sábado, 20 de novembro de 2010

SEXTA-FEIRA, 19 DE NOVEMBRO DE 2010


Ultimamente tenho ouvido muito a palavra cremação quando se trata de dar fim aos mortos. Aliás, os fornos crematórios têm crescido muito na Europa e no Brasil nos últimos dez ou doze anos. Segundo o Serviço Funerário de São Paulo, em 1995 houve quase 3000 cremações e em 2007, o número saltou para quase seis mil. Em 1997, havia apenas três crematórios, em 2007, esse número aumentou para 23 espalhados pelo país (fonte, Folha de São Paulo-24/02/2008). Acredito que neste ano de 2010, os estabelecimentos que se dedicam a esse mister já aumentou consideravelmente.

Nos Estados Unidos e na Europa, somam-se as centenas as instituições dedicadas a queimar os mortos e colocar as cinzas em pequenas caixas ou vasos. No Brasil, a cremação é regulada pela Constituição. Quem quiser ter o cadáver reduzido a pó precisa deixar essa vontade devidamente registrada, com documento assinado por testemunhas e reconhecido em cartório. Em São Paulo, no Crematório de Vila Alpina, o serviço é 100% gratuito apenas se a pessoa for doadora de órgãos e tiver falecido na cidade. Do contrário, é preciso pagar taxas a partir de R$ 300,00.

Este intróito informativo é apenas para dar início à questão cremar ou enterrar segundo as convicções religiosas de cada um. O costume da cremação é milenar, surgiu na Idade da Pedra em grande parte da Europa. Foi praticado no início do cristianismo e durante muito tempo prevalecia entre as civilizações de então. No mundo ocidental, por volta do século 10 a.C., os gregos já queimavam em fogo aberto corpos de soldados mortos na guerra e enviavam as cinzas para sua terra natal. No Egito praticava-se a mumificação e na Judéia, enterravam os corpos em tumbas; na China, realizavam sepultamentos em terra.
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Surgem sempre muitas dúvidas quando o assunto cremação é posto diante da religião. Os judeus, por exemplo, acreditam que o corpo não pode ser destruído, pois a alma se separaria dele lentamente durante a decomposição. Já a maioria das religiões aceita a prática da cremação. O catolicismo faz parte dessa maioria (apesar de sacerdotes conservadores), tanto que o Vaticano a reconheceu como prática em 1963, em documento oficial na Instituição. “Entretanto, de si, a cremação não é boa nem má, podendo mesmo ser utilizada como necessidade em casos de peste, de catástrofes, nas quais a corrupção lenta de um grande número de cadáveres pode ser perigosa para a saúde (exalações pestilenciais, contágio, etc.”, diz representantes da Igreja.

“Nada tão certo quanto à morte” é um dito popular de uma verdade concreta. Vejo pessoas que passam a vida inteira com medo do desenlace final. Qual a razão? É provável que a resposta esteja no excesso de materialismo ensinado pelas religiões durante séculos. Nos cemitérios, túmulos suntuosos e outros nem tanto. Outros, em uma simples campa. Qual o destino desses cadáveres que estão destinados a corrupção e a ser devorados por vermes? Garanto que títulos pomposos e riquezas não livrarão ninguém da frase bíblica “do pó vieste, ao pó voltarás”. No caso da cremação, o destino é o mesmo. Acho até que seria mais higiênico.

As religiões acreditam na vida após a morte. Divergem apenas de como seria a existência em outra dimensão. Muitos, no caso da religião católica e outras evangélicas e protestantes (cristãs), acham que os corpos decompostos serão revividos após o Juízo Final, pois acreditam na Ressurreição. Outros acham que o fogo purificará o espírito e os fará reviver em paraísos celestiais.

E o Espiritismo? Uma doutrina codificada por Allan Kardec (foto) a partir de 1857, com a introdução do Livro dos Espíritos e seguidos por outros quatro. “O espiritismo não proíbe a cremação de cadáveres, mesmo porque nada é proibitivo no Espiritismo, pois é uma doutrina de liberdade, mas antes de tudo, uma doutrina de conscientização. Recomenda, todavia, muita cautela para aqueles que venham adotar o procedimento da cremação de cadáveres, em substituição a inumação (sepultamento)”, diz Freddy Brandi.

No caso de pessoas muito apegadas à matéria, é possível, segundo muitos relatos de espíritos, que estas passem pelo suplício de “sentir” a decomposição do corpo. O espírito identifica-se de tal forma com a vida material, e é tão ignorante acerca da vida espiritual, que julga sentir corrupção no invólucro carnal, já imprestável e em processo natural de transformação. No caso de cremação, mesmo uma pessoa com o sentido da vida espiritual, caso ainda se encontre em estado de perturbação (morte súbita ou violenta, por exemplo) pode “sentir” o calor da fornalha. O corpo está morto, obviamente! Mas o espírito pode ainda não estar inteiramente desligado, e por isso, ao ver-se cercado pelas chamas, associa à sensação de queimadura e sofre. É de bom alvitre aguardar 72 horas antes da cremação.

Enterrar ou cremar, não importa. O que devemos entender, é como devemos nos comportar durante a vida terrena. Se nos associarmos às leis divinas, certamente teremos um desenlace ou uma volta para a espiritualidade de maneira serena e tranquila. É difícil eu o sei, mas não impossível. Não importa se o indivíduo é religioso ou não, o que vale é o seu comportamento durante o tempo que lhe foi conferido para seu aperfeiçoamento espiritual na Terra.
Os possíveis leitores poderão estar perguntando como procederia o autor deste artigo quando de seu desencarne? E eu respondo: provavelmente serei enterrado. Um túmulo (comprado há mais de 40 anos) me aguarda em um cemitério jardim.
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*J. MORGADO é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista? Só clicar aqui:
jgarcelan@uol.com.br
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45 comentários:

  1. Bom dia amigos (as)...
    O amigo-irmão J. Morgado traz outro texto interessante nesta sexta-feira que, tenho certeza, deve dividir opiniões. No final de sua crônica. Morgado conta que já reservou seu lugar num cemitério jardim há mais de 40 anos. Será, portanto, sepultado. Admiro pessoas que tomam atitudes assim. Evitam dar dor de cabeça para os familiares, muitas vezes obrigados a correr e até a implorar um lugarzinho para enterrar um ente querido no jazigo de um parente distante, que concede muito a contra gosto. Eu já vi inúmeros casos assim. Eu sou um folgado neste aspecto, confesso! Como sei que a família possui dois ou três jazigos na cidade, deixo correr, mas outro dia me deu vontade de adquirir um e devo fazer isso o mais breve possível, caso não resolva ser cremado. Meu medo é causar uma explosão no crematório e provocar uma tragédia depois de morto, cruz credo!

    Falando sério, ser cremado no interior não é uma tarefa fácil. Não existem crematórios por perto. O corpo tem que ser levado para São Paulo, como acontece vez ou outra por aqui. Pior, os cemitérios estão cheios e nenhum político se mexe para resolver este problema, implantando um crematório na cidade. E até entendo as razões. A influência das religiões, a relação cultural de "costume" com os enterros e a falta de informação são algumas delas. A cremação continua sendo rejeitada pela população, isso está mais que provado. Pesquisem nas rodinhas e irão constatar que tem um baixo percentual de aceitação. Mas é a solução para o futuro, com tantos problemas hoje encontrados com a superlotação dos cemitérios. Sou até a favor de que cada cidade tenha um crematório público, assim, até indigentes poderiam ser cremados sem passar por "constrangimentos".

    J. Morgado cita em seu texto que a maioria das igrejas concorda com a cremação, inclusive a Igreja Católica, menos os judeus. Eu completo. São os judeus ortodoxos e também os muçulmanos. Esses não aceitam a cremação por acreditarem que, se o corpo for destruído, a alma se separaria dele lentamente durante a decomposição. Isso está na crônica de J. Morgado. E mais essa que aprendi ao ler esse texto, da necessidade de se esperar 72 horas antes da cremação, ensinamento espírita. Problema, meu caro Morgado, é a conservação do corpo durante todo esse período. Só embalsamando, creio. Formol e outras drogas que usam, está provado, não segura mais que 24 horas. Neste caso, seguindo a doutrina espírita, vamos ser sepultados, assim nos livramos de sofrer a sensação de estar sendo queimado.

    Volto logo mais, abraços...

    Edward de Souza

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  2. Bom dia, J. Morgado!
    O Edward tem razão, uma crônica que vai dividir opiniões. A desinformação, para mim, pesa muito quando se tem que escolher entre cremação ou enterro. Se perguntarmos a uma senhora beata qual seria sua escolha, ela certamente faria o sinal da cruz e nem responderia, porque não acredita que a Igreja Católica autoriza a cremação, façam um teste. E a "Santa Igreja" seria incoerente, caso não concordasse com a cremação, até porque, na inquisição, queimavam não os mortos, mas os vivos, não é isso, J. Morgado e Edward?

    Na minha idade, isso não passa pela minha cabeça, ser cremada ou sepultada, nem na das minhas colegas, mas creio que deveríamos sim, pensar nisso, afinal, diz o dito popular, para morrer, basta estar vivo. Cremação é uma palavra forte e fica ainda difícil pensar nisso. Acredito que a maioria, se tivesse que escolher, certamente optaria pelo sepultamento. Eu faria esta escolha, tivesse que decidir isso agora.

    Gostei do seu texto, J. Morgado, explicativo, bem interessante, parabéns pelo tema, muito bem escolhido.

    Bom fim de semana!

    Giovanna - Franca - SP.

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  3. Excelente o tema desta sexta-feira, J. Morgado. Logo que terminei a leitura, lembrei-me de uma conversa com alguns colegas numa lanchonete, dia desses. Um dos meus amigos dizia, todo prosa, que depois de morto, tanto faz o que irão fazer com seu corpo. Dizia ele que, morreu, acabou. No entanto, pouco depois, quando o assunto passou a ser a cremação ou o sepultamento, ele saiu-se com essa: "queimar meu corpo eu não autorizo, isso não existe". Percebeu a incoerência, J. Morgado? Existe sim, um tabú quando se trata de escolher entre ser cremado ou enterrado. E quem ler a sua crônica e ver a última ilustração vai ficar ainda com mais receio. Mais de duas horas queimando numa temperatura acima de 1.300 graus assusta até morto. Mais uma coisa. Como sempre, muito protocolo. Frescura isso de ir ao cartório e arrumar testemunhas para poder morrer e ainda por cima virar churrasquinho. Só no Brasil!

    Abraços,

    Juninho - SAMPA

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  4. Olá Giovanna

    Bom dia

    Comentário inteligente e oportuno.
    Desfazer a lavagem cerebral a que as pessoas foram submetidas durante séculos é difícil.
    Para se livrar disso, é necessário obter opinião própria através do estudo consciente da história.
    Mas, estamos em um país que ainda elegem tiriricas e os votos são sempre visando interesses próprios (fisiologismo). Fazer o que?

    Um abraço linda menina

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  5. Voltei porque me esqueci de mencionar a frase mais engraçada desta semana. Só podia mesmo ser escrita pelo Edward: "Meu medo é causar uma explosão no crematório e provocar uma tragédia depois de morto, cruz credo!" (Hehehehehe). Conforme-se Edward, imagine o Lula sendo cremado então. Destruiria não só o crematório de Vila Alpína como também toda a Capital.

    Abraços

    Juninho

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  6. Olá J. Morgado, eu tenho pavor de fogo, não se tiver que escolher entre ser cremada ou enterrada, até porque, sabe-se que sete palmos abaixo da terra, nosso corpo vai ser devorado por centenas de insetos, entre eles as terríveis e nojentas baratas e aracnídeos como os escorpiões que proliferam pelos nossos cemitérios. Textos como esse seu é muito bom, serve até como orientação para muitas pessoas que acreditam que cremação é pecado. Alimentar insetos e colaborar para sua proliferação oferecendo o corpo como banquete é bem pior.

    Edward, você hoje levantou inspiradíssimo, estou rindo até agora de sua brincadeira. (rsrsrsrsrsrsrs).

    Bjos a todos,

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  7. Olá J. Morgado, realmente dados interessantes estes que apresenta nesta sua crônica de sexta-feira, principalmente sobre os judeus, que recriminam a cremação. De acordo com o Edward, também os muçulmanos, mas estes, acredito, em menor número aqui no Brasil. Fico imaginando como deve ter sido terrível para estes judeus, com a crença de que o corpo não pode ser destruído, pois a alma se separaria dele lentamente durante a decomposição, conforme seu texto, quando foram submetidos por Hitler a este castigo.

    De acordo com livro que li, no campo de Birkenau, as câmaras de gás queimavam meses a fio, mesmo estando no frio ou calor, cremando judeus, ciganos, deficientes, socialistas e até Testemunhas de Jeová. Para se ter uma ideia, mais de 6 milhões de judeus foram mortos, a maioria cremados vivos. Os fornos, relata a história, não mais davam conta da mortandade e os prisioneiros, quase todos judeus, eram obrigados a ajudar nesta monstruosa tarefa.

    Também concordo com você, J. Morgado, quando disse que a cremação é até um método mais higiênico, a Andressa acaba de citar as razões. O certo é que não nos acostumamos com a morte. Não a aceitamos de forma alguma, por isso, nem pensar em ser cremado ou ir para baixo da terra. Esse medo da morte acaba criando todo este tabú e nossas autoridades encontram dificuldades com a resistência da maioria, que não aceita a implantação de crematórios, muito menos ouvir a palavra ser cremado. Questão de cultura.

    Bom final de semana, parabéns pela crônica, J. Morgado!

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  8. Bom dia Juliano !!!

    Essa questão é polemica para quem tem conceitos enraizados pelo medo e desinformação (falta de conscientização).
    Se eu morrer e for enterrado, quem garante que não sentirei os vermes me comendo ou a descomposição? Se eu for cremado quem garante que eu não sentirei a quentura da fornalha?
    Sofrer por sofrer, já sofremos na carne mesmo, mas nem por isso procuramos resolver a causa do sofrimento, a dita ignorância, que é a causa de nossos males.
    Efetuar a amenização do problema com base no efeito, é posterga-lo...
    Além do mais, se o inferno é quente, quem garante que eu nã vá para lá, e se não for assado na ida, serei assado na estada? Não seria melhor ir me acostumando a quentura com a própria iniciação da cremação?
    Brincadeiras a parte, respeitadas as consciências e idéias de cada um, bem como as filosofias de vida, a cremação é medida sanitária da mais necessaria, visto as contaminações que causam os cemiterios horizontais, como lençois freaticos, solo, bacterias, etc...
    Mas é preciso se preparar e poucos tem se preparado para aquilo que é a única certeza da vida, a morte!
    O assunto nem sequer entra na pauta das reuniões familiares e vejam o que se sucede, familias inteiras passando maus bocados por falta de preparo para o dia funesto, que virá mais cedo ou mais tarde, mas que certamente virá!!!

    um abraço a todos!

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  9. Amigos do blog de ouro,bom dia.
    Mais um artigo controverso do mestre amigo Juliano Morgado, por sinal muito bem detalhado.
    Comigo não haverá problemas, ou melhór,com meu corpo após a mórte,porque já deixei explicito a familia que poderão "torrar" e depois espalhar as cinzas sobre
    o mar.Ésta é minha última vontade.
    A familia possui um jasigo em um cemitério de São Paulo (cemiterio da Penha)e o mesmo sempre tem alguma vaga,mas eu abro mão em vida do meu lugar náquele cemitério,onde já repousam muitos entes queridos.
    Tive na familia alguns tios e tias que após passarem desta para melhór, tiveram seus corpos cremados e suas cinzas seguiram para Buenos Aires na Agentina de onde éram originarios.Chique né ?
    Sei que os corpos permanecem no crematório da Vila Alpina as vezes até por quatro dias, mas nem todos, pois pelo que me foi informado,quando acendem o forno,já aproveitam e cremam vários corpos no mesmo dia.Esse o motivo de não ser cremado lógo quando chegam.Os corpos permanecem em geladeiras a espera do "lote" ser completado.
    Quanto a religião apoiar ou não,neste estágio da vida,não vou me preocupar ,pois o destino do meu corpo já está definido por minha livre escolha.

    Abraços Juliano Morgado, Edward e demais amigos do "nosso" blog.
    Tenham todos um ótimo final de semana.
    (a praia está linda e com muiiiito sól e calôr)

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  10. Eu não fiz a minha escolha para o depois, mas a escolha de antes é: viver de acordo com a minhas crenças e em plenitude.
    Ótimo fds!
    Bjs

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  11. Olá Juninho e demais comentaristas

    Bom dia

    Estou me preparando para devorar um bom peixe no forno.
    Enquanto não chega o momento, vamos aqui divagando. O que fazer com o meu corpo quando de meu desencarne (ou morte)?
    Se os familiares não quiserem me enterrar ou cremar, basta jogar o invólucro do espírito no meio-fio. Garanto que ninguém aguentará o cheiro e buscará um destino para a matéria podre. Não se arrepiem! Essa é a realidade que todos procuram ignorar. Daí, a importância de aprimorar o espírito que possui vida eterna.

    Um abraço a todos

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  12. Olá meus amigos (as)...
    Peço-lhes desculpas, não tenho a mínima intenção de disvirtuar esse interessante assunto escrito nesta sexta-feira pelo amigo-irmão J. Morgado, mas preciso lembrar que hoje comemoramos o Dia da Bandeira, vamos saudá-la no seu dia. O amigo escritor e jornalista Guido Fidelis, que também escreve neste blog, acaba de enviar um e-mail que gostaria de repassá-lo, acompanhem: "Ainda é tempo. Vamos saudar a bandeira. Olhe o símbolo augusto, como diz a canção, tremular ao soro maroto da brisa. E erga o seu estandarte. Todos nós temos um a indicar nossos rumos, a acolher nossos sonhos e dar a certeza de que podemos seguir adiante em nossos projetos de realizações. Há sempre a aragem da esperança à nossa disposição para navegar pelos mares desconhecidos".

    Um forte abraço...

    Edward de Souza

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  13. Aproveitando... Liliane, filosofia pura, parabéns. Giovanna, inteligente raciocínio; Juninho, cremar o Lula, nem pensar, as consequências seriam catastróficas; Andressa, gostei da expressão correta de aracnídeos para escorpiões, muitos o chamam de inseto. E como proliferam em cemitérios. Baratas, então... Gabriela, você foi fundo, lembrando o martírio de judeus nos campos de concentração. E disse uma verdade, sofreram em dose dupla com a cremação, parabéns;

    Morgado, o dever me chama, abraços...

    Edward de Souza

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  14. Encontrei no Google o endereço deste blog e me interessou ler o artigo assinado pelo jornalista J. Morgado. Muito bom, diria completo, com informações precisas. Gostaria apenas de tomar a liberdade de informar que a cremação não lança CO2 na atmosfera. É emitido CO em pequenas quantidades (menos de 100ppm). Deve-se lembrar que o corpo humano possui mais de 70% de água, portanto, pouco resta do corpo em si. A maioria dos gases lançados na atmosfera são resultantes da queima da urna de madeira, na qual o corpo é cremado, e da queima do combustível do forno, normalmente GLP. Com a tecnologia empregada hoje na fabricação dos fornos crematórios, o nível de emissão de poluentes é muito pequeno, tanto que a cremação não gera emissões visíveis ou odores. Sou responsável pela instalação de fornos crematórios em várias cidades do Brasil, inclusive os fornos em operação no Crematório de V. Alpina.

    Obrigado.

    Antonio Iglesias

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  15. Olá Amigos

    Como é bom ler comentários inteligentes e informações que completam a crônica ou artigo.
    O comentário de número 14, do Senhor Antonio Iglesias, foi muito elucidativo. Um profissional da área da indústria (ou prestação de serviço?) da cremação.

    Obrigado a todos.

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  16. Ôi J. Morgado, muito bom seu texto sobre cremação ou enterro. Lembrei-me, para ilustrar os comentários, que na Índia os dignatários daquele país são queimados em um lugar a céu aberto, numa pira, jamais em crematório elétrico, de acordo com o ritual hindu. Não faz parte do costume do hindu que a viúva participe da cerimônia de cremação, principalmente se for de outra religião. Os sacerdotes se negam a dar-lhe tal permissão. E a própria família é que prepara a pira funerária, com troncos de madeira de sândalo.

    Para se ver, J. Morgado, muito mais traumática essa cremação onde certamente fortes odores se desprendem do corpo do falecido, porque está a céu aberto, do que em fornos elétricos, onde hoje em dia, principalmente aqui no Brasil, a família tem tudo o que precisa, até uma capela para rezar. Já estive no crematório da Vila Alpina e pude ver tudo isso. Acontece que nossa cultura é outra e vai levar tempo até que a maioria possa aceitar a cremação.

    Bom fim de semana, parabéns pela postagem!

    Larissa - Santo André - SP.

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  17. Boa tarde, J. Morgado, percebo que a maioria fala muito em questão cultural para justificar a não aceitação da cremação por boa parte da população, como se isso fosse um atraso em nossas vidas. Não penso assim. A morte por si só é triste e fica ainda mais doloroso imaginar que o corpo daquela pessoa querida vai arder em chamas. Claro, também o é sabendo que irá se deteriorar na terra, mas isso nossos olhos não enxergam e, o que os olhos não vêem, o coração não sente. Acreditar que ensinamentos religiosos curam a dor de uma separação definitiva, é vago. Tenho sonhos e quero viver muito para realizá-los. Mesmo sabendo que a morte é uma certeza, não penso nisso constantemente e, quem o faz, deixa de viver bem cedo.

    Bjos a todos,

    Carol - Metodista - SBC

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  18. Olá Larissa

    Boa tarde

    Até pouco tempo atrás, as viúvas na Índia iam para a pira funerária juntamente com o falecido.
    Um costume bárbaro que foi abolido. Será que o foi?

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  19. Olá J. Morgado!
    Este costume não foi abolido, continua na Índia. Como eu disse acima, a viúva só não participa se for de outra religião, do contrário é cremada na pira funerária ao lado do marido. Normalmente as cinzas são jogadas no Rio Ganges, em Allahabade. Esse rio, eu diria que é sagrado para o povo da Índia, alguns hindus acreditam que uma vida não é completa sem um mergulho no Ganges pelo menos uma vez na vida. Muitas famílias hindus conservam um frasco com água do rio em suas casas, hábito que é considerado prestigioso, para que pessoas à beira da morte possam beber de sua água e se livrar de todos os seus pecados. Acreditam até, J. Morgado, que as águas do Rio Ganges tenham o poder de curar doenças.

    Abçs

    Larissa - Santo André - SP.

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  20. Boa tarde, J. Morgado!
    Aprecio muito as crônicas que você escreve aqui no blog do nosso glorioso Edward, que a partir de hoje ganhou o apelido, dado por ele mesmo, de "Homem-Bomba". O texto desta sexta-feira foi um dos melhores que você escreveu, isso em minha opinião. Estava lendo os comentários e o da Larissa chamou minha atenção, por causa dos costumes, para nós bizarros, dos hindus. Meu pai, quando a gente discutia em casa estes fatos estranhos que acontecem pelo mundo afora, certa feita perguntou para mim e meus irmãos o seguinte: "vocês sabem porque os meninos no Japão comem com palitinhos desde pequeninos?" E ante nosso espanto, respondeu sorrindo: "porque nasceram lá". Ou seja, cada povo com seus costumes. O nosso sempre foi ser enterrado e vai ser difícil mudar isso. Como você, comprei meu jazigo faz alguns anos, e espero a chamada do Todo Poderoso. Tomara que se esqueça de mim um bom tempo, ainda quero ver o Corinthians ser campeão da Libertadores.

    Meus cumprimentos, J.Morgado, um bom fim de semana.

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  21. Olá J. Morgado! Um texto preciso e de informações relevantes.
    Esse é um assunto que nos remete a reflexão de divergentes opiniões, mas aqui quero expor a minha: Ser cremada ou sepultada, eis a questão. Confesso que nunca pensei sobre, na verdade são poucos os chegam nessa 'maturidade', digamos assim, de decidir entre um ou outro.
    O que me importa agora, como citado por Morgado no texto, é como devo me comportar durante a vida terrena, afinal, é isso que tenho agora, é o que me serve de substância para continuar sempre.
    Quero é pensar no hoje, é me nutrir de coisas boas e de pessoas que me proporcionem um melhor entendimento sobre as coisas.

    Parabéns pelo texto.
    Sucesso sempre: )

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  22. Muito boa a crônica de J.Morgado. Como estou acostumada a participar dos comentários deste blog sempre pela manhã, estou estranhando ter encontrado tantos comentários já postados. Sobre o assunto abordado, tenho uma dúvida que pode até gerar polêmica. Quando uma pessoa é cremada, os responsáveis por isso (crematório), ficam com alguma coisa que mais tarde possa servir como prova para, digamos, uma exame de DNA? Existe uma lei que obrigue os crematórios a guardar o polegar de um morto, ou mesmo alguns fios de seu cabelo?

    Uma outra hipótese, já que hoje estou mais para Sherlock Holmes do que para uma estudante de letras e jornalismo. Um milionário que tem um seguro de bilhões desaparece. Encontram, tempos depois, um corpo em decomposição e familiares reconhecem como sendo do milionário e então autorizam a cremação. Surgem dúvidas amanhã, principalmente do seguro. Como encontrar provas, já que incineraram o corpo? Pra se pensar...

    Uma pessoa que é enterrada, mesmo depois de meses pode ser retirada de sua tumba e, por determinação da Justiça, passar por uma exumação, onde um simples fio de cabelo pode comprovar se ela é ou não pai de uma criança. Ou então, se foi assassinada ou teve morte natural. Exumações de cadáveres são hoje comuns. Muitos homicídios foram esclarecidos e milhares de paternidades assumidas com esta prática. Não sei, sinceramente, como procedem os crematórios e já fiz uma busca, nada encontrando a respeito.

    Um lindo final de semana!

    Tatiana - Metodista - SBC

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  23. Tatiana, você arrumou até para a cabeça deste velho jornalista e repórter de polícia. O Direito Funerário é uma cadeira do Direito pouco estudada no Brasil. E é preciso compreender que, cada estado tem uma lei específica sobre cremação. No meu entender, isso é errado, deveríamos ter uma lei federal estabelecendo as normas principais, deixando para os estados alguma cláusula a mais a ser acrescentada. Que eu tenha conhecimento, crematório nenhum, e são poucos no Brasil, podem cortar polegar nem arrancar fios de cabelos dos mortos antes da incineração. E imagine só uma geladeira cheia de dedos ou mesmo uma estante repleta de fios de cabelos num crematório. Ia ser uma confusão danada. Pra você entender melhor, Tatiana, existe três tipos de cremação: a cremação de cadáveres, a cremação de restos mortais humanos e a cremação de partes do corpo humano.

    O que é eu posso lhe garantir é que a cremação é um serviço no qual não se pode restabelecer seu estado inicial, anterior, podendo, portanto, gerar imensos prejuízos as partes de determinada ação ou processo. Como por exemplo, cremar um resto mortal objeto de uma ação de paternidade, ou cremar um cadáver objeto de Inquérito Policial ou de Ação Penal. Por isso, pelo fato de não ser possível restabelecer provas depois que uma pessoa é cremada é que é grande a burocracia em torno dos pedidos de cremação, principalmente de restos mortais. O assunto é longo e seria necessária uma matéria sobre isso, até porque existem também as causas da morte, fator determinante num processo de cremação. Também são três: morte violenta, causa indeterminada ou morte natural. Traduzindo para o português, Tatiana. Depois de cremado, acabou, nenhum prova pode mais ser encontrada. Pelo menos esta é a lei que temos em vigor.

    Beijos, você me deu trabalho hoje, mas trouxe com prazer estas explicações.

    Bom fim de semana...

    Edward de Souza

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  24. Atirem a primeira pedra aquele que é totalmente desprendido das coisas materiais desta ignota terra.
    Levar o “presuntão” para o forno crematório é o mesmo que assinar a sentença da segunda morte por incineração.
    A verdade absoluta é que se pular do espeto, cai na brasa!
    Se correr o bicho pega e se parar o bicho come!
    A notícia boa é que você tem duas alternativas post-mortem.
    A primeira é sentir as mordeduras dos vermes que vão te devorar com a voracidade da sua incompetência espiritual, adquirida pela sua trajetória cega e cheia de soberbas de achar que a Terra era o ponto final e ponto (.) “(Essa é para o Admir)”.
    E a segunda opção, é sentir o corpo ir derretendo de acordo com as generosas rajadas de gás inflamável que o sarcástico coveiro do inferno vai ministrando de acordo com o seu merecimento.
    A primeira opção pode demorar até uns cinco anos mais ou menos.
    Enquanto houver uma célula grudada no esqueleto, você sentirá a dor física da decomposição. Tudo de acordo com a vontade, e do conhecimento do espírito sofredor.
    A segunda opção é rápida, porem muito dolorida que pode levar o “espirtão” a uma inconsciência espiritual de dimensões catastróficas.
    Eu acho que a melhor opção, é se desprender de tudo que te apregoa na matéria.
    Só assim você sairá consciente do corpo físico e os grilhões que te prendem a carne serão facilmente desligados, livrando-te de toda agonia post-mortem.
    Vê se cria juízo meus filhos, a vida por si só, já é muito complicada.
    Aquela máxima “morreu descansou”, não funciona nem para os animais.
    A vida é uma eterna construção de nós mesmos.
    Cada tijolinho que conseguimos assentar nas paredes da nossa própria evolução é uma conquista inimaginável para o nosso bem estar futuro.
    A minha parede evolutiva ainda está só no baldrame, (na base ou no alicerce).
    Os tijolinhos para começar a levantar a parede que irá isolar a minha ignorância do meu eu, ainda nem foram para o forno na olaria divina, mas tenho certeza que tanto eu como vocês, seremos os melhores pedreiros que a natureza poderia um dia imaginar.

    Um excelente fim de semana a todos.

    Padre Euvideo.

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  25. Olá J. Morgado.
    Quando eu era pequenina, adorava ler histórias sobre a fonte da eterna juventude. Recordo-me que até o Tio Patinhas, do saudoso Walt Disney, trazia aventuras de personagens tentando encontrar esta fonte que permitiria ao ser humano viver para sempre. A fonte secou, não se lê mais histórias sobre ela. A realidade é outra e é preciso ser encarada de frente. Teria eu crescido e não percebi ou o mundo mudou? Até sonhar hoje é proibido, argumentam que não podemos perder tempo com isso. O amor já riscaram do dicionário, deu lugar ao ódio. Romeu e Julieta vivem em outro planeta, e lá devem ter encontrado a fonte da eterna juventude e vão viver felizes para sempre. Nós, pobres mortais, só temos uma escolha. Escolher entre ser cremado ou enterrado. Nada mais resta, pena!

    Bjos,

    Priscila - Metodista - SBC

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  26. Olá Crianças.
    Parabéns J.Morgado belíssima crônica, mas confesso que não pensei nesse assunto,na verdade muitas vezes deixamos para os familiares se virarem, as é um erro.
    Analisando bem, não sei se o pior é ser devorado por esses bichos nojentos ou sentir aquele calor.
    Como na maioria das cidades os cemitérios estão cheios, a cremação para todos não seria uma boa alternativa?
    Será que em um futuro próximo haveria essa possibilidade?
    Olá Edward ao que parece você está bastante animado hoje.
    Parabéns a todos os comentários, ricos assim como a crônica.
    Beijosssssssssssssss.

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  27. Olá Amigos

    Bom dia

    Comentários ricos em detalhes. Direito, espiritualidade, materialismo, sonhos...
    “Sonhar é preciso”... É liberdade... É realizar-se no imaginário...
    O ser humano nunca deixará de sonhar.

    Um ótimo fim de semana a todos

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  28. Bom dia a todos.
    Gostei muito da crônica escrita neste fim de semana pelo J. Morgado. Com detalhes e abordando o que pensam as religiões a respeito da cremação, ficou muito bom o texto. Os comentários ajudaram ainda mais, com informações que eu não conhecia, como a aula de Direito Funerário dada pelo Edward e a absurda cultura dos hindus, explicada pela Larissa, além de outras.

    Eu acabei de ler, depois do Edward, o comentário do Padre Euvideo e gostaria que o J. Morgado explicasse se tem a ver com espiritismo as explicações dadas por ele. É de assustar. Padre Euvideo, usou o termo, "se pular do espeto cai na brasa" para justificar seu pensamento de que tanto faz sermos enterrados ou cremados, porque durante cinco anos vamos sofrer, ou com os insetos nos devorando sob a terra ou com as chamas nos consumindo lentamente.

    Sabe de uma coisa, J. Morgado, se o Padre Euvideo estiver correto, eu estou tremendo de medo de morrer.

    Beijos a todos!

    Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP

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  29. Olá Tânia Regina

    Bom dia

    Sim, o Padre Euvídeo está certo no que diz respeito à doutrina espírita.
    Infelizmente, o nosso excesso de materialismo nos leva a essa realidade.
    Para que você tenha uma boa noção da vida após o desencarne (morte), sugiro que você assista “Nosso Lar”.
    Verá que podemos driblar as conseqüências traumáticas do desenlace nos portando de maneira adequada, dentro dos princípios morais.

    Um fraterno abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  30. Olá pessoal, eu sempre tive receio de um dia ser sepultada viva, julgando que eu estivesse morta, cremada então, nem se fala. Já li vários textos que falam sobre isso. Tem até o caso de um famoso ator de novela, que fazia um dos papeis principais de "O Direito de Nascer", recordo apenas que era Sergio, o sobrenome esqueci. Ele foi encontrado revirado em sua urna fúnebre e constatou-se posteriormente que havia sofrido uma catalepsia, ou letargia. De acordo com médicos, muitos de nós estamos sujeitos a isso, por esta razão costumam esperar até 24 horas para o sepultamento de uma pessoa. Não sei se confere, mas catalepsia ou mesmo letargia, quando ocorrem, dizem os médicos, pode durar até 16 horas e a pessoa é dada como morta, mesmo com o cérebro em atividade.

    Imaginem, a gente num caixão, com aquele cheiro terrível de velas ao redor e de flores vencidas, vendo as pessoas chorarem e dizer, "ele ou ela eram tão bons", e não poder gritar, "socorro, estou vivo, ou viva"! Terrível isso. A cremação, pelo tempo que levam para encaminhar o corpo ao forno, é muito difícil acontecer isso, mas pessoas enterradas vivas, são muitos os casos. Por isso as vezes jornais publicam que o defunto levantou-se do caixão e colocou todo mundo para correr. E deve assustar mesmo, mas que alívio para ele ter acordado antes que fechassem o caixão e o enterrassem. Fico apavorada com isso...

    Parabéns pelo texto, J. Morgado. O Edward disse, em sua primeira intervenção, com toda a sua experiência, que sua crônica deveria gerar assuntos diversos e está mesmo acontecendo.

    Bom final de semana!

    Vanessa - Unicamp - Campinas - SP

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  31. E agora padre!
    O que eu posso fazer para morrer em paz?

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  32. Olá Vanessa, passei para atualizar o blog para a data de hoje, visto que a crônica escrita pelo amigo-irmão J. Morgado continua rendendo bons comentários e deve continuar neste sábado. O assunto abordado por você é muito interessante, catalepsia ou letargia e fazia a festa na minha época no jornal "Notícias Populares". A manchete não se fazia esperar: "defunto salta do caixão e espanta todo mundo", por aí afora. O caso, além da medicina, pelo que apurei nesta época de repórter, pode ser abordado com clareza pelo espiritismo, o Morgado pode confirmar isso, ou até, quem sabe, o Padre Euvideo. Não entro na questão por desconhecimento de causa, não é minha área.

    Quanto ao ator citado por você, isso aconteceu mesmo. Foi sepultado vivo, certamente com catalepsia, recordo. O nome completo dele era Sergio Cardoso e eu o apresentei, juntamente com o elenco da novela "O Direito de Nascer", na época da líder TV Tupí de São Paulo, na Cava do Bosque, em Ribeirão Preto, em Franca, na AEC e em outras cidades. Sergio Cardoso, se não estou enganado, fazia o papel de médico nesta novela. Era um extraordinário ator.

    Bom fim de semana, parabéns por tocar neste assunto, Vanessa, interessante.

    Edward de Souza

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  33. Olá Vanessa

    O ator a que você se refere é Sérgio Cardoso.
    O noticiário, vez ou outra publica algum caso.
    Há um filme famoso (não me lembro o nome) em que o personagem manda fazer um túmulo com uma série de alarmes caso ele seja enterrado vivo. Acontece que...
    Certamente não vou contar o final.
    Ser enterrado vivo tem a ver com problemas adquiridos no pretérito, segundo a doutrina espírita.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  34. Olá Edward

    Bom dia meu Irmão

    Não vi seu comentário antes de colocar o meu.
    Sérgio Cardoso era realmente um extraordinário ator (era fã dele).

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  35. Letargia, em “O Livro dos Espíritos” significa em estado de “perda temporária da sensibilidade e do movimento”, em que o corpo parece morto, no qual os sinais vitais se tornam quase imperceptíveis, a respiração reduz-se bastante e a pessoa pode ser tomada como morta.
    Catalepsia em Kardec é uma espécie de letargia parcial, que atinge apenas alguns órgãos do corpo e que pode não prejudicar a comunicação com o seu portador, que poderia ter este estado induzido pelo magnetismo animal.
    A famosa médium Ivone do Amaral Pereira, quando na infância, quase foi enterrada viva, pois ela tinha a disfunção psicossomática da letargia ou da catalepsia.
    Dizem às pessoas que presenciaram o fato, que ela quase começou a entrar em decomposição, quando algum médico da época conseguiu decifrar algum sinal vital na médium.
    Na visão do espiritismo, a médium ficava tão longe espiritualmente dos liames que prende o espírito ao corpo físico, que as ligações espirituais que mantém o corpo vivo, eram tão precárias que não conseguia gerar energia suficiente para alimentá-lo energeticamente falando.
    Sim, o nosso corpo carnal sem a ajuda energética do espírito, é apenas uma carne sem vida que entraria em decomposição em poucas horas.
    Em um momento de descontração da médium Ivone do Amaral Pereira, relatou aos mais chegados e de total confiança dela, que nesses momentos de letargia, ela usava a força espiritual de desprendimento consciente, para doutrinar espíritos que ela achava pelo caminho na condição de desencarnada temporariamente que ela era submetida.
    Um dos fatos mais curiosos foi quando nessas saídas astrais forçadas, ou pela vontade própria, ela usava esses momentos para doutrinar um espírito que morava no porão da casa dela, e que ela tinha acesso a ele, somente em estado letárgico absoluto.
    Baseado nessas experiências extra físicas, a médium Ivone do Amaral Pereira escreveu a maior obra que o espiritismo cristão poderia dar a humanidade, e que foi intitulada como “Memórias de um suicida”.
    O espírita que não ler essa obra fantástica da literatura espírita será vítima do elo perdido que jamais irá conseguir conectá-lo com a realidade espiritual.
    Aos católicos que queiram entender a força que a virgem Maria exerce sob os espíritos encarnados de origem latina, acho bom ler essa obra magnífica, só assim as escamas que vedam seus olhos para a realidade espiritual, serão arrancadas pela razão absoluta e irrefutável.

    Padre Euvideo.

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  36. Celina, a pertinência da sua pergunta me faz ter um pouco de pena de você.
    Pra morrer basta estar vivo.
    Mas, para não sofrer as conseqüências da morte, é bom saber o caminho através da santificada doutrinas dos espíritos.
    Eu não tenho medo de morrer, por que já morri dezenas de vezes, e essa lição eu sei de cor.

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  37. Padre Euvideo, que bela explicação sobre o espiritismo. Um padre nos trazendo uma lição sobre catalepsia e letargia, muito bom mesmo.... Quero ler esse livro “Memórias de um suicida”, embora não seja espírita, de Ivone do Amaral Pereira. Vou tentar encontrá-lo pela internet. Obrigada!

    Renata - Metodista - SBC

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  38. Boa noite!
    Mais uma vez fui interpelado pela voz ofegante e num tom quase que gutural, pelo meu amado mestre Dr. Miguel Arcanjo, (médico psiquiatra e professor de medicina da Universidade de São Paulo), que exigia a minha contribuição cientifica nos termos abordados pelo excelso Juliano Morgado, e pelo luminoso Jornalista Edward de Souza, nesse conceituadíssimo blog. A euforia aparente do meu mestre, aliada as interferências que as ondas de USB apresentam sem perdão na maioria das operadoras de telefonia móvel que usam nesse mal administrado país da "Lei do Gerson", são cruciais para a elaboração dessa análise clinica, baseada na deformidade alucinógena que a catalepsia poderá gerar em mentes despreparadas para tal enfermidade de ordem congênita.

    Todas as partes do nosso físico é importante para a nossa psique. Os sistemas que integram as formações vestibulares são responsáveis pela interação dos membros articulados. Dependendo da situação que o hipotálamo se encontra, as glândulas viscerais não correspondem aos comandos da glândula pituitária. O Hipotálamo e a glândula pituitária controlam a funções viscerais que ajudam na temperatura do corpo, auxiliando na resposta de comportamento funcional. O córtex cerebral, ou o cérebro superior, é formado por grandes tratos fibrosos, ou corpo caloso. A função dele é de interagir com todas as informações que origina as emoções alicerçadas nos porões da memória. Esse processo é vital para a função do pensamento, das expressões e das emoções comumente analisadas e que são predominantes nos mamíferos superiores.

    Quando o Tálamo descumpre as suas funções primordiais, dá-se então um sentido de fuga na constituição carnal que a personalidade anima momentaneamente. Essa disfunção, quando emancipada do ego consciente, passa a viver uma realidade que, por falta de conhecimento suficiente na área da psicologia, daríamos o nome de dimensão abstrata. Quando essa emancipação não é coordenada suficientemente pelo principio pensante, a ciência dá o nome de disfunção psíquica equivocada. Portanto, espero ter elucidado os seguidores desse blog de acordo com os meus parcos conhecimentos na área da vulnerabilidade psíquica ao contento.

    Atenciosamente,

    Dr. Sebastião Honório – Catedrático na área psíquica humana de razões involuntárias. Professor de Psiquiatria e medicina da USP – neurocirurgião - psicologia e distúrbios sexuais.

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  39. Meu caro J. Morgado boa noite.
    Acompanhei com interesse seu artigo assim como também os comentários. Muito oportuna a discussão, especialmente lançada por um espirita.
    Minha decisão esta tomada ja por algum tempo. A documentação exigida ja providenciada por mim foi entregue a funerária encarregada dos serviços e a minha família: serei cremado por uma preferencia pessoal.
    Crematórios, hoje mesmo em São Paulo, não conta somente com Vila Alpina. Trata-se de investimento bastante elevado, o que tem feito com que sua multiplicação seja mais lenta. Hoje ja funciona um em São José do Rio Preto. Outro já foi instalado em Jaboticabal e, mais proximo está em finalização para funcionamento em Ribeirão Preto.Falo aqui dos que conheço e mais próximos de Franca onde vivo.
    Quanto ao período de 72 horas, ja é observado pelos crematórios.
    A morte é uma ocorrencia natural, quanto as decorrencias depois dela, ainda é opção de cada um com tendencia de aumento com uma nova cultura sobre o assunto.
    Garcia Netto

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  40. Olá Amigos

    Bom dia

    Depois da exposição feita pelo Padre Euvídio e as indicações de Garcia Netto, meus bons amigos, além do Dr. Honório, entre outros, só me resta agradecer a todos pelos excelentes comentários.
    Completando, o livro “Memórias de um Suicida”, pode ser encontrado em qualquer boa livraria.

    Um abraço a todos e um excelente domingo.

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  41. Amigos do blog de ouro,bom dia!!
    Retornei para pedir um esclarecimento melhór pela minha santa ignorancia.
    O meu bom amigo Padre Euvidio,deixou aqui registrado em "nosso" blog alguns comentarios, em um dos quais fêz referências a minha pessoa,posto que ADMIR só tem eu no blog.

    "A primeira é sentir as mordeduras dos vermes que vão te devorar com a voracidade da sua incompetência espiritual, adquirida pela sua trajetória cega e cheia de soberbas de achar que a Terra era o ponto final e ponto (.) “(Essa é para o Admir)”.

    Solicito ao clérico amigo (Padre Euvidio) que me explique onde e porque errei em meu comentario,pois não entendi a indireta.Esclareço ainda que nada tenho contra o preclaro amigo Padre Euvidio.

    Abraços Edward,Padre Euvidio e demais amigos do "nosso" blog.

    A chuva já está dando sinais de chegada aqui em minha praia.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  42. Meu prezado amigo Admir Morgado!
    Se não me falha a memória, em comentários que você fez em matérias feitas pelo J. Morgado anteriores a essa, você dizia que a vida seria como um filamento de uma lâmpada queimou acabou.
    Eu posso estar totalmente enganado, ou talvez você através das sábias explanações do nosso mestre J. Morgado está revendo os seus conceitos a respeito da imortalidade do espírito.
    Fico feliz por você me contestar com essa humildade aliada à superioridade do fantástico cérebro que ostenta na sua formidável caixa craniana.
    Chego a essa conclusão simplesmente pelos teores lúcidos dos seus comentários, e também das matérias aqui expostas por você.
    Caso eu te ofendi, peço-lhe de joelhos encarecidamente mil perdões.

    Padre Euvideo.

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  43. Amigos do blog de ouro,boa tarde.
    Meu caro amigo Padre Euvidio; primeiro - o amigo está enganado com o nóme do comentarista que tenha postado tal
    pensamento a respeito da morte.
    Com certeza não foi este ADMIR. Segundo - Padre Euvidio,eu o tenho em grande estima apesar de não nos conhecer-mos pessoalmente,sempre admirei seu espirito por vêzes hilario ao responder em "nosso" blog (lembra-se das pererécas ?).
    Terceiro - É gratificante para mim ser agraciado com a sua respósta lisonjeira.
    Quarto - Nem de longe pensar que o amigo tenha me ofendido.(não é nescessário penitenciar-se)
    Quinto - Hoje o meu Corinthians enfrenta mais uma batalha para sagrar-se Campeão Brasileiro,então rogaria ao Padre Euvidio que dirija suas préces mesmo em pensamento,para que tal fato aconteça..
    Abraços Padre Euvidio e obrigado pela respósta,abraços Edward pelo blog e abraços aos demais amigos articulistas e comentaristas.
    Tenham todos uma ótima semana vindoura.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  44. LUIZ ANTÔNIO DE QUEIROZdomingo, 21 novembro, 2010

    Olá amigos,

    O texto do J.Morgado é esclarecedor e nos remete à reflexão do essencial: "o que importa é como estamos conduzindo as nossas vidas".
    Parabéns, amigo Morgado!

    Luiz Antônio de Queiroz
    São Seb do Paraíso-MG

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  45. Pra mim tanto faz um ou outro. Cada um faz o que quer..Certo ou errado cada um decidirá por si só. QNto ao espiritismo..nossa..o que tem a ver que o corpo sentirá a decomposição qndo retornar né?
    Não tenho medo da morte..
    enfim, sou leiga qnto este assunto..E concordo com a Minha Igreja "a cremação não eh boa nem má"..enfim..

    forte abraço!

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