quarta-feira, 2 de setembro de 2009

DANÇA, UMA PORTA PARA A FELICIDADE

Na foto, o tangueiro amador Milton Saldanha se apresentando no baile de aniversário de 15 anos do jornal “Dance”, no Club Homs, Avenida Paulista, com a bailarina profissional Márcia Mello, do grupo de shows “Tango & Paixão”.
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Observações de um tangueiro

MILTON SALDANHA

Tango. Amigas e amigos, é impossível descrever a magia e prazer que é dançar isso. É meu principal hobby há cinco anos. Mas se o tango é recente, danço os demais ritmos desde os 14 anos. Estou com 64, logo são 50 anos de baile. O hábito começou nos anos 60, em Santa Maria (RS), cidade cercada de morros, encravada no centro da Depressão Central, bem no coração do mapa gaúcho. Era uma das diversões de toda a família, meus pais e os quatro filhos, que não perdiam os bailes dos clubes Caixeral e Comercial, com suas sedes sociais na praça principal, a Saldanha Marinho. Nome sem qualquer parentesco com este autor, sequer sei quem foi a figura. A Nivia Andres, a única mosqueteira aqui do blog do Edward de Souza, conhece bem em esse cenário, viveu lá e formou-se na Universidade Federal de Santa Maria.
Fui também do tempo das reuniões dançantes domésticas, com Hi-Fi, disco de vinil, regadas a cuba libre (Coca-Cola, gelo, rodela de limão e uma dose de run). Naquele tempo a gente ia para esses encontros de terninho escuro e gravata, elas de vestido tubinho e coques altos, onde entrava até bom-bril para ajudar a segurar e dar volume. As mães ficavam tricotando ali por perto, simulando distração, mas de olho ligado na rapaziada, todos loucos por um bom amasso em suas filhas. Dançar de rosto colado era o máximo das ousadias, e as meninas que permitiam isso ficavam logo “faladas”, assunto inevitável de todas as rodinhas das fofoqueiras. As eletrolas, móveis grandes onde rodavam os LPs de vinil, emitiam samba, fox, bolero, tango, valsa e mambo. Com as vozes ou composições de Ângela Maria, Elisete Cardoso, Maysa, Miltinho, Frank Sinatra, Nat King Cole, Caubi Peixoto, Lupicínio, Noel Rosa, Chiquinha Gonzaga. Aí surgiu uma novidade, que a gente também dançava, chamada Bossa Nova. Entraram em cena Vinicius de Moraes e Tom Jobim, precursores da safra que viria só bem depois, com Chico, Nara Leão, Edu Lobo, Vandré, Bethânia, Caetano, Gil e outros. As músicas mais conhecidas desse novo estilo de samba eram “O Barquinho” e “Samba de uma nota só”, até que surgiu a magistral “Garota de Ipanema”.
E assim rolavam nossas longas tardes domingueiras... Com a dança a dois, eu diria até precocemente, passando a fazer parte indissociável da minha vida. Quem não dança e nunca experimentou isso dificilmente entenderá tal prazer. Ele está ligado primeiro ao gosto pela música, seguido da satisfação de associar seu corpo a ela, através do movimento. Você então não apenas ouve a música, mas se integra totalmente a ela, descobrindo habilidades que nunca imaginou possuir. Torna-se senhor do seu corpo, faz dele o que bem entender. Vence bloqueios, solta suas amarras, ganha postura e independência. Aquele corpo que refletia uma mente reprimida, encolhido e tímido, de repente se abre, cresce e parece querer voar. Agrega, finalmente, ou em primeiro lugar, tanto faz, o prazer do abraço com o sexo oposto. Cria-se ali uma cumplicidade, seus corpos precisam estar sintonizados na mesma energia e na mesma emoção. Em alguns casos isso é tão forte que desperta também a química da atração sexual, absolutamente normal, estamos falando de homens e mulheres de carne e osso. O que não significa que os casais vão sair correndo do baile para transar, não é nada disso. O que quero dizer é que a dança, além de ser o mais completo e prazeroso dos exercícios, e de longe a melhor das terapias, é também uma via de acesso a relações que podem transformar vidas. Ali surgem muitos namoros e até casamentos. Contudo, mesmo que não se chegue a tanto, quem dança jamais sentirá solidão. Os bailes e academias, hoje facilmente encontráveis, formam verdadeiras comunidades de amigos. O convite para dançar quebra qualquer gelo. O contato físico abrevia a aproximação e o conhecimento do outro.
Não cansa, enjoa? Perguntará alguém. Taxativamente, não! Quanto mais a gente dança, mais quer dançar. E quanto melhor, mais insatisfeito se tornará com a própria performance, querendo aprimorar dia após dia. Fred Astaire, o fabuloso dançarino que celebrizou a dança a dois no cinema com sua parceira Ginger Rogers e se tornou a eterna referência de todos nós, dançarinos do mundo todo, era um perfeccionista fanático. Consta que chegava a fazer mais de 60 vezes algumas cenas, de poucos segundos, para extrair da série e editar aquela mais próxima da perfeição. E quem vê os dois dançando imagina tudo um mar de rosas. Não era bem assim. Brigavam muito nos ensaios, em busca do melhor resultado. Aliás, como acontece com a maioria dos casais profissionais de hoje. Onde estava o segredo da perfeição? Deixemos que ele, Fred Astaire, nos responda: “Tem que parecer que é fácil”, dizia o mestre. Vendo, parece que qualquer um faz. Vá tentar!
O tango para mim foi o estágio natural da busca da evolução e da novidade. Continuo dançando todos os ritmos, mas foi no tango que encontrei a suprema emoção. Porque sua música, e a interpretação na dança, refletem o amor, desejo, paixão. A sofisticação e beleza das composições atingem no fundo das almas sensíveis. Só alguém muito inculto, frio e grosseiro não fica extasiado ao ouvir um tango como “Adios Nonino”, de Astor Piazzolla. Mas este é apenas um exemplo, há centenas de outras obras primas, de compositores e intérpretes lendários como De Sarli, Darienzo, Pugliese, Troilo, Oswaldo Fresedo, Mariano Mores e muitos outros. E tem uma sofisticação técnica que nenhum outro estilo da dança de salão alcança, sequer chega perto. Além, ainda, de inesgotável repertório de passos e efeitos, muitos deles que você próprio vai criando, com a experiência e a prática. Isso talvez explique porque o tango se espalhou de tal forma que hoje é dançado no mundo inteiro, para sorte dos grandes mestres portenhos (de Buenos Aires), disputados para dar cursos e fazer shows nos mais variados continentes. Diversos já estão ricos, são fluentes em inglês e conhecem dezenas de países.
Com o tango descobri um novo caminho para aprimorar minha dança e enveredar por emoções muito fortes, ainda que eu seja um eterno amador, nunca me passou pela cabeça fazer disso uma forma de ganho adicional. Coleciono DVDs de aulas e shows, faço aulas regularmente, danço pelo menos duas vezes por semana, vou com boa freqüência a Buenos Aires para beber direto na melhor fonte. Vale só o prazer. Uma nova porta para a felicidade plena. Sigam meu exemplo e comecem na dança. Vão descobrir uma nova cabeça e moldar um novo corpo. E acharão uma pena, com certeza, quando descobrirem o que estavam perdendo, não ter começado muitos anos antes.
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Milton Saldanha - Jornalista, fundador e editor do jornal Dance, tangueiro.
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37 comentários:

  1. Queridas amigas e amigos: Geralmente tratamos aqui no já famoso Blog do Edward de Souza de assuntos áridos, sérios, históricos e polêmicos. Mas nem só disso vive o homem. Sem lazer, e sem prazer, a vida é zero. Recentemente, foi a pesca, tema insuflado com o habitual brilho pelo J. Morgado. Agora lanço um novo tipo de sugestão, a dança. Faço um jornal sobre dança há 15 anos, e cada vez gosto mais, tanto de fazer o jornal, como de dançar. Sou, talvez, um caso raro do sujeito que conseguiu unir de forma total o trabalho ao prazer. Minha paixão pelo jornalismo mesclou-se com minha paixão pela dança. Nunca imaginei, nos tempos da carreira nos grandes veículos, que teria uma aposentadoria tão prazerosa e ativa, além da vantagem de ganhar alguns trocados a mais que me ajudam a pagar o leitinho de cada dia. E nunca imaginei também que, nessa fase, viajaria tanto. São 3 cruzeiros marítimos dançantes todos os anos, promovidos pelo Dance, e outras viagens o ano todo, a convite dos mais variados festivais. Trabalhei pra caramba durante minha carreira, vocês não fazem idéia. Fora os percalços que já contei aqui, na luta política. Agora, nesta fase alegre e feliz, aqui entre nós, acho que mereço!
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  2. Bom dia, Milton!
    Eu gosto muito de dançar, mas sou "crua" ainda. Preciso de algumas aulas. O dificil é encontrar aqui em Juiz de Fora um clube bom para se dançar tangos, boleros e outros. Depois desse incentivo, lendo seu artigo, vou procurar, quem sabe encontre...
    Muito legal, gostei!

    Bruna - Universidade de Juiz de Fora/MG

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  3. “Rechiflao en mi tristeza, te evoco y veo que has sido
    de mi pobre vida paria sólo una buena mujer
    tu presencia de bacana puso calor en mi nido
    fuiste buena, consecuente, y yo sé que me has querido
    como no quisiste a nadie, como no podrás querer...”

    Não poderia comentar a belíssima crônica de hoje sem introduzir a primeira estrofe da letra do tango de Carlos Gardel “Mano a Mano”.
    Fui e sou um fã ardoroso de Gardel. Quando garoto, conhecia e cantava tangos. Influenciado pela minha ascendência espanhola (minha mãe e parentes), ouvindo o castelhano a todo o momento.
    Dançava o tango e viajava pelo mundo do prazer como bem descreve o Saldanha. Um ritual que só se compara ao samba de gafieira. Circula-se, se junta, separa-se... Torna-se a se juntar. Fantasias mil... A música fazendo parte de um todo – o casal, a dança e o ritmo.
    Lindo Milton. O leque do blog se abre cada vez mais. Experiências pessoais levadas ao conhecimento dos leitores mostrando que o mundo é amplo e pode ser divertido e prazeroso.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  4. Bom dia amigos (as) do blog! Saudações, querido irmão-amigo Milton Saldanha...
    Um dia corrido. Acabo de escrever minha coluna que será publicada amanhã no Jornal "O Comércio da Franca", por essa razão, não pude ainda deixar meu comentário sobre essa sua aula de incentivo à dança.

    E fiquei com água na boca, ao ver seus passos de cisne com essa esguia bailarina profissional Márcia Mello, do grupo de shows “Tango & Paixão”. O motivo da "inveja", prezado Milton, é que eu nunca aprendi a dançar em minha vida. Sou duro como uma tábua, na hora de dar os passinhos para uma dança.

    Minhas antigas namoradas que o digam. Quantos e quantos sapatos as coitadinhas perderam, insistindo em me ensinar a dançar. Isso sem contar os calos nos pés que devem ter doido barbaridade em cada uma dessas tentativas. Desisti a tempo, antes de aleijar uma pobre coitada desavisada e ser preso por tentativa de homicídio dentro de um salão de bailes.

    Tem uma coisa. Adoro ver pessoas que dançam bem. Fazia isso sempre, acompanhado de um "Cuba Libre", ou de um "Hi-Fi". Sentava em uma mesa num salão de bailes para ver a performance dos dançarinos. E dava sorte, porque diz a ética que o cavalheiro convida a dama para a dança. Se fosse ao contrário, eu teria dado "tábua" em dezenas de moçoilas, deixando-as frustadas.

    Até em bailes de carnaval fazia a mesma coisa. Só saia da mesa carregado para o carro, pular ou dançar uma marcha carnavalesca, nem sonhando. Verdade que, com a "cuca" calibrada, tentei algumas vezes. Só arrumei inimigos e inimigas. Desisti de vez, juro!
    Abraços, meu amigo e parabéns pelo artigo. Estava fazendo falta ao blog.

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  5. Edward, você me mata de rir. Para mim é novidade você não saber dançar. Posso lhe ensinar, se quiser. Claro, depois da sua confissão, vou tomar os meus cuidados essenciais, como por exemplo, usar uma bota cano longo com reforço especial para os pés. Pode ser até aqueles enchimentos que os atletas americanos de Beisebol usam.

    Aqui em Santo André, sei que vc conhece e já frequentou, o Tênis Clube sempre promove algumas brincadeiras dançantes nos finais de semana. O Aramaçan também. Quando quiser vir, me diga que terei prazer em lhe ensinar alguns passos. Quem sabe você deslancha pela pista, tudo é possivel. Mas que seu comentário acima é engraçado, sem dúvida, não paro de rir.

    Milton, parabéns pela matéria de hoje. Viu o que arrumou? Obrigou o Edward a confessar um segredo que mantinha com ele faz séculos ( opssssss, desculpe-me, anos).
    Bjos a todos...

    Liliana - Santo André - SP.

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  6. Queridos Bruna e J. Morgado: fiz uma crônica breve, como tem que ser, mas tenho até livro publicado sobre dança, bestseller no segmento, 4 mil exemplares vendidos até agora, pela Editora Senac, do Rio. Em "As 3 Vidas de Jaime Arôxa" conto a saga desse fantástico e famoso bailarino, que nasceu num bairro pobre do Recife, morou até em prostíbulo, conviveu com todo tipo de marginal, e teve sua vida salva pela dança de salão, que abraçou como profissão. Ele fez sucesso até na Europa e Ásia, e hoje é o coreógrafo da ala que abre o desfile da Mangueira. Hoje já me considero um especialista no assunto e posso garantir uma coisa: qualquer pessoa, de qualquer idade, inclusive com eventual deficiência física, tem capacidade de dançar. Não importa se é feio ou bonito, o que importa é o prazer. E a saúde física e mental que proporciona. Eu próprio me coloco como exemplo disso: 64 anos, corpinho de 63... Sério, quem me conhece se surpreende (e me envaidece) quando declaro a idade; danço horas e horas nos bailes; minhas relações são com jovens, com os quais compartilho todos os assuntos de igual para igual; sinto extremo prazer em viver. Receita: a dança.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  7. Bruna, a partir de hoje quero me colocar a sua disposição para algumas aulas de dança que solicitou. Sou um exímio dançarino. Só não fui bem sucedido quando estive em Buenos Aires, certa feita, e fui dançar um tango de Gardel. Eu estava de batina, enrosquei-me nela e cai com a dama em cima do Maradona, cujo nariz estava bem vermelho, àquela altura. Escapei do linchamento graças aos seguranças. Depois fiquei sabendo que a dama que me acompanhava era a mãe do jogador de futebol.

    Fora essa passagem desastrosa, vou lhe adiantar que dou aulas de dança na paróquia todas as sextas-feiras, depois das 22 horas, para não concorrer com o "Bailão do Zé Betio." É um tremendo sucesso, pode acreditar. Quando quiser vir me avise que lhe mando passagem ida e volta para Juiz de Fora. Aqui, você terá cama, comida e roupa lavada de graça, com direito a tomar aulas de dança gratuitamente, combinado?

    Fiquem a com as bençãos de Deus!

    Padre Euvídio

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  8. Caríssimos Edward, Liliana, prof. João Paulo: o "problema" aqui no blog, que espero nunca termine, é que enquanto a gente escreve uma resposta, novos comentários já cairam. Maravilhoso isso! Obrigado a todos vocês, e antecipado aos que já sei que virão. Estou repassando o blog para a Márcia Mello, que é só amiga, e esposa e parceira de tango de outro amigo querido, o Nelson Lima. Ela, com certeza, vai ficar muito feliz com com os comentários.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  9. Ôi Milton, adorei esse artigo sobre dança hoje no blog. Quando eu tinha 13 anos, meus pais me levaram para uma escola de dança, para aprender a dançar. Aprendi e muito bem, principalmente valsas. É lindo dançar valsas. Então veio a festa dos meus 15 anos, que muitos chamam de festa das debutantes. Dancei maravilhosamente bem a valsa com papai, até hoje um mestre como dançarino. Depois disso, nunca mais. Papai viaja muito ao exterior e quase não tem tempo. Entrei na faculdade e os hábitos da minha turma são outros. Quase não se ouve falar aqui de alguém que dança. Aliás, vou fazer essa enquete hoje na Cásper Líbero, mas duvido que encontre muitas amigas exímias dançarinas. Devo encontrar muitas que saracoteiam, ficando dez metros de distância do par, não tenho dúvida.
    Mas, antes que o Padre Euvidio se ofereça, me recuso a dançar com ele, depois do tombo que levou com a mãe do Maradona. Com o Edward então, nem se fala, tenho o maior carinho com meus pés, tadinhos, tão delicados...
    Beijos, pessoal, depois eu volto!

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  10. Carlos Augusto Marzagãoquarta-feira, 02 setembro, 2009

    Prezado Jornalista Milton Saldanha!
    Você que é um mestre em danças, tem até um jornal especializado nessa arte, que já recebi por e-mail, enviado pelo Edward de Souza, por favor, me tire uma dúvida. As danças carnavalescas de salão, são consideradas danças (desculpe-me a repetição), ou não são? Creio que você entendeu onde quis chegar, não? Até porque, num salão mais se pula do que dança, daí a razão dessa pergunta.
    Aproveito para dizer que gostei muito da última edição do Jornal Dance, tenho aqui comigo. Faz uns três meses tive contato com o Edward e lhe passei meu e-mail. Ele sempre me envia seu jornal. Agora faz um bom tempo que não recebo. Deve estar saindo outro, não?

    Abraços,

    Carlos Augusto Marzagão - Santo André - SP.

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  11. Olá amigos (as)...
    Seria o glorioso Milton Saldanha um excelente jornalista ou um magnifico tanguista ?. Claro que os dois e algo mais.
    Por meu turno faço de tudo um pouco e muito mal, igual ao pato que: nada mal, canta mal, anda mal, voa mal e não dança nada, apenas rebola o traseiro quando caminha.
    Beleza caro saldanha. Isso é viver e você o faz muito bem. De quebra, deleita e entusiasma os amigos com artigos como este, revivendo em nossa memória grandes momentos da história da musica, cantores e composições.
    Valeu...

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  12. Edward e amigos do Blog de ouro, bom dia !!
    Amigo Milton Saldanha, que legal a fóto onde vc móstra seu exelênte passatempo.
    Confesso que sou igual ao Edward, nunca fui muito "chegado" em dançar, apesar de gostar de apreciar, pois vivia nas bocas e por lá havia muitos salões de baile e eu de vêz em quando ia apreciar as gatas dançando.
    Lembra do "taxi dance" da av Ipiranga ? pois lá, no Som de Cristal, no Piratininga, eu sempre dava uma passada. mas gostava mesmo éra do Teatro Natal de Strip lá da Praça Julio Mesquita, onde eu estacionava minha Viatura,bem em frente do Restaurante Papai, ao lado do teatro. kkk
    Em minha casa, quando garoto, meu saudoso pai e minha mamãe sempre dançavam umas valsas e um tango, pois meu pai éra "pé de valsa" e mamãe que é Argentina,gostava de ouvir Carlos Gardel e "se poner a bailar"
    Mas a dança nunca me chamou muito a atenção.
    Parabéns amigo Milton Saldanha, e aproveite bem seu passatempo.

    Abraços a todos do Blog.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  13. Queridos Gabriela, Carlos Augusto Marzagão e Oswaldo Lavrado: Na Grande SP rolam, sem exagero, cerca de 20 bailes semanais, contados aí só aqueles com grandes bandas ou conjuntos, fora os bailes de clubes, igrejas, associações, etc. E temos cerca de 150 academias, espalhadas pelos mais diversos bairros, que além de aulas também fazem bailes. Logo, só não dança em SP que não quer. Então, querida Gabriela, uma menina bonita como você está perdendo tempo em não dançar. Esqueça da galera inerte e vá em busca do ritmo que vai tocar em seu coração. Há dança para todos os gostos, do forró ao tango. E todas são realmente muito prazerosas. Caro Carlos Augusto Marzagão: existem pessoas em cadeiras de rodas que dançam. É lindo e emocionante. Se você mexer qualquer parte do seu corpo, até um único braço, em conexão com a música e tomado pela emoção que ela transmite, é dança! Logo, Carnaval é dança, e mais, temos o orgulho de ter a maior festa dançante do mundo. Querido Oswaldo Lavrado, obrigado pelas palavras generosas, mais uma vez.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  14. Bom dia, amigos!
    Olá, Milton Saldanha, meu querido conterrâneo gaúcho!

    Que maravilha! Considero a dança uma das maiores expressões de alegria e um exercício especial para o corpo e a alma. Como você mencionou, também morei em Santa Maria, na época da faculdade, e muito dancei nos bailes de formatura da UFSM, nos clubes Caixeiral e Comercial. Era um luxo só, naquela época, os bailes eram de gala - os rapazes de smoking ou traje escuro e as moças de vestido longo...(Liliana, os bailes da Medicina eram os mais concorridos...)

    O tango é uma peça musical emocionante, dramática, intensa, que pede paixão e controle perfeito nos movimentos. Admiro muito quem dança um tango "nos conformes", como você, certamente o faz. E deve levar uma vida movimentada em razão de seus inúmeros compromissos. Isso é muito bom, saudável e gratificante.

    Como gosto muito de tango, há algum tempo conheci uma banda chamada Gothan Project, que faz um tango estilizado, ao modo de Astor Piazolla, que acho magnífico. Conheces, Milton? Eles já se apresentaram no Brasil, com grande sucesso. Num dos cd's da banda há uma versão fantástica do "Último Tango em Paris".

    Mais uma observação. Devias ter mandado para o Edward, além da foto, um vídeo para podermos apreciar a tua performance! Faça isso!

    Um grande abraço a todos.

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  15. Isso, Nivia, vamos ficar no aguardo do vídeo do Milton dançando. Postaremos aqui no blog com prazer. Falar em Milton com a bailarina Marcia Mello, quem quiser ver a foto em seu tamanho original, basta clicar sobre ela e aguardar alguns segundos. É enorme, não entendi como não ampliou mais no blog. Coisas da cibernética, diria Mestre João Paulo de Oilveira.

    Liliana, prepare os apetrechos de beisebol que vou aceitar seu convite para dançar. Antes vou fazer um pequeno curso na paróquia do Padre Euvidio, combinado? Assim, seu prejuízo será menor. Só tome cuidado com o nariz, costumo escorregar, quando danço (hehehehehe). Brincadeirinha...

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  16. Aliás, Edward, poderíamos solicitar, também, ao padre Euvídio, uma comprovação de que realmente sabe dançar tango, através de um vídeo. E tem que ser de batina...Senão, como o Edward vai aprender, para dançar com a Liliana e não dar vexame?

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  17. Fica intimado também o ilustre vigário, digo Padre Euvídio, a apresentar a documentação exigida pela Nivia, para que tenhamos a certeza de que ele sabe mesmo dançar o tango. Só tem mum detalhe, Nivia. A Liliana me chamou para dançar, mas não disse que era tango. Será que ela sabe dançar tango? Para não perder o espaço, agora uma pergunta a você, Nivia, afinal você disse que gosta de tango, enrolou e não disse se dança esse gênero. Pode nos explicar se dança ou não, tango?

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  18. Olá Milton Saldanha, maravilha esse artigo!
    Dançar de rosto colado é coisa que os jovens de hoje não conhecem como preliminares de um ato de sedução. Nesses bailes de antigamente (que palavra dolorosa!), os jovens rastreavam o salão em busca da garota ideal para iniciar um romance. Caso ela fosse localizada na mesa com os pais, nossas pernas tremiam. Uma cuba libre talvez fosse o combustível para encorajar o ato de atravessar o salão e chegar na mesa com o convite, formalíssimo, "vamos dançar?"
    O "sim" dela poderia significar que também queria dançar, pois os olhos já tinham se cruzado num momento do baile, mas poderia ser apenas o "sim" formal para não dar um "cano" no rapaz audacioso. Neste último caso, a regra que a jovem aprendeu em casa com a mãe casamenteira, era dançar no máximo três para não significar que havia outro interesse a não ser o da boa educação.
    No entanto, se "pintasse um clima" - ai, Jesus! - as danças se prolongariam por todo o baile e, na hora exata, os rostos se colavam e a sedução começava com uma conversa de ouvido. O ato de seduzir transformava-se numa enciclopédia romântica que valia até mentiras ingênuas. Bons tempos, sem dúvida!
    Abraços,

    Laércio H. Pinto - SP.

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  19. Meninos e meninas, que lindo, todos no embalo da dança hoje no blog. Uns sabem dançar, outros não.
    Estou no último grupo. Nunca aprendi a dançar, penso que nunca dei bola pra isso, sei lá. Falta também o incentivo, alguém que me convide para ir a um baile. Nunca recebi um convite assim. Outros tempos, nossa geração, apesar do Milton ter dito que existem mil salões de bailes em São Paulo. Se um dia realizarem um baile nos shoppings, eu e minhas amigas vamos ser as primeiras a bailar, certamente...
    Bjos,

    Elaine - Cásper Líbero - SP.

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  20. Querida Nivia Andres, as cores azul e vermelha nos separam, mas vejo que o tango nos une, e não importa se você sabe ou não bailar com técnica, desde que viva essa emoção de alguma forma. Estou aguardando o DVD do baile, filmado por dois cinegrafistas profissionais e editado por uma produtora. Comigo não tem frescura, mandarei para o Edward colocar aqui no blog, aliás uma novidade, acho que nunca tivemos um vídeo. Na verdade,eu dancei uma ronda, com 9 bailarinas, a Márcia foi uma delas, e durante apenas dois tangos, um lento e um rápido. Eu escolhi as bailarinas (só feras) e as músicas. Elas representaram todas as damas do baile. Pô gente, eram os 15 anos do meu jornal, numa festa linda coroando 15 anos de luta, nem sempre fácil. Minha emoção foi enorme, e disso, dizem os amigos, resultou um tango também lindo, porque sem emoção não existe a dança. Estou louco para ver o DVD e terei prazer em compartilhar com vocês. Só lembrem que sou amador, não profissional. Nivia, conheço sim a orquestra citada, é muito boa, mas meu gosto sempre pende mais para a linha tradicional. E sei dançar, acredite, em todos os estilos de tango, que são vários. Isso é que é gostar, né. Edward, aguarde o vídeo! Padre Euvidio, suas cascatas hoje estavam ótimas, me diverti muito. Da próxima vez tire a batina para dançar, fica mais fácil. Mas veja lá o que está usando por baixo. Laércio H.Pinto, o rosto colado ainda existe, e no tango mais do que em qualquer outra dança. O abraço é uma das coisas mais importantes e gostosas do tango. Elaine, visite academias e aprenda, é fácil. E você ficará surpreendida com a quantidade de amigas e amigos que fará já no primeiro mês. Meu e-mail é jornaldance@uol.com.br
    Para você, e para todos que desejarem, mando a lista com todas as academias de SP, Grande SP e interior. De graça! Tem endereços, telefones, etc. Basta que me mandem um e-mail solicitando as listas.
    Beijos a todos!
    Milton Saldanha

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  21. Amigo Admir Morgado: belas lembraças, as suas. Certa vez publiquei uma matéria no Dance contando como era o Avenida Danças, que você frequentou. Eu próprio nunca entre, so conheci por fora, e me arrependo disso. Fiz a matéria entrevistando uma taxis-girl que trabalhou lá vários anos. Já faleceu. Pesquisei também numa reportagem da Realidade. E obrigado por seus comentários gentís.
    Grande abraço!
    Milton Saldanha

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  22. Boa tarde, Milton,
    Eu confesso que sempre admirei quem sabe dançar bem. Talvez pela minha timidez, nunca consegui ser um bom dançarino. Na verdade, danço muito mal. Deve ser coisa de japonês. Tem mais, tímido e todo mundo olhando e rindo, apontando o dedo e dizendo: "olha um japa dançando!" Aí copmplicava mais. Desisti de dançar. Mas é gostoso ler sobre dança e aprender um pouco com você, que é um mestre no assunto.
    Parabéns!

    Tanaka - Osasco - SP.

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  23. Minha prezada Nivia, você nem acredita com que prazer eu iria atender seu pedido e mostrar o vídeo comigo dançando tango. O Milton iria ficar vermelho de vergonha. Acontece que o único filme feito comigo dançando ainda era aquele 8mm, se lembra? Isso no século passado. Fui fazer uma apresentação de dança no Clube luiz Gama, em Franca, frequentado somente por negros. Tentei ver o filme para tentar transformá-lo em vídeo e qual não foi minha surpresa. O filme queimou...
    Quando puder vou gravar um filme comigo dançando de batina e vou mandar para o Edward colocar no blog. Vc vai ficar de queixo caido em ver minha performance. Até piruletas eu dou. Falar em piruletas, certo dia eu estava dançando um tango e joguei a dançarina para o alto. Quando fui pegá-la, um gajo gritou: "fogo... Fogo". Sai correndo....

    Deus lhe abençõe, filha!

    Padre Euvidio

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  24. Amigo Tanaka: um casal japonês acabou de vencer o Campeonato Mundial de Tango, na categoria "salão". Onde? Em Buenos Aires. Só existem essa categoria e a show. Fui dois anos seguidos cobrir esse campeonato. É imenso, reúne 100 mil pessoas, e é organizado pelo governo da cidade. O juri é só com feras do tango e competem casais do mundo todo, incluindo Brasil, e das mais varidas regiões da Argentina. Aí vão lá os japoneses e levam a taça. Então isso prova que facilidade, ou dificuldade, não é questão racial. É de cada pessoa. O resto é preconceito. Além disso, você não dança para a torcida, senão teriam que pagar ingresso. Você dança para o seu prazer. Volte lá, ache uma parceira legal, brinque e seja feliz, sem olhar para os tolos.
    Grande abraço!
    Milton Saldanha

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  25. Ôi Milton,
    durante anos pratiquei ballet clássico e a dança era a minha vida. Até hoje, afastada dessa atividade, sinto muito a sua falta. É como você disse no final de seu artigo, quem nunca dançou, se o fizer, verá o que perdeu. Assino embaixo. A dança é maravilhosa...
    Bjos,

    Elaine - Metodista - São Bernardo

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  26. Olá Milton, tudo bem?
    Em minhas idas a São Paulo sempre procuro um bom salão para dançar. Vou a São Paulo pelo menos uma vez por semana, tratar de negócios da churrascaria. Na últimna sexta-feira fui ao Clube Ipiranga, conhece, Milton? Dizem ser o "baile dos coroas". Nada a ver. Alí a dança corre solta, do jeito que gosto. Apreciei tanto o pessoal e o ambiente, que devo voltar nesta sexta-feira lá. Dançar é comigo. Seu texto foi ótimo, escreva sempre sobre o assunto. Você poderia até nos deixar algumas dicas de bons lugares para se dançar, o que acha?

    Um abraço, amigo!

    Paolo Cabrero - Itú - SP.

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  27. Na década de 50/60, havia tradicionais estabelecimentos de dança. Freqüentei (ainda estou usando o trema). Além do “Avenida Danças” (Av. Rio Branco), havia o ”Chuá Danças” na Avenida Ipiranga. Esses dois eram taxi-dancings. Noites saudosas com shows de Orlando Silva, Carlos Galhardo, Vicente Celestino...
    O Samba Danças, o Som de Cristal... Uma época em que todos os ritmos eram válidos. Saia-se do samba e entrava-se no tango. Do tango para um choro. Do choro para o mambo ou rumba e o bolero. Bons tempos...
    Conseguíamos verba para nossas formaturas organizando bailes nos fins de semana. E como eram concorridos!
    Eram proverbiais os bailes na Casa de Portugal, no Homs entre outros.
    O quadradinho... Passo coreografado do samba de gafieira. Alguém se lembra?
    Pois é Milton, sua crônica de hoje é música. Música para se dançar.

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  28. Realmente dançar, é a melhor das terapias. Não é preciso Spas, saunas e ginásios... Danço desde os meus quinze. Os meus pais eram sócios de um clube ( em Moçambique) onde todos os sábados havia serões dançantes. Gosto de dançar tudo mas... o tango, é a alma das danças de salão na minha opinião. Naquele tempo, não havia setress, nem pessoas deprimidas. O prazer de dançar é algo fabuloso! Um abraço a todos os "dançarinos". Graça

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  29. Eu de novo ou outra vez...
    Caro Saldanha: obrigado pelas lembranças dos clubes e academias de São Paulo que ensinam a gente dançar. Trabalhei por uns 15 anos no Centro de São Paulo - Largo Paissandu - e conheci a maioria dos salões da região, tipo Club Homms, na Paulista; Piratininga (rala-bucho), na rua da Mooca; Garitão, na Avenida São João, e outros menores na Amaral Gurgel e Nestor Pestana. No prédio em que trabalhava, sobre o Cine Paissandu - um andar abrigava uma cademia que ensinava dança - bolero, valsa (que beleza), tango, swing, maxixe, pagode (setanejo) e, claro, samba. O dono da academia era um carioca (Gaspar). Ficamos amigos e geralmente no final do expediente, a tarde, ficavamos na academia batendo longo papo enquanto seus alunos ensaiavam os passos. Nem assim aprendi dançar. Aqui no ABC, apenas para citar alguns, o Odeon e a Associação dos Funcionários, em São Bernardo; o Teuto, o Comercial, o Buso Palace e o Guarani, em São Caetano, e em Santo André, o 1° de Maio, o Circolo Italiano, o Aramaçan e o Estação (cafieira próximo a Estação de Utinga). Frequentei todos - tinha então 15/25 anos - mas não aprendi dançar nenhum ritmo. Ficava a noite toda - geralmente de sexta para sábado - extasiado obsevando os casais rodopiarem no salão. Alguns amigos meus eram autênticos pés-de-valsa, mas eu, um robô. Minhas pernas até que contribuiam, afinal, à época, era um razoável jogador de futebol. Mas quando tirava uma dama para dançar o vexame era total. Porém, sentado a beira de uma mesa e degustando os drinks da casa, curtia os dançarinos e gostava de ver o pessoal rodando pelo salão..
    Não fiquei frustrado, pelo contrário, as noitadas dos bailes fora maravilhoas, mesmo para um poste como eu. Parabéns pelo artigo que conduziu a essas saborosas lembranças.

    Abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  30. Ana Célia de Freitas.quarta-feira, 02 setembro, 2009

    Olá Miltom Saldanha.
    Belíssimo artigo,confesso que deu uma vontade enorme de sair dançando,admiro quem sabe dançar,o tango é maravilhoso,mas não me atrevo a dançar,a menos que fizesse um curso.
    Bem que já convidei meu marido para entrar em uma escola de dança,mas ele não gosta.
    A música,assim como a dança sem dúvida são o melhor "remédio"para
    qualquer tristeza,afinal:Quem canta seus males espanta,e quem dança também.
    Ana Célia de Freitas.

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  31. Amigas e amigos, desculpem eu voltar tanto aqui, não quero ser chato, mas como autor do dia não posso deixar meus leitores sem respostas. O que me fascina no blog, e que a gente não tem no jornal, é essa troca com o leitor. Elaine, bailarina clássica, uma arte belíssima, gosto muito. A dança de salão está repleta de ex-bailarinos clássicos, com postura linda. Venha! Paolo Cabrero, que bom saber que você curte os bailes. Sim, conheço todos, até nos bairros mais distantes, é meu trabalho. J. Morgado, os locais que você cita também frequentei, como veterano pé de valsa. O Garitão era uma maravilha. Graça, colega tangueira, obrigado por sua participação. Lavrado, muito legal isso que você contou, eu não sabia dessa academia do passado. Ana Célia, tenho uma amiga que levou o maridão na marra para a dança. Chegou e disse: "eu vou dançar. Se você quiser, vem; se não quiser, fica". Mulher bonita, o cara não era besta, foi junto. Acabou gostando e pergunte agora se quer parar. Quanto ao tango, precisa sim de aulas, é impossível dançar sem base técnica. Principalmente porque é uma dança de códigos, o homem propõe determinados movimentos, a mulher responde. Se não conhecer os códigos, como quem fala um idioma, digamos assim, não dá certo. E exige também uma postura muito pecuiar, inclinada, que a gente demora para dominar. Não se comanda com as mãos, é com o peito. E o mais difícil, e bonito, é aquilo que aparentemente seria o mais simples: a caminhada. Leva-se anos para pegar uma caminhada tangueira bem portenha, como os velhos milongueiros. Tudo isso envolve uma magia fantástica, e quando a gente se vê dançando, superando seus próprios limites, fica realmente eufórico.
    Obrigado e beijos a todos!
    Milton Saldanha

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  32. Amigo Milton Saldanha, náquele tempo eu frequentava os salões, mas éra a serviço,pois fazia parte de minhas rondas, policiar esses locais.
    Travei conhecimento com muita gênte do ramo,mas só por causa do meu oficio.
    Conheci pessoalmente muitos donos e gerentes que viviam da noite, bem como vários frequentadores desses locais.
    O Oswaldo Lavrado citou o Garitão, pois eu conheci o Garita pessoalmente, gênte fina.
    Torno a dizer, que conheci todo esse pessoal devido ao meu trabalho.pois foram mais de déz anos rondando dias e noites náquele pedaço (bôca do Lixo e Bôca do luxo) Tempos que não vóltam mais, infelizmente >
    Obrigado por suas palavras.
    amigo Milton Saldanha.
    Abraço

    Uma bôa noite a todos amigos do Blog de ouro.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  33. Milton, li seu artigo logo pela manhã e adorei, até porque, dançar é arte, faz bem para o corpo e para a mente. Não me lembro, mas parece-me que foi o Laércio H. Pinto a sugerir que você indicasse, numa próxima matéria, bons locais onde se pode dançar. Eu acrescento. Que tal boas escolas onde se ensina a dançar? Aprendendo, a pessoa está dançando. Outra coisa, MIlton. Porque você destacou o tango? É sua especialidade? Dança outro ritmo com maestria? Desculpe-me, mas você é gaúcho como a Nivia, não? Seria influência argentina?
    Beijos...

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  34. Estimada Andressa, no jornal Dance, que se pode acessar pela Internet -- www.jornaldance.com.br -- há indicações de locais para dançar e para aprender. As edições anteriores também podem ser consultadas. Destaquei o tango porque de cinco anos para cá virou minha paixão na dança. Faço aulas particulares e práticas todas as semanas, leio, vejo vídeos, tenho cerca de cem CDs com músicas e perdi a conta dos cursos que já frequentei, pelo Brasil e em Buenos Aires. Depois de 5 anos nesse pique, agora sim posso dizer que já danço o tango. Veja como é complexo. Um professor, para ser bom, leva no mínimo 10 anos em formação. A graça está nisso, ser difícil, desafiador. Samba no pé, por exemplo, que faço bem, aprendi em apenas 3 aulas. Veja a diferença. E finalmente, para satisfazer sua curiosidade, danço sim todos os ritmos, sem dificuldades.
    Obrigado e um beijo!
    Milton Saldanha

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  35. Andressa, só convém deixar claro que minha dança é de amador, do cara que faz isso apenas como diversão, com limitações imensas. Existem tangueiros fabulosos, que tomo como referência, mas jamais, infelizmente, serei um deles. A vida nos impõe limites, é assim. Mas vale o sonho.
    MS.

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