sexta-feira, 23 de outubro de 2009

VIOLÊNCIA GERAL: UMA ESTRATÉGIA
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PARA SE MANTER NO PODER
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Recebemos informações todos os dias sobre a violência reinante no Rio de Janeiro e outras capitais brasileiras. Na linda capital, outrora sede do governo federal, trava-se atualmente uma “guerra suja”. A Polícia mal paga e com um efetivo de 37 mil homens, o mesmo da década de meados de 80, enfrenta bandidos do tráfico. E pasmem... Os bandidos usando armamentos pesados! No último sábado, a tentativa de invasão ao morro dos Macacos, na zona norte do Rio, por criminosos de uma facção rival resultou em uma série de confrontos. A polícia tentou intervir e se colocou no meio do fogo cruzado. Um helicóptero acabou atingido e caiu, matando três policiais. No total, desde sábado, 35 pessoas morreram em eventos relacionados à tentativa de invasão.
Autoridades brasileiras ainda tentam tapar o sol com a peneira. O ministro do Turismo, Luiz Barretto, disse ontem que as repercussões negativas na imprensa internacional sobre a violência no Rio de Janeiro é uma reação esperada, já que o Brasil está "na cena" por causa da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Por isso, ele disse que não se preocupa com as reportagens sobre a criminalidade na cidade. Por cima, temos que engolir isso. A corrupção, na verdade, é a maior causa de tudo o que
está acontecendo. Episódios degradantes, com políticos e policiais presos ao longo de um período de quase trinta anos, não serviram para nada. A demagogia continua a mesma. Mais irritante ainda é ver o governo atual fazer promessas que certamente não poderão ser cumpridas.
No dia 20 de outubro/2009, ao assistir o jornal da TV Bandeirantes, pude apreciar uma reportagem interessante e bem informativa. Fiquei um pouco surpreso ao saber que o Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, etc., nem constavam nos primeiros lugares de cidades mais violentas do mundo, segundo a revista americana “Foreygn Polyce”. Caracas, a capital da Venezuela consta como a cidade mais violenta da América do Sul. E isso começou a acontecer a partir de 1998 quando Hugo Chávez assumiu o poder. A maior taxa de homicídios de nosso continente subiu na capital venezuelana 67%.
Naquela cidade, autdoors por toda a parte mostram o “presidente” e o Che Guevara. Os morros com suas favelas se assemelham ao Rio de Janeiro. Dois regimes políticos (será que são dois?) e uma realidade: A violência! De um lado as promessas vãs, utópicas e superdemagógicas. Do outro, um povo que não se informa e, por essa razão, continuamos a empurrar com a barriga os problemas que poderiam ser resolvidos em médio prazo se o voto fosse mais consciente.
O episódio que aconteceu em Honduras e ainda não resolvido mostra bem a cara de um oportunismo meio disfarçado. Outro tentando se perpetuar ou alongar-se no poder é barrado. Se o usurpador tem razão ou não, o tempo dirá. Observando-se tudo isso, entre outros fatos que acontecem na América do Sul (Equador, Bolívia...), verifica-se que os meios para se atingir o poder e a glória não tem peia.
A violência parece ser o caminho para esse tipo de governo. “Quanto pior, melhor” seria um pensamento de Lenin? Se não é, aproxima-se da estratégia de se tomar o poder criado por esse pensador entre outros do mesmo naipe. Os europeus, por ser um povo informado, já não se deixam envolver por palavras melífluas e a vida prossegue dentro de um padrão moral razoável. Digo razoável por entender que nosso estágio evolutivo ainda é aquém do que poderia ser. A violência sempre foi os degraus para ditadores. Basta pesquisar a história e se manter informado com o que acontece a nossa volta e, certamente, encontraremos líderes com capacidade para presidir um bom governo.
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*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, escrevendo crônicas, contos, artigos e matérias especiais. Contato com o jornalista:
jgarcelan@uol.com.br
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31 comentários:

  1. Bom dia amigos deste blog:
    Enfrentamos sérios problemas técnicos esta madrugada para a postagem deste artigo do amigo-irmão J. Morgado, que nos foi entregue ontem. Felizmente, agora pela manhã conseguimos corrigir esses problemas e, pelo menos por enquanto, tudo está correndo bem.

    Conversei ontem a tarde com J. Morgado e discutimos esse texto. Morgado aborda um tema complicado. A violência que hoje toma conta da outrora pacífica América do Sul, comandada por políticos cuja intenção é se perpetuarem no poder. Mas, teria lógica esses governantes, cujo "herói" continua sendo o combalido Fidel Castro, usar da violência para se manterem no poder?

    Se observarmos o que ocorre hoje na América do Sul, a resposta é positiva. O que mais pode assustar uma população do que a violência? Com seus subordinados (povo) acuados, esses líderes que se inspiram em Fidel Castro e estão unidos, conseguem se manter no poder, forjando uma ditadura controlada pelo exército e por facções criminosas. Dão as cartas e jogam de mão. Sempre que surge qualquer tipo de revolta popular, eis que estoura a violência nos quatro cantos desses países e o povo, amedrontado, corre para dentro de casa.

    São muitas as facções criminosas que agem sob o comando desses "ditadores" da América do Sul, um deles Hugo Chávez. A recompensa é o controle do tráfico de drogas e outras regalias. E não pensem que no Brasil estamos livres disso não. O MST que foi criado para ajudar a candidatura Lula, hoje cresce e já é uma ameaça para a segurança do País. No Rio o tráfico é o todo poderoso e vai esticando seus tentáculos para outras partes do País. O glorioso Exército Nacional, sem função alguma, continua aquartelado, enquanto abnegados policiais sacrificam a vida tentando impor a ordem na ex-capital do nosso País. A bagunça está generalizada e a América do Sul aos poucos se transforma num canteiro de guerra, dominada por analfabetos que brigam pela glória de se perpetuarem, como Fidel Castro, no comando de seus países.

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  2. Prezado J. Morgado, absurdo o que esse estúpido ministro disse... "Hoje estamos na cena do jogo. Antes não estávamos na cena"... Deveria ter ficado calado. Abriu a boca para soltar asneiras. 35 mortos, traficantes derrubando helicóptero e matando policiais e ele, Ministro, acha que tudo isso foi forjado para prejudicar nossa imagem no exterior? Eu quero só ver se alguma coisa vai mudar. Passa dia entra ano e tudo é a mesma coisa. A Copa 2014 e as Olimpíadas 2016 são mais um bom motivo para esses políticos corruptos desviar e botar mais $$$ nos seus cofres. A solução que apresento é essa: colocar uma bomba em Brasília e dai recomeçar uma nova era no Brasil. Como sempre falei nosso País só tem uma saída, o AEROPORTO...
    Abçs,

    Paolo Cabrero – Itu – SP.

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  3. Voltei porque, como faço todos os dias. fui visitar o blog da minha amiga e também jornalista, Nivia Andres http://niviaandres.blogspot.com/, e vejam só o que a Nivia está postando hoje. Sem pedir permissão a ela, copiei quase todo o texto para que leiam e depois visitem o blog da Nivia para comentar. É o seguinte o teor do seu assunto principal:

    "O chefe bolivariano Hugo Chávez pediu que a população pare de cantar no banho e que fique só três minutos sob o chuveiro para economizar energia e água. “Algumas pessoas cantam no banheiro por meia hora. Não, garotos, três minutos é mais do que suficiente. Eu contei, três minutos, e eu não tenho fedor”.

    A Venezuela que investe tanto em armas, está enfrentando problemas no abastecimento d'água e eletricidade. Vários blecautes aconteceram ao longo do último ano. A economia está estagnada, o custo de vida está altíssimo, os serviços públicos deficientes e o governo parece incapaz de resolver os problemas mais comuns. Essa é a percepção dos venezuelanos, segundo pesquisa mensal realizada pela Datanalisis. A popularidade de Chávez caiu de 61% logo após o referendo em fevereiro deste ano, para 52%, no mês passado.

    Chávez vem “alertando” a população em seus discursos, que “esses três últimos meses do ano serão de “grande ofensiva em todas as áreas: política, social, econômica e na política interna e externa”, como se quisesse dizer que uma força maligna está agindo para desestabilizar o governo".

    Viram? O povo, acuado, tem que engolir e ficar calado. Três minutos pra tomar banho, nada mais que isso. Onde está o dinheiro da Venezuela? Em armas e aplicado em guerrilhas... Uma vergonha, diria Bóris Casoy.
    Abraços...

    Edward de Souza

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  4. Sr. J. Morgado..
    Depois da declaração do nosso presidente Lula de que no Brasil até “Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão” .
    Pergunto: o que podemos esperar?
    Êles querem o poder a qualquer preço, nem que para isso tenham que se aliar a bandidos e traidores.
    Detesto politica!!
    bom dia.

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  5. Sabe senhor J. Morgado, em relação ao Rio de Janeiro, a polícia não tinha nada que intervir nessa guerra do tráfico; Tinha que ter deixado os traficantes se matarem um a um, só assim acabaria essa pouca vergonha. A criminalidade toma conta do Rio e cada vez mais as pessoas se acostumam com assaltos, assassinatos, roubos, quebra quebras e coisas do tipo. A violência passa a ser cada vez mais natural na vida do carioca, e dizer que foi banalizada é a mais pura verdade. É muito comum no Rio, nasci e moro aqui, ver corpos estirados nas avenidas pela manhã, tiroteios que varam a madrugada, ou no meio da rua durante a tarde. É claramente perceptível que a bandidagem perdeu a vergonha e partiu pra rua.
    Bjos,

    Daniela – Rio de Janeiro

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  6. ET.
    Não vai aqui nenhuma critica à crônica do Sr. J. Morgado.
    Eu adoro o sr viu??
    Que fique bem claro..
    bjins..

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  7. Olá J. Morgado!
    Seu artigo mostra a realidade hoje da América do Sul. Em todos esses países a violência impera, parece realmente um acordo firmado entre os líderes de cada um deles para se perpetuarem no poder. No Brasil o que existe hoje é a completa ausência de perspectiva por parte do cidadão, que está cercado por quadrilhas de banditismo que demonstram serem mais organizadas que o Estado.

    É uma guerra perdida, ao que aparenta. Tanto pelo custo material como humano. O problema social da criminalidade tem raízes bem mais profundas. Está no processo de formação do indivíduo como cidadão, com deveres e responsabilidades. Mas essa questão não é atacada estrategicamente. Resta o combate pontual ao crime. A guerra contra o narcotráfico e o sofrimento de segmentos desprivilegiados da sociedade, que sempre paga o pato.

    Nova York reduziu em cerca de 80% o número de homicídios. A política engrenou em 1994, com a implantação do programa Tolerância Zero - cuja filosofia era a punição rigorosa de qualquer tipo de delito. Uma “limpeza” dentro das polícias também foi feita. Apesar do sucesso, J. Morgado há denúncias de brutalidade policial, criminalização da miséria e violação de direitos humanos. Conclui-se que nada é perfeito quando se trata de combate a violência, infelizmente.
    Bjos,

    Liliana Diniz – FUABC – Santo André

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  8. Caros leitores: ontem cheguei muito tarde. Estou postando respostas a leitores da minha crônica de ontem, naquele espaço de opiniões, e depois volto aqui para comentar o artigo do J. Morgado. Interessados retornem lá, por favor. Abraços!
    Milton Saldanha

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  9. Caro J. Morgado, fica a impressão que existe um complô entre esses tais líderes da América do Sul para incentivar a baderna e a violência. Como Fidel Castro fez com os pobres cubanos. Lula já demonstrou no Brasil sua ojeriza contra jornalistas, vocês que se cuidem. Mas não é só o Lula. Essa nota tirei do Estadão, leia por favor, Morgado e amigos do blog: "Os presidentes do Equador, Rafael Correa, e da Venezuela, Hugo Chávez, propuseram à União das Nações Sul-Americanas (Unasul) a criação de uma instância que “defenda os governos locais dos abusos da imprensa”, descrita por eles como a maior inimiga do socialismo. Correa disse que quer livrar o Equador de uma imprensa que descreveu como “corrupta”, “instrumento de oligarquias” e inimiga das relações internacionais. Chávez estendeu as críticas à Organização dos Estados Americanos (OEA), que, segundo ele, “não bate na imprensa nem com uma pétala de rosa”. Por sua vez, o presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que os vizinhos contam com seu apoio na luta contra esse fenômeno que remete à “loucura do fascismo”. Evo disse que se reunirá com a Sociedade Interamericana de Imprensa para “demonstrar como a imprensa da Bolívia é corrupta”.

    A Imprensa é a pedra no sapato desses ditadorzinhos de M... E a Impresa é a corrupta, não eles. O Edward citou o blog da Nivia e eu fui la ler a matéria. Chávez obriga os venezuelanos a tomar banho em 3 minutos. Para enfiar o dinheiro em armas e nos bolsos. Vou dizer outra coisa. Ainda bem que Bush deixou o poder, do contrário essa raça ruim no comando na América do Sul acabaria arrumando guerra pra nós.
    Bom fim de semana a todos!

    Eurípedes Sampaio - Jundiaí - SP.

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  10. Bom dia, amigos e amigas!
    Olá, J. Morgado!

    Caro Edward, ouso dizer que temos sintonia fina, pois pensava, há pouco, antes de entrar para o comentário, em mencionar a postagem que fiz ontem à noite, em meu blog, acerca da mais nova "recomendação" de Hugo Chávez,o ditador venezuelano, que agora quer regular até o tempo de banho de seus patrícios, fixando-o em três minutos...Ora, a Venezuela é um país rico, aufere renda altíssima com a venda de petróleo, cujos royalties estão nas mãos do governo, mas o povo é pobre e ignorante, bem ao gosto das ditaduras do proletariado. Mesmo assim,a Venezuela tem IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) maior que o brasileiro...

    Pois o neo-bolivariano Chávez está investindo os "petrodólares" na aquisição de armamento pesado, certamente para eternizar-se no poder. O Brasil segue na mesma rota, tentando modernizar-se em armamento bélico. Incrível mesmo é constatar que o crime organizado, especialmente no Rio de Janeiro, dispõe de armas sofisticadas. Um exemplo disso é a queda do helicóptero da polícia, possivelmente abatido por artilharia antiaérea, há poucos dias.

    O Morgado está coberto de razão em seu artigo, afirmando que "a violência sempre foi degrau para os ditadores"

    Como mudar esta terrível realidade? Com voto consciente, crítico, de uma sociedade que sabe pensar e já está cansada de tanta iniquidade.

    Cris, sugiro que você revise o conceito externado, de que "odeia política". Você odeia sim, os maus políticos, aqueles que esqueceram dos seus representados e agem somente para locupetarem-se, movidos pela ânsia de conservar o poder e a capacidade de manipulação do eleitor. Todos os cidadãos conscientes têm que mover-se e agir de maneira a mudar essa realidade que nos entristece e revolta. Se ninguém se mexer, nada vai mudar. Só vai piorar. Não podemos ficar olhando...

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  11. Antonio Augusto Marquessexta-feira, 23 outubro, 2009

    Os nossos malucos, aqui da América Latrina, pelo menos são malucos acovardados. É só alguém mandar calar a boca, botam os rabos entre as pernas - que o diga o Rei Juan Carlos. Esse idiota do Chaves foi patético tentando atrair “migalhas” de atenção de Obama. É a tal coisa: Latem o dia inteiro dentro de casa, mas, na hora do vamos ver, mijam-se todos.
    Menos mal!

    Antonio Augusto Marques - Franca - SP.

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  12. Amigos (as) deste espaço democrático... Atual e oportuno o artigo de hoje do mestre Morgado. Infelizmente o Rio de Janeiro, em maior proporção, está dominado pela poderosa indústria do tráfico. O governo dito legal é apenas auxiliar do paralelo, menos burocrático e mais eficiente.
    Tudo começou no governo Brizola, que fez acordo com os traficantes por ocasião da Expo-92, quando governantes do mundo estiveram na Cidade Maravilhosa. A partir daí nada mais acontece no Rio sem o aval dos chefes do tráfico. Foi assim nos Pan-Americanos, será assim na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016.
    Se a guerra entre polícia, traficantes e milícia continuar é possivel que até a Copa ou os Jogos Olímpicos não exista mais ninguém, dos três lados, para impedir que o ordeiro povo da mais maravilhosa das cidades do mundo, possa viver em paz e assistir sem tremores os eventos esportivos.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  13. Olá amigos

    Uma garrafa de água na Venezuela custa cerca de dez reais. O litro de gasolina, mais ou menos sete centavos.

    Tirem suas conclusões.

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  14. Ôi, J. Morgado!
    Faz alguns dias eu recortei um artigo com uma frase do jornalista americano Jon Lee Anderson, no caderno Prosa e Verso de O Globo, 10.10.09: “Se a beleza do Rio é de tirar o fôlego, o mesmo pode ser dito de sua pobreza, sua miséria, seu crime e sua violência. O Rio não esconde sua injustiça social, ostenta-a.” É a pura e bem resumida verdade! E convivemos com esta situação virando o rosto pro lado.
    Um ótimo final de semana a todos!

    Juliana - Rio de Janeiro

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  15. Pronto, J. Morgado encontrou a solução para o banho ser mais demorado na Venezuela. Ao invés de usar a água, os venezuelanos poderiam optar pela gasolina, nem precisam esfregar muito. Sai qualquer sujeira em segundos e fica bem mais barato que a água. Como é que o Chávez não viu isso antes, Edward, Morgado e Nivia Andres?
    Beijinhos,

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  16. Gabriela, vai ver que é isso mesmo que o Chávez quer. Se os venezuelanos da oposição tomarem banho de gasolina, basta atear um fósforo e eles desaparecerão!

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  17. ANA CÉLIA DE FREITAS.sexta-feira, 23 outubro, 2009

    Bom dia pessoal.
    Belísima crônica e como sempre descrita com muita maestria e responsabilidade.
    Infelizmente a criminalidade cresce assustadoramente,e nós pobres mortais que pagamos todos os impostos,não temos um mínimo de segurança,o que assistimos hoje é uma realidade que poderia ser bem diferente,enquanto a bandidagem andam tranquilamente pelas ruas,nós cidadãos de bem somos obrigados a colocar grades,cercas elétricas e todo aparato possível e ainda assim corremos risco.
    Os políticos estão se lixando para nós,afinal eles blindam seus caríssimos carros,andam com seguranças ou de helicóptero,etc e quanto a nós salve se quem puder.
    Que Deus nos proteja,sempre...
    ANA CÉLIA DE FREITAS.

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  18. Amigas e amigos: li com atenção todos os comentários e só gostaria de fazer uma observação. Sem defender nenhum governante, eleito ou ditador, pois acho que devemos ser sempre vigilantes e críticos em relação a todos, eu pergunto: isso tudo (a violência) já não existia antes dessa gente toda que vocês citaram? O risco de focar o problema neste ou naquele (pouco importa quem), de forma pontual, é o de se perder a visão de conjunto do problema, que é estrutural, antigo e mundial. Do jeito que alguns falam, até parece que só acontece aqui na nossa América do Sul e começou ontem, com Chavez ou qualquer outro. O que é um paraíso fiscal, senão a organização institucional do dinheiro mundial do crime? Como e onde começou isso? Com a Suiça, a tão boazinha Suiça, que criou o mais rígido sigilo bancário do mundo, onde nenhum investimento precisa explicação de origem e onde as contas passaram a ser identificadas por códigos e não por nomes de pessoas físicas ou jurídicas. Com olhos de satélite, que vê o globo terrestre em seu conjunto, seria interessante a gente perceber que a violência toda é resultado de uma grande distorção da chamada ordem econômica mundial, concentradora de renda. Não basta ver o problema meramente como uma questão policial. O helicóptero que os bandidos derrubaram, desafiando e desmoralizando a polícia, é um respingo numa tempestade muito mais ampla e generalizada, que só vai terminar sabe-se lá em que século futuro, a partir de uma reorganização social e econômica, que eu chamaria de alternativa-futura. Qual? Só se eu fosse um gênio para saber. O comunismo/socialismo que dividiu o mundo durante 70 anos não deu certo. O capitalismo muito menos, está aí a prova incontestável. A reorganização do mundo, ainda a utopia desconhecida, terá que acontecer. Ou estaremos, todos, irremediavelmente, condenados a viver na bárbarie que só vai piorar. E não adianta chorar. Nem culpar ingenuamente o Chavez.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  19. Olá J. Morgado!
    É triste ver a guerra urbana numa cidade tão linda como o Rio de Janeiro. Mas, não é só no Rio. As notícias de violência tornam-se cada vez mais comuns nos jornais. Notícias sobre furtos, roubos, sequestros, torturas, homicídios, latrocínios, estupros estão no nosso cotidiano, nem percebemos o horror que expressam. As pessoas convivem no dia-a-dia com dramas da violência. As dos centros urbanos mudam seus hábitos em função do medo e da desconfiança.

    Todos temos o direito à paz. O direito de não ter medo do outro, o direito de ter as janelas abertas. O direito de não ter medo do medo. O próprio Estado de direito é a primeira garantia contra a violência. É preciso dinamizar, com urgência, a ação da polícia e da Justiça. Ou a violência acabará institucionalizada.
    Um lindo final de semana a todos, com muita paz,

    Bruna - Universidade Federal de Juiz de Fora/MG

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  20. LUIZ ANTÔNIO DE QUEIROZsexta-feira, 23 outubro, 2009

    Caros Amigos,

    Sou favorável a liberalização da droga. E digo por quê.
    1 - A bebida é uma droga e por ser liberada impede o contrabando e formação de organizações criminosas. Organizações essas que competem com o Estado e na maioria das vezes ganha. Organizações essas que corrompe nossas crianças e a população das periferias das cidades. Organizações essas que corrompem alguns policiais, membros do judiciário e da política.
    2 - Quando existia a lei seca nos EStados Unidos, a Màfia dominava, tinha as melhores armas e corrompia políticos e a justiça.
    3 - O custo da segurança ficou insustentável.
    4 - O medo e a insegurança se alastrou pela sociedade.
    Temos ainda muitomais argumentos e contra-argumentos com opiniões divergentes quanto a esse tema que ainda é um tabu. Mas o tempo e o espaço são curtos.
    Precisamos mudar nossos paradigmas e fazer um mundo diferente.
    Abraço Fraterno a todos.
    Luiz Antônio de Queiroz
    Franca - SP

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  21. Boa Tarde Juliano!!!

    Acham que a violência está grande????

    Ah! espere um pouquinho, só um pouquinho, espere até a liberação das drogas...
    Maconha pra cá, ministro com maconha pra lá, cartel daqui, com os de lá...

    Obs: quero ver o que a sociedade irá reclamar quando o seu guarda for atender o chamado 190, com um baseadão no beço, liberado está, liberado fica, meretissimo posso dar um tapinha? oh doutor, agora não, só tenho essa ponta!!!!

    Violência não começa de fuzil na mão, ela termina com nele...

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  22. Amigos (as)...

    o artigo de hoje é deveras polêmico e complexo:
    Concordo plenamente com o Saldanha: ninguém implicitamente deve ser responsabilizado, nem Chaves, nem Lula,nem D.Pedro (os dois), nem Cabral (outro Pedro), nem Colombo, nem Calígula e nem
    Nero. A coisa ruim cresceu, multiplicou e deu no que deu. Nesse
    caminhar o futuro será ainda mais nebuloso. È um problema arraigado ao ser humano.
    O que fizeram com Cristo, por acaso não foi violência coletiva ?
    O Rio de Janeiro se caracteriza pelo poder e comando da droga; em
    São Paulo a indústria do crime se revessa de acordo com mercado (sequestros, roubo de carga, de bancos, arrastões em prédios de luxo, etc) e em outros Estados, em maior ou menor escala, a criminalidade avança de acordo com a peculiaridade de momento.
    Caro Luiz Alberto (Franca) sua tese é discutível: data vênia,
    se liberar a droga, seja ela qual for, a quantidade de drogados irá se multiplicar na mesma, ou maior proporção, que os alcoólatras.
    No entanto, os acontecimentos do Rio de Janeiro são estarrecedores considerando que envolvem: polícia, milícia, traficantes, o povo ordeiro e trabalhador e, pior, a resignação da população num todo.
    Quando um povo de acomoda com atrocidades e injustiças é sinal que o final dos tempos está próximo.No caso do Brasil, parece, mais próximo ainda.
    Pelo caminhar dos acontecimentos e a matança indiscriminada na Cidade Maravilhosa, a Copa de 2010 ou os Jogos de 2016 serão atrações apenas para turistas, já que não
    restará ninguém no Rio de Janeiro para receber os visitantes, nem as delegações. Profundamente lamentável.


    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  23. Jerônimo Campos Siqueirasexta-feira, 23 outubro, 2009

    Penso que o Eduardo deve ter se equivocado. Liberação das drogas vai aumentar a violência onde, prezado Eduardo? Muito pelo contrário, deve é diminuir. A profissão de traficante acaba, meu amigo. E quem, senão eles, para provocar tanta balbúrdia nas favelas do nosso imenso e idolatrado Brasil? Essa violência do final de semana, com 35 mortos por enquanto foi provocada pela briga do tráfico. Digo mais a você Eduardo. Procure estatísticas na Polícia e irá encontrar. A cachaça é a responsável por 80 por cento dos homicídios no Brasil, sabia? Principalmente nos finais de semana, quando o cidadão enche a lata, discute no buteco, se enche de razão e manda fogo em todo mundo. Para finalizar. Nem eu nem você vamos estar neste mundo para ver a liberação das drogas no Brasil. Ela gera muita renda e tem gente graúda metida nisso, creia!
    Um abraço,

    Jerônimo Campos Siqueira - São Paulo - SP. (delegado aposentado)

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  24. Amigos do Blog de ouro, bôa tarde/noite.
    Estamos nós aqui a expor nóssos pontos de vista em tão polemico assunto que Juliano Morgado colocou hoje em nósso blog.
    Pois bem,na capa do jornal "O Estado de São Paulo" de ontem (quinta feira) vem escrito em letras garrafais: " O Gôverno propõe livrar da prisão pequenos traficantes"
    É um absurdo o que esse "gunvernu" está fazendo com o pôvo.Em lugar de duplicar ou triplicar o tempo de prisão do traficante, ele (o Governo)alega que as cadeias estão cheias de jóvens traficantes e que deveriam ser apenados com menos rigor, tipo prestação de serviços.
    Hòra, se já ficando prêsos o tráfico aumenta a cada dia, soltos então, vai ser uma maravilha, pois haverá um traficantezinho em cada esquina para o bem DA COMUNIDADE.
    Deveria haver prisão perpétua neste país, para esses criminosos, uma Lei mais rigorosa e sem benésses, que os deixassem a pão e água e trabalhos forçados.
    duvido que esse tipo de crime não acabaria.Sem esquecer também que OS VICIADOS teriam prisão decretada quando surpreendidos usando drógas.
    Dessa maneira a violência urbana que todos condenam, com certeza diminuiria quase que cem por cento.
    O tráfico está fórte e desafiando tudo e todos, porque não existe Govêrno honésto e que se preocupa de fato com o pôvo.
    Esse é o meu ponto de vista.
    Mas vamos ter aqui em nósso País uma CÓPA do MUNDO, uma OLIMPIÁDA,já temos carnaval todo ano e novélas, muitas novélas para distrair o pôvo e deixa-los esquecer o que está se passando com a nóssa juventude.

    BRASIL! UM PAÍS DE TOLOS.

    Abraços méstre J Morgado, abraços aos demais amigos do Blog e um ótimo final de semana a todos.

    Admir Morgado
    Praia grande SP

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  25. Olha gente, todo mundo quer levar vantagens de alguma forma.
    Esse mundo sempre foi muito doido.
    Eu estou com os ecos dos “Ru ruuuuuuu” até agora nos meus ouvidos, quando a bandidagem derrubou aquele helicóptero.

    MORRO DOS MACACOS.

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  26. Luiz Augusto de Paivasexta-feira, 23 outubro, 2009

    E a coisa continua feia pelos lados do Rio de Janeiro. 39 mortos e 58 feridos é o último balanço que acabo de ler no site do Terra. Tenho a impressão que a Polícia Militar, desta vez, vai dar em cima dessa macacada, como esse acima, do Morro dos Macacos. Quando um deles é morto, e foram muitos, aí trabalham para valer em busca de vingança. Uma pena... Se trabalhassem sempre dessa forma, quem sabe estaríamos livres desses malditos traficantes.

    Luiz Augusto de Paiva - Ribeirão Pires - SP.

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  27. Boa noite pessoal!
    Espero que me não me levem a mal ir diretamente no assunto, mas vi alguns comentários que procuram justificar o atual estado de violência na América do Sul, alegando que coisas piores ocorreram bem antes. Não é assim que vamos consertar nosso Brasil, esquecendo um pouco da América do Sul que não é nosso pasto. Isso é fugir do problema gravíssimo da violência que tira nosso sono.

    Coisa de brasileiro. Sempre que se comenta que os políticos perderam a credibilidade e muitos deles estão envolvidos em corrupção das grossas, aparece um que diz: "é, mas na época do Ruy Barbosa era pior, roubavam mais". Conversa mole pra boi dormir e fuga dos problemas, nada mais que isso.

    O jornalista Milton Saldanha alegou que a roubalheira começou na Suiça, verdadeiro paraíso fiscal que todos nós já lemos ou ouvimos falar. Oswaldo Lavrado, outro conceituado jornalista do blog começou com o Nero, passou por Cristo para chegar nos dias atuais. Menos, gente. O que tem a ver isso com nossos problemas atuais? Esse negócio que recebemos tudo o que aí está de herança não é correto! Será que é por isso que todos os políticos do Brasil são desonestos? Ou que os traficantes estão em pé de guerra e o Rio está se transformando numa cidade perigosa e violenta ao extremo? Ou é por isso que a violência campeia na América do Sul? Tempo de pararmos com comparações, principalmente com o passado e agirmos com seriedade. Só assim ficaremos livres de tanta roubalheira e tantos desmandos. Encaremos o presente em busca de uma solução para tudo isso de ruim que nos cerca, pensando num futuro melhor para nosso povo, nossos irmãos e filhos!
    Beijos a todos e bom final de semana!

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  28. Brilhante Andressa...
    Você tem razão, os problemas têm que ser solucionados a medida que surgem, seja em que época for. A grande preocupação, no entanto, é que as coisas são tão recorrentes que o povo perdeu a capacidade de indignar-se e aceita com resignação a enxurrada de disparates comportamentais. A violência, a agressão, a aviltação dos costumes e até a morte estão banalizadas. Isso, cara Andressa, é que realmente preocupa, ao menos a minha geração.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  29. Boa tarde J.Morgado e amigos

    No dia seguinte a queda do helicóptero passei no local e fiquei sdmirado que nada parecia ter acontecido. Nas proximidades há um parque que era o antigo Jardim Zoológico, onde nasceu o tal jogo do bicho, e há prédios antigos e seminovos, pois há muita marca de tiro nas fachadas. O meu amigo que me levava pela cidade me fez ver esse destaque dos furos de balas nas fachadas dos prédios. Por onde vc anda na cidade encontra sempre blitzs. Eu fui até Jacarepaguá, ver um imóvel que um rio largo destruiu os muros na enchente e para dar meu parecer final. Notei que nesta rua havia muitos imóveis a venda, o Gerente do imóvel que estava conosco no carro apontou que estes estavam sendo vendidos pois a maioria daquelas residências ou a totalidade sofrem invasões de assaltos de bandidos. Depois fui a Bangu um bairro quente da zona Norte na famosa Av.Brasil, e lá fomos ver tres galpões adquiridos em leilão. Os vigilantes locais me informaram e me mostraram os imóveis do outro lado da rua dizendo: - Aqui tem muito assalto , quando vierem onibus para cá devem estacionar aqui. - e nos mostrou o trecho seguro. Nos fundos do galpão há vandalismo atiram pedras nos telhados e vou ter de proteger a estes com telas ou algo parecido, fora uma segurança reforçada.
    Depois fui para O Catete e me admirei de ver uma favela linda toda pintada de azul claro, parecia um quadro de J.Morgado?Pancetti? Fiquei admirado , aí meu amigo informou: - Estratégia dos traficantes para as casas não serem indentificadas pelos helicópteros da policia.
    Olhando a Favela me lembrei que esta palavra vem de um morro na guerra de Canudos. Os militares e soldados que esperavam gratificações da guerra montaram acampamento no Morro da Providencia atrás do antigo Ministério da Guerra e foi assim que nasceu a primeira favela, era a referencia ao local dos soldados no morro da Providência.
    Ao chegar mais tarde no aeroporto do Galeão fomos recepcionados com soldados de fuzis e um deles assustou-se conosco pois o carro era preto, com vidros escuros e o motorista sem querer assustou-se e apertou por engano farol alto no soldado da PM. Abri o vidro rápido e o soldado reclamou, estava visivelmente assustado. Ele falou: - A gente não sabe e de repente acontece o pior!
    Bem, foi assim J.Morgado a minha visita ao Rio de Janeiro, ao dia posterior a derrubada do helicóptero. Ainda tem gente que duvida que o Rio virou uma praça de guerra? Será que o nome fatídico, favela, traz consigo uma maldição? Os fatos estão aí...

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