RÁDIO: PAIXÃO,
ROMANTISMO & REALIDADE (V)
No ano de 1952 foi lançada no Rio de Janeiro, para todo o Brasil, a revista que haveria de ocupar, em poucas semanas de circulação, o posto de mais vendida do país. “Manchete” seria a segunda revista em grau de importância no Brasil. Entrara no mercado para disputar com a associada “O Cruzeiro”, detentora do domínio entre revistas semanais.
Adolpho Bloch, empreendedor dinâmico de ampla visão, um dos mais próximos amigos de Juscelino Kubitschek de Oliveira, abraçou projeto ambicioso na mídia impressa, a cada semana, com uma revista inspirada na renomada francesa, a Paris Match. Sua clara linguagem se fundamentava no dorso superior de fotojornalismo, dotando-lhe de atração colorida e bela, com apoio em texto curto, objetivo e aclarador. Assim foi a revista que o velho Bloch fez editar de 1952 ao ano de 2000, quatro anos após sua morte, ocorrida em São Paulo, em novembro de 1995.
Sivam Castelo Neto, exigente e zeloso diretor de gravações de “jingles”, - anúncios gravados em acetatos – dirigia, no Largo da Carioca, seu studio especializado em cuidar do referido trabalho. Foi exatamente no studio do Sivam onde se reuniram as peças para desempenho da gravação do primeiro comercial amplamente divulgado no lançamento da Revista Manchete: Conjunto vocal feminino as “Três Marias”; compositor e cantor Ismael Neto, com seu conjunto “Os Cariocas”; Cid Moreira e Garcia Netto, ambos chegados ao Rio, ele de Taubaté e eu de São Paulo. Estávamos todos contratados para marcar em “jingles” a campanha da nova revista, com a seguinte mensagem:
- Carminha cantando: Eu leio Manchete! Eu leio Manchete...
- Três Marias: Nem que chooova canivete! Nem que choova canivete...
- Garcia Netto: Cinco pratas por uma revista que vale ouro!
- Cid Moreira: Manchete, a Revista que é um tesouro, nas bancas (...)
- Cariocas e Três Marias: Eu leio Manchete! Eu leio Manchete! Nem que chova canivete! Nem que chova canivete.
Devo falar por mim, no entanto, estou seguro de que todos os envolvidos naquele feliz lançamento viveram grandes alegrias pelo sucesso alcançado pela Revista Manchete, a que o senhor Adolpho Bloch emprestou dedicação e fidelidade.
Abrir um parágrafo para destacar um doce de criatura, além de prazer, renova esperanças e alimenta o espírito de justiça. Carmem Déia Santos Braga (E). A Carminha veio para o Rio bem menina, entrando no conjunto das Três Marias em 1950. Para substituir a cantora Regina Célia, Carmem Déia chegou ao conjunto para alteração de uma das muitas composições do trio fundado em 1940 e composto por Marília Batista, Bidú Reis e Salomé Cotélli. Trabalhou no período na Rádio Tupi e excursionou pelo Brasil com a orquestra de Ary Barroso. Ao deixar as Três Marias fez carreira solo, gravando inúmeras musicas de Nazareno de Brito, Ary Barroso, José Maria de Abreu, nos selos Mocambo e Polydor. A Carminha teve uma participação no filme de Luiz de Barros, “Era uma vez um vagabundo”.
Falar de Ismael Neto me obriga relembrar nossas tardes na Rua Prado Junior, onde vivíamos as tardes fazendo versos e cantando a vida, ele tomando invariavelmente Fernet. No mesmo canto, nas mesmas tardes, Dora Lopes, Dolores Duran, Macedo Neto, Lúcio Alves, Miltinho e até Manezinho Araújo em seu restaurante “Cabeça Chata”, curando ressaca com sopa de cabeça de peixe.
Também ao ir encerrando a presente série, não poderia deixar de prestar uma justa homenagem a dois cavalheiros da música sertaneja, Tonico e Tinoco. Figuras cunhadas na boa forja da moral, ética e cidadania, souberam mostrar seus valores não somente na feitura de música e sua interpretação. Representantes legítimos do sentimento caboclo, carregavam postura e alma de artistas. Recentemente, em especial de Roberto Carlos, lá estava Tinoco e seu risinho tímido, recebendo homenagem. Por alguns anos trabalhei com eles, gravando para uma rede brasileira de rádio o programa “Shell no Sertão”, onde interpretava um agrônomo aconselhando culturas e processos de produção. Para eles, eu era o “Dr. agrômo” na ironia do Tinoco, me envolvendo com a professora da fazenda, chegando juntos de charrete. A dupla gravou duas músicas minhas, tema de novela para a Rádio São Paulo.
Para os acadêmicos ou interessados que nos acompanham no blog, passo uma informação bastante próxima dos fatos ligados à rádiorreportagem e Emissora Continental do Rio de Janeiro. O trabalho de Flavia Lúcia Balzan Bespalhok representa bom documento para informações sobre o tema. Existem falhas, mas, ainda é o melhor que conheço. Meu nome não consta em sua pesquisa, embora eu tenha comigo carteira profissional assinada por Murilo Berardo, diretor da Emissora Continental e irmão do deputado Rubens Berardo, com admissão em 1952. A falha me parece tolerável, embora eu tenha trabalhado com todos os entrevistados, estes aposentados já com alguma idade, e muitos anos depois. Ausentei-me do Rio e certamente fui esquecido pelos colegas abaixo citados pela mestranda Flavia em agradecimento.
“Aos colaboradores entrevistados: Saulo Gomes, Ary Vizeu, Carlos Alberto Vizeu, Jorge Sampaio, Paulo César Ferreira, Paulo Caringi, Teixeira Heizer, Afonso Soares e Celso Garcia. Sem o ecoar de suas vozes esse passado não seria presente”.
Muitos outros companheiros da época não foram ouvidos, por não encontrados ou falecidos: Carlos Palut, Alba Regina, Manoel Jorge, Dalwan Lima, Hilton Araújo, Newton de Souza, Hermano Requião, Sergio Paiva, Waldir Amaral, Alziro Zarur, Fernando Salgado e outros.
O trabalho não faz referência a um incêndio de grandes proporções na favela do Esqueleto, ao lado do Maracanã, em um domingo de sol, enquanto Oduvaldo Cozzi cobria um Fla-Flu. Uma fuga na penitenciária da Rua Frei Caneca, também no domingo, em horário de futebol. Eu estava lá, como em outros tantos acontecimentos, relatados ou não.
Na noite de morte do Presidente Vargas, estivemos de plantão no Palácio do Catete, eu e Newton de Souza, durante toda a noite, prosseguindo no dia seguinte, na sofrida comoção do povo brasileiro durante o velório, em Salão da Casa Militar onde reinava o General Juarez Távora, segundo alguns, conspirador em favor da UDN. Era Ministro da Casa Civil o polêmico Lourival Fontes, que dirigira já em 1932, a propaganda do governo, o DIP.
A PRÁTICA DA REPORTAGEM RADIOFÔNICA NA
EMISSORA CONTINENTAL DO RIO DE JANEIRO
Ao finalizar, devo externar a todos minha gratidão pela presença frequente e apoio na abertura de franco diálogo, onde primou pela elegância o comportamento de cada um. Muito obrigado. Doravante vocês estarão de férias.
Ao Edward de Souza, minha amizade e apreço pela criação deste importante veículo onde a tribuna é sempre livre e democrática.
A Nivia e Cris, um carinhoso abraço pelo carinho e cuidado com que me distinguiram no trato tão zeloso de nosso Blog.
Abraço a todos.
-------------------------------------------------------------------------------------
*José Reynaldo Nascimento Falleiros (Garcia Netto), 81, é jornalista, radialista e escritor francano. Autor dos livros Colonialismo Cultural (1975); participação em Vila Franca dos Italianos (2003); Antologia: Os contistas do Jornal Comércio da Franca (2004); Filhos Deste Solo - Medicina & Sacerdócio (2007) e a novíssima coletânea Seleta XXI - Crônicas, Contos e Poesias, recentemente lançada. Cafeicultor e pecuarista, hoje aposentado. A Série Relembranças II foi editada em capítulos semanais, às quintas-feiras - uma revisita do profissional de memória privilegiada à história do Rádio Brasileiro, que se confunde com a sua própria história.
--------------------------------------------------------------------------------------
Bom dia, amigos e amigas!
ResponderExcluirFoi com muita satisfação que editei as Séries RELEMBRANÇAS I e II, em que o nosso querido jornalista, radialista, escritor e agora, amigo, Garcia Netto, empreendeu uma adorável viagem ao passado, em que registrou e resgatou momentos históricos importantes da história do nosso país, mesclando-os, de forma magistral, com fatos acontecidos em sua vitoriosa carreira como homem de comunicação.
Tenho certeza de que os milhares de leitores que acorreram ao blog desde o lançamento das séries, tiveram momentos agradáveis e de grande valia para a sua bagagem pessoal de conhecimentos ao lerem as memórias de Garcia Netto.
Estou certa, também, que todos os leitores vão pedir bis, seja para acompanharem uma nova série, seja para contarem, sempre, com a presença constante de Garcia Netto neste blog, através de contos, crônicas e textos especiais.
Agradeço, muito sensibilizada, o carinho, a generosidade e o desprendimento do autor - profissional competente, disciplinado, cuidadoso e extremamente pontual na entrega de seus textos, comprovando sua ligação estreita com os editores e leitores deste blog. Agradeço, também à querida amiga e colega, Cristina Fonseca, sempre presente, que contribuiu, com sua arte, para embelezar, na forma, os belos textos de Garcia Netto.
Até breve, Garcia! Espero novo trabalho! Você já é um dos mosqueteiros do nosso especial espaço de comunicação.
Abraços a todos!
Prezado amigo Garcia Netto!
ResponderExcluirNão poderia deixar de lhe agradecer por essa série maravilhosa que você apresentou durante algum tempo em nosso blog. Cada capítulo uma revelação, aprimorando o conhecimento de todos que participaram deste blog e desconheciam fatos ocorridos na década de 50/60/70. Sua memória privilegiada abriu uma enorme tela e nela foram exibidos filmes históricos, curiosidades sobre o rádio e nossos cantores, fatos que encantaram a todos nós. Tenho certeza que uma nova série pode ser apresentada por você neste blog, extraída desses muitos assuntos palpitantes que foram aqui apresentados em poucas linhas. Como por exemplo, essa cobertura jornalística realizada durante a morte de Getúlio Vargas e tantas outras em que você esteve presente.
Neste último capítulo da série chamou minha atenção a gravação desse jingle destacando a Revista Manchete, outro marco no jornalismo brasileiro. Frases simples usadas no rádio de antigamente, mas de efeito certeiro, passava o refrão a ser cantado por todos na rua. Jingles das Casas Pernambucanas, Buri, Cobertores Paraíba e tantas outras lojas ou produtos atingiam o grande público. Nos dias de hoje existe muita sofisticação nas publicidades e pouco retorno aos anunciantes. Você gravou ao lado de Cid Moreira. E faço eu uma revelação. Em 1971, jovem ainda, eu gravei a chamada do Jornal Nacional para todo o Brasil. A TV começa passava a ser em cores no Brasil. Na época, levado pelo saudoso Luiz Lombardi Neto, chefe dos locutores da Globo, passei a ser a voz padrão da TV Globo. Cid Moreira e Chapelin apresentavam o Jornal Nacional naquela época. O patrocínio era do Banco Português, “um banco que tem um grande coração”. Pronunciada essa frase um enorme coração explodia contra a tela e eu finalizava anunciando o Jornal Nacional. Ficou no ar minha gravação até 1973.
Essas lembranças, Garcia, surgem sempre quando leio o que você escreve, afinal trilhamos o mesmo caminho, em épocas diferentes. Bons e saudosos tempos! Obrigado, querido amigo e conterrâneo Garcia Netto. Foi um sucesso sua série e agradou a todos que frequentam esse blog, provado pelos muitos comentários e pelas centenas de visitas a esse espaço. Deixo, porém, uma intimação. A série termina hoje, não a sua participação. Vamos cobrá-lo sempre para que escreva mais, tenha essa certeza.
Um forte abraço...
Edward de Souza
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirET: onde se lê: "fatos que compõem para a história nacional", leia-se: fatos que compõem a história nacional.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi Garcia Netto, meus parabéns por essa série maravilhosa. Eu adoro fatos que nos levam ao passado e nos ensinam os costumes dessas décadas que não conhecemos. Também quero somar aos demais amigos e amigas deste blog o meu pedido para que continue nos premiando com seu texto. Já nos acostumamos com você e sua ausência, que espero não ocorra, seria muito sentida por nós.
ResponderExcluirBjos,
Liliana Diniz - FUABC - Santo André
Boa tarde, Garcia Netto!
ResponderExcluirEstou como sempre faço às quintas, acompanhando sua série que infelizmente se encerra hoje. Digo infelizmente porque adoro rádio e eu já disse aqui, numa crônica escrita pelo Oswaldo Lavrado, que sou um radialista frustado e um engenheiro que, parece, deu certo. Quando jovem tentei fazer rádio, mas não deu. Descendentes de japoneses acabam sendo discriminados no meio. Eu nasci e me criei em Marília, mas estou em São Paulo, na verdade Osasco, Grande São Paulo, faz muitos anos. Me dei bem por aqui. Gosto muito de ler suas histórias sobre o rádio brasileiro e desses bons tempos em que o rádio era feito por grandes profissionais, espécie atualmente em extinção. Não sei se os tempos são outros, mas não se escuta mais bons programas no rádio AM. E não gosto de FM, para mim, só barulho, sei lá, não sei o que você pensa sobre isso. De qualquer forma, espero que volte a nos brindar com mais histórias sobre o rádio, com certeza tem muitas outras guardadas em sua memória.
Aceite meus cumprimentos pela série.
Tanaka - Osasco - SP.
Peninha, Garcia Netto, que sua série termina hoje, já nos acostumamos a correr todas as quintas aqui e ler suas histórias empolgantes. Com sua memória privilegiada, poderia passar muitas outras quintas nesse blog escrevendo. Tenho certeza que o Edward e a Nivia iriam concordar em lhe deixar esse espaço. E nós iríamos aplaudir se isso acontecesse.
ResponderExcluirParabéns pelo seu trabalho, brilhante!
Tatiana - Metodista - SBC
Olá Garcia Netto
ResponderExcluirEstou um pouco atrasado para colocar aqui meu recado. Exames médicos (oftalmológicos) me obrigaram ficar um pouco ausente (hoje) deste espaço. Mesmo agora, estou ditando para minha filha a minha colaboração.
Pois é meu amigo (permita-me chamá-lo assim), com seu tempo vivido e toda a experiência que você, com sabedoria soube acumular, as quintas-feiras é lugar cativo de sua brilhante pena (tenho certeza que o Edward e a Nivia concordarão).
A margem das histórias sobre o rádio e jornalismo brasileiro há outras por de traz dos bastidores. Que tal contá-las?
Você se referiu a Getúlio Vargas. Lembro-me em 1954 tê-lo visto desfilando em carro aberto pelo Vale de Anhangabaú. Festejava-se o IV Centenário de São Paulo. Um avião despejava toneladas de panfletos aluminizados referentes à data festiva. Naquela ocasião eu estava acompanhado de minha namorada, hoje minha esposa por 55 anos.
Você falou da Revista Manchete. Um marco do jornalismo brasileiro. Lembro-me da cantora espanhola Sarita Montiel folheando a revista em um hotel em São Bernardo do Campo, formulando comentários elogiosos a revista. Eu estava lá!
Como você bom amigo tenho muitas recordações. Suas crônicas me ajudam a lembrá-las.
Um grande e fraterno abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Logo que começou sua série, Garcia, eu deixei um comentário e no final disse que estava imprimindo todos os capítulos e arquivando em uma pasta. Por conta disso, já recebi vários telefonemas hoje de amigas me perguntando se eu já havia copiado o seu texto, que é o final dessa série. Pior é que essas danadinhas que me ligaram ainda não apareceram. Estou imprimindo agora esse capítulo, mas deixo esse comentário para que elas saibam que cumpro o que prometo (rssssssssssssss). E jamais ficaria sem ler e imprimir o artigo final. Adorei sua série, excelente. Meus parabéns, Garcia Netto!
ResponderExcluirBeijos,
Gabriela - Cásper Líbero - SP.
O Edward e o J. Morgado estão com a razão. É ótimo ler suas crônicas porque sempre nos trazem alguma coisa à mente. Hoje, nessa última da série, recordei-me da Dupla Tonico e Tinoco. Os verdadeiros ases da música sertaneja. A última vez que fui a um show assistir os dois, foi no Restaurante São Judas Tadeu,em São Bernardo, conhecido ali como Rota do Frango com polenta, o pessoal do ABC, claro, conhece bem. Além do Tonico e Tinoco, se apresentava o cantor Sergio Reis. Inesquecível. Poucos meses depois faleceu o Tonico e deixou um vazio na nossa música sertaneja. Se não me engano, Tonico caiu do alto de uma escadaria em sua casa, foi socorrido, mas teve várias fraturas e ainda por causa da idade, faleceu. Lamentável.
ResponderExcluirGarcia, aceite meus cumprimentos pela série e continue escrevendo, já nos acostumamos com você, creia. E gostamos do que escreve.
Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.
Senhor Garcia Netto, sou curioso em demasia e muitas vezes acabo sendo incompreendido aqui neste blog por causa das perguntas que faço. Também acompanhei essa série que o senhor escreveu como estou acompanhando a nova sobre as memórias do Jornalista José Marqueiz, por sinal excelente. Tentei ontem deixar comentários lá e não consegui, quando entrei havia um super congestionamento no blog, com mais de 10 pessoas online.
ResponderExcluirO senhor conta neste capítulo final que cobriu o velório e o sepultado de Getúlio Vargas. Pode ser que tenha ouvido nos bastidores coisas não reveladas, por isso deixo a pergunta: o senhor acredita mesmo que Getúlio Vargas se matou? Ou foi assassinado?
Abçs, parabéns pela série.
Juninho - São Paulo - SP.
Garcia Netto, meus cumprimentos pela série. Você ganhou minha simpatia quando respondeu, com muita educação, a pergunta que eu lhe fiz sobre o rádio mineiro. Citou emissoras de rádio aqui do meu estado e alguns locutores que, óbvio, não conheci, porque trabalharam em décadas passadas. Deixou ainda um bom espaço para responder a cada uma das perguntas, não se importando se eram coerentes ou não. Pelo seu texto, pela sua simpatia, aceite meu abraço afetuoso e a certeza de que vamos continuar torcendo para que uma nova série sua seja apresentada aqui neste blog.
ResponderExcluirabças afetuosos,
Bruna - UFJF - Juiz de Fora/MG
Garcia Netto, de 1 a 999, nota 1.000 para sua série. Simplesmente fantástica, pelo texto claro e explicativo e pela sua memória privilegiada. Meus parabéns.
ResponderExcluirPriscila - Metodista - SBC
Boa noite Garcia Netto.
ResponderExcluirAmei ler a sua série,tenha certeza que todos nós aprendemos muito com você.
Quando você cita Tonico e Tinoco,me fez retornar a época quando eu era criança,minha mãe amava essa dupla.
Olha meu querido,eu já era sua fã de carteirinha e NÙMERO 1acompanhando suas crônicas no Jornal,e depois ainda pude contar com esse espaço de ouro para aprender um pouco mais com você,MESTRE dos MESTRES,então POR FAVOR,não nos abandone,continue nos brindando com sua incomparável presença.
Beijossssssssss.
ANA CÉLIA DE FREITAS.
Amigos todos que desfilam no blog do Edward, líder do triunvirato que reúne também a sabedoria e equilíbrio da Nivia Andrés e arte da Cris.
ResponderExcluirReunindo letras, formando palavras, juntando-as a um punhado de retalhos da história, fui muito gratificado com seus comentários magnânimos.
Priscila. Obrigado pela nota.
Juninho. Sou a favor de que haja perguntas no blog, assim como penso que devam ser respondidas. No caso da questão colocada por você, aceito-a pertinente. A polêmica gerada no momento do fato e ainda hoje viva sustenta enorme interrogação. Foi grande a discussão, não sendo poupada suspeita até para Benjamim (Beijo) Vargas, irmão do presidente. Como sua inquirição é sobre o que creio, veja o que penso hoje: Era muito forte a pressão reinante no seio do Palácio do Catete, entre alguns políticos alinhados na UDN. A aeronáutica exigindo a presença de Getulio para depoimento na Base Aérea. O comparecimento seria o ápice da degradação de um Presidente do Brasil que a estatura de Vargas jamais aceitaria. Veja abaixo o último parágrafo de sua Carta Testamento:
“Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente, dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História." (Rio de Janeiro, 23/08/54 - Getúlio Vargas)
J. Morgado. Agradeço-lhe a amizade a qual serei fiel com muito gosto. O sentimento de amizade é um dos melhores acontecimentos na vida do homem. Você tem razão quando afirma que ao lado das coisas que se contam sempre outras lembranças florescem. Hipoteco-lhe votos de boa saúde.
Tanaka. Natural de Marília SP, gostando de radio, conhece a Radio Clube de Marília, Radio Dirceu e outras. Sua cidade foi berço de Sérgio Paiva, Osmar Santos e você ter conhecido Otavio Lingnelli, professor de violão, gerente da Clube e, quem sabe, pode ouvi-lo em magistrais tocatas.
Cristina Fonseca. Minha querida é sim Cid Moreira do Jornal Nacional. Nossa grande identidade de hoje são cabelos cor de prata, decantados pelas serenatas.
João Paulo. Vou pedir ao Miltinho no outro lado da vida que cante em nossa homenagem: “Mulher de Trinta”.
Edward. Há um dito popular, “comer e coçar Basta começar”, o mesmo ocorre com as histórias: começando, vão fluindo em borbotões.
Nívia. Do professor João Paulo você pode ser Rainha. Eu, no entanto, a tenho melhor, mais próxima, como minha Musa.
Obrigado a todos.
Boa noite senhor Garcia Netto. Frequento esse blog faz pouco tempo e hoje li esse capítulo de sua série, que não tinha acompanhado, até agora. Deixei de postar meu comentário e fui ler as postagens anteriores para me inteirar de todo o assunto. Gostei muito, até o texto sobre a demolição do Palácio Monroe, que nunca soube de sua existência. A gente aprende muito lendo textos como os seus.
ResponderExcluirObrigada pela oportunidade de deixar minha opinião.
Maria Emília Bortoletto - Três Lagoas/MS
Boa noite, Garcia Netto!
ResponderExcluirNão faz muito tempo, alguns meses, li a biografia de Adolpho Bloch e ficou, pelo menos para mim, a clara impressão que não era um bom homem de negócios. Ficou famoso por ter criado a revista "Manchete", conforme você escreve nesse último capítulo de hoje, que, durante certo momento, superou a famosa "O Cruzeiro", de Assis Chateaubriand. Depois, começou a fazer água e o empresário, eternamente endividado, tentou vendê-la para Roberto Marinho e Samuel Wainer. Não conseguiu e a saída foi a contratação do jornalista Hélio Fernandes, irmão de Millôr Fernandes e pai do atual editor-chefe de "O Globo", Rodolfo Fernandes, que impediu adolpho Bloch de se aproximar da redação e acabou salvando a Manchete. A história, Garcia Netto, está relatada no excelente "Os Irmãos Karamabloch — Ascensão e Queda de um Império Familiar" (Companhia das Letras, 339 páginas), do jornalista Arnaldo Bloch, colunista de "O Globo".
Não tenho certeza, mas o jornalista que escreveu esse livro, Arnaldo Bloch, se não me engano era irmão de Adolpho Bloch. Ainda no livro ele conta que Bloch foi buscar ajuda junto a Roberto Marinho e foi convidado a sair da sala do empresário. Tudo porque Bloch havia recusado uma parceria na transmissão do carnaval do Rio, proposta por Roberto Marinho. Bloch, quando isso ocorreu, era dono da TV Manchete e ganhou a concorrência para a transmissão do carnaval carioca.
Essa série que você escreveu foi ótima, traz todos esses assuntos a baila e ficamos conhecendo um pouco mais dos tais grandes empresários que, na verdade, não passavam de ídolos de barro.
Abçs
Luiz Fernando Barbosa - Ribeirão Preto - SP.
Luiz Fernando Barbosa, boa noite.
ResponderExcluirAgradeço sua valiosa participação.
O jornalista Arnaldo Bloch, na realidade é sobrinho neto do Adolpho cujo irmão também Arnaldo, é avô do escritor.
Você deve ter gostado da publicação que vale a pena ser lida. Obriga do Garcia Netto
Ainda não li "Os Irmãos Karamabloch...", mas parece uma leitura interessante, assim como foi "Chatô, o Rei do Brasil", para enterdermos um pouco mais os meandros e os bastidores das grandes redes de comunicação no Brasil.
ResponderExcluir