O que mais se cobra hoje em dia é velocidade. As pessoas têm que ser rápidas, ágeis e eficientes. O sucesso é ser veloz! Como não sou veloz e gosto das coisas bem feitas, bem pensadas e saboreadas, achei uma preciosidade o artigo de Cláudia Laitano no jornal Zero Hora de sábado, 31 de outubro. Conta ela que o ensaísta e crítico literário Antonio Candido, há pouco mais de três anos, durante a inauguração de uma biblioteca do MST, em São Paulo, do alto de seus 90 anos, ousou contrariar um dos clichês mais universais da nossa época. Antonio Candido assim disse: "Acho que uma das coisas mais sinistras da história da civilização ocidental é o famoso dito atribuído a Benjamin Franklin, "tempo é dinheiro". Isso é uma monstruosidade. Tempo é o tecido da nossa vida, é esse minuto que está passando. Daqui a 10 minutos eu estou mais velho, daqui a 20 minutos eu estou mais próximo da morte. Portanto, eu tenho direito a esse tempo; esse tempo pertence a meus afetos, é para amar a mulher que escolhi, para ser amado por ela. Para conviver com meus amigos, para ler Machado de Assis: isso é o tempo. E justamente a luta pela instrução, é a luta pela conquista do tempo como universo de realização própria. A luta pela justiça social começa por uma reivindicação do tempo: "eu quero aproveitar o meu tempo de forma que eu me humanize. As bibliotecas, os livros, são uma grande necessidade de nossa vida humanizada... O amor pelo livro nos refina e nos liberta de muitas servidões."
Em sua crônica, Cláudia ainda comenta que a psicanalista Maria Rita Kehl já havia começado a escrever um ensaio sobre relação entre o modo vivemos neste comecinho do século 21 e a explosão do número de casos de depressão no mundo inteiro quando se deparou com a frase de Antonio Candido e teve um "clique teórico". Em seu livro O Tempo e o Cão está o resultado dessa inquietação - a depressão que invade, devassa e devasta os escravos do tempo - como uma reação psíquica ao excesso de coisas que somos cobrados a fazer o tempo todo, inclusive quando deveríamos estar apenas nos divertindo, brincando, sem compromisso agendado... O resultado óbvio é que "o sujeito deprimido pula do trem em movimento da vida contemporânea e fica à margem dos acontecimentos - não por escolha própria, mas por falência geral da engrenagem interna que o faz funcionar no ritmo exigido."
Pois então, senhoras e senhores à beira de um ataque de nervos, tratem de arrumar tempo para viver, para verem a grama crescer, o rio correr, a lua nascer, o sol despontar e o que mais sempre quiseram fazer, mas sentiam-se proibidos pela exigência diuturna do produzir, produzir, produzir.
Vocês não podem imaginar como é delicioso e refrigerante para a alma ver um beija-flor escolher o lugar para fazer o seu ninho justamente na trepadeira da varanda de nossa casa! Primeiro, ele traz uma penugem, depois, um musguinho e assim, vai tecendo a teia da vida deposita os ovinhos, aquece-os, amorosa e pacientemente, por semanas, até que nasçam seus filhotes. Ah! Isso eu aguardo, também, com paciência amorosa! Vai ser qualquer dia, quando eles estiverem prontos para a vida!
Além de contemplarem as maravilhas da natureza, aprendendo que dela somos parte, há o ensinamento fundamental de Antonio Candido! Ler, ler, ler! Daí brota a fonte da vida! Sem medo de perder tempo ou de se perderem no tempo, e sem vergonha de se sentirem... humanos!
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Nivia Andres, jornalista, graduada em Comunicação Social e Letras pela UFSM, especialista em Educação Política. Atuou, por muitos anos, na gestão de empresa familiar, na área de comércio. De 1993 a 1996 foi chefe de gabinete do Prefeito de Santiago, Rio Grande do Sul. Especificamente, na área de comunicação, como Assessora de Comunicação na Prefeitura Municipal, na Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACIS), no Centro Empresarial de Santiago (CES) e na Felice Automóveis. Na área de jornalismo impresso atuou no jornal Folha Regional (2001-06) e, mais recentemente, na Folha de Santiago, até março de 2008. Blog: http://niviaandres.blogspot.com/
Em sua crônica, Cláudia ainda comenta que a psicanalista Maria Rita Kehl já havia começado a escrever um ensaio sobre relação entre o modo vivemos neste comecinho do século 21 e a explosão do número de casos de depressão no mundo inteiro quando se deparou com a frase de Antonio Candido e teve um "clique teórico". Em seu livro O Tempo e o Cão está o resultado dessa inquietação - a depressão que invade, devassa e devasta os escravos do tempo - como uma reação psíquica ao excesso de coisas que somos cobrados a fazer o tempo todo, inclusive quando deveríamos estar apenas nos divertindo, brincando, sem compromisso agendado... O resultado óbvio é que "o sujeito deprimido pula do trem em movimento da vida contemporânea e fica à margem dos acontecimentos - não por escolha própria, mas por falência geral da engrenagem interna que o faz funcionar no ritmo exigido."
Pois então, senhoras e senhores à beira de um ataque de nervos, tratem de arrumar tempo para viver, para verem a grama crescer, o rio correr, a lua nascer, o sol despontar e o que mais sempre quiseram fazer, mas sentiam-se proibidos pela exigência diuturna do produzir, produzir, produzir.
Vocês não podem imaginar como é delicioso e refrigerante para a alma ver um beija-flor escolher o lugar para fazer o seu ninho justamente na trepadeira da varanda de nossa casa! Primeiro, ele traz uma penugem, depois, um musguinho e assim, vai tecendo a teia da vida deposita os ovinhos, aquece-os, amorosa e pacientemente, por semanas, até que nasçam seus filhotes. Ah! Isso eu aguardo, também, com paciência amorosa! Vai ser qualquer dia, quando eles estiverem prontos para a vida!
Além de contemplarem as maravilhas da natureza, aprendendo que dela somos parte, há o ensinamento fundamental de Antonio Candido! Ler, ler, ler! Daí brota a fonte da vida! Sem medo de perder tempo ou de se perderem no tempo, e sem vergonha de se sentirem... humanos!
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Nivia Andres, jornalista, graduada em Comunicação Social e Letras pela UFSM, especialista em Educação Política. Atuou, por muitos anos, na gestão de empresa familiar, na área de comércio. De 1993 a 1996 foi chefe de gabinete do Prefeito de Santiago, Rio Grande do Sul. Especificamente, na área de comunicação, como Assessora de Comunicação na Prefeitura Municipal, na Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACIS), no Centro Empresarial de Santiago (CES) e na Felice Automóveis. Na área de jornalismo impresso atuou no jornal Folha Regional (2001-06) e, mais recentemente, na Folha de Santiago, até março de 2008. Blog: http://niviaandres.blogspot.com/
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Bom dia amigos (as) deste blog...
ResponderExcluirMinha querida amiga Nivia, A visão do tempo precisa ser mudada. Temos que valorizar mais o presente e vivê-lo intensamente, cônscios de que a vida não tem reprises. Nunca devemos adiar para um incerto amanhã o amor, os ideais, os gestos de nobreza e solidariedade e a manifestação das nossas melhores características.
Suponhamos que ocorra uma guerra nuclear. Ou que um meteoro atinja a Terra e a destrua. Ou que outro tsunami, de gigantescas proporções, surpreenda países e cidades. Os perigos a que estamos expostos são infindos e tantas e tantas catástrofes podem acontecer, anunciadas ou não. E raramente nos damos conta (se é que nos damos) desses riscos potenciais.
É preciso ter sempre em mente (e, por mais óbvio que seja, relutamos em admitir) o tempo é o nosso mais precioso capital, que não podemos desperdiçar. O que está à frente, o futuro, a cada piscar de olhos ou bater de asas de um beija-flor se transforma em passado. Não há, portanto, momentos inúteis, vazios, ociosos, cuja perda possamos recuperar. Todos, sem exceção, são irrecuperáveis.
Nós nunca sabemos como equacionar o tempo. Preenchemo-lo, via de regra, com banalidades, futilidades e tolices e depois reclamamos da falta de sorte e de outras tantas coisas, na tentativa de justificar erros e fracassos. Belo artigo, minha amiga, espero que todos se conscientizem que os caminhos do tempo nunca têm retorno.
Edward de Souza
Bom dia Nivia e Edward, realmente, outro importante artigo para nos fazer refletir se vale mesmo a pena viver nessa correria desenfreada, de olho nos ponteiros do relógio a todo o instante. Sabemos que a vida é curta, Nivia, mas a cada momento surge um compromisso, problemas a resolver e lhe pergunto: o que fazer para se livrar de tudo isso? Vivemos num mundo dificil, conturbado e aquele que dorme no ponto, acorda sem nada. Um ermitão sim, vive bem. Mas, desprovido de tudo. Vive isolado num casebre distante da civilização e leva sua vida. Na cidade grande, não podemos ser hipócritas, fica dificil se acomodar, sentar-se pra ler um bom livro, ir ao cinema, teatro. Com isso perdemos a saúde e aos poucos a vida. Não vejo saída!
ResponderExcluirAbraços,
Eurípedes Sampaio - Jundiaí - SP.
Amigas e amigos: a maravilhosa crônica da Nivia Andres é para guardar e reler de vez em quando, quando algum de nós estiver atacado por essa fobia do tempo. Hoje, felizmente, não tenho mais a ansiedade do passado, quando achava que tinha que engolir o mundo. O maluco processo industrial dos jornalões onde trabalhei, e numa fase em TV, quase me transformaram num neurótico do tempo. Tudo era para ontem, mal dava tempo de respirar. Ainda bem que passou. Hoje, ufa, posso fazer aulas de tango no meio da tarde de dia útil. Ou ir a um cinema quase vazio ou caminhar num parque bonito. Namorar. Tirar uma boa soneca. Ler muito. É uma maravilha! Sem nenhum conflito de consciência, muito pelo contrário, feliz como nunca!
ResponderExcluirParabéns Nivia Andres!
Beijos!
Milton Saldanha
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ResponderExcluirEstá se tornando difícil encontrar uma pessoa que não reclame da correria do dia-a-dia. Parece até que a vida é feita só de correr de um lado para o outro. Mesmo as pessoas que vivem tentando esticar o tempo, ao final descobrem que ainda não foi o suficiente. Está certo que alguns acham bonito se dizer sem tempo, acreditam que dá um ar de importância, competência e dinamismo. A coisa toda é tão maluca, que eu tenho uma amiga que vive dizendo que não tem tempo nem para se coçar. Dá para imaginar o horror? O fato é que vivemos a vida como se fosse uma grande gincana, tentando sempre nos superar e, fazer caber mais coisas num só tempo. Quando menos esperamos, bate um infarto e lá vamos nós.
ResponderExcluirBjos,
Solange - Metodista - SBC
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ResponderExcluirBoa tarde, Nivia!
ResponderExcluirA correria do dia-a-dia e a falta de tempo podem ocasionar sérios problemas. Com a rapidez das mudanças, a globalização e as potencialidades tecnológicas, o estresse passa a fazer, cada vez mais, parte da nossa vida. Existem alguns bons conselhos que devemos seguir. O principal deles é saber dizer "não" e reconhecer que temos um limite. Só assim conseguiremos levar uma vida normal.
Eu tinha um tio, já falecido, que certo dia, recomendado pelo médico para deixar um pouco suas atividades de lado antes que um infarto o matasse, profecia que se cumpriu, resolveu jogar fora os relógios que tinha. Na semana seguinte saia apressado às ruas perguntando as horas para todo mundo que passasse à sua frente. Tinha 43 anos quando faleceu.
Beijos,
Bruna - Universidade Federal de Juiz de Fora/MG
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ResponderExcluirOlá Nivia e amigos(as)..
ResponderExcluirCada dia temos menos tempo. São tantas demandas, tantas obrigações, tantos compromissos que enquecemos que somos de carne e osso e a máquina acaba pifando, por falta de oxigênio.
Infelizmente a vida moderna, principalmente nas metrópoles, exige que levantemos mais cedo, para pegarmos o trem, o metro ou ficarmos presos nos congestionamentos perdendo tempo. Outro dia minha filha dizia que já estava cansada, só de pensar em voltar ao trabalho, depois de 30 dias de ferias. As pressões são cada vez maiores e o tempo fica pequeno para tanta coisa. Talvez numa cidade menor a vida seja mais pacata.
Confrade João Paulo, ainda bem que vc apareceu. Pensei que estava sem tempo para mandar noticias ou que D. Miquelina estivesse tomando todo seu tempo, com folguedos desnecessários.Amiga Ana Célia, nós nos enganamos,o confrade estava se refazendo do susto que levou,quando recebeu a foto da bisavó de D. Miquelina. Só podia ser da santaterrinha.Ora pois!
E vamos que vamos porque o tempo não espera!!..
.bjosss
Em Tempoooooo:::
ResponderExcluirPadre Euvidio.. Você me fez dar boas risadas..
Mas não deixa de ter razão.....rssss
abçosssss
Olá Nívia
ResponderExcluirLinda crônica onde você mostra que o tempo é precioso para quem sabe usá-lo com sabedoria.
Costumo dizer para pessoas o seguinte: “não tenho tempo para perder tempo”. Isso nada tem a ver com o trabalho, com a escola e os compromissos que a vida nos impõe.
Ontem, provei a um amigo que me levou a São Paulo que a maior cidade da América Latina tem muitas coisas que o cidadão paulistano não vê. Isso em razão de ele dizer que a cidade não tem nada a mostrar no centro velho.
Na sua ânsia de chegar ao trabalho ou cumprir compromissos com horários marcados, o transeunte não vê o velho casario da Rua Direita, São Bento, VV de Novembro (o famoso triângulo) e outras ruas adjacentes. Algumas dessas construções com mais de 300 anos de idade. Não viu, não aprendeu. Perdeu tempo! Museus, Igrejas...
Aproveitamos o tempo quando pinçamos frases intelectualizadas em filmes ou peças teatrais.
Aproveitamos o tempo quando fazemos uma criança sorrir ou amparamos uma pessoa com defeitos físicos ou idosos que necessitam de carinho e compreensão.
Aproveitamos o tempo, quando observamos as aves em nosso jardim e dela tiramos lições de comportamento.
Enfim, a vida é um aprendizado sem fim. E se o tempo de vida que nos foi dado for bem aproveitado, certamente teremos forças para suportar com estoicismo as mazelas de nossa existência, principalmente na velhice.
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Olá, amigos e amigas!
ResponderExcluirPois então, a discussão sobre o tempo, a falta de tempo e como aproveitar o nosso tempo está instalada!
Quis, nesta crônica, apenas lembrar que há tempo para tudo. É uma questão de estabelecermos prioridades e não nos tornarmos escravos do tempo. Todos levamos vidas atribuladas, divididos com trabalho, família e extensa agenda de compromissos a cumprir, problemas a resolver e mil preocupações - um padrão normal para a nossa época. Mas podemos e devemos, dentro dessa rotina,reservar alguns minutos para relaxar e apreciar algumas coisas que nos sensibilizam. Há tantos encantos na nossa vida que não têm valor monetário e não custam absolutamente nada - apreciar a natureza, passear num parque, caminhar um pouquinho, respirar ar puro, brincar com uma criança, conversar com um amigo, ou simplesmente dizer olá! e sorrir. Enfim, coisas muito triviais que, aos poucos, vamos esquecendo, preocupados com as dificuldades que todos temos.
O problema é que somos uma máquina sujeita a falhas nas engrenagens. Algumas são superáveis, aceitam conserto. Outras, infelizmente, ainda dependem dos progressos da ciência...
Enfim, se aprendermos a aproveitar melhor o tempo de que dispomos, com sabedoria, nossa vida poderá ser melhor, mais plena, mais humana, mesmos nesses tempos tão frios e inclementes!
Padre Euvídio, a vida numa cidade pequena é realmente bem mais tranquila, mas agora passo grande parte do meu tempo em Porto Alegre, que é muito grande. Seu conselho aos jovens para que sigam o sacerdócio é pertinente. Talvez uma campanha na mídia, demonstrando as inúmeras qualidades da função sacerdotal arregimentem mais candidatos, principalmente no item longevidade!
Caro professor João Paulo, também senti a sua falta mas, diligentemente, dirigi-me ao seu blog e, ao ver que continuava com as suas aventuras cinematográficas, fiquei aliviada por saber que o senhor estava bem!
Um abraço a todos e volto na sequência.
Ôi Nivia...
ResponderExcluirSabe aquela velha e batida frase: "viva a cada momento intensamente, aproveite seu tempo precioso?" Pois é, muitas vezes, ouvimos essa frase ou até mesmo a repetimos, porém nunca a praticamos. Não é tão dificil como parece, se sentir bem em nossa própria cidade, que apesar de seu desenvolvimento constante, ainda nos deixa desfrutá-la, sem tantos perigos.
Podemos dançar, cantar, ouvir músicas, beijar na boca, beber nossa bebida preferida (com moderação) ou comer nossa comida favorita (também moderadamente). Passear no parque só ou de mãos dadas, enfim, deixar de lado tanta ansiedade para resolver coisas. Estudos indicam que quanto mais você reclama, mais você envelhece. O contrário também está provado: quanto mais você sorri, melhor você vive. Vamos aproveitar, porque não?
Bjos,
Liliana Diniz - FUABC - Santo André - SP.
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ResponderExcluirBoa tarde, Nivia!
ResponderExcluirAcabo de ler a coluna do Edward de Souza publicada hoje no Comércio da Franca pela internet, não sei se você leu. O assunto sobre idosos tratado por ele de uma forma muito especial, talvez seja uma explição para esse corre-corre em nossas vidas. Todos nós procuramos, enquanto jovens e com saúde, construir nosso patrimônio para poder desfrutar uma velhice tranquila. Alguns conseguem, outros ficam no caminho.
Não é fácil, creia, Nivia, você conseguir convencer um grande empresário que ele tem que parar de vez em quando para um passeio, uma pescaria, admirar a natureza e ver as belezas que o cercam e nunca foram por ele percebidas. A busca do sucesso não permite escalas. O tempo é precioso demais para ser desperdiçado por eles. Esposa, filhos, mãe, pai, amigos e amigas ficam em segundo plano na desenfreada luta pela riqueza. Não percebem que a maior delas, a saúde, aos poucos vai se acabando e que dinheiro nenhum, mais tarde, pode comprá-la.
Belo texto o seu, que muitos, infelizmente, não saberão aproveitá-lo.
Abraços
Paolo Cabrero - Itu - SP.
Ôi Nivia, devemos refletir muito sobre a preciosidade do tempo, sem dúvida. Desde pequenos ouvimos a surrada frase: "tempo é dinheiro". Certamente o autor dessa frase nunca soube como é divino contemplar as belezas que nos cercam, ter o coração aberto para receber o afeto da amizade, colher raios de sol e percorrer as alamedas da vida, sempre admirando o espetáculo do alvorecer. Pena... O autor dessa frase não percebeu que, ao seu redor, existem flores, muitas flores, melodias e belezas, cercando sua vida. Do contrário, não a teria escrito.
ResponderExcluirBeijinhos,
Gabriela - Cásper Líbero - SP.
Amigos (as), deste blog...
ResponderExcluirBelo artigo Nivea... aliás, como todos os que você escreve...
Mas, minha cara jornalista da pequena, porém aconchegante, Santiago, nos Pampas: a gente só percebe que o tempo passou rápido quando estamos na chamada "melhor idade", denominação hipócrita de quem nos tenta impingir que agora é que vivemos melhor. Passados dos 60 (me inclua nessa) por melhor que você tenha se cuidado e curtido, a carcaça e o cerebro cobram a passagem do tempo que você pouco viu, quase não sentiu e nem curtiu.
Quem diz que a velhice é a melhor idade certamente não teve infância, adolescência e juventude.
Hoje, lendo a brilhante coluna do Edward, no Comércio da Franca, sugeri a ele que fizesse companhia aos "velhinhos" que fazem exercícios na praça principal de Franca. Ele não gostou muito, disse que ainda está jovem e que não precisa de corridinhas ao ar livre para se manter sua forma. Fazer o que?
Beleza a comparação com o beija-flor, mas o coitado também passa parte de sua vida construindo ninhos e sonhos.
Enfim, a vida exige isso de todos, sem exceção.
Parabéns pelo artigo e
abraços
Oswaldo Lavrado -SBCampo
BOa noite a todos.
ResponderExcluirBelíssima e reflexiva crônica que a Nívia nos brinda hoje.
Infelizmente os dias estã cada vez mais corrido,penso que passou o mOMento das pessoas respirarem e enchergar pequenas coisas,mas que dão um tom de suavidade na vida de todos,o nascer do sol,uma chuva molhando a terra e aquele cheirinho de terra molhada,um final de tarde,ouvir aquela música dos anos 70,80,escrever uma carta para aquele amigo distante,mesmo dispondo da internet,rever aquelas fotos antigas,visitar um velho amigo,aquele almoço de domingo com toda a família,contar "causos"para os filhos,tomar sorvete domingo á tarde com toda a família,etc.
Tenho muita saudade daqueles tempos em que as pessoas se uniam e se ajudavam mutuamente,hoje isso é raro.
Penso que esse corre corre seja fruto desenfreado em ter e ter cada vez mais,as pessas não dispõem de limites,querem sempre mais,e não importa quando nem a que custo,acho que é por isso que as pessoas muitas vezes ainda jovens se infartam,esquceram de viver,e quando lembram,muitas vezes é tarde demais.
Olá Cris, que legal o Professor apareceu,estava setindo sua falta e coitada da dona Miquelina,estava quietinha no seu lugar,olá Padre Euvídio você é o máximo,me fez dar boas gargalhadas.
Pessoal não deixem de ler a crônica de hoje do nosso amigo Edward,simplesmente IMPERDÌVEL,vale a pena conferir.
Lendo a belíssima crônica da Nívia me lembrei dessa frase:
Não faça de sua vida um rascunho,pode não dar tempo de passar a limpo.
Beijossssssssssss a todos e VIVA a vida.
ANA CÉLIA DE FREITAS.
Caro Oswaldo Lavrado, quanto amargor em seu comentário... Porque os chamados "velhinhos da Terceira Idade" não podem viver bem, com qualidade de vida? Eu tenho uma sogra, com 78 anos de idade, que está agora em Bariloche, esquiando, meu amigo. Quando está em casa ela tem essa rotina. Levanta-se às 6 horas, todos os dias. Depois do café da manhã ela caminha cerca de 5 quilômetros até chegar ao clube onde é sócia. Joga duas horas de basquete, toma seu banho e volta para casa. Almoça, organiza a casa e vai ao clube da velha guarda, aqui em Botucatu, onde é presidente. Quase todas os dias tem festividades neste clube, organizado pela minha sogra. Ela dança, incentiva a dança e volta pra casa pouco depois das 23 horas. Se der um tempinho, ainda vai dar umas voltinhas na esteira elétrica. E vive feliz, sorrindo e de bem com a vida. Isso, prezado Oswaldo, é qualidade de vida. Saber assumir a velhice com dignidade e aproveitar o tempo precioso.
ResponderExcluirUma boa noite!
Miguel Falamansa - Botucatu - SP.
Essa foi minha primeira visita a esse blog e fiquei encantada com a qualidade apresentada e os bons textos que consegui ler ainda hoje. Oportuna essa crônica assinada pela jornalista Nivia, última que li.
ResponderExcluirAceitem meus cumprimentos, por favor!
Lara M. Sampaio Vidal - Curitiba
Oi, amigos (as)...
ResponderExcluirPrezado Falamansa... o senhor tem razão, mas não se trata de amargor. Primeiro, parabéns à senhora sua sogra, Deus que a conserve assim. No entanto, quantas pessoas nessa faixa etária o senhor conhece com a saúde e disposição da senhora sua sogra ? Certamente não preenche os dedos de duas mãos, num universo gigantesco de idosos.
Aqui no ABC, com população estimada em 3,5 milhões de habitantes, tem um punhado de centros da terceira idade, Ficam repletos de, com todo respeito, coroas de ambos oss sexos. Cada um, a sua maneira, procurando alongar a vida de acordo com sua disposição, no entando é notório o semblante entristecido dos que sentem que o caminho está se estreitando e o filme chegando ao fim.
O senhor, falando da disposição da senhora sua sogra, injeta otimismo e coloca generosa pitada de lenitivo a todos os "jovens" e os nem tanto, da terceira idade.
Em meu comentário acima, não tive objetivo de alardear pessimismo, muito pelo contrário, e sim deixar de lado a utópica e, as vezes, hipocrisia, dos que tentam sugerir que uma pessoa idosa pode agir e viver como se sempre tivesse 20 anos.
O tempo passa, senhor Falamansa, para todos e é assim que a coisa funciona. Alguém já dizia há muitos anos: "o problema não é a velhice, o problema é saber envelhecer".
Obrigado até por divergir de meu ponto de vista. A democracia é formada de gente como o senhor, discordar, opinar, mantendo uma linha de respeito e sem ataques pessoais.
abraços
Oswaldo Lavrado - SBCampo
Bom dia, Nivia!
ResponderExcluirOlha, ótimo seu texto, principalmente para os apressadinhos que vivem estressados. Minha vidinha é bem ao estilo mineiro. Sempre estou calma, não uso relógios e não tenho pressa nunca. No entanto, nem por isso sou desleixada com meus compromissos. Cumpro todos eles à risca, mas sempre procurando colocar cada coisa em seu devido lugar e tempo. Não vou ser nunca escrava do tempo, tenho certeza.
Quero aproveitar, Nivia, e fazer um pequeno reparo sobre a última postagem de ontem feita pelo meu conterrâneo , Oswaldo Lavrado. A Região do ABC hoje tem 2.605.000 habitantes e não como ele apontou 3.500.000.
Um beijo e um bom final de semana!
Cindy (S.Caetano) - Metodista - São Bernardo
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ResponderExcluirTempo, tempo, esse bandido que me consome!
ResponderExcluirNivia confesso que adorei o seu texto.
Mas, por ironia do destino, e lutando contra o relógio eu li correndo.
Talvez não pude saboreá-lo em toda a sua intensidade.
Hoje ainda à noitinha, mais tranqüilo, quero ler com mais paciência e tirar todo proveito possível, e aprender a dominar o tempo nessa vida moderna, em que tudo passa mais depressa.
Valentim Miron Franca SP.
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ResponderExcluirBoa noite, Nivia Andres!
ResponderExcluirUma vida corrida, atualmente, não é privilégio de idade, sexo, estado civil ou classe social. Estamos todos com a sensação de que o tempo está passando cada vez mais rápido. Em consequência, buscamos incessantemente executar nossas tarefas tanto com maior agilidade, quanto com maior perfeição. É isso que o mundo nos impõe. É em meio à correria do dia-a-dia que o famoso stress mora, sendo um mal que acomete cerca de 70% da população brasileira.
Viva o hoje, o ontem já passou e o futuro ainda está por vir! Entenda que todos temos limites e merecemos desfrutar de uma vida feliz, saudável e tranquila...Diga adeus ao stress e aconchegue-se nos braços da paz. Tudo tem sua hora de acontecer, não acelere o tempo. Respire fundo, cuide-se e boa semana...
Izaara Alvarenga - Lavras/MG -
Ôi Nivia...
ResponderExcluirAdorei seu artigo. Só agora pude acessar o blog...
Na minha opinião, devemos usar o nosso tempo de maneira sábia. Cada minuto é extremamente valioso para ser desperdiçado. Temos a obrigação, quanto seres humanos, de aproveitar cada instante com intensidade, como se fosse o último instante das nossas vidas. Só assim teremos uma qualidade de vida excelente.
Bom final de semana!
Claudete - Metodista - São Bernardo
Certíssimo o comentário da Claudete. Às vezes temos o hábito de não aproveitar nosso tempo e quando olhamos para trás o momento passou e perdemos muito com isso. E recuperar o tempo perdido muitas vezes pode ser impossível. Principalmente quando se refere às pessoas. Boa semana para todos!
ResponderExcluirKarina - Metodista - São Bernardo