segunda-feira, 24 de agosto de 2009

CONTOS DO VIGÁRIO - VELHOS E CRIATIVOS

A série que iniciamos hoje no blog escrevi nos anos 70 na revista "Realidade", uma das melhores publicações do Brasil naquela época. Depois, devido ao grande sucesso que fez em todo o País, foi reapresentada no Jornal Notícias Populares e anos depois no Diário do Grande ABC, arquivo levantado pelo amigo jornalista Ademir Medici, onde consta toda a série que assinei. Vale a pena a leitura para se saber como começou o conto do vigário no Brasil e conhecer golpes criativos, alguns maldosos, além de outros engraçados, como o "conto-do-violino", da "guitarra" e do "cleptomaníaco"...
VIGARISTAS ANTIGOS ERAM REFINADOS
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PRIMEIRO CAPÍTULO
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Antonio Teodoro, que chegou ao Brasil em 1814, vindo de Portugal, foi um dos primeiros batizar o "conto-do-vigário". A escola fundada por ele encontrou nos malandros que agiam junto às classes baixas, muita imaginação, criando contos simples, quase infantis, mas cuja eficácia era tanta que são usados até hoje em todo o Brasil. Os vigaristas fizeram muitos ditados, entre eles, um que diz assim: " enquanto existir cavalo, São Jorge não anda a pé". Tem ainda outro ditado conhecido: "quando a esmola é grande o santo desconfia". Será verdade? Nem sempre. Por isso, não é dificil encontrar alguém em qualquer canto desse País que não tenha caído pelo menos uma vez em um "conto-do-vigário".
Sempre existiram vigaristas, ladrões e gente gananciosa, mas antigamente até eles eram muito, mas muito mais refinados. Existem dezenas de golpes sendo aplicados na praça ainda hoje e o número de vítimas aumenta a cada ano. Sempre vão surgindo golpes novos, enquanto os antigos retornam com nova roupagem, como os que estão sendo aplicados com a ajuda da tecnologia. Antigamente bastava uma boa conversa - o velho 171 – para ludibriar alguém. Atualmente os malandros usam celulares, computadores, internet, fax, anúncios classificados, etc... Convencem as pessoas a entregar o dinheiro, o cheque ou a senha do cartão magnético com lábia e criatividade. Contam histórias tão mirabolantes que, depois que vão embora, as vítimas chegam a sentir vergonha de prestar queixa à polícia.

O PRIMEIRO CONTO DO VIGÁRIO - Com gestos de grande cavalheiro e fala macia, o português Antonio Teodoro introduziu, em 1814, o "conto-do-vigário" no Brasil. Assim que chegou de Portugal, Teodoro conseguiu aos poucos a amizade das famílias tradicionais cariocas e dos comerciantes mais prósperos. Participando dos grandes acontecimentos sociais daquela época, foi contando a razão de sua vinda ao Brasil. Explicava a todos que era o único herdeiro de um tio muito rico, falecido em Portugal, havia pouco tempo. Por estar sendo pressionado pelos parentes interessados na fortuna, foi obrigado a deixar Lisboa, onde um procurador trataria de seus interesses. Em pouco tempo sua história se espalhou na alta roda e todos esperavam, mais dia, menos dia, que Antonio Teodoro recebesse baús e arcas carregados de moedas de ouro.
Contando sempre a mesma história, o português conseguiu se manter no Brasil quase um ano, quando começou a sentir as primeiras dificuldades financeiras. Demonstrando sua preocupação pela demora do procurador, segredou aos amigos importantes que tinha conseguido no Rio de Janeiro, suas dificuldades. Não demorou muito e começou a receber ajuda de todos. O moço de fala macia foi aceitando e vivendo como um milionário durante mais um ano, na promessa do tio vigário. Observando o que se passava, um major da polícia resolveu escrever para Portugal, solicitando informações sobre o português. A resposta não se fez demorar: "antigo malandro, muito conhecido na Rua do Ouro, aqui em Lisboa". Teodoro foi preso no mesmo dia, mas o "conto-do-vigário" tinha sido batizado.

O GOLPE MAIS APLICADO - Juntamente com a Loteria Federal, surgiu o conto do bilhete. Por incrível que possa parecer, ainda é o golpe mais aplicado no Brasil, apesar de ser antigo. Ainda é um caipira que aborda a vítima na rua: "doutor, onde posso descontar esse bilhete? Foi premiado e vim de uma fazenda onde trabalho apanhar esse dinheiro". A vítima vai responder, quando aparece, a poucos passos, um cúmplice do falso caipira, que então os convida para verem de quanto é o prêmio, aproveitando-se de uma falsa lista. O cúmplice vê o número, percorre a lista e devolve o bilhete, sorrindo e dizendo que está premiado. O "caipira" pergunta onde deverá recebê-lo e ouve a resposta que só poderá retirar o dinheiro no dia seguinte, pois está tudo fechado. O cúmplice vai embora e o "caipira" fica chorando as mágoas para o "doutor". Explica que tem que voltar à fazenda para levar remédios para os filhos e que tem medo de perder o emprego, mesmo tendo esse dinheiro para receber da loteria. Depois de muito implorar, diz que entrega o bilhete pela metade do preço e que, num dia qualquer volta para pegar o restante. A vítima oferece-lhe o que tem no bolso. E o "caipira", depois de muito pensar, resolve aceitar. No dia seguinte, a vítima tenta receber o dinheiro e vem a desilusão. A data do bilhete é falsa ou a lista do "cambista" foi alterada.
Na maioria das vezes o que faz um golpe desses dar certo é o fato de muita gente querer se dar bem com um "negócio da China." Ou é por ganância ou por ingenuidade. Alguns golpes são fraudes cometidas para garantir a execução de um crime em seguida. Nunca é demais lembrar que comprar bilhetes de loteria é uma das maneiras mais conhecidas de se lavar dinheiro. Exceto, claro, no caso do falecido deputado João Alves que ganhou mais de duzentas vezes por pura sorte, conforme acreditou a CPI dos Anões do Orçamento. Outro golpe antigo que continua sendo praticado no Brasil é o do dinheiro falso, aplicado na maioria das vezes em comerciantes.

AMANHÃ NESTE BLOG - Não deixe de acompanhar nesta terça-feira o segundo capítulo da série "Contos-do-vigário do passado e do presente". Você vai conhecer os grandes golpes praticados no Brasil, alguns inteligentes, outros engraçados, mas que sempre faziam vítimas. Muitas variações já se tornaram folclóricas e outras, adaptadas aos novos tempos, mostram que o repertório dos vigaristas se renova a cada dia.

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*Edward de Souza é jornalista, escritor e radialista
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47 comentários:

  1. Bom dia amigos (as) deste blog!
    A série que assinei sobre os contos do vigário, publicado no começo dos anos 70 na Revista Realidade fez o maior sucesso naquela década. Com os direitos autorais desta publicação, anos depois escrevi sobre eles nos jornais Notícias Populares e Diário do Grande ABC. Bom deixar claro que a "Realidade" publicou duas matérias sobre "contos do vigário", outra depois da minha, já com contos recentes na época e mais atualizados. Não me lembro o nome do jornalista que assinou essa outra publicação, mas usou 60 por cento dos meus contos, com a história original de como tudo começou.

    Percebam que a história do português que aplicou o primeiro golpe no Brasil, em 1814, que deu origem ao termo "contos do vigário", não é encontrada em nenhuma pesquisa que possa ser feita hoje. Outras versões para o caso surgiram, a maioria dizendo que tudo começou na cidade de Ouro Preto, o que não é a verdade. No começo da década de 70, quando escrevi sobre isso, fiz enorme pesquisa, com todas as dificuldades da época, para se chegar, graças a um arquivo que encontrei no Rio de Janeiro, a origem do início do "conto-do-vigário" no Brasil.

    Esclareço ainda que essa série sobre o assunto, que começa a ser publicada hoje, não é uma cópia da Revista. Mesmo trazendo velhos e antigos golpes praticados na década de 70, fomos obrigados a atualizar o texto e até o dinheiro, cujo valor era outro na época. Neste primeiro capítulo o começo do "conto-do-vigário" no Brasil e os dois golpes mais praticados naquela época e ainda usados nos dias de hoje. Já nos demais capítulos irão surgir contos que você nem imaginava que pudessem ser aplicados, tão inteligentes eram. Com o passar dos anos foram superados e cairam no esquecimento. Em nenhuma pesquisa hoje em dia esses casos podem ser encontrados, entre eles o "conto do violino", do "cleptomaníaco" e outros. Vamos acompanhar os comentários, na medida do possível e, caso surjam dúvidas poderemos esclarecê-las aqui, nesse espaço.

    Lembro que a capa da Revista Realidade, em tamanho pequeno, no início deste texto é a de número 1. Uma raridade. Artigo para colecionador. A revista Realidade marcou época no jornalismo brasileiro. Lançada em abril de 1966, logo se tornou uma referência do bom jornalismo brasileiro. Em cada número, trazia reportagens de grande interesse, com textos claros, muito informativos e sempre acompanhados de boas fotos. Em abril de 1966, estávamos às vésperas da Copa do Mundo na Inglaterra. Por isso, a capa traz Pelé com um chapéu típico da Guarda Real Britânica. A matéria era uma espécie de ficção, contando como o Brasil conquistara o tri-campeonato do mundo em terras inglesas. Foi uma brincadeira. Como todos sabem, o tri só veio em 1970, no México.

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  2. Olá Edward

    Vou me divertir a beça com o que vem por ai, tendo em vista a mostra de hoje. E quando eu disse me divertir, não é com os golpes em si, mas com as “falsas” ou “coitadas” vítimas.
    Os vigaristas mencionados a época em que o grande jornalista Edward se reporta, não usavam da violência. Inteligentemente, buscava na ganância do alvo o sucesso para seus golpes, salvo algumas raras exceções.
    A maioria das vítimas depois de lesadas não prestava queixa. Percebiam que cairiam no ridículo e se “amoitavam”.
    O “Conto do Suador” seria uma das exceções. Praticado geralmente na “boca do lixo”. A vítima ia lá ter a fim de ter algumas horas de sexo. Se desse azar, pegaria uma dupla de malandros. A prostituta e seu gigolô.
    Um quarto adrede preparado, às vezes com a cumplicidade do “hoteleiro” (explorador do lenocínio), tinha uma porta para outro quarto ou a “mariposa” deixava a porta aberta, fingindo fechá-la. A cadeira onde deveriam ser deixadas as roupas ficava estrategicamente próxima a essa porta.
    No frenesi do sexo, onde a vítima fica totalmente ausente (suando), o malandro entra no quarto sorrateiramente, limpa os bolsos do coitado e fecha a porta.
    Ao final, a vítima não tem nem como pagar os serviços da profissional. Para evitar o escândalo, baixa a cabeça e vai embora.
    Em rápidas pinceladas, este é uma variação do conto do suador.

    J. Morgado

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  3. Bom dia Edward, realmente estamos todos já pensando nos próximos capítulos. O de hoje já agradou em cheio. Até aqui, na pequenina Itú, temos registro, vira e mexe, de contos do tal bilhete premiado. Eu tenho curiosidade em ver os vigaristas e ouvir as "cascatas" que contam. Devem ter mesmo uma lábia de primeira linha porque tenho notícias que gente culta já caiu na conversa desses malandros. Até nisso os velhos tempos eram melhores do que hoje. Ninguém usava armas e nem violência para roubar. Era no "papo" mesmo. Abraços e parabéns pela série que fará outro sucesso no blog, a exemplo do "Bebê-diabo" e da "Casa Mal assombrada".

    Paolo cabrero - Itú - SP.

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  4. Ôi Edward...
    E não me culpe se não fui a primeira a postar comentário sobre essa série engraçada e maravilhosa que vc começou a escrever hoje aqui no blog, tá bom? Olha, a última vez que entrei para ver se o primeiro capítulo tinha sido postado foi às 2,40 da manhã. Não tinha nada. Como estava muito frio, fui para as cobertas, que me aguardavam aflitas. Como vou para a faculdade à tarde, já me preparei para enfrentar essa segunda-feira, mas com muito bom humor, depois de ler seu primeiro capítulo. Vou telefonar agora para minhas amiguinhas e enviar e-mails para que todas elas venham ler sua série, realmente sensacional. Falam tanto dessa revista, a "Realidade", lá na faculdade que, penso, deve ter sido uma glória pra você ter escrito lá, não? Além do famoso Jornal Notícias Populares e do Diário do Grande ABC, claro. Sabe como minha turminha de faculdade chama o Notícias Populares que eu não conheci? Nada de espremer sai sangue. Dizem que a cada página que se abria, saia um ladrão correndo (rssssssssss...)
    Bjos, adorei o primeiro capítulo!

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  5. Bom dia, Edward de Souza!
    Você está nos brindando com fatos reais que ocorriam nos velhos e bons tempos da São Paulo da garôa, onde o vigarista era o único mal que tínhamos a temer, bem diferente de hoje, quando nos tiram a vida por nada. Muitos golpes ainda são praticados hoje, a maioria pela internet e em bancos, onde incautos caem na lábia desses malandros.
    Como nasci e me criei em São Paulo, e faz muitos e muitos anos, tenho conhecimento de alguns golpes praticados naquele tempo, pode até ser que no decorrer de sua série você vá contá-los. Permita-me apenas relatar aquele famoso, da máquina de fazer dinheiro. Tinha um comerciante português perto da casa de meus pais que caiu num desses. Comprou essa tal máquina de fazer dinheiro, pagou uma nota preta e ficou a ver navios. Acho que é esse o conto da "guitarra", não é? Se for, quero ler sua descrição desse golpe. Hilário e dificil de acreditar que as pessoas caiam nesse golpe. Mas, caiam sim. A ganância falava e fala ainda, mais forte. Bom demais o primeiro capítulo e com certeza toda essa série. Parabéns, nobre jornalista!

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.

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  6. Olá Edward, tudo bem? Você demora um pouquinho, mas quando volta chama mesmo a "galera" com seus casos pitorescos. Esse do conto-do-vigário é incrível e nos faz pensar. Naqueles tempos, que todos dizem ter sido bons porque não tinha violência, faltava cultura ao povo, ou estou enganada? Caiam em golpes fáceis demais. Onde já se viu comprar o Viaduto do Chá ou a Praça da Sé, conforme vi alguns comentários na chamada de ontem? Disse a Fernanda que lá no Rio o Maracanã e o Pão-de-acuçar foi vendido umas duzentas vezes, como pode? E davam recibo (rssssssss). Fico imaginando. Quantas e quantas vezes devem ter vendido o Cristo Redentor, o Pacaembu em Sampa. Vou acompanhar, com certeza, toda essa série, bem diferente do que estamos acostumados a ler. Além de ser uma aula para nós, futuras jornalistas, sem dúvida.
    Beijinhos gelados (que frio menino... Brrrrrrrrrrr....).

    Priscila - Metodista - São Bernardo

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  7. Manolo Garcia Gimenezsegunda-feira, 24 agosto, 2009

    Prezado jornalista Edward de Souza!
    Meus cumprimentos por essa série que apresenta em seu blog já reconhecido em todo o País como um dos melhores, sem dúvida. Os artigos aqui postados, assinados por renomados jornalistas, dão um grau altíssimo de credibilidade ao blog.
    Gostaria apenas de chamar a atenção, no alto dos meus 75 anos de idade, da jovem Priscila, estudante de jornalismo da Metodista, faculdade também de reconhecida capacidade de ensino. Não é verdade, prezada Priscila, que o povo antigo era ingênuo. Se o fosse, os contos do vigário teriam acabado de vez. E eles são praticados a todo o instante, seja pela Internet, pelos jornais ou mesmo em nosso dia-a-dia. É que na época, eles tinham mais destaque na Imprensa, até por falta de notícias policiais, que hoje prenchem páginas e páginas dos periódicos, como ocupam grande parte dos jornais falados pela TV, perceba. E não usam hoje a expressão "conto-do-vigário", apenas golpes praticados. Nunca vi nenhuma pesquisa, mas se existir, certamente irá mostrar que atualmente os golpes praticados em todos os cantos do País superam, em muito, os ocorridos nas décadas de 50, 60, 70, 80, etc...
    Acompanharei, caro jornalista, toda essa série.
    Grato!

    Manolo Garcia Gimenez - São Paulo -SP.

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  8. Bom dia, quero engrossar a lista a favor do Senhor Manolo. Sou jovem ainda, não vivi a década de 60, nasci em 1979, mas hoje se aplicam golpes de todos os jeitos e caem como patinhos. O Jornal "A Cidade" aqui de Ribeirão Preto, só na semana passada trouxe golpes do dinheiro falso, distribuido às pencas no comércio, de aposentados sendo lesados em agências bancárias e muitos outros. O problema, disse bem o Senhor Manolo, é que não se usa mais a expressão "conto-do-vigário". O jornalista Edward de Souza, autor dessa série que passo a acompanhar, mostrou hoje que o "conto do bilhete" premiado continua fazendo vítimas. Verdade... Quantos e quantos já não cairam no golpe aqui em Ribeirão Preto? Fora os que não registram a ocorrência, com vergonha de ter sido enganado de uma forma, digamos, infantil. Tem um ditado que diz: "Enquanto houver trouxas, vigaristas vão sempre existir". Legal a série, vai dar o que falar.

    Wanderley C. Arruda - Ribeirão Preto - SP.

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  9. Sempre um fascinado por revistas, tenho algumas "Realidade" guardadas e empoeiradas, da primeira e segunda fase, desta que foi uma revista moderna para época,com seu textos inteligentes e ótimas fotografias. Parabéns Edward pela republicação dos "contos-de-vigário", hoje muito mais triste e generalizados pelos políticos. Um abraço, Armando [recomentarios.blogspot.com]

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  10. Edward, sua forma de escrever me cativa. A gente entra na história, narrada de uma forma simples, clara e objetiva. Não é preciso recorrer ao dicionário quando se lê o que você escreve. Tem graça seu texto e essa série vai ser formidável, pelo que li nesse primeiro capítulo. Desde o primeiro artigo seu que li, fiquei sua fã, creia! Espero um dia chegar lá e aprender um pouquinho com você. Esse meu sonho!
    Bjos,

    Mônica C. Flaquér - Metodista - (moro em Santo André)

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  11. Amios deste blog bom dia...
    Prezado Edward, lí, à época, sua série de matérias publicadas na revista Realidade. Trabalhava em São Paulo (Largo do Paissandu) e comecei a ler Realidade desde o primeiro número. Aproveitava a viagem de ônibus - São Paulo/São Caetano - para desgustar as matérias da revista. Ainda não tinha o prazer de conhecer o autor dos apimentados artigos que um dia, pelas mãos de Deus, veio a ser um dos meus melhores amigos e inseparável companheiro de jornadas profissioains e de lazer.
    Isso posto, lembro que fui privilegiado pois além de ter lido todos os contos na Realidade, ainda ouvi o repetéco diretamente do próprio autor (das matérias, não dos contos) em nossas viagens por este Brasil pela Rádio Diário.
    A série é longa, didática interessante e hilária. Os tempos mudaram, os protagonistas são outros e as armas também, mas as histórias se assemelham. Ontem e hoje, somente entraram nos contos do vigário, bilhete premiado, paco, jóias, etc, etc, aqueles que no começo do século passado ou deste querem levar vantagem em tudo.
    Voltaremos mais adiante.

    Abraços e boa semana a todos
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  12. "Olá colegas,
    Deixo aqui a divulgação da Primeira Olimpíada Nacional em História do Brasil, iniciativa inédita no país, organizada pelo Museu Exploratório de Ciências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com o apoio do CNPq. A Olimpíada é para escolas públicas e particulares e acontece pela internet, com equipes formadas por estudantes do oitado e nono anos do ensino fundamental e por estudantes do ensino médio, juntamente com seu professor. As inscrições já estão abertas!
    www.mc.unicamp.br
    Obrigado"

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  13. Olá Thiago, disponha desse espaço, amiguinho! Acredite, você me deixou feliz com sua postagem. Se tiver maiores detalhes dessa olimpíada para escolas públicas e particulares sobre história do Brsil, organizada pela Universidade de Campinas, pode voltar ao blog e trazer maiores informações, viu? Estamos a sua disposição, amiguinho. E parabéns pela iniciativa de divulgar esse acontecimento cultural.

    Lavrado, meu irmão, verdade. Quantas vezes falamos em nossas viagens dos golpes praticados naquela gostosa década de 70 e que eu escrevi em "Realidade", Notícias Populares e Diário do Grande ABC. Falar no Diário, o Ademir está me enviando pelo correio toda a série, essa publicada se não me engano em 78, no Diário do Grande ABC. Quem sabe com ela em mãos eu consigo me lembrar o nome do chargista que me acompanhou. Boas charges e chamativas. Pena que não haverá tempo para publicá-las junto com os próximos capítulos. Mas, faremos isso depois.

    O mundo dá muitas voltas. Você lia a Realidade, se divertia com os engraçados contos que ainda serão postados aqui e quis o destino que nós dois acabássemos nos cruzando. Agradeço a ele por isso. Assim, tive a oportunidade de conhecê-lo e poder dizer que eu tive na vida um grande amigo!

    Um forte abraço...

    Edward de Souza

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  14. Edward, meu amigo, prometo acompanhar com muita atenção a série de contos do vigario, pois eu conheci muitas vitimas e tive contato pessoalmente com alguns tipos de gólpe.
    A mocidade de hoje NÃO imaginna do que o vigarista éra (e ainda é) capaz de inventar para levar o dinheiro dos incautos.
    Hoje em dia o mais conhecido da população é o tal de "boa noite cinderéla" que sei, vc irá relatar.
    Este de hoje, o conto do bilhete premiado, ainda péga muito coitado desavizado, que fica sem seu rico dinheirinho por causa da ganancia.

    Abraços Edward, e abraços ao pessoal do Blog Dourado

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  15. Edward, que bela série você nos brinda esta semana. Já avisei minha turma aqui da FUABC e todos irão acompanhar o seu relato. Agora já sei porque os golpes praticados antigamente tinham o nome de contos do vigário. E tinha que ser um português a nos passar para trás, que vergonha. Nada contra os patrícios, cujo sangue corre em nossas veias, mas bem que poderia ter sido um americano, assim teríamos um motivo maior para criticá-los (rssssssss...).
    Os próximos capítulos devem ser hilários, creio, não perco um, fique sabendo.

    Edward, também achei uma gracinha a participação do Thiago aqui no blog. Um jovem estudante divulgando uma olimpíada estudantil da Unicamp em seu blog. Uma glória, sem dúvida. Prova que esse espaço é mesmo disputado, parabéns! Tenho orgulho em ser sua amiga...
    Bjos,

    Liliana Diniz - Santo André - SP.

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  16. Queridas amigas e amigos: como disse ontem aqui, tenho a coleção da Realidade. Incluindo, claro, esta edição número 1, do lançamento da revista. Então, para inveja geral, vou ler a matéria do Edward de Souza no original. Não vendo e não empresto, mas permito consultas in loco, com agendamento e gratuitas, na minha pequena redação do jornal Dance. Tenho também O Cruzeiro e Coojornal (que foi sensacional), mais O Pasquim (que se pode comprar em livrarias, encardenado, recomendo). Mesmo sabendo que é errado e crime, a gente não pode esconder certo fascínio por golpes criativos e bem engendrados, que não envolvam a mínima dose de violência, claro. Os grandes estelionatários, desprovidos de qualquer senso moral, se orgulham da profissão e das suas habilidades. E são contra violência, é verdade. A única arma deles é a lábia. Entrevistei um, certa vez, na Delegacia de Santo André. O cara era formado em Odontologia, largou para ser estelionatário, aí cursou Direito para conhecer leis e aplicar melhor seus golpes. Perguntei a profissão dele e respondeu taxativo e orgulhoso: "Sou estelionatário!" Aí perguntei se era o melhor do Brasil. E ele: "Sou o segundo. O melhor é fulano de tal, que está preso no Carandiru". Não guardei a matéria, coisa antiga, por algum descuido, e não lembro agora se foi no Estadão ou Diário do Grande ABC. Então pedi para ele me contar seus melhores golpes, o que fez com mais orgulho ainda. Não dá para reproduzir neste espacinho, seria longo. Quando entrei no campo moral, ele não se abalou. "Não tiro nada das pessoas, elas me dão". E depois: "Nunca usei e jamais usarei qualquer tipo de arma, isso é coisa de bandido". Ou seja, o cara não se via como um deles.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  17. Meu grande amigo Edward de Souza!
    Depois de um longo e tenebroso inverno, eis-me de volta ao seu blog. E para reparar uma injustiça que você cometeu com esse seu amigo. Trabalhávamos na redação do Diário do Grande ABC quando você apareceu, certo dia, com a Revista "realidade", com os contos do vigário assinado por você, lembra-se disso? Todos nós lemos a matéria naquele dia na redação. Tinha uma fila para folhear a revista. Foi então que lhe dei a sugestão para apresentá-la ao "Faustão" (Fausto Polesi-diretor de redação), para que a série fosse publicada na página de polícia do jornal. Você fez isso, ganhou a aprovação dele e do Renato Campos, então editor de polícia e fez outro sucesso com a série. Não sobrava nenhum exemplar do Diário nas bancas enquanto durou a sua série. E olhe que você estava reprisando a publicação que havia feito na "Realidade". Outra coisa que me recordo. Você havia vendido a publicação para a revista e tinha em seu poder o recibo da quantia recebida pelo artigo. Era uma boa grana, na época, só não me lembro o valor exato. E foi a única que escreveu para a "Realidade". Logo a revista desapareceu. Uma das melhores do Brasil, sem dúvida e era, se não me engano, da Editora Abril. Tenho até a impressão que a "Veja" saiu em substituição à "Realidade", não foi? O Milton Saldanha deve se lembrar. Bons tempos, amigo. Agora, com prazer, estou revivendo todos esses contos deliciosos. Como esqueci de alguns, vou acompanhar para me recordar. Esse do "violino" é magistral, fantástico. Que criatividade... Deixo pra você, se não estrago a festa!

    Abração, "velho" e bom amigo!

    Luiz Antonio (Bola) Santo André - SP.

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  18. Carlos Augusto Cordeirosegunda-feira, 24 agosto, 2009

    Boa tarde a todos!
    Quero completar o raciocínio do Milton Saldanha. Tenho um tio que é delegado aposentado e trabalhou muitos anos no DEIC, Delegacia de Extorsões. Sabe o que ele sempre me dizia? Que a Polícia nunca se interessou em prender vigaristas, exatamente pela criatividade e porque não usavam de violência. Não que a polícia se omitia. Meu tio dizia que não corriam atrás deles, preferiam ir atrás de assaltantes, traficantes e outros mais perigosos. Meu tio dizia que o vigarista era considerado pela polícia um intelectual a serviço do crime e quem caia nos golpes é porque queriam levar vantagem sobre ele. Tanto que as vítimas de golpes recebiam e ainda recebem, séria reprimenda da polícia, quando prestam queixas. Olho gordo, diria meu tio. Cresceu demais e acabou sendo lesado. Estou imprimindo esse artigo para ele ler. Vou fazer o mesmo com os demais que serão publicados aqui, ele vai gostar, como eu.
    Abçs...

    Carlos Augusto Cordeiro - São Paulo - SP.

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  19. Caros Luiz Antonio (Bola) e Carlos Augusto Cordeiro: Realidade e Veja foram projetos jornalisticamente totalmente diferentes. Realidade tentou resgatar os tempos de ouro de O Cruzeiro, com as grandes reportagens. E só reportagens, não havia, ao contrário de O Cruzeiro, as colunas de crônicas nem os grandes editoriais com textos explodindo de paixão e/ou indignação, que foram um dos segredos do sucesso da revista. Realidade acabou porque era um produto de custo muito alto para a Abril, com baixo retorno publicitário. Realidade era mensal, Veja semanal. Veja foi inspirada no modelo da norte-americana Newsweek, uma revista para quem não tem quase tempo de ler jornais durante a semana. Resume os jornais e aprofunda seus temas, com um texto de tal forma padronizado que dá a impressão ao leitor que foi feita toda por uma única pessoa. Isso foi intencional, desde o começo. Exceção para os artigos de opinião, assinados, que têm que ter a "cara" dos seus autores. Pouca gente sabe, mas Veja, hoje um tremendo sucesso de vendas em bancas e assinaturas, durante uns 3 anos, ou pouco mais, foi um total fracasso. Encalhava de tal modo nas bancas, que os jornaleiros passaram a recusar. A Abril tinha que usar de certa pressão, oferecer estímulos, etc. A Abril acreditou no projeto e bancou o prejuízo todo aquele tempo, enquanto a redação errava e acertava, buscando o modelo que finalmente daria certo. Veja surgiu logo depois do Jornal da Tarde, aproveitando aquela fase de verdadeira revolução na imprensa paulista, com repercussões nacionais. Auge da ditadura, final dos anos 60, era uma fase de completa renovação na imprensa escrita. Edward de Souza, talvez até sem perceber, faz parte dessa história. Eu estava na imprensa gaúcha, logo depois vim para São Paulo, em tempo de pegar tudo isso. Lembro-me que o JT foi buscar jornalistas em Porto Alegre e Belo Horizonte. A Abril lançou uma espécie de vestibular profissional e recrutou gente de todo o país para suas redações. Eu era foca, não estava pronto para aquele passo, mas tive a sorte de aprender com as grandes feras. Sobre a personalidade dos estelionatários, é isso mesmo. Exploram a safadeza dos trouxas. Gente íntegra de caráter não cai nisso facilmente porque não vai vislumbrar no golpe sua chance de ganho fácil. Excelente a contribuição aqui do Carlos Augusto.
    Abraços,
    Milton Saldanha

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  20. Como existe gente com criatividade para fazer o mal feito, não, Edward??? Minha falecida tia contava que certa vez foi abordada na rua por um vendedor de bilhetes de loteria que queria a todo custo vender-lhe um bilhete bem acima do preço de custo que, segundo ele, estava premiado: - Mas o Sr.tem certeza que está premiado? perguntou ela. - Absoluta, minha Sra! - Então, deixe de ser bobo e fique com ele, oras!
    Abçs, estou adorando a série e vou acompanhar!

    Thiara - Porto Alegre/RS

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  21. Edward, gostosas e hilariantes recordações.
    Abração,

    Milton Luiz Coelho - Franca - SP.

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  22. Caro Edward de Souza, tempos românticos destes golpistas, hoje os caras metem o revólver no seu nariz e levam tudo. Se vacilar e reagir, te matam. A vida foi banalizada e já não existe mais espaços para os artistas dos velhos contos do vigário, onde ninguém saia ferido. Foi ótimo ler o teu texto!
    Grande abraço,

    Paulo Roberto Gomes - Franca - SP.

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  23. Tudo legal, Edward!
    Não vá me criticar, não tive culpa nenhuma. Entrei várias vezes pela madrugada e nada de ver o primeiro capítulo dos "contos do vigário". Eu estudo pela manhã, tinha que levantar bem cedo, então não deu para esperar. Aconteceu o mesmo com a Gabi, já li o comentário dela. De qualquer forma, não via a hora de chegar em casa para ler seu primeiro artigo dessa série. As meninas da faculdade vão entrar também, daqui a pouco no blog, me garantiram. E todas elas conhecem seu blog, acredita? A Margô tem até o endereço do blog na contracapa do talão de cheques dela, pode?
    Uma delícia, eu já esperava, esse primeiro capítulo, mas penso que deve esquentar nos próximos, com esses contos antigos que não conhecemos. Vim dar meu alô, agora vou tomar um banho quente para espantar o frio que quase me congelou hoje pela manhã, depois volto. Ficou triste com a derrota do São Paulo? Meu pai falou que jogou melhor e não merecia ter perdido. Não ligue, é o melhor time e vai ser campeão, verás...
    Bjos,

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  24. Ôi Edward, é a primeira vez que entro em seu blog e fiquei espantada com tanta gente que participa e comenta. Tenho muitas amigas aqui, sempre falam no blog, hoje resolvi conferir. Uma ótima impressão eu tive. Faz tempo que estou aqui e já li vários outros artigos dos seus amigos e bons jornalistas. Realmente é um ótimo espaço para a gente frequentar, temos muito a aprender com mestres do jornalismo como vocês. Essa série que começou é até engraçada, não fosse o prejuízo que causa para muitos desinformados. Que sirva também de alerta a eles.
    Bjos e obrigada...

    Flávia - Metodista - São Bernardo

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  25. Olá Edward, que frio hoje não? deve estar frio no Brasil todo, só vejo gente reclamar. Aqui em Franca a gente sente mais porque, naturalmente, nosso clima é quente. Estava lendo seu primeiro artigo, dessa série que promete ser mesmo sensacional. Vi que você escreveu para a "Realidade", revista que já ouvi falar mas é do tempo do papai e para outros dois jornais. Porque você não escreveu essa série no Comércio da Franca? Eles não quiseram? Para nós, leitores assíduos do jornal, seria um presente, pena! Vou acompanhar todos os dias. Mamãe está ao meu lado, já leu e deu risadas. Disse que conhece muitos desses que você promete contar ainda. Ela mandou lhe dizer que tem um do "pau de arara", verdade? Que maldade faziam também esses vigaristas com esses coitadinhos, nesse pouco que mamãe acabou de contar agora. Você vai contar sobre ele? Estamos acompanhando, tá?
    Beijinhos,

    Ana Paula - (Débora - mamãe) Franca - SP.

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  26. Edward, sem dúvida, meu amigo, os vigaristas de antigamente eram criativos, mas não chegam nem perto dos nossos de hoje em dia. Os atuais vigaristas fazem lavagem cerebral no povo e tomam deles o dinheiro que querem. Veja o Edir Macedo, hoje bilionário e dono de uma Rede de TV. Ele age como os velhos vigaristas, não ameaça ninguém, só na lábia e arranca milhões desse bando de ignorantes espalhados pelo Brasil. A política dele é essa, enche de minhocas a cabeça do povo, promete o "reino de Deus" e os coitados, na verdade, trouxas mesmo, metem a mão no bolso e dão dinheiro pra ele. Pior é que quase lhe batem se você tentar abrir os olhos desses panacas. Não enxergam e acham que Deus precisa de dinheiro. Só ver a cara desses crentes, todos miseráveis, sem cultura, explorados por um velhaco e a Polícia só assiste o estelionato de longe. Além dele tem outros vigaristas, todos apresentadores de TV, como o tal R.R. Soares, ou Macedo, sei lá...
    Esses contos que você nos dá o prazer de ler são cômicos, aplicados também em ignorantes, mas uma vez ou outra. Os vigaristas de hoje tomam dinheiro na maior cara de pau do povo todos os dias. Pode ir numa igreja deles agora, à tarde e verificar. Está aberta e cheio de neguinho dando dinheiro pra Deus!
    Desculpe meu desabafo, mas não me aguentei!!!
    Abraços, parabéns pela série, estou acompanhando...

    Eurípedes Sampaio - Jundiaí - SP.

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  27. Boa tarde, amigos!
    Olá, Edward!

    Bem se diz que a vida dá muitas voltas, não é mesmo? Quem diria que, após tantos anos, uma guria admiradora e leitora assídua da revista Realidade iria encontrar e tornar-se amiga de um de seus jornalistas colaboradores? Inacreditável! Fiquei muito feliz!

    Utilizava muito a Realidade em meus trabalhos escolares e lembro, ainda que vagamente, dos contos. Que maravilha poder lê-los novamente, agora, numa série virtual, no blog de nosso talentoso amigo e colega Edward de Souza.

    Como já referiram outros amigos, em seus comentários, vigaristas e bobos ingênuos vão existir sempre, o que muda é a variedade do golpe. Infelizmente, nos dias de hoje, a modalidade se aperfeiçoou de tal maneira que os infaustos se abatem sobre o povo brasileiro, articulados por quem deveria zelar pelo bem-estar de todos nós...

    Aguardo, ansiosamente, pelo próximo capítulo.

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  28. Olá Edward, boa tarde... Estou morrendo de saudades de vocês. Cheguei bem a tempo de ler o primeiro capítulo dessa série de contos do vigário. Como faço sempre, vc sabe disso, já imprimi, depois de ler com muita calma. Adoro ler os comentários também, sempre tem uma coleguinha minha aqui e a gente discute depois nossa participação. Acabo de ler o que escreveu a Nivia, gosto muito dela com seus textos maravilhosos, do J. Morgado, Milton, Lavrado, todos ótimos. E nos ensinam muito.
    Obrigada e conte comigo, estou de volta.
    Beijinhos pra vcs...

    Thalita ( Unisantos ) - Santos - SP.

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  29. Caro professor João Paulo: são muitas revistas, e como disse antes nunca conferi se minha coleção é completa. Não lembro da matéria citada, a dos efeitos da bomba atômica, mas agora fiquei super curioso, vou procurar. Mas só pelo tema já dá para imaginar como os pauteiros da revista (alguns anos depois me tornei colega e amigo de alguns, como o já falecido Múcio Borges da Fonseca) eram ousados e tinham realmente imaginação para bolar assuntos. As fotos da Leiloca Diniz, grávida na praia, ficaram famosas. Mas creio que foi capa do Pasquim. Em meu comentário anterior, acima, quando falo de Realidade, Veja, JT, esqueci de alertar que aqueles modelos foram anteriores a era Internet. Isso é para os bem jovens. A Internet obrigou a mudanças nesse estilo de jornalismo. Jornais como o USA Today, que inspiraram as atuais páginas de UOL, Terra, etc,fecharam. Esse estilo de jornalismo "rápido" foi engolido pelos grandes portais. O jornalismo impresso agora tem que buscar uma profundidade analítica que a Internet não pode oferecer. Assinei muitos anos as revistas Time e Newsweek, principalmente para manter meu inglês afiado e atualizado, e pude perceber suas mutações. A Newsweek, que era toda praticamente de notinhas, migrou para o padrão Time. Hoje são iguais. Só avançados no inglês conseguem ler a Time. A Newsweek era mais leve, acessível ao nivel intermediário. Até nisso agora ela seguiu a concorrente, fugindo da frivolidade da Internet. Jornalismo é assim. Se não mudar, morre.
    Abraços,
    Milton Saldanha

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  30. Olá Ana Paula e mamãe Débora, de Franca. Sabe, Ana Paula, assino uma coluna no Comércio da Franca e tenho autonomia para publicar o que quiser. Gosto deste jornal porque é feito com profissionalismo e seus diretores são pessoas idôneas, acima de tudo amigas de todos os seus funcionários. Por essa razão é o melhor jornal da região e, além do número altíssimo de assinantes, exemplares não sobram em bancas. Não pensei em escrever essa matéria no jornal. Teria que ocupar um outro espaço.

    Quanto ao conto que a mamãe Débora se lembra, sobre o "pau de arara", certamente está entre os que irei contar. E é realmente um dos maldosos desta série. Esse mexe com a ingenuidade e com o coração daquels pobres coitados iludidos em morar numa cidade grande. Você vai ler aqui sim, O.K.?

    Passei o dia na correria, cheguei agora e já estou de saida. Meu amigo Morgado, não é o que você pensa, viu? maldade...
    Fiquei surpreso com o número de visitas ao blog até agora. Mais de 400 e comentários demais para uma segunda-feira "braba". Sinal que está emplacando essa série sobre contos do vigários. Grato a todos.
    Ana Paula e Débora, um abraço a vocês e dê outro em seu papai, Luiz Henrique, uma hora dessas ainda em sua fábrica de calçados, certamente.

    Edward de Souza

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  31. Caro Edward, você diz acima que "teve na vida um grande amigo", que sou eu. Calma cara, apesar dos piripaques ainda estamos vivos. Esse amigo você ainda tem, por enquanto (rsrsrsrs).
    Prezado Eurípedes Sampaio: Legal suas colocações acima, mas, data vênia, acho que o pessoal que procura seitas milagrosas e milagreiros, tipo Edir Macedo e congeneres, não busca o Reino de Deus. Na verdade eles querem é acertar a vida por aqui mesmo, como, por exemplo, acertar uma mega-sena acumulada. O paraíso celeste fica pra depois. Concorda ?
    Flávia, bom saber que você estuda aqui na Metodista de São Bernardo, cujo campus Vergueiro fica em frente ao prédio que resido. Tenho um binóculo esperto, especializado em focar as meninas que passam aqui em baixo a caminho da Metô. Bem-vinda garota.

    Abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo.

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  32. Olá Lavrado, ainda bem que não sai. Deu tempo para ler sua postagem. Tem razão, eu percebi o erro quando escrevi, mas resolvi deixar quieto, pensando que passaria despercebido. Não passou. Desculpe-me, cara! (é assim que nos tratamos eu e Lavrado). Estou lhe matando mais cedo. Deus queira que você viva mais uns trezentos anos e esteja sempre ao nosso lado. Foi apenas um equívoco ao datilografar.
    Meninas da Metodista, cuidado com o binóculo do Lavrado, costuma furar roupas.
    Abraços,

    Edward de Souza

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  33. Ana Célia de Freitas.segunda-feira, 24 agosto, 2009

    Boa tarde amigos do blog.
    Meu amigo Edward,amei esse primeiro capítulo,jurava que esses golpes eram fatos de poucos anos,mas ao que vejo já ocorre há muito tempo.
    Aqui em Franca,sempre há vítimas do tal conto do bilhete premiado, ainda tem pessoas que tem coragem de chamar a polícia, mas juro,não consigo entender como uma pessoa entrega a sua bolsa a um estranho,enquanto vai ao banco descontar o "bilhete premiado" infelizmente devem admitir.Pura ganância.
    Convenhamos,o Palácio do Planalto se encontra cheio de golpistas,tudo cara-de-pau,vai faltar óleo de peroba.
    Beijosssssssssssssssssss.
    Ana Célia de Freitas.

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  34. Edward lembra-se daqueles “encontrões casuais” com os bilheteiros na Praça da Sé, Rua Direita e adjacências?
    Conta para o pessoal, conta.

    J. Morgado

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  35. Grande amigo e irmão Edward
    Queridos amigos e amigas do Blog:

    Após uma breve ausência, viajando pelas Gerais, cá estou de volta. Bem que tentei entrar no Blog pelo caminho. Mas a velocidade do computador da Lan House de Itamonte-MG era tão precária que mal consegui colocar em dia meu trabalho. É assim mesmo, articulista escreve mesmo em "férias-relâmpago".

    Edward: que maravilha. Agora nossos amigos e amigas, leitoras do Blog sabem que você, entre tantas outras coisas de destaque, escreveu naquela que, para nós, foi um exemplo de jornalismo, a revista Realidade.

    Com meus 15 anos, viajando pelo Vale do Paraiba em visita às igrejas metodistas, a Realidade era companheira de bordo. Não perdia nenhuma e chegava a fazer reserva com o jornaleiro de São José dos Campos onde morei entre 1968 e 1970.

    Foi a leitura apaixonada de Realidade um fator decisivo para que eu escolhesse o jornalismo como profissão.

    A reportagem de fundo, como já explicou o mestre Milton Saldanha, era o principal atrativo da inesquecível revista. Bons tempos quando havia reportagem no jornalismo impresso.

    Claro, vou acompanhar com interesse a série que já demonstra ser um novo sucesso.

    E faço coro aos que aqui já comentaram: o Edir Macedo superou, de longe, os contadores do vigário do passado. Agora o conto não é mais do vigário, mas do "bispo".

    Grande abraço,

    édison motta
    Santo André, SP

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  36. Boa noite, pessoal, hoje fugi do binóculo do Lavrado. Muito frio e desânimo me impediram de ir às aulas. Estou amando essa série do Edward e morrendo de rir da "tirada" do Édison Motta. Ele acaba de batizar "O conto do Bispo", marque a data, Edward. Daqui a quarenta anos, outros jornalistas deverão informar o acontecimento. Eles irão registrar o caso dessa forma: "No dia 24 de agosto de 2009, depois de muitos anos assaltando o povo, um jornalista, de nome Édison Motta" descobriu que os coitados, digo, fiéis assaltados, eram vítimas do "conto do bispo".(rssssssss...)
    Adoro esse blog por isso. Artigos criativos, como essa série do Edward, e os amigos dele, jornalistas inteligentes, dando o colorido especial que falta em outros blogs.
    Beijinhos que amanhã estou de volta para ler mais contos.

    Martinha - Metodista - S. Bernardo

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  37. Martinha,

    Obrigado pelas referências. Sou do tempo em que pastor evangélico era chamado reverendo. Estudava, no mínimo, quatro anos de Teologia após ter concluido o segundo grau.

    Depois do "bispo", muitos de seus fieis "pastores" praticam, dos "púlpitos", sem qualquer reverência, o conto da compra de um lugar no céu em prestações, pagas antecipadamente aqui na terra. Quanto maior o pagamento, maior o espaço lá. E, claro, aqui também,com muita prosperidade e dinheiro, muito dinheiro, surgindo como repompensa pelas doações.

    Na televisão,fazem exposição ampla da violência e da criminalidade no horário nobre. Para, depois, pescarem as "almas" na madrugada. É o vigarismo eletrônico.

    Registre, também, a lembrança que o Milton Saldanha trouxe de uma antiga entrevista que ele fez com um estelionatário na delegacia de Santo André.

    Vou reproduzir um trecho contado pelo próprio Milton no comentário dele lá em cima. A certa altura da entrevista o gatuno disse: "Não tiro nada das pessoas, elas me dão". E depois: "Nunca usei e jamais usarei qualquer tipo de arma, isso é coisa de bandido". Ou seja, o cara não se via como um deles.

    Isso lhe faz lembrar algum notável bilionário dos dias atuais?

    Abração,

    édison motta
    Santo André, SP

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  38. Binóculo potente

    Em tempo, Martinha e estudantes da Metodista(predio Vergueiro):
    Não queria estragar a festa, mas devo informá-las que o binóculo do Lavrado é de ultima geração.

    Dotado de um sofisticado sistema eletrônico, com células de alta sensibilidade que combinam raios "x","gama","beta" e "laser", capazes de revelar o que vai - e vem - debaixo da roupa.

    Mas, afinal, que mauá nisso?

    Eu mesmo, se fosse mulher e jovem apreciaria ser voyerada. Não é mesmo Padre Euvidio?

    Abração,

    édison motta
    Santo André, SP

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  39. Menos, caro Motta, menos, muito menos...
    Meu pobre binóculo é idêntico ao dono: velho, alquebrado, opaco, não enxerga bem a quase nada funciona. Portanto, meninas da Metô, desfilem tranquilas pela barulhenta Vergueiro. O velho bino já não faz mal, nem bem, a ninguém.

    abraços
    Oswaldo Lavrado -SBCampo

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  40. Pô, acho que não vai dar tempo para respostas, mas,
    por favor, alguém pode me dizer:

    1 - Onde tem um curso que ensina a abrir esses malditos vidros de maionese e de azeitonas ?. Consultei a Metodista, aqui ao lado, mas ali não tem.
    2 - Pra que diabos serve essa imbecilidade de "engate" que a patuléia do tal "levo vantagem em tudo" coloca no carro ?

    Cartas à redação.

    boa noite
    Oswaldo Lavrado -SBCampo

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  41. Caro Lavrado
    Esse engate no carro é mais que imbecil. É extremamente perigoso, em acidentes, porque entra nos demais veículos como um saca-rolhas. E quando eles erram manobrando em algum lugar apertado o desgraçado do engate fura os carros dos outros. Não faz muito tentaram proibir essa porcaria assassina, mas os fabricantes da tralha mobilizaram suas "influências" (tá na cara que correu grana)e ficou tudo na mesma. Lamentável.
    Milton Saldanha

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  42. oi senhor Edward, eu sou a Larissa, estou lhe escrevendo para lhe felar que gostei muito da história do golpe do vigário que o senhor escreveu, saiba que minha família lá do Maranhão já caio no goupe também foi assim,minha tia recebeu uma mensagem no celúlar dizendo que se ela depossitace mil reais na conta, guanharia uma casa própria e um carro zero,mas como minha tia é engenua pegou mil reais enprestado da amiga e foi lá depossitar,depois que ela robarão todo o dinheira dela e nem derão casa nova e nem carro sero THAL.

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