sexta-feira, 4 de março de 2011

QUINTA-FEIRA, 3 DE MARÇO DE 2011



No começo dos anos 70, o rádio AM estava incluído entre as instituições consideradas subversivas, mas sua popularidade e credibilidade continuavam intactas. A juventude ouvia as emissoras AM, mesmo tendo o rádio FM, que surgiu em 67, como segunda opção. Os meios de comunicação do Grande ABC sofriam influência direta da imprensa da Capital Paulista, devido à proximidade territorial, tanto que possuía, naquele tempo, apenas quatro emissoras de rádio em sete das suas cidades, duas delas, Rádio Emissora ABC e a Clube, em Santo André. A Rádio Diário, antiga Independência, estava em São Bernardo e a Cacique, em São Caetano. Na década de 70, a região do ABC Paulista era uma das mais ricas do país, detinha praticamente a totalidade da produção nacional de veículos. O sonho de muitos trabalhadores era estar empregado numa grande empresa metalúrgica da região.

Neste clima favorável, a Rádio Clube, onde eu estava a espera de conseguir meu primeiro emprego, depois que cheguei do interior, tinha um bom faturamento e liderava, ao lado da Rádio Diário, a audiência na região. Subimos alguns degraus até chegarmos às instalações da Rádio Clube, no primeiro andar de um prédio localizado na Rua Coronel Oliveira Lima, próximo ao Largo da Estátua, centro da cidade. Não havia elevador. José Astolphi mostrou todas as dependências da rádio antes de entrarmos em sua sala. Percebendo que melhor seria deixar-nos a sós, meu tio Ivan inventou uma desculpa qualquer e despediu-se do diretor e sócio da rádio. Conversei durante alguns minutos com Astolphi, contando sobre as experiências que tive em rádio. Ele nunca me encarava, parecia até que nem estava ouvindo. Mantinha a cabeça baixa, ar debochado (com o tempo notei que era esse mesmo seu jeito, nada mudaria), até que se levantou e convidou-me a fazer um teste.

Seguimos para um estúdio de gravações especiais, desocupado naquele momento, onde nos esperava um senhor de óculos, pouco mais de 1,50 de altura, operador de som da Clube. Chamava-se Simão, uma simpatia. Seria ele o responsável pela gravação do teste. O diretor da rádio entregou-me um texto, em português, nada de outros idiomas e desejou-me boa sorte. Enquanto eu desempenhava o meu trabalho no estúdio, Astolphi conversava com Simão e gesticulava sem parar. Deixei de olhar na direção onde estavam, poderia ficar nervoso e colocaria tudo a perder. Terminei a gravação e saí do estúdio. Simão não se conteve, e mesmo com o olhar de reprovação do diretor da rádio, exclamou: “o menino é bom demais”. Voltamos para a sala de Astolphi e recebi a proposta que não esperava.

Para começar, teria um programa somente aos sábados, no período da tarde e durante a semana seria o responsável pela redação dos noticiários daquela emissora. Claro estava que o meu papel seria cobrir a folga no fim de semana do locutor do horário e assumiria a responsabilidade de redigir os noticiários da rádio, que estava carente no setor. Levantei-me para recusar a proposta, tinha pouca experiência como redator de notícias, quando um vozeirão se fez ouvir na sala. Um sujeito bonachão, alegre, invadiu a sala da direção e entregou uma pasta ao Astolphi, que agradeceu. Em seguida, esticou a mão em minha direção e se apresentou: “como vai, eu sou o Lombardi”. O nome nada significava para mim, afinal, quem era o tal Lombardi? Um locutor da Clube, isso era certo, pela voz clara e possante. Astolphi percebeu minha dúvida e esclareceu: “Luiz Lombardi apresenta um programa em nossa rádio, é o chefe dos locutores da TV Globo e participa do programa do Silvio Santos naquela emissora. Tomamos um café, esperei o Lombardi sair e perguntei ao Astolphi quanto eu ganharia se aceitasse a sua proposta. Era um bom salário, além do registro em carteira. A ideia de recusar a oferta desapareceu, assim que soube quem era Luiz Lombardi. O futuro mostrou que eu estava certo.
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Fui encaminhado até a uma pequena sala, nos fundos dos estúdios da rádio, onde havia um enorme gravador, aparelhos de rádio, mesa e uma máquina de escrever Olivetti (foto). Seria ali o meu local de trabalho durante a semana e a minha função, gravar os noticiários das grandes emissoras, principalmente o Jornal da Jovem Pan, onde Antonio Del Fiol, sócio de Astolphi, era o apresentador. Depois passaria para o papel as principais notícias e as levaria para o locutor- noticiarista, na época Marcio Santos. A primeira semana foi um desespero, imagine só deixar pronto um noticiário de hora em hora, sem atraso! Com sacrifício e apanhando, dei conta do recado, contando com a ajuda do Marcio Santos, que se transformou numa grande amigo que tive naquela emissora. O outro, Reinaldo Nascimento, operador de som, que mais tarde seria também meu companheiro na Rádio Diário do Grande ABC.

Sábado, o dia da apresentação do meu primeiro programa na rádio. O operador de som era o Reinaldo Nascimento, mais tarde apelidado pelo Jurandir Martins, repórter esportivo da Rádio Diário, de “Bisão”. Para quem não sabe, bisão é um dos grandes mamíferos ruminantes da mesma família do boi e da vaca. Pode chegar a quase quatro metros de comprimento e pesar mais de uma tonelada. Tem os olhos vesgos e da cor marrom, daí o apelido colocado pelo Jurandir em Reinaldo. Percebendo meu nervosismo na estréia, Reinaldo Nascimento procurou tranquilizar-me e deu enorme força para o sucesso do programa, que passou a ser um dos líderes de audiência da emissora. Era isso que pretendia Astolphi. Preparar-me, para depois que eu estivesse adaptado ao esquema da rádio, poder oferecer um programa diário. Não tinha ainda total confiança naquele “menino”, como sempre fui chamado por ele. Quando queria falar comigo, gritava para o “Joãozinho”, Office-boy da rádio. “vá à redação e peça para o menino vir aqui, agora”.
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Já acostumado com o noticiário, eu não mais gravava e copiava as notícias de outras emissoras para levar ao ar. Passei a manter contato com a Polícia Militar, Bombeiros e delegacias. Notícias "frescas" da região eram levadas ao ar, aumentando com isso a audiência da Clube. As poucas notícias de fora, eu as modificava, não o sentido, mas o texto. E criei um modelo para anunciar a temperatura que Del Fiol, mais tarde, introduziu na Jovem Pan, com real sucesso. Ao invés de, “tempo ruim, chuva e temperatura registrando tantos graus”, comum em todas as emissoras de rádio, eu escrevia: “use guarda-chuvas ou sombrinhas, vai chover hoje em São Paulo e na Região do ABC Paulista. Previna-se e agasalhe-se bem, promessa de vento e frio”. E assim era com o trânsito e outras informações de utilidade pública. O sucesso na redação desta rádio levou Del Fiol a prometer que eu teria uma vaga na Cásper Líbero, para cursar jornalismo, no próximo ano...
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*Edward de Souza é jornalista, escritor e radialista.
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*Em virtude das festividades do Carnaval, o quinto capítulo da série “O dia em que gravei o Jornal Nacional”, será apresentado apenas na próxima quarta-feira de cinzas. Mas, nossa programação continua, com o blog sempre atualizado.
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37 comentários:

  1. Bom dia amigos (as)...
    Sempre com um pouco de atraso, normal diante das dificuldades que surgem inesperadamente, entre elas até o corte relâmpago de energia. Segundos, talvez, mas o suficiente para deletar todo o trabalho pronto. Assim vamos, mas nos esforçando para postar a série que prometemos escrever. Ficamos devendo a foto do nosso querido amigo Reinaldo Nascimento. Como brincadeira, sei que ele não vai ficar chateado, eu o conheço bem, postamos a foto de um Bisão, espécie de um touro selvagem, em extinção, criatividade do repórter esportivo Jurandir Martins, que assim apelidou o nosso Reinaldo. Pior, ele atende se for chamado pelo apelido.

    Na sequência desta série, alguns fatos cômicos ocorridos na Rádio Clube entre eu e Reinaldo, um deles incrível, quando fomos obrigados a escalar um muro até o primeiro andar, para colocarmos, num dia de sábado, a rádio no ar. Como tenho feito nos capítulos anteriores, na medida do possível vou respondendo as perguntas que possam surgir. Deixo meus agradecimentos aos velhos e novos amigos e amigas pela presença e pela força que estão dando a nós nesta série. Registrou-se, neste capítulo anterior, o terceiro, mais de mil visitas ao blog, fato que se não estiver enganado, ainda não havia ocorrido.

    Um forte abraço!

    Edward de Souza

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  2. Gostei do texto.
    Os teus textos são sempre muito interessantes de se ler.
    Uma boa quinta
    Beijos

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  3. Olá Meus amigos

    Bom dia


    A odisséia do Edward de Souza continua! Até um bisão aparece nesta magnífica narração. Ainda bem que não era o “minotauro”, da mitologia grega.
    Meu amigo/irmão começou vencendo graças a sua ousadia e competência. Uma trajetória vencedora que culminou com sua aposentadoria e volta a suas origens na cidade de Franca.
    Um jornalista nunca se aposenta na verdade. Com olhos e ouvidos atentos continua a transmitir suas impressões do cotidiano e até se aperfeiçoando na arte de escrever.
    Assim temos o jornalista, cronista, poeta, articulista, escritor... E acima de tudo um grande amigo.

    Um abraço a todos

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  4. Bom dia, J. Morgado, faltou o ... Radialista. Gostaria muito de ouvir a voz do Edward e vou deixar aqui uma sugestão para ele. Consiga uma gravação e coloque no blog, Edward. Todos nós vamos poder ouvir a sua voz, já que não encontrou a gravação do Jornal Nacional...

    Como as coisas acontecem sem a gente esperar. Você estava recusando a redação da rádio, queria o microfone e pelo seu relato de hoje, tomou gosto pelos dois. O jornalista, pelo jeito, foi por um acaso. Está cada vez melhor a série, com muitas curiosidades, entre elas o Lombardi, rosto misterioso do Silvio Santos. Já nem tanto, com as fotos publicadas, aqui mesmo no blog, por ocasião do seu falecimento. E agora essa, neste quarto capítulo.

    Bjos, Edward, linda demais a série!

    Carol - Metodista - SBC

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  5. Olá, Edward, que bom acompanhar toda a sua história, desde o comecinho, os desafios, o sucesso!
    Parabéns pela série, está ótima e nos traz tão boas lembranças. Hoje, ao ver a foto do Lombardi, lembrei-me do tempo que ele ia na Sandrecar (qual era a rádio que havia em frente, ao lado da Antarctica?), e já chegava brincando, com aquele vozeirão inconfundível.
    beijo

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  6. Olá Ilca, era a Rádio Emissora ABC, que ficava na Rua Tatuí, onde eu trabalhei também com ele, vou tocar neste assunto mais a frente. Essa Rádio hoje chama-se apenas Rádio ABC e está na Avenida Pereira Barreto, Santo André, quase divisa com São Bernardo.

    Obrigado, querida amiga, que bom saber que vc acompanha a série!

    Aproveitando. Carol, vou ver se posso atender sua solicitação, O.K.? Obrigado pela força de sempre!

    Edward de Souza

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  7. Coitadinho do Reinaldo Nascimento, Edward. Você está devendo publicar uma foto dele, não do "Bisão" (rsrsrsrsrsrsrsrs), já que hoje publicou a foto do seu famoso tio, que carregava uma pasta com chumbo dentro (rsrsrsrsrsrs). Está ótima a série e as bruscas mudanças em tudo o que você planejou. Para melhor, ainda bem. Estou adorando.

    Bjos,

    Andressa - Cásper Líbero - SP

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  8. Oi Edward, criatividade... Esta a palavra que fez a diferença e o marcou como um grande profissional. Assumindo uma função - redator - que não tinha o mínimo conhecimento, em pouco tempo mudou o noticiário da rádio. Essa criatividade, somada ao esforço e vontade de vencer traduziu-se numa palavra grandiosa: sucesso!

    Parabéns, querido amigo, continuo achando maravilhosa esta série.

    Beijos,

    Liliana Diniz - Santo André - SP

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  9. Sempre tive a curiosidade de saber como era o Lombardi, não tinha ainda visto sua foto, esta é a primeira. Bem diferente do que eu imaginava. Nem mesmo quando faleceu vi a foto como essa, apenas o caixão com o Silvio Santos ao lado. Eu faço jornalismo, Edward, e também temos aulas sobre rádio, mas penso que isso não é tudo se a pessoa não tiver o dom, não é? Depois disso a prática, essa a parte mais difícil, só contratam profissionais com experiência comprovada em carteira. Pergunto: como ter experiência se não nos dão emprego?

    Estou acompanhando e achando linda a série e de interesse para nós, estudantes.

    Beijinhos

    Francine - SBC

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  10. Este comentário foi removido pelo autor.

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  11. Edward, estou exausta de tanto vir ao blog pela manhã e nada... Enfim, encontrei o quarto capítulo. Se for comentar tudo o que li de interessante, não haverá espaço suficiente. Fico apenas no teste que vc fez para locutor. Acabou sendo engraçado. Devia ser da pá virada, o tal diretor, mas bom caráter, pelo menos não encheu o texto com vários idiomas, como fez o pilantra da Rádio América. Só que, depois de todo o seu esforço para arrumar uma vaga como locutor, eis que o Sr. Astolphi lhe oferece uma de redator (rsrsrsrsrsrsrsrs). Desculpe-me, não há como não rir. Deveria testá-lo na redação, não é mesmo? Como deu tudo certo, melhor deixar de lado. Maravilha seu relato.

    Bjos,

    Gabriela - Cásper Líbero - SP

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  12. Edward, que exagero, coitado do Simão. Onde já se viu dizer que ele tinha 1,50 de altura... Não alcançaria a mesa para colocar os discos, deste tamanho. Mais uma coisa, você pagou feio, ter descido a lenha no Astolphi no capítulo anterior. Mal encarado, usando terno que pertencia a um defunto maior que ele e hoje, ainda por cima, chamando o pobre homem de debochado. Foi por isso, lendo os seus pensamentos, que ele o fez gravar o teste e quando você esperava ser convidado a ser locutor, lhe ofereceu a redação da rádio (kkkkkkkkkkk).

    Brincando um pouco, Edward, sei que não liga. É que está o maior barato esta série, imperdível. E obrigado por esclarecer ontem que a recepcionista da Rádio América era loirinha. E o resto, não vai contar?

    Abçs

    Juninho - SAMPA

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  13. Querido amigo Edward de Souza, confesso que estou lendo mais esse capitulo como se estivesse assistindo um filme e torcendo pelo sucesso do mocinho.
    Uma linda trajetória como essa, jamais poderia ficar adormecida nos porões da consciência.
    Ganha o blog, ganham os seguidores desse blog e ganham também os estudantes de jornalismo que por ventura possam usar esse seus exemplos de vontade e perseverança, para continuarem seguindo em frente rumo aos objetivos compensadores do sucesso em fazer aquilo com veemência no que desejam.
    Parabéns ilustre amigo, fico na torcida de um final feliz.

    Padre Euvideo

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  14. Depois de ler mais este capítulo maravilhoso que escreveu, Edward, resta-me repetir a frase que deixei ontem, capítulo anterior: "Deus escreve certo por linhas tortas". A forma como a água corre para o rio neste seu relato impressiona. Tudo vai contra os seus planos, até que no frigir dos ovos, acaba lhe beneficiando, como o teste para locutor que o transformou em redator. Sempre que termino a leitura de um destes capítulos de sua série, fico emocionada, creia!

    Bjos,

    Daniela - Rio

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  15. Oiê, amigos (as)...

    Nos relatos, claros e sucintos, nosso irmão Edward vai clareando uma história de vida profissional. Dos personagens do capítulo desta quinta-feira a maioria fiz parte de nossa trajetória na Rádio Diário do Grande ABC, onde o Edward também militou com brilhantismo por mais de 20 anos. O filho de José Astolphi, Toninho AStolphi, foi chefe dos operadores da Diário, Márcio Santos foi lucutor noticiarísta da Diário e Reinaldo Nascimento (operador de som) ficou mais de 30 anos e nos ajudou a apagar a luz quando a Diário fechou. O Luiz Lombardi dispensa apresentações pois sempre foi nosso amigo e, inclusive, esteve em nossa residência uma semana antes de falecer. O Jurandir Martins, repórter esportivo, trabalhou conosco na Diário por cerca de 17 anos. De todos, apenas o Lombardi não foi nosso companheiro de emissora e o único que já partiu pra outra.
    A lembrança, caro Edward, em boa hora nos emociona já que relata uma história de vida com vários e inequecíveis personagens. Sei que vais chegar lá.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  16. Edward, acompanhando essa série linda, lembrei-me do ensinamento de Francis Bacon: os milagres surgem na adversidade porque a virtude da adversidade é a fortaleza. Foi seu caso, lutou e correu em buscas dos seus sonhos e conseguiu torná-los realidade. Estou apaixonada pela série e aprendendo muito com você.

    Bjos

    Giovanna - Franca - SP

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  17. Olá amigo jornalista, radialista e escritor Edward de Souza.
    Estou acompanhando suas memórias nessa nova série do blog e concordo com alguns comentários: são realmente atraentes os fatos relatos por você e a gente não consegue deixar de ler a sequência. Ainda bem que permanece no computador por algum tempo. Está certo o nosso amigo Morgado: um jornalista nunca se aposenta de verdade. Prova disso é o próprio J. Morgado e o nosso amigo colunista Edward de Souza, sempre atentos: vendo, ouvindo e escrevendo. Nós, eu, mesmo modesto, me incluo, nunca paramos de ler jornais, revistas, livros, e de ouvir, ver, escrever e publicar. Estou de olho, e claro, gostando demais desta série, parabéns, amigo!

    Saudações,

    Hildebrando Pafundi, escritor e jornalista.

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  18. Amigos do blog de ouro,boa tarde.
    Edward,sua história de vida já tem um lindo começo.
    Acompanho diariamente em "nosso" blog os capitúlos mostrando toda sua força de vontade e seu espirito de VENCEDOR.
    Abraços amigo.
    Abraços aos demais companheiros participantes.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  19. Promessa de mais emoções nesta sua série.Abraços e um ótimo feriado!!!

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  20. Edward, voltei para fazer uma reclamação, aceita? Algumas horas depois de ler o conto e comentar foi que caiu a minha ficha e vim confirmar no rodapé do texto. Você vai ter a coragem de nos deixar até quarta-feira de cinzas sem ler a sequência da sua série? Poderia postar pelo menos o quinto capítulo, ou está cansado de escrever?

    Beijos

    Gabriela - SP

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  21. Continuo acompanhando a série, Edward. A cada capítulo surgem novos personagens e fatos outros. Não sabia que o Lombardi havia trabalhado em rádio do ABC, para mim sempre esteve com o Silvio Santos. Como já foi comentado, também achei muito engraçado você fazer um teste para locutor e receber um emprego de redator.

    Peninha que só na quarta-feira de cinzas vamos ler o quinto capítulo, mas entendo, muitos viajam no Carnaval e não vão poder acompanhar a série postada no dia. E você também deve viajar, claro, afinal, não é de ferro. Está ótima a série, parabéns pelo texto irrepreensível.

    Bj

    Vanessa – Campinas - SP

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  22. Vanessa, depois de muito pensar, cheguei a uma conclusão. O Senhor Astolphi ofereceu um emprego ao Edward de redator, depois do teste para locutor, por um motivo simples. Um homem que fala bem, com a pronúncia correta, certamente escreve bem, óbvio. Era um gênio esse diretor da Rádio Clube e mal compreendido. Só queria saber o que ele carregava nos bolsos do paletó. O Edward calcula que a bolsa do tio tinha chumbo, de tão pesada, pode ser que era mania na época e o Astolphi também carregava chumbo nos bolsos.

    Gente, está tão gostoso ler a série do Edward, que sai do sério hoje e entrei nas brincadeiras. O texto do Edward tem disso. Comove, faz rir, pensar, chorar. Incrível a facilidade que tem para escrever histórias. Vai mesmo ser difícil esperar quarta de cinzas para ler o quinto capítulo, Gabi.

    Bjos a todos!

    Tatiana - Metodista - SBC

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  23. É preciso ressaltar que tivemos, no início do capítulo de hoje, uma aula sobre o nosso querido ABC nos anos 70, quando eu ainda nem sonhava em nascer. Um verdadeiro Eldorado que aos poucos foi se esfacelando, sob a batuta de Lula e suas greves, muitas inconsequentes. Assim ficou famoso, às custas dos trabalhadores, chegando mais tarde a presidência do Brasil. Muitas indústrias desapareceram da Região e São Bernardo ficou com o pior pedaço. Favelas e mais favelas e muita violência espalhada por todos os cantos por causa do tráfico de drogas. Triste isso, mas uma real sequência ao relato do Edward no começo deste capítulo.

    Bjos

    Tatiana - Metodista - SBC

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  24. A modernidade, ao colocar em cena o hedonismo, desloca o conceito de felicidade para a obtenção do prazer supremo. Felicidade é mais que isso (ou menos, dependendo do ponto de vista). Felicidade é quando um desejo ajusta-se, harmoniza-se, reconhece-se e abandona o individualismo a fim de um projeto que associa vida pessoal, social e profissional. Muito bom, Edward. Bjs!

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  25. Atualizando algumas respostas, visto que passei o dia escondido, faz frio e chove muito. Recomeçando pela Andressa. O amigo-irmão Oswaldo Lavrado já está providenciando, Andressa, no quinto capítulo você vai ver a foto do "Bisão", ou seja, do Reinaldo Nascimento. Do "Bisão" já viu hoje. Pergunto eu a você. Alguma vez ouviu falar em "Bisão"? Quanto ao chumbo na bolsa do tio, nada mais que uma brincadeira, mas carregava processos aos montes, todos já vencidos, para mostrar que estava dando um duro danado como chefe da fiscalização da Prefeitura (hahahahahaha).

    Liliana, fico feliz com sua presença, obrigado pelo carinho, amiga!

    Francine, nossa nova amiga, eu não diria ter o dom, mas força de vontade de fazer o que gosta, isso é o suficiente. Quanto ao primeiro emprego, lutam para que isso acabe e não dão jeito. Esse um ano de experiência deveria ter sido sepultado faz tempo. O novo não arruma trabalho porque não tem experiência, o velho porque tem experiência demais. Difícil.

    Gabi, o Astolphi, quando agiu daquela forma, foi por indecisão. Na dúvida, quis ouvir minha voz primeiro, mas já tinha em mente que me empurraria a redação do jornalismo. Mais a frente você vai ver que ele tinha planos comigo para a locução da rádio.

    Juninho, o Simão era tão pequenino que ficava em pé para trabalhar e só se via o topete dele, lá do outro lado, no estúdio. Já disse ontem Juninho, não teve resto neste caso da recepcionista. Valeu a brincadeira em relação ao Astolphi. Mas ele vai ainda pegar no meu pé de uma forma de assustar, Deus meu. Aguarde!

    Padre Euvideo, bom amigo, obrigado pela força. Estamos esperando o novo conto seu.

    Daniela, também penso que Deus escreve certo em linhas tortas. Você é maravilhosa sempre.

    Amigo-irmão Oswaldo Lavrado, foi bom estes esclarecimentos, citando inclusive os nomes dos nossos bons amigos da época. Senti muito a partida do Lombardi, jovem ainda. Tem muitas histórias com ele nesta série. Devo muito ao Lombardi. Você, Lavrado, é um dos poucos que pode conferir esta série e dizer se está ou não correto o relato feito.

    Giovanna, que linda frase, menina. Obrigado pela sua presença sempre.

    Pafundi, bom e velho amigo. É por aí, nada de parar, enferruja. Vamos em frente.

    Admir Morgado, você sabe que eu tenho por você grande estima. Sei que passou bons e maus bocados nesta vida, mas sempre lutando em busca da vitória. Tem hoje seu cantinho gostoso na praia, curtindo a natureza. Merece!

    Volto na sequência...

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  26. Gabi, em seu retorno você voltou com tudo e dei boas risadas. Você não está lendo um conto, mas sim uma história real. Sei que sabe disso e deve ter se trocado as bolas na hora de comentar, sem problemas. A série reolví continuar apenas na quarta de cinbzas porque no Carnaval muito viajam, outros ficam em casa vendo desfiles pela TV e também para um breve descanso de todos nós. Cansado de escrever nunca. Escrever para mim é um prazer. Para você ter ideia, nestes dias de postagens da série, ainda escrevi vários contos, um deles para o livro que sai na proxima semana. Estes sim, contos, viu Gabi? Beijos...

    Vanessa, o Lombardi sempre trabalhou e morou em Santo André. Primeiro na Rádio Clube, depois na Rádio ABC. Nestas duas passagens dele eu estava junto. Saiu da Clube e me levou para a ABC e depois para a Globo, vai ler ainda nesta série.

    Tatiana, foi a participação mais engraçada do dia. Excelente tirada a sua, dizer que naquela época era mania usar chumbo nos bolsos. O Astolphi não era chumbo, depois, num próximo capítulo você vai saber o que era. Bom seu complemento sobre a Região do ABC Paulista. Infelizmente você trouxe a realidade, nua e crua desta que ainda é uma das regiões mais ricas do País.

    Renata Diniz, sempre atenciosa, escritora e também uma amiga querida, grato pela presença e pelas lindas palavras. Logo mais vou dar um pulinho em seu blog maravilhoso.

    Terminando, pelo menos por enquanto, um beijo para a Priscilla Cavazzotto, uma das primeiras a vir ao blog depois da postagem. Que bom que gostou do texto. Gosto também do que escreve em seu blog, viu Priscilla.

    Forte abraço a todos(as)!

    Edward de Souza

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  27. Continuo fazendo a mesma coisa, Edward. Antes de acompanhar o capítulo do dia, leio o anterior mais uma vez, assim entro na sequência da história. Bom ainda é ler suas respostas aos leitores, porque muitas dúvidas se resolvem com sua intervenção, isso é ótimo. A Liliana fez um belo comentário sobre o capítulo de hoje, citando sua criatividade para o sucesso na carreira. Eu acrescentaria também a ousadia, porque um jovem dificilmente toma a iniciativa de mudança num projeto sem consultar seus superiores. Você transformou o jornalismo da rádio com personalidade, sem pedir opinião e deu certo, de acordo com o que li. Estou gostando muito da série, seguida agora por outras amigas aqui de Ribeirão Preto, com receio de deixar comentários. Já disse a elas que aqui no blog ninguém morde, quem sabe criam coragem.

    Bjos, Edward, parabéns!

    Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP

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  28. Boa noite, Edward, outro capítulo excelente desta sua série e instrutivo. Eu, por exemplo, nem podia imaginar que o Rádio FM já tem tanto tempo assim. Se perguntassem a mim responderia que surgiu depois dos anos 80. Eis que você revela que o Rádio FM é de 67. Faz um bom tempo! Com atenção lendo todos os capítulos, percebí que você conseguiu ganhar outro pai ao se encontrar com o Senhor Astolphi. Pela forma do seu relato, era ele um homem de certa idade. Desengonçado, ranheta mas abriu as portas para você, não de uma só vez, mas aos poucos, como achou que seria melhor. Lapidou uma pedra bruta. Feliz você, Edward. Três pais para lhe orientarem em sua vida. O legítimo que lhe deu estudo e apoio, o tio que o acolheu e o terceiro que lhe encaminhou na profissão.

    Abraços

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP

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  29. Nada mais lindo ter uma história como a sua e saber contá-la. Continuo encantada com esta série, Edward.

    Beijos

    Talita - Unisantos - Santos - SP.

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  30. Meu mestre, Dr. Miguel Arcanjo, (renomado médico psiquiatra e professor de medicina na Universidade de São Paulo), encontra-se em Genebra, numa conferência mundial de psiquiatria. Noite passada, num momento de folga, acessou o blog do respeitado e brilhante jornalista Edward de Souza que escreve uma série fenomenal onde destaca o pensamento positivo, fé e perseverança para vencer na vida. Solicita o mestre que eu expresse meus pensamentos, usando a linguagem científica, a respeito deste tema que monopoliza a atenção de milhares de leitores e leitores deste blog.

    Muito bem. Começo deixando um recado. Todo cuidado com o pensamento é necessário. É ele que constrói a personalidade, o caráter e norteia a vida. Os benefícios do pensamento positivo foram comprovados até por cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. A maneira de ter bons pensamentos é sentir as coisas boas e deixar para o lado racional as ruins. É preciso ocupar a mente com sentimentos fortes e emoções. Para ter o controle dela é necessário visualizar, criar na mente imagens de coisas boas. Este processo é chamado de “emotização”. Emotizar é revestir de sentimentos aquilo que vai construir a mentalidade. o controle da mente é possível pela criação de quadros mentais emotizados. Para isso, basta criar imagens emotizadas, fixar em um ponto e procurar não se afastar dele.

    A Lei do universo, da atração não faz favores para ninguém. Se você mandar vibrações negativas o universo vai entregar o que pediu, assim como se você mandar vibrações positivas ele também entregará. O leitor deste blog do conceituadíssimo jornalista Edward de Souza, deve tomar cuidado quando pensar no que quer. A mente pode nos trair, gerando imagens e sentimentos diferentes do desejado. Quando isso acontece, o pensamento contrário tem grandes chances de ganhar. O caminho percorrido pelo pensamento para obter o sucesso deve seguir três passos para que a lei da atração, ou poder do pensamento positivo atuem. Primeiro, peça. Visualize em sua mente o objeto de desejo. Segundo, acredite. Confie naquilo que pediu, imagine o pedido se concretizando, sinta-o. Terceiro e último, receba. Se você passou pelas duas etapas corretamente, receberá o que pediu.

    Seus desejos e ações nascem primeiro na mente. Se quer que as coisas aconteçam de um jeito diferente, na sua vida, precisa pensar de uma certa maneira, sentir aquilo que deseja e agir de acordo com tais pensamentos e emoções. Pode parecer simples, mas para céticos e especialistas, além de não podermos controlar tudo o que pensamos, seria cômodo ficarmos sentados pensando em coisas boas e esperando virem até nós. É aí que entra o esforço pessoal. Não é tão fácil termos tudo o que desejamos. Antes de realizarmos nossas vontades é necessário ter disciplina. Antes de tudo, identifique o que você quer. Dê atenção ao desejo e livre-se de toda e qualquer dúvida de que conseguirá atingir o objetivo. Este último passo é o mais difícil. Mas, não desista! O empenho é fundamental no processo, como fez o jornalista Edward de Souza para vencer na vida

    Atenciosamente,

    Dr. Sebastião Honório - Médico psiquiatra clinico e psicoterapeuta da USP, com experiência em várias áreas de atuação na especialidade. Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Especialização em dependência de drogas na Inglaterra. Título de especialista em psiquiatria pela ABP. Participação como ouvinte e palestrante em Congressos Nacionais, Internacionais, bem como cursos nos EUA.

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  31. Bom dia, Edward.
    Continua por demais atraente essa série que você escreve, mostrando que o trabalho exige esforço, determinação e paciência. Resultados positivos demandam tempo, mas cada etapa vencida, como a relatada neste capítulo, é uma grande vitória. Um exemplo maravilhoso você transmite, ensinando que é preciso sempre manter a chama da confiança e prosseguir com determinação, para um dia alcançar o sucesso.

    Um bom fim de semana!

    Michelle - Florianópolis - SC

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  32. Absurda, Edward, essa censura imposta ao rádio da época, conforme você conta no começo deste capítulo. Para um jovem, ainda inexperiente, cuidar da redação de um noticiário acredito que era uma barra, qualquer notícia divulgada que viesse a ferir a ditadura militar e um grande problema estaria criado. Jornais, através de leituras, tenho ciência dos problemas que enfrentaram com os militares, muitos até foram fechados, jornalistas presos e mortos, caso do Herzog na TV Cultura. Pode ser que você trate desse assunto nos próximos capítulos, gostaria de ler alguma coisa a esse respeito. Continuo seguindo essa série, mesmo não tendo comparecido ontem, devido a sérios compromissos. Muito bom o texto e os fatos narrados por você.

    Bjos

    Larissa - Santo André - SP.

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  33. Continuo na expectativa do próximo capitulo dessa maravilhosa série.
    Já estou escrevendo o conto “Derrubando avião a pedradas.”, caso verídico acontecido aqui na cidade de Franca na década de setenta aonde eu fui co-autor dessa façanha.

    Padre Euvideo.

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  34. Edward, ontem deixei um comentário, não sei o que houve, não está postado. Sem problemas, apenas para dizer que eu e minhas amigas continuamos a seguir a série e estamos adorando.

    O que será que o Padre Euvideo vai aprontar! Deve ser engraçada essa história, vamos ver...

    Bjos, bom fim de semana!

    Priscila - Metodista - SBC

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  35. Querido Amigo
    É interessante acompanhar-te na tua ascenção. Fiquei nervosa quando aguardavas respostas e decisões e vibrei com o teu sucesso"menino"!!
    Tenho de te dizer que eras ( e és) uma cara bonita e um rosto simpático torna-se muito mais positivo quando se vai á luta... Espero ansiosa o desfecho deste caminho glorioso ( que não vai terminar nunca quando se quer continuar actualizado).
    Bj e bom Carnaval.
    Graça

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  36. Ah, desculpa pelo atraso a ler! Mas sempre passo aqui para me atualizar! Afinal, adoro seu blog!
    Ah, e espero o outro capítulo! *-*
    Beijos

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  37. Edward, já tentei várias vezes escrever um comentário, mas nunca vai, nao sei se conseguirei nesta.
    Estou encantada com sua memória, me emociono com toda sua história, pois sei que foi tudo verdade. Lembro qdo
    eu e nossa mae te deixamos na rodoviaria e esperavamos o cometa partir com voce para Campinas. Veio um senhor que saiu de dentro do onibus e falou para nós, de quem é aquele mocinho que chora sem parar? Minha mae disse..é meu filho, mas ficamos com o coraçao partido, e
    dissemos, nao vamos lá porque vai ficar pior,porque eramos duas "manteiga derretidas". E fariamos vc chorar mais. Bjs.

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