depende como e o que se fala. Sexo é ótimo e faz parte da vida de todos, exceto se a pessoa tiver alguma anomalia. Pode e deve ser comentado com toda naturalidade. Meu pudor foi infantil, poderia ter contado isso aos médicos, e certamente eles teriam rido e acrescentado algo mais aos seus conhecimentos dos pacientes. Bruna, minha demora em buscar socorro foi a maior estupidez de toda a minha vida. E quase que me custa a própria. O músculo cardíaco vai sofrendo perda durante o infarto, quanto mais demora mais perde. Só de saber disso, agora, já é motivo de correr ao pronto socorro no menor sinal. Amiga Ana Célia de Freitas, obrigado pelas palavras doces. Já publiquei aqui certa vez uma crônica sobre os benefícios da dança, que são notáveis.
    Beijos a todos!

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