sábado, 2 de maio de 2009

O DIA EM QUE O AVIÃO POUSOU DE BARRIGA

Oswaldo Lavrado
*
TRAPALHADAS NA VIAGEM
PARA GOIÂNIA
*
Começo de Abril de 1992. Os times de futebol profissional do ABC estavam sem atividades. Para não deixar inativo o departamento de esportes da Rádio Diário do Grande ABC 1300, o qual dirigia, e o consequente desemprego, sugeri a opção de acompanhar os jogos do Santos no Brasileirão. Embora a rádio fosse sediada em São Bernardo, a iniciativa partiu em virtude das emissoras de São Paulo, obviamente, priorizarem Corinthians, Palmeiras e São Paulo. As rádios da Baixada faziam a cobertura de todos os jogos do time praiano, porém o alcance delas aqui no Planalto era mínimo e chegava com muito chiado. Como a maior parte da torcida do Santos está na Grande São Paulo, a Rádio Diário, cujo som era nítido num raio de 150 km, tentava abocanhar esse filão de audiência. E conseguiu, uma vez que chegou a ficar em quarto lugar no Ibope na Região Metropolitana de São Paulo, abaixo apenas de Bandeirantes, Globo e Jovem Pan. As transmissões dos jogos do Santos pelo Brasil trouxeram para a Rádio Diário 1.300, patrocinadores de porte, tipo Brahma, Casas Bahia e Ford, anunciantes quase impossíveis de serem conquistados transmitindo Santo André, São Bernardo ou São Caetano.
No começo de abril do ano de 1992 o Santos foi jogar em Goiânia, contra o Goiás. Pra lá embarcamos, eu (comentarista) e Edward de Souza (narrador). Por motivos econômicos o repórter e o operador de som foram dispensados. Pelo mesmo motivo (grana) viajamos de madrugada para aproveitar o desconto de 20% na passagem aérea. Pouco depois de alçar vôo, no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, começava também nossa odisséia. Após sobrevoar o Estado de Minas uma forte turbulência chacoalhou a aeronave, obrigando a tripulação determinar aos passageiros que apertassem os cintos, não fumassem e devolvessem pratos e talheres, já que um substancial lanche estava sendo serviço. O avião estava lotado. Eu viajava no acento do meio de uma poltrona de três lugares, na frente. Do meu lado direito um padre e do esquerdo um francês. Em outra poltrona estava o Edward. Ao lado dele um jovem engenheiro e um cearense. Pelo tamanho da turbulência, o padre, que antes havia tomado um copo de vinho, rezava alto, o parisiense balbuciava coisas no idioma francês e o cearense, ao lado do Edward, em pânico, gritava que não podia morrer, porque tinha três filhos, a mulher e um cachorro o esperando em casa, além de, desesperado, proferir outras frases sem nexo. A coisa estava mesmo feia. Apenas eu, o Edward e o engenheiro mantínhamos uma falsa calma. No fundo, no fundo, estávamos apavorados. O jato já sobrevoava Goiânia quando fomos informados pela tribulação que havia um problema com o trem de pouso e a aeronave iria aterrissar de barriga. Ai o mundo veio abaixo dentro do avião. O padre tremia e rezava mais alto. Nervoso, vendo a viola em cacos, em determinado instante não me contive e exclamei: “olha, padre, se esse avião cair, não adianta nada suas preces, vamos morrer do mesmo jeito”. Arrependi-me depois. Uma aeromoça, nitidamente apavorada, começou a recolher os talheres dos passageiros, e travou um pequeno diálogo com o nosso Edward de Souza: ”por favor, seu copo, pediu gentilmente a garota. O narrador da rádio, com um copo de plástico na mão direita, ainda com metade do uísque, recusou: “moça, não entrego nada, se esta tranqueira cair, vou morrer agarrado ao copo”, sentenciou. A aeromoça, talvez pela turbulência do vôo e nervosa com a situação aflitiva do momento, deixou o Edward em paz, se é que havia paz ali naquele momento, e correu para sentar-se numa poltrona e colocar o cinto de segurança. Mais de uma hora da manhã o jato iniciou o processo de descida. Segundos depois um estrondo, as luzes se apagaram e o avião deslizou na pista, observado à distância pelos funcionários do aeroporto e soldados do corpo de bombeiros. Silêncio total. Repentinamente as luzes se acenderam. Sinal que o pouso havia dado certo. Todos se levantaram correndo, em busca da porta traseira do avião, onde uma rampa estava sendo colocada para todos saírem, deslizando por ela. Soubemos depois que foi verificada uma ocorrência nas tubulações que conduzem o fluido hidráulico do avião, o que impediu o baixamento do conjunto do trem de pouso A aeronave tocou o solo de barriga sobre uma espuma espalhada na pista, o que fez com que ele acabasse arrastando-se por, pelo menos, 400 metros.
Na saída, a tripulação, na porta, pedia desculpas pelo transtorno e agradecia os passageiros. Edward aproximou-se da mesma aeromoça e disse: "aqui está seu copo". A menina, educadamente, respondeu: "agora o senhor pode ficar com ele, leve-o de lembrança". Acho que esse copo está na casa do narrador da Rádio Diário até hoje.
O engenheiro que viajou ao lado do Edward e que tinha um carro esperando no aeroporto, nos ofereceu carona até o Hotel Samambaia, próximo ao Centro de Goiânia, onde, por coincidência, também estava a delegação do Santos. O padre, o francês e o cearense que estavam no mesmo vôo sumiram assim que o avião aterrissou. Soubemos que o cearense não quis seguir viagem em outro vôo, preferiu ir de ônibus para Fortaleza. A saga não termina ai...
Sempre viajamos com verba fornecida pela rádio e com a qual pagávamos todas as despesas. Nessa viagem, porém, o Edward arranjou um walsh (espécie de passaporte que garante ao portador passagem e hospedagem com pagamento futuro; (não sei se ainda existe). O documento era, acredito, da CVC, da qual um dos sócios, o Irineu, era amigo do Edward. Tudo bem, não fosse o nosso retorno na segunda-feira pela manhã. Pra fechar a conta do hotel teríamos que apresentar o walsh ao gerente. Malas arrumadas, prontos pra ir embora e... Cadê o papel. Tinha que estar com o Edward, claro. Mas não estava. Procura cá e acolá, revira as malas, o armário, o criado-mudo e até a bíblia (todo hotel sempre tem um bíblia no criado-mudo) e nada do tal walsh. O Edward tentou aplacar minha fúria, já que eu tinha compromisso importante e inadiável em São Bernardo na parte da tarde daquela segunda-feira. Ele ligaria para a empresa que emitiu o papel e solicitaria outro, via fax, uma vez que, à época, a informática ainda engatinhava no Brasil. Eu não podia esperar e depois de muito bate-boca entre nós dois o Edward decidiu: "vá embora que espero o walsh". Não queria deixá-lo sozinho refém no hotel, mas não tive alternativa. Se ficasse em solidariedade ao amigo, corria a risco de sair no braço com ele e perderia o compromisso aqui no ABC. Pequei minha mala e fui. O avião que me traria a São Paulo, por essas coisas do destino, ao deixar o aeroporto passou sobre o prédio do hotel Samambaia. Da janela do apartamento o Edward, que sabia o horário do meu vôo, viu a aeronave e rogou: "tomara que essa chaleira caia com aquele baixinho (eu)”. Soube mais tarde que foi apenas um desabafo, acreditei. O walsh chegou, por fax, e o narrador da Diário voltou no mesmo dia para São Paulo, num vôo da Vasp. Em tempo: O Goiás venceu o Santos por 1 a 0, gol de Túlio Maravilha, de pênalti.
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*Oswaldo Lavrado - jornalista e radialista - trabalhou no Diário do Grande ABC, rádio e jornal, e comandou a equipe de esportes da Rádio Diário. Atualmente é editor do semanário Folha do ABC.
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38 comentários:

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  2. Bom dia amigos (as)

    Quando me enviou o texto, Lavrado veio com uma recomendação: "vivemos juntos essa e umas outras duzentas situações assustadores, engraçadas e até constrangedores, mas peço-lhe um favor, faça a correção necessária no texto, mas não fuce demais no conteúdo principal". Devo confessar que fucei um pouco. Afinal, como esquecer a frase que meu amigo Lavrado disse ao padre, quando o avião estava prestes a descer de barriga no Aeroporto Santa Genoveva? Percebi ainda que Oswaldo Lavrado saltou um pedaço da história para não se alongar no texto. Respeitei, mas conto aqui. Quando chegamos ao Hotel Samambaia, da Rede Hollyday Inn, em Goiânia, deixamos as malas e descemos para um enorme bar em frente, que funciona de madrugada, para comermos alguma coisa, depois do susto que passamos. Chama-se Bar do Prezado, cujo dono, um grandalhão camarada, logo foi com nossa cara. E sugeriu uma caranha (pacú) assada, que logo aceitamos. Nisso desceram diretores do Santos, cuja equipe estava hospedada no mesmo hotel, para tomar alguma coisa e comer, entre eles Formiga, ex-craque do Santos e da Seleção Brasileira. Ficamos juntos, comentando nosso drama no espaço e tomando umas geladas enquanto o peixe não chegava. Deixamos o Bar do Prezado mais de quatro horas da manhã, depois de deliciarmos com o melhor peixe assado de nossas vidas. Pela manhã saimos para o café e depois para um mergulho na piscina. Aí a parte engraçada. Estava eu, Lavrado e um senhor sentados em volta da piscina quando resolvemos falar sobre o acontecido com o avião para esse, até então desconhecido. E mandamos brasa no piloto (até então não sabíamos as causas do acidente). Ele,ouvia calado, sem se manifestar. Depois que paramos de falar e espinafrar o pobre piloto, recebemos uma explicação perfeita sobre os problemas ocorridos no vôo e ficamos sabendo que, não fosse a perícia do piloto, não teria ninguém contando essa história naquele dia. Antes de sair, aquele senhor se apresentou. Ele era o piloto da aeronave. O Lavrado abaixou a cabeça e me olhou de rabo de olho. Os dois estavam como pimentão, vermelhos e muito sem graça.
    Outros casos engraçados aconteceram conosco nessas muitas e muitas viagens pelo Brasil. Era nossa intenção transportá-las para um livro. Caiu no esquecimento. Agora, com o blog, elas estão de volta. Quem sabe daqui para o papel, finalmente.

    Um forte abraço a todos (as).

    Edward de Souza

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  3. Morro de medo de avião, Lavrado! Fui uma vez com meus pais para os Estados Unidos. Entrei e saí tremendo do avião. Se tivesse ocorrido alguma coisa no vôo, como aconteceu com vocês, eu morria ante do avião pousar. Cruzes!!! Essa história e outras que contam aqui, tem realmente que ir para um livro.
    Bjos...

    Karina - Campinas

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  4. Bom dia, Oswaldo Lavrado!
    Uma coisa eu lhe garanto. Hoje virou brincadeira, mas o apuro que passaram não deve ter sido fácil. Como viajei muito, pela descrição dessa aeronave, ela deve ser de porte internacional. Aviões com três lugares, seis no total na mesma direção, todos eles vão para os Estados Unidos ou Europa. Por acaso esse vôo de vocês, com escalas, não estava indo para a Itália? O melhor da festa foi o relato. Imagino a cena no avião, com o padre (ainda bem que não era o Euvídio) rezando, o francês enrolando a língua e o cearense apavorado. Hoje, é de dar mesmo risadas. Melhor foi o Edward tomar conta do copo. E ele não estava mesmo certo? Não era o copo que impediria o avião de cair. Nem mal faria a alguém, era é todos ainda são, de plástico,certo? Se vai ver São Pedro Mais cedo, pensou ele, melhor meio tonto (hahahahahaha).
    Abraços, valeu!

    Paolo Cabrero - Itú - São Paulo

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  5. Gente, quantas trapalhadas, só dando risadas. Não perdoaram nem o padre, tadinho. Essas cenas num filme fariam um sucesso danado, com certeza. Muito legal!

    Gabriela (Metodista) - São Bernardo - SP.

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  6. Realmente só a pericia daquele piloto não bastaria. Se não fossem as minhas orações filhos, vocês não estariam aqui para contar essa história. Confesso que fiquei com vontade de jogar aquele cearense pela janela. Um cearense calmo você já não entende nada do que ele fala, apavorado então piorou. Olha Sr. Oswaldo lavrado, quando você me disse que se o avião caísse as minhas orações não valeria de nada, você foi muito injusto. Por que se o avião caísse e nós morrêssemos, pelo menos você morreria benzido. Melhor que isso só se o santos ganhar de quatro a zero dos gaviões.
    Padre Euvidio

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  7. Daniela - Rio de Janeirosábado, 02 maio, 2009

    Ai, pessoal, vocês matam a gente de rir. Esse blog é mesmo impagável. Primeiro o texto do Oswaldo Lavrado, engraçadíssimo. Depois, venho postar meu comentário e leio o do padre. Ai, padre, morrer benzida prefiro ficar viva. Mais cômico ainda é saber que o Lavrado esteve ao lado do nosso padre Euvidio nesse vôo quase fatídico. Padre, eu li que o senhor tomou vinho nesse avião, verdade?

    Beijinhos........

    Daniela - Rio de Janeiro

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  8. Lavrado,

    Posso imaginar o Edward agarrado ao copo. Faz lembrar outra história que ocorreu na Paraiba, num lugar chamado Coroa Vermelha, perto de João Pessoa. Era carnaval e a festa comia solta. Por volta de 5 da manhã, a subida da maré obrigava a todos deixar o local. Quando o pessoal chegou à praia, deram falta de um animado folião, visto pela última vez bastante "alto". Foi uma correria só, vários barcos voltaram ao local, agora totalmente inundado. Quando lá chegaram encontraram um barril flutuando com... um bêbado nele agarrado.
    Certamente, com o Edward aconteceria o mesmo se, no lugar de copo de uisque fosse um barril de chopp.
    Parabéns, Lavrado, por mais esta história interessante. Mostra que, com bom humor, é sempre melhor enfrentar as grandes dificuldades da vida.
    Em tempo: continuo aqui em Mongagua, agora na companhia de dois Morgados, o Juliano e o Admir. Imaginem quantas histórias estão fluindo...

    Abração,

    édison motta

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  9. É verdade filha, bebi todo o estoque de vinho do avião, e ainda dei um gole no wisque do Edward.
    Mas isso faz parte de um ritual, era só para evocar o santo.
    Padre Euvidio

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  10. Ôi gente...
    Essa do Oswaldo não tem como não rir, apesar do sufoco que passaram.
    Só fico imaginando a cena , que mais parece um pastelão. O Edward agarrado ao copo, como se fizesse parte do seu corpo. O pobre padre rezando sem parar, pedindo a Deus pra não ir pro paraiso. O cearense,cabra macho, que mostrou não ser tão macho assim.
    Mas graças a Deus e ao padre,e ao copo do Edward que deve ser amuleto da sorte.
    abços
    Isildinha- Osasco

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  11. Laércio H. Pintosábado, 02 maio, 2009

    Ôi Oswaldo Lavrado...
    Coitado do Edward está pagando o pato. Quem bebeu nesse vôo foi só ele e o padre? Com a coragem que demonstraram, vc e o engenheiro, cara limpa não estavam, duvido. Se eu fosse o Edward eu abriria o bico. Hahahahahahahahaha... Muito engraçada essa história, sem dúvida. Digna mesmo de ir para um livro, junto com as demais.
    Abraços e bom final de semana. Vamos só aguardar o momento em que o Coringão vai erguer a taça, amanhã. Essa tá no papo!!!

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.

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  12. Gente minha frase saiu cortada no final. Coisas da informatica .
    O que eu quiz dizer, se bem que não tem importancia nenhuma, é que graças a Deus, ao padre e ao amuleto da sorte, estão todos aqui pra contarem a historia..
    bjins..
    Isildinha - Osasco..

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  13. Ôi, Oswaldo Lavrado......
    Imagino a bagunça que aprontaram nesse vôo. Ainda bem que escaparam ilesos dessa. E ainda tiveram coragem de voltar de avião. Eu, hein! voltaria de trem, depois dessa. Até a pé, afeee... Uma história e tanto!!!
    Bjos,

    Thalita ( Santos)

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  14. Uma aventura, de arrepiar. Agora que tudo passou ficou hilariante, principalmente a bagunça de padre e do cearense. Mas, concordo com a Isildinha, vocês devem agradecer ao padre, estarem vivos, e ao copo que o Edward segurou, sem dúvida. E ele não larga fácil um copo mesmo, sei disso!

    Abçs,

    Paulinho Junqueira - Franca -SP.

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  15. Olá Oswaldo Lavrado e Edward.
    Eu gosto muito de ler os artigos das histórias de profissionais como vocês. Essa de hoje teve de tudo. Uma quase tragédia, graças a Deus não consumada, humor e até uma lição de vida. Porquê? Simples. Deu pra perceber, no momento de angústia, quando todos se preocupavam em sobreviver, o quanto nós, seres humanos somos insignificantes, não é verdade? O que fazer, dentro de uma aeronave prestes e explodir? Nada! Pedir a Deus ajuda só momento de sufoco, caso do padre? Deus é lembrado só nesses momentos de aflição e angústia? Sabemos que não, mas acabamos nos esquecendo Dele depois. Adoro esse blog e deixo pela primeira vez meu comentário, mesmo tendo vindo aqui umas 30 vezes, ou mais. Demorei para aprender a postar, agora viro "freguesa".
    Bom domingo e parabéns a todos vocês!

    Raquel - Presidente Prudente-SP.

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  16. Ôi, Oswaldo Lavrado.
    Lendo e morrendo de rir do seu artigo desse sábado, acabei descobrindo onde foi que o Edward perdeu o tal de walsh. São duas as possibilidades. A primeira delas é que ele tenha usado o papel para aparar o copo com uísque e evitar os respingos naturais que sempre caem na roupa. A segunda é que, ao sair do avião e descer pelo tobogã, o papel ficou preso e ele não percebeu. Só pode ser, onde iria ele colocar esse documento? (rssssssssssss.....) Vocês são impagáveis, vale a pena ler o que aprontam e escrevem.

    Ana Caroline - Ribeirão Preto - SP.

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  17. Olegário Honóriosábado, 02 maio, 2009

    Olá amigos desse blog poderoso!
    Se esse avião tivesse caido, certamente a perda de grandes jornalistas e radialistas estaria sendo sentida até hoje. O único consolo é que ficaríamos livres do Euvídio. Além de padre, cachaceiro. Confessou aqui que tomou vinho e Whisky no copo dos outros. Onde já se viu isso?

    Olegário Honório - Diadema - SP.

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  18. Ana Caroline, Você foi muito boazinha com o Edward. Eu acho que ele usou o walsh, em outro lugar.
    Padre Euvidio.

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  19. Essa história do avião foi fantástica! Agora o comentário do Édsom Motta dá um causo legal.
    Pelo que eu sei o Edward na água é igual um machado sem cabo. Como ele conseguiu ficar a salvo com a maré alta? E aquele barril era do que? Mistérios!!!
    Valentim Miron Franca- SP.

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  20. Olá Valentim!
    Espera aí, meu amigo! Essa história do Édison Motta com o barril foi de um cara lá no Nordeste, não tem nada a ver comigo. Só o Édison, que está com os bons amigos J. Morgado e Admir Morgado em Mongaguá pode explicar quem é o dito cujo e o que continha naquele barril. Estou fora dessa. Outro engano seu. Nunca fui um machado sem cabo. Ainda guardo seis medalhas ganhas na disputa de 100, 200 e 400 metros rasos, nado livre, claro, quando jovem. Todas de primeiro lugar. Estão guardadas comigo e são dos velhos Jogos Abertos do Interior. Duas ganhas em Franca, duas em Araraquara e outras duas em Campinas. Nada de machado sem cabo, amigão!

    Abraços...

    Edward de Souza

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  21. Cada vêz melhór as histórias relatadas neste Blog maravilhoso.
    Imagino a cena dentro do avião, seria cômica se não fosse trágica, mas ainda bem que "entre mortos e feridos se salvaram todos", principalmente Edward agarrado ao cópo e Oswaldo Lavrado para nos brindarem com as aventuras por eles vivídas.
    Pelo que me consta e ouvido hoje por mim através de um novo amigo, o Édson Motta, O grande Edward está agarrado ao cópo até hoje !! .
    Brincadeira amigo Edward, mas foi uma satisfação enórme estar junto por uma hóras com o Edson Motta e o Méstre J Morgado. pessôas magnificas,e dos quais me orgulho poder chama-los de AMIGOS.
    Parabéns ao Oswaldo Lavrado pelo artigo e parabéns ao Edward pelo Blog, onde todos,Jornalistas e leitores formam uma grande familia.
    Admir Morgado
    Praia grande SP

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  22. Hale baba! Que situação. Isso dá um romance sabia!
    Terror nas alturas, seria o nome do filme.

    BOMB MEN

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  23. Edward, meus sinceros pedidos de desculpa.
    Eu entendi errado, foi mal. Não sabia que você era um exímio nadador.
    A questão das medalhas de natação, depois você me mostra.
    E esse tal de walsh? Qual foi o paradeiro dele?
    Valentim Miron

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  24. Olá meus amigos Valentim Miron e Admir Morgado!
    Primeiro para o Valentim: Olha, Valentim, até hoje, ninguém sabe o destino do walsh. Desapareceu. Está claro que tomei todo o cuidado possível para não perde-lo, mas depois de um vôo atrapalhado desses, com a cabeça a mil, sabe-se lá o que pode ter acontecido. Desconfio de uma coisa, mas não espalhe. O Lavrado, altas horas da madrugada, deve ter pago o "buteco" do Prezado com o walsh. Depois jogou pressão sobre meus ombros. Mas, deixa quieto.
    Amigo Admir Morgado, que hoje esteve na companhia dos meus queridos J. Morgado e Édison Motta. Lindas as fotos que me enviou de todos vocês juntos. Meu coração bateu mais forte vendo vocês reunidos em Mongaguá. Nem a chuva e o frio que faz hoje por lá deixou de aquecer o ambiente gostoso dos amigos, nesse encontro maravilhoso, depois de anos e mais anos distantes. O blog tem a ver com isso, sabia? Voltou a unir os amigos de outrora, além de outros que todos os dias conquistamos aqui. Quanto ao Édison ter dito que continuo agarrado ao copo, ele não errou. Vazio ou com água para tomar remedinho pra isso, pra aquilo, etc e tal. Brincadeirinha. Não tomo remédios. Gosto de uma cervejinha nos finais de tarde, mas, nem todos os dias. Mais uma coisa. Agora fiquei nervoso com o Édison. Onde já se viu o roto falar do rasgado! Hummmmmmm...
    Abraços, meus bons camaradas e que Deus nos conserve por mais algum tempo para continuarmos fazendo amigos!

    Edward de Souza

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  25. Pois é, amigos, viagens aéreas são mais rápidas, agradáveis e seguras, até acontecer um imprevisto como esse relatado pela impagável dupla Oswaldo Lavrado- Edward de Souza!

    Imagino só a quantidade de experiências e aventuras que jornalistas esportivos vivem nesse vaivém constante acompanhando as equipes de futebol - aeroportos, aviões, hotéis, estádios, entrevistas, passeios turísticos (ninguém é de ferro e momentos de folga devem ser aproveitados...).

    Esses rapazes já deveriam, há muito tempo, ter reunido em livro suas experiências, às vezes divertidas, às vezes dramáticas, porém, sempre interessantes. Será o maior sucesso.

    Dá para imaginar perfeitamente, pelo talento dos narradores, a cena angustiante antes da aterrissagem: nervos à flor da pele, pavor e incerteza ante o desfecho da viagem. Poderíamos, para ilustrar a cena do Edward agarrado ao copo, colocar uma trilha sonora, com Belchior, cantando, aos berros: "Foi, por medo de avião, que eu segurei, pela primeira vez, a tua mão..."

    E vejam só, até o Pe. Euvídio arvorou-se em participante da trama! Esse padre é fantástico, vai e volta no tempo, está em todo o lugar...Também, a proximidade com o Criador deve dar-lhe poderes especiais!

    Um abraço a todos e um belo final de semana. Vamos esperar o que nos reserva o Goooolducho para amanhã!
    Dá-lhe Corithians!

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  26. Ué, Nivia, você disse que torce para o Grêmio em Porto Alegre e que é tricolor em São Paulo, não foi? Virou a casaca, menina? Sãopaulino não torce para o Corinthians nem debaixo d´água, sabia? É o mesmo que gremista torcer para o Inter ganhar. Hoje vai ser 3 x 0 para o Santos, fora um gol legítimo anulado. Agora vc vai ter que se explicar, Nivia.
    Beijinhos,
    Renata Chimello - Araçatuba - SP.

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  27. José Veríssimodomingo, 03 maio, 2009

    Bom dia Oswaldo Lavrado.
    Estou lendo essa história que vc contou e pensando. Com essa folia dentro do avião, não tem jato que não caia. Um padre meio tonto, um francês atrapalhado e certamente pra lá de Bagdá, dois radialistas e um engenheiro tomando todas, e um cearense apavorado, deu no que deu. O jato veio de bico. Deram sorte (hahahahahahahahahahaha). De morrer de rir, sem dúvida. Valeu!

    José Veríssimo - Apucarana

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  28. Euvido dos Santosdomingo, 03 maio, 2009

    Sr. José, cuidado! Falar mal de padre dá azar.
    Principalmente se o Sr. For corintiano.
    Eu sou perfeito, o meu único errinho é beber um pouquinho.
    Padre Euvidio

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  29. O título dessa história contada pelo Oswaldo Lavrado não poderia ter sido mais correto. Gente, como dei risadas. Pior é que entro para deixar meu comentário e leio o Edward contando mais trapalhadas desse dia de Goiânia. Ele, o Oswaldo Lavrado e um senhor sentados na beira da piscina do hotel, metendo a boca no coitado do piloto. Até que o homem resolveu lhes dar uma aula de aviação. Era ele o piloto daquele vôo (rsssssssssss). Muito divertido mesmo.
    Bom domingo e que venham mais histórias!!!

    Juliana Camargo - Guarapari/Espírito Santo

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  30. Ôi gente!!!
    Eu estava viajando, cheguei agora pela manhã e estava morrendo de saudades do blog do Edward. A gente chega a sonhar com o blog, sabiam? Estava numa fazenda do pai de uma amiga, no triângulo mineiro, sem acesso a internet. Uma delícia lá, mas uma tristeza sem um acesso a esse blog. Li todos os artigos, do J. Morgado, postado na sexta e esse do Lavrado, que eu não tinha lido. Vocês são mesmo peraltas, não, meninos? Êta dupla do barulho, o Oswaldo Lavrado e Edward. O que aprontaram em pouco tempo, nossa!!!
    Muito divertido, valeu pessoal.

    Andréa - S. Bernardo - SP.

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  31. Dentro de um avião estavam a Vera Fischer,
    Sheila Carvalho e Benedita da Silva. De repente
    o avião teve uma pane, vai daqui vai dali, o piloto
    conseguiu aterrizar numa ilha.
    Assim que saiu do avião Vera tirou sua maquiagem
    e começou a se maquiar. Sheila estranhando perguntou:
    -- Que é isto Vera, todo mundo desesperado e você
    preocupada com maquiagem?
    Vera lhe respondeu:
    Não, é o seguinte, quando o
    resgate chegar eles procuram primeiro quem está bem
    vestido.
    -- Sheila Carvalho não deixou por menos, tirou a
    roupa e ficou só de biquini fio dental. A Benedita perguntou:
    -- Que é isto Sheila, todo mundo desesperado e você
    tirando a roupa?
    Sheila respondeu:
    -- É o seguinte, quando o resgate
    chegar eles procuram primeiro as mais sex.
    Benedita não titubeou, ficou pelada. Os passageiros
    surpresos, perguntaram:
    -- Que é isto governadora?
    Ela respondeu:
    -- É que quando o resgate chegar eles vão procurar primeiro
    a caixa preta.

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  32. Pronto, faltava essa no blog. O tal de Bomb Mem. E metido a engraçadinho, essa peça raríssima. Olha, "Sêo" Bobo Mem, essa piada é mais velha que andar pra frente, fique sabendo, viu? E mais, esse blog não tem isso de discriminação de raças não, tá? Putzzz... Será possível isso? Peço desculpas aos nobres jornalistas que comandam esse blog, mas tive que interferir, ora! E peço ajuda ao padre e aos universitários para excomungar esses infelizes que baixam as asas por aqui, antes que estraguem nossa praia.

    Juca Brito - Nuporanga - SP.

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  33. Renata!

    A explicação é muito simples. E já foi dada em intervenção anterior - porque o São Paulo é tricolor, igual ao Grêmio. Sou gaúcha, não sou paulista, não vivo as rivalidades clubísticas daí. Espero que o Corinthians seja campeão só por causa do Mano Menezes, que é um técnico excepcional.

    Como podes ver, aí não tem racionalidade alguma e nem a torcedora tem alma paulista. Está longe de ser uma paixão. É só simpatia.

    Um abraço,

    Nivia

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  34. Juca, você tem toda a razão, discriminação racial não tem nada a ver aqui, e em lugar nenhum. Mais eu prefiro enxergar pelo lado da malicia que esse tal de Homem Bomba quis passar com essa piadinha antiga, do que da discriminação.
    Padre Euvidio

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  35. Voltando de viagem, passo por aqui para lhe deixar o meu abraço amigo.
    Paz e Bem!

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  36. Esse que comentou acima é mesmo o padre??? Comportadinho, não? Deve estar comemorando o título do Corinthians tomando suco de uva.

    Tampinha - São Paulo

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  37. Ôi, Nivia!
    Era só uma brincadeirinha, não fique brava comigo não, tá?
    Bjos...

    Renata Chimello - Araçatuba - SP.

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  38. Renata, claro que não fico brava. Nem poderia, futebol tem que reunir as pessoas, não afastá-las. Cada um com suas preferências, preservando valores muito mais importantes, como amizade, carinho e cordialidade. Perdoe-me se passei a impressão de ter ficado zangada.

    Um abraço,

    Nivia

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