domingo, 17 de outubro de 2010

SÁBADO, 16 DE OUTUBRO DE 2010


Para quem está em casa estatelado na poltrona ouvindo o jogo de seu time preferido pelo rádio, ou assistindo pela televisão, nem de longe imagina os momentos de angústia que passa o narrador esportivo em determinado momento. Para o atleta que faz o gol, o momento é divino, repleto de glória e prazer, mas para o locutor é a hora do perigo. Afinal, que ameaça poderia oferecer um gol, momento mais aguardado para quem está no estádio?
.
Presenciei, como comentarista esportivo em meus cerca de 35 anos de labuta por este nosso Brasil afora, situações inusitadas e até perigosas, algumas das quais ao lado do considerado Edward de Souza, brilhante narrador esportivo. Acompanhe: na maioria das vezes as equipes esportivas (rádio ou TV), são acomodadas em cabines que ficam no setor de numeradas cobertas do estádio e próximo a torcida que pagou mais caro pelo ingresso e, supostamente, mais educada e ordeira.
.
Quando o gol é para o time da casa, a torcida vibra e o berro do locutor se perde no burburinho do grito da galera. Porém, quando acontece o contrário (gol do adversário), o bicho pega, pois a torcida da casa silencia e o vozeirão do narrador (todos têm vozeirão) se espalha pelo estádio, impulsionado pela arquitetura e acústica da praça esportiva. Foram muitos os casos em que foi preciso fazer malabarismo para não ser atingido por pedras, chinelos, garrafas, copinhos plásticos, pilhas e até guarda-chuvas em alguns estádios, atirados por torcedores irritados com o brado de gol inimigo ecoado por um narrador mais afoito e de grito mais estridente.
.
Uma tarde de domingo, com sol a pino, na aconchegante cidade de Jundiaí/SP jogavam Paulista e Santo André, que teve o acompanhamento da Rádio Diário do Grande ABC, com Rolando Marques (narrador), Sidney Lima (repórter) e eu (comentarista). Os dois times estavam em situação crítica no campeonato e ambos ameaçados pelo rebaixamento. O Paulista, mandante do jogo, abriu o placar e, claro, o grito do nosso Rolando Marques foi encoberto pela vibração do torcedor da equipe da casa, feliz pelo prenúncio da vitória e a possibilidade de escapulir da queda à Segunda Divisão.
.
No começo do segundo tempo, no entanto, o Santo André empatou e o grito de gol proveniente das cabines foi o suficiente para que dezenas de torcedores em frente se virassem e passassem a ofender os homens de imprensa que estavam logo acima. O jogo seguiu, com a torcida perdendo a paciência com seu time, que não conseguia, por mediocridade, vencer o também limitado adversário. Em seguida o Santo André fez 2 a 1 e aí o mundo veio abaixo, com os torcedores postados em frente as cabines atirando tudo que havia em mãos sobre os narradores ainda na metade do grito de gol que o fôlego permite. Eram tantos os objetos, principalmente pedras (parte do estádio estava em construção), que obrigou todos os jornalistas instalados nas cabines a procurar abrigo. Teve radialista que largou microfone, maleta de transmissão e escuta e caiu fora. A polícia interveio, mas a balburdia foi tanta que houve a necessidade de o árbitro paralisar o jogo. Felizmente ninguém se feriu seriamente.
.
Outra noite, em Bauru, lá estavam, pela Rádio Diário, o narrador Edward de Souza (foto) e o comentarista Daniel Lima. As cabines acanhadas do estádio Alfredo de Castilho ficavam exatamente atrás das cadeiras numeradas. No intervalo do jogo o comentarista Daniel Lima, que nunca fez muito esforço para esconder sua simpatia pelo Santo André, exagerou nas críticas ao Noroeste que então perdia de 2 a 0 para o time do ABC. Nas cadeiras, ao nível das cabines, alguns torcedores enfurecidos saltaram o pequeno balcão que separava público e imprensa e partiram pra cima do comentarista da Rádio Diário e quem mais se colocasse à frente. Depois de alguns catiripapos, Daniel x torcedores, nosso Edward e outros colegas de rádios de Bauru conseguiram acalmar os ânimos. A não ser uns pequenos arranhões, nossos companheiros puderam retornar com o mesmo número de dentes que daqui saíram.
.
Uma das situações mais complicadas que a equipe de esportes da Rádio Diário do Grande ABC viveu foi no Pacaembu, em jogo do Corinthians com o São Caetano. As cabines reservadas às rádios do Interior ficam localizadas a esquerda de quem entra pelos portões principais do Pacaembu. Têm visão privilegiada para o gramado, mas fica em espaço onde circulam normalmente os torcedores das arquibancadas. O Corinthians não vinha bem das pernas naquele Paulistão e a Fiel estava meio ressabiada.
.
Neste jogo, o São Caetano fez 1, 2, 3 gols, contra apenas um do Timão. Os gritos dos narradores nos gols do Azulão (São Caetano) ecoavam pelo Pacaembu deixando os corintianos furiosos. Não foi necessário esperar o jogo acabar para que, enfurecida, parte da torcida postada nas arquibancadas arrebentasse as portas da cabine e foi um salve-se quem puder. A gente não sabia por onde escapulir daquilo que poderia se transformar em massacre.
.
No reservado à imprensa do Interior, no Pacaembu, existe apenas uma porta e, naquele momento, não havia como fugir. Quem estava fora não entrava e quem estava dentro apanhava indiscriminadamente. Para acabar com a "farra" dos corintianos a polícia teve que intervir com rigor, entrando pelas janelas (espaço usado pelos locutores e comentaristas para verem o jogo). A dramática situação durou pelo menos uns bons 20 minutos, mas ninguém se feriu com gravidade, porém foi mais assunto, claro, que o próprio jogo.
.
São tantos os casos nessa linha que o espaço não permite relatar e que, certamente, ficarão para outros artigos, como, por exemplo, aquele em que as equipes de esportes das rádios Diário e Emissora ABC tiveram que deixar o estádio da Esportiva, na cidade de Guaratinguetá, aboletados no camburão da Polícia Militar. Mais do que da voz, os jornalistas de rádio e televisão tem que cuidar do físico, pois a qualquer momento podem necessitar de pernas saudáveis para uma rápida e providencial escapadela.
__________________________________________
* Oswaldo Lavrado é jornalista/radialista radicado no Grande ABC
__________________________________________

30 comentários:

  1. Bom dia amigos (as)...
    Depois da polêmica que movimentou este blog nos últimos dois dias, com a postagem da matéria escrita pelo brilhante jornalista Milton Saldanha, sobre o passado de Dilma Rousseff, candidata a Presidência da República, este final de semana a bola está rolando mais uma vez. O amigo-irmão Oswaldo Lavrado saca do fundo do baú esse texto imperdível sobre o perigoso grito de gol que, ao ecoar em estádios adversários, soa como um grito de guerra, levantando torcedores irados ao ver seu time inferiorizado no placard. A “massa” levanta-se e passa a ofender os profissionais de Rádio e TV que apenas cumprem sua obrigação. Muitas vezes invadem cabines destinadas aos radialistas e partem para a agressão.

    E eu comecei bem cedo a sofrer nas mãos de torcedores. Poderia escrever ainda umas 50 laudas sobre o que passei em campos de futebol, Lavrado também. Jovem e inexperiente, nos anos 60, em uma emissora de rádio de Franca, onde comecei minha carreira, foi enviado para a cidade de Barretos, onde a Francana iria enfrentar o time da casa e precisava apenas do empate para ir à final do campeonato da segunda divisão. O jogo estava 2 x 2 e já terminando. Desesperado, o time da casa partia para cima da Francana em busca do empate, até que, aos 45 minutos de jogo, o goleiro Pacau, da Francana, segurou uma bola e caiu no gramado para ganhar tempo. O centroavante do Barretos deu um bico na bola e na boca do Pacau, um negro forte e alto, jogando-o para dentro do gol com bola e tudo. O árbitro, com medo da torcida, validou o gol.

    Pacau saiu para cima dos jogadores do Barretos e com sua força descomunal, foi dizimando quem encontrava pela frente. Os torcedores, vendo seus jogadores apanhando, não podendo entrar em campo, partiram contra nós, da Imprensa. O comentarista que me acompanhava era um experiente advogado. Percebendo que seríamos massacrados, me arrastou e obrigou-me a entrar no meio da torcida do Barretos. E juntos com a massa, gritávamos impropérios contra a Imprensa (sic). Ajudamos a quebrar toda a aparelhagem da rádio (a nossa), mas saímos com vida e sem nenhum arranhão. Muitos outros casos para contar, vou combinar com o Lavrado e continuar esse assunto. Vamos chegar até numa decisão entre Corinthians de Sócrates 2 x São Paulo 1. Nessa, no Morumbi lotado, passamos um aperto danado. Mas o grito de gol saiu, forte e vibrante...

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

    ResponderExcluir
  2. Eu adoro ler essas histórias sobre rádio que vc conta, Oswaldo Lavrado, mas a de hoje nem imaginava que isso acontecia. Pensei que vcs tivessem toda a segurança e mordomia num campo de futebol. Do jeito que contou, o pessoal da Imprensa corre até risco de vida, conforme o estádio onde vão trabalhar. O Edward comentou acima que a torcida quando se enfurece não perdõa nem os aparelhos de rádio, destroem tudo, meu Deus! Logo vão ter que contratar seguranças para transmitir um jogo, que coisa! Gostei muito do texto, aprendi mais uma sobre rádio.

    Bom fim de semana!

    Tatiana - Metodista - SBC

    ResponderExcluir
  3. Meu caro Oswaldo Lavrado, se não me engano foi em julho deste ano que o Lula sancionou a lei que torna mais rigoroso o Estatuto do Torcedor e prevê a criminalização dos atos de violência nos estádios de futebol. A nova legislação estabelece multa, banimento ou prisão de até dois anos para o torcedor que invadir o campo ou praticar agressões num raio de cinco quilômetros dos estádios. A pena se aplica também a quem portar “instrumentos que possam servir para a prática de violência”. Só não fala, Lavrado, da Imprensa, pelo seu relato, sempre acuada e nas mãos destes marginais que vão hoje aos estádios de futebol. E esses profissionais do Rádio e da TV vão prestar serviço para a coletividade, bom se destacar isso.

    Penso que esses torcedores que partem contra a Imprensa quando seu time está perdendo são uns recalcados, frustrados que vão a um campo de futebol para descarregar seus problemas pessoais. Deveriam entender que os jornalistas que cobrem um jogo de futebol são profissionais, cumprem sua obrigação e tem mãe, pai, esposa, filhos que o esperam em casa. Deveriam ser presos e obrigados a pagar todo o prejuízo que causam provocado pelo seu ato violento. Por causa desta violência toda que nossos estádios estão se esvaziando, é mais cômodo ouvir pelo rádio ou ver pela TV. Até o dia em que a violência não tirar também dos campos de futebol as emissoras de Rádio e TV, bem entendido.

    Gostei muito do seu texto e de ver as fotos de todos vocês no blog.

    ABÇS

    Birola - Votuporanga - SP.

    ResponderExcluir
  4. Amigo Oswaldo Lavrado, sensacional sua crônica. Nunca tinha lido nada igual, nem pensado nos riscos que os nossos colegas correm em cada jogo. Parabéns! A barra pesada que você, Edward, Daniel Lima, Rolando Marques e outros passaram, lendo aqui, parece folclorico e divertido, mas sei bem que na hora H não é nada disso. Agressões podem matar uma pessoa ou deixar sequelas irreversíveis. Quando se discute segurança nos estádios, sempre penam no juiz e bandeirinhas, nos jogadores e nas torcidas. Esquecem dos profissionais da imprensa. Sorte de quem só escreve, não precisa correr riscos. Há vários anos deixei de ir a estádios, uma forma de protesto contra a violência. Mas ia muito, principalmente no Morumbi. Sou Inter, e lembro-me de uma decisão com o Corinthians onde tive que ficar no meio da torcida adversária. Os caras literalmente babavam, mostrando os dentes, pareciam bichos. Aí tive que torcer na marra contra o meu time, enquanto, por dentro, claro, torcia a favor.
    Grande abraço!
    Milton Saldanha

    ResponderExcluir
  5. Perdão pelo erro de digitação. Onde se lê penam, leia-se pensam.

    ResponderExcluir
  6. Depois de ler seu texto fiquei assustada, Oswaldo Lavrado, que horror! Lendo o comentário acima do Edward, percebe-se que toda essa violência existe faz muito tempo. Imagine só, um bando de desordeiros enfurecidos invadindo uma cabine minúscula (deve ser) de Rádio ou TV para agredir e quebrar a aparelhagem das emissoras que estão alí para prestar um serviço ao povo. E essa tal lei que o Birola cita, só foi sancionada agora. Vai ver que estavam esperando morrer alguns profissionais de Imprensa para então tomarem uma atitude, só pode ser isso. Só fui uma vez a um campo de futebol aqui em Ribeirão Preto, acompanhada de meu pai e irmão mais velho. Jogaram Botafogo e Palmeiras no Santa Cruz. Ficamos bem abaixo das cabines de imprensa, Oswaldo Lavrado, nas numeradas, você e o Edward devem conhecer. Não notei nenhum animosidade naquele dia entre torcedores e Imprensa.

    Bjos, bom fim de semana, gostei do seu texto!

    Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP.

    ResponderExcluir
  7. Meu caro Edward de Souza: Ufa, hoje estou curtindo a ressaca da overdose do tema político. Fiz 13 intervenções respondendo a leitores. Geralmente longas. É cansativo, envolve adrenalina e principalmente muita concentração para manter a calma e não escrever alguma besteira que possa ser fatal. Porque é um debate, só que entre eleitores. Aliás, a TV nunca pensou num debate entre eleitores. Está lançada a idéia. Vou divulgar mais. Quando acabou, feliz pelo balanço positivo que fiz do embate, firme na minha argumentação e respeitoso com o contraditório, fui bailar tango. Que delicia! Só música e mulheres bonitas nos braços, rodopiando...
    Obrigado por tudo e grande abraço!
    Milton Saldanha

    ResponderExcluir
  8. Como a maioria dos brasileiros, desde garoto estive ligado em futebol, mas nunca fui fanático nem tenho saco de ficar lendo sobre isso. Não sei nem a escalação completa do meu Inter, único time que venero até hoje. Ia muito a estádios, no interior gaúcho, e lembro-me de ter visto muito juiz apanhando em campo. E lembro-me do Felipão, que se não me engano jogava no Caxias (ou era Passo Fundo?). Num jogo contra o Inter de Santa Maria (que usa o mesmo uniforme do Inter de Porto Alegre, é cópia fiel), o Felipão investiu aos chutes contra o juiz, que era meio gordinho e perto dele ficava baixinho. O juiz saiu voando como se fosse uma bola. A policia entrou e baixou o cacete nos jogadores para tirar o pó. Só no inicio dos anos 70 foi criada a lei que pune severamente o jogador que agride juiz ou bandeirinha. Um ano de suspensão não é mole. Os caras aprenderam a se conter, senão a carreira se ferra. Essa lei na verdade tinha um caráter educativo da massa, de incutir o conceito de respeito à autoridade. O regime, enfrentando forte contestação, precisava disso. Claro que foi boa, e chegou tarde. Agora precisam achar um jeito de punir os vândalos. Cadeia neles!
    Abraços!
    Milton Saldanha

    ResponderExcluir
  9. Sabe o que me deixou mais revoltada depois de ler o seu texto, Oswaldo Lavrado? É o ato covarde destes torcedores que invadem em bando o local de trabalho da Imprensa para agredir os profissionais que estão alí trabalhando e prestando serviços até para eles, que muitas vezes levam seus radinhos ao estádio para acompanhar uma transmissão e saber nome dos jogadores. Sei disso porque fui muitas vezes a estádios com meu pai, inclusive no Bruno Daniel, aqui em Santo André. Papai não se separava de seu radinho, que ficava colado ao seu ouvido, vendo o jogo e ouvindo a transmissão. Hoje ele não vai mais a campos de futebol, tem medo da violência. Também nunca mais fui a um estádio.

    Esses desordeiros, Edward e Oswaldo Lavrado, aproveitam de estarem em número maior para mostrar a valentia. Duvido que sozinho teriam coragem de invadir uma cabine de rádio para agredir um profissional. Também acho que deveriam ser severamente punidos e afastados dos estádios.

    Quero aproveitar este espaço e enviar um abraço ao Milton Saldanha pela crônica publicada quinta e sexta-feira neste blog. Você defendeu com profissionalismo seu pensamento e conduziu com extrema capacidade o debate acirrado que ocorreu e que eu acompanhei, Milton. Isso é democracia. Meus cumprimentos também ao Edward pela abertura que deu para que essa postagem ocorresse.

    Bjos a todos,

    Larissa - Santo André - SP.

    ResponderExcluir
  10. Meu prezado amigo-irmão Milton Saldanha, missão cumprida. Saiu-se muitíssimo bem na condução desta postagem de quinta e sexta-feira sobre o "Passado de Dilma" e não poderia se esperar outra coisa, profissional competente que é. Peço-lhe perdão se não pude ser mais participativo, mas compromissos inadiáveis me esperavam e fui obrigado a me ausentar boa parte do tempo em que a postagem chamava todas as atenções neste espaço. Para você, meu irmão e aos leitores deste blog, adianto que o recorde de visitas ao blog foi batido neste texto que você brilhantemente escreveu. Mais de 900 visitas e quase 50 comentários. Esse número seria maior, porque soube depois que vários comentários não puderam ser postados por problemas ocorridos no Google. Tenho a impressão que isso ocorreu até por causa do congestionamento de visitas ao blog. A esses leitores que escreveram e não puderam ver seus comentários postados, peço-lhes desculpas e adianto que em momento algum houve censura em nenhuma das postagens, até porque, mesmo com alguns exageros de poucos leitores, nada justificaria tal atitude.

    Parabéns Milton, extensivos a todos os nossos leitores e leitoras que participaram deste debate sadio, pela postura democrática demonstrada na exibição da crônica sobre o passado de Dilma Rousseff.

    Quanto ao texto deste fim de semana, escrito pelo Oswaldo Lavrado, ainda volto para contar mais detalhes sobre os apuros que passamos em estádios de futebol. Tem alguns até engraçados, aguardem...

    Um forte abraço...

    Edward de Souza

    ResponderExcluir
  11. Encerramos o tema político com esse show de elegância. Parabéns a todos, extensivo a quem me contestou. Vença quem vencer, quem já ganhou foi a democracia.
    Abraços!
    Milton Saldanha

    ResponderExcluir
  12. Oiê, amigos (as)...
    Ei, Edward, quantas histórias de apuros a gente tem pra contar; Como aquela de Bauru, onde os médicos do Noroeste disseram p´ra nós dois no restaurante da cidade: hoje voces não ganham aqui de jeito nenhum". Era um jogo Noroeste x Santo André e a gente não torcia pra nenhum dos dois.
    Outra, de São José dos Campos, quando lá fomos (eu, você, o Jurandir e o Luque, lembra?) num jogo São José x Francana e tivemos que (na marra) torcer para o São José. Mais à frente a gente conta essas histórias, verdadeiras e hoje divertidas, mas foram grande sufocos.

    Saldanha, velho de guerra e sempre de paz, seu artigo "bombou" pela qualidade, honestidade e acima de tudo democrático. Já no futebol, a democracia vai até o coração do torcedor, dai não passa e seja o que Deus quiser. Beleza.

    Larissa: Torcedor é torcedor em qualquer lugar. O coração e a emoção estão acima da razão. Dai é complicado você ir a um estádio, para torcer ou trabalhar. O pau come e não há muito o que fazer.

    Tânia Regina: Vimos, no estádio Santa Cruz, do Botafogo, torcedores invadindo uma cabine de Imprensa para espancar um jornalista de Ribeirão Preto mesmo. Parece que o cidadão havia desancado críticas ao glorioso "Pantera" e a torcida enfurecida deu um pau no cara. A gente, com outros coelgas de Imprensa, tivemos que intervir para não "matarem" o cidadão. Também vi, em outra oportunidade, um repórter de uma rádio de Ribeirão trocar sopapos com um técnico de som, da mesma emissora. Um festa de catiripapos. Na medida do possível vamos contando essas passagens.

    Caro Birola: Existem leis pra tudo, menos pra proteger a Imprensa, especialmente, em estádio de futebol. Alí a gente é movido a paixão, as vezes a favor, muitas contra. Daí fica por conta do Divino.

    Tatiana: Se o torcedor enfurecido quebrasse só a aparelhagem tudo bem. Conheço vários companheiros daqui de São Paulo e do Interior que desfilam com vistosa protese dentária, fruto da irá de torcida.

    Obrigado a todos e fica a promessa, se a torcida permitir, do relato, neste blog, de outras tantas pendengas torcida x imprensa: no Maracanã (Rio), no Mineirão (BH), no Beira Rio (Porto Alegre - aguarde Saldanha), no Couto Pereira (Curitiba) e nos Aflitos (Recife).

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

    ResponderExcluir
  13. Olá Oswaldo Lavrado, confesso-lhe que nunca fui a um estádio de futebol. Não que eu não tenha vontade, mas de tanto ver cenas violentas na TV e ler em jornais e revistas a forma como tratam mulheres nestes lugares, passei a ser torcedora de Copa do Mundo, pela TV, claro. Sua crônica deste sábado mostra um outro lado desta violência, onde nem a Imprensa é respeitada quando exerce sua profissão. Imaginava que havia segurança onde jornalistas e radialistas se posicionam para cobrir jogos de futebol. Acima de tudo, respeito em relação aos profissionais de Imprensa. Pelo jeito, a profissão de jornalista-radialista-esportivo é muito arriscada. É nítida as condições de insalubridade.

    Seria bom se você e o Edward continuassem com estas histórias de rádio, gosto muito.

    Bjos a todos!

    Carol - Metodista - SBC

    ResponderExcluir
  14. Apesar do sufoco que vcs passam ou passavam, Oswaldo Lavrado, acredito que é gratificante a profissão que exercem, ou exerciam, não é? Viajam para todos os lugares, são recompensados pelo reconhecimento público, menos quando gritam um gol em campo inimigo (rsrsrsrsrsrsrs), além de outros privilégios que gozam. Só uma curiosidade. Em todos oa lugares onde transmitem jogos existe esta, digamos, insegurança para exercer o trabalho?

    Bj

    Martinha - SBC

    ResponderExcluir
  15. Caros Oswaldo Lavrado e Edward de Souza, abomino a violência em estádios, seja ela contra quem for, imprensa, jogadores, árbitros, bandeirinhas, torcida adversária, vendedor de amendoins, etc. Não só em estádios, sou contra a violência de um modo geral. Torço para o "Peixe". Sou santista roxo, cansei de falar e brincar sobre minha preferência de clube, e já fui inúmeras vezes chamado por amigos para fazer parte desta ou daquela torcida organizada santista. Sempre com alguma desculpa, tirei meu corpo fora. A pior desgraça que existe num campo de futebol é esta tal torcida uniformizada. Cantam e ditam palavras de ordem, parecem nazistas e partem para a briga com a maior facilidade. Tenho certeza que vocês, numa destas agressões que sofreram, foram vítimas de elementos ligados a estas facções, para mim, criminosas. São vândalos que prestam um desserviço ao esporte. Amanhã estarei no Morumbi para assistir o meu peixe, com meu pai e dois amigos, bem longe de torcidas uniformizadas. E já estou adiantando o meu relógio em uma hora para não chegar atrasado ao jogo, já que o tal horário de verão começa a valer depois da zero hora de hoje, correto?

    Legal ler textos como o seu num sabadão gostoso destes. Parabéns, Oswaldo Lavrado!

    Juninho - SAMPA - SP.

    ResponderExcluir
  16. Olá Lavrado

    Maravilhosa crônica.
    Não vou me estender mais porque estou em um hotel na cidade Iguape.
    Mexer com esta máquina portátil é um s...
    Mas não poderia deixar de assinar meu ponto.
    Um abraço aos meus amigos/irmãos Edward, Milton Saldanha e a você lavrado e a todos os que aqui comparecem.
    Estou curtindo paisagens maravilhosas e um casario colonial incrível.
    Uma pena que os políticos locais nada fazem para desenvolver o potencial turístico local.
    Farei uma matéria sobre o assunto.
    Paz. Muita Paz.
    J. Morgado

    ResponderExcluir
  17. Prezado Oswaldo Lavrado, ler estes absurdos que você escreve em sua crônica deste sábado revolta. E pergunto, o que podem ter na cabeça estes animais? Massa cinzenta certamente não. Será que nunca ouviram uma emissora de rádio e um jogo de futebol? Se já ouviram, devem saber que gritar um gol é obrigação do narrador do jogo. Deixar a torcida para tentar calar um homem de rádio ou televisão contraria a lógica. São baderneiros de natureza e vão aos estádios para arrumar encrenca. Na falta de ter com quem brigar, partem para cima da imprensa. Mereciam uma surra das boas! Aceite minha solidariedade por tudo o que você, Edward e seus companheiros enfrentaram, Oswaldo Lavrado e meus cumprimentos pelo texto.

    Boa noite a todos!

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP

    ResponderExcluir
  18. Enquanto eu lia sua crônica, Oswaldo Lavrado, uma coisa não me saia da mente. Como pode um país como o nosso sediar uma Copa do Mundo, alguém poderia me dizer? Se não temos um pingo de estrutura em nossos estádios, muito menos segurança para abrigar com dignidade jornalistas e radialistas, o que se pode esperar que nossas autoridades realizem em menos de quatros anos para colocar tudo isto em ordem? Vão construir novos estádios em tempo recorde com que dinheiro? Está a maior briga, li na Internet estes dias, se o Morumbi pode ou não bancar um jogo de Copa; ou então se vão construir um novo estádio para o Corinthians, que sirva para jogos desta importância, mas nada se decidiu ainda. 2011 está batendo nas portas e nada resolveram até agora. Esta violência relatada por você, Oswaldo, certamente deve ter chegado ao conhecimento dos organizadores do Mundial, que vão exigir segurança para os profissionais que aqui virão a trabalho, como também para jogadores e comissão técnica. Esta Copa do Mundo no Brasil, sei não...

    Beijos,

    Um lindo fim de semana!

    Giovanna - Franca - SP.

    ResponderExcluir
  19. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  20. Desculpem-me, voltei a pedido do meu pai que acabou de ler o texto do Oswaldo Lavrado. É que ele viu uma foto em que o Edward está só, usando um fone e está curioso para saber qual o distintivo de clube que está postado atrás dele e que estádio é esse, podem nos explicar?

    Obrigada,

    Giovanna - Franca - SP.

    ResponderExcluir
  21. Luiz Antonio (Bola)sábado, 16 outubro, 2010

    Grande Oswaldo Lavrado, vim ao blog para acompanhar o capítulo do José Marqueiz, que não tive tempo de ler na quarta-feira, e encontro outros bons artigos. Um do Milton Saldanha, bem corajoso e muito bem escrito e o seu sobre as andanças que fizeram por esse mundão de Deus transmitindo futebol. Essas ocorrências relatadas em seu texto eu não sabia, barbaridade! Soubesse teria ido de guarda-costas com vocês (hahahahaha). O Edward me disse certa vez que tinha a ideia de convidá-lo para editarem um livro sobre as histórias da equipe esportiva da Rádio Diário. Pelo visto vocês tem uma invejável coleção de histórias, já li outros artigos seus aqui. E o que estão esperando, mãos à obra que compro o primeiro livro, desde que autografado pelos dois amigos.

    Abraços, Lavrado. Outro forte ao Edward.

    Luiz Antonio (Bola) - Santo André - SP.

    ResponderExcluir
  22. Amigos do blog de ouro boa noite.
    Oswaldo Lavrado demorou mas postou mais um artigo contando as peripécias da equipe da radio Diario Emissora ABC, equipe éssa que pelos relatos já postados em "nosso" blog, aprontou poucas e boas, voluntária ou involuntáriamente.
    Na maioria das vêzes se saindo bem.
    Pelo visto,foi no jogo do Pacaembu que o amigo Edward ficou mais furioso ainda,pois apanhar de CORINTIANO para ele foi o fim kkkk

    Abraços Oswaldo Lavrado pelo artigo
    Abraços Edward,pelo "nosso" blog
    Abraços aos demais amigos participantes.Tenham todos um ótimo domingo.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

    ResponderExcluir
  23. Meu bom amigo Admir Morgado, eu não estava no Pacaembu neste dia em que esses doidos invadiram a cabine, uma pena. Se estivesse, só dois corintianos que ali estavam sairiam vivos, o Lavrado e o Rolando Marques. Sem contar o Sidney Lima, repórter de campo que também é corintiano. Veja só onde eu estava. Três corintianos na equipe "Os Craques do Rádio". Inteligente, só eu!

    Falar no Corinthians e em agressões, o torcedor alvinegro está em pé de guerra. Escreveram nos muros da "Fazendinha" ontem que lá não é Spa, recado ao Ronaldo Gordo, que não joga, só enche os bolsos de dinheiro, come e dorme no Parque São Jorge. A coisa anda tão feia pelos lados do Corinthians, que a torcida assumiu o comando geral. Tira técnico, centroavante, escala o time e bate no Presidente. Onde estamos?

    Abraços...

    Edward de Souza

    ResponderExcluir
  24. Descuido meu, desculpe-me Giovanna. Antes de responder sua pergunta, envio um abraço bem forte aos seus queridos papais, O.K.? Olha, esta foto foi tirada nas Laranjeiras, Rio de Janeiro, estádio que pertence ao Fluminense. Neste domingo de muito sol no Rio, lembro-me que os termômetros acusavam quase 40 graus, o Santos jogou contra o Fluminense, partida que transmiti ao lado de Oswaldo Lavrado. Para ver a foto melhor, Giovanna, clique sobre ela, vai ampliar e assim verão o símbolo do Fluminense. Para completar a foto, os dois acima são: Maurício Muniz, operador de som da rádio, de frente na foto, e o famoso "Lampeão", motorista, de perfil. Neste dia fomos de carro para o Rio.

    Beijos, Giovanna!

    Abraços aos papais...

    Edward de Souza

    ResponderExcluir
  25. Oiê amigos (as)...
    Carol: você é uma das garotas que está na mira de meu pontente binóculo quando se dirige à Metô, na Vergueiro, defronte ao prédio que resido aqui em SBC. Vamos continuar postando artigos no blog sobre as aventuras do pessoal de Imprensa que cobre o futebol.

    Martinha: Não há estádio no Brasil que dê segurança à Imprensa. Cada um se proetege como pode, pois para o torcedor não é difícil chegar até as cabines.

    Juninho:a segunda foto postada pelo Edward no nosso artigo é exatamente de uma das cabines da Vila Belmiro. O local é constantemente invadido por pessoas que circulam nos apertados corredores para tentar um autógrafo ou apenas um "oi" do ídolo.

    Morgado (Juliano): a estas alturas estás ouvindo o coachar dos sapos e râs que infestam a praia e os mangues de Iguape. Descansa ai garoto.

    Falamansa:a razão do torcedor está localizada abaixo da cabeça, no coração,e quando a coisa não vai bem para o seu time, ninguém segura. Valeu o comentário. grato.

    Giovana: O Brasil não necessita de construir estádios para a Copa: uns remendos no Morumbi e Pacaembu (SP), Maracanã e Engenhão (Rio), Mineirão (BH) e Olímpico e Beira-Rio(PA) resolveriam o problema.
    O acima o Edward explicou
    a origem do distinvo atrás da foto. È mesmo do Fluminense no Estádio das Laranjeiras, ao lado do Palácio do Governo carioca. Ele só não disse que nesse dia, de forma inusitada, travou amizde com Hugo Carvana, ator global. Depois eu conto tudo.

    Bola, véio de guerra: Estamos estudando a possibilidade de escrever um livro do qual você fará parte como personagem de algumas histórias do nosso tempo da gloriosa casinha, no Diário.Abraço, cara.

    Admir: obrigado pelo prestígio. Bom domingo.

    abraços a todos e obrigado

    Oswaldo Lavrado - SBCampo

    ResponderExcluir
  26. Bom dia, Oswaldo Lavrado!
    Olha, desde pequenina vou a estádios de futebol, principalmente ao Morumbi. Eu já disse isso no blog. Meu pai, durante anos, foi conselheiro do São Paulo, não é mais, por conta de seus afazeres múltiplos com sua empresa. Mesmo assim não perde um só jogo do São Paulo e sempre vou com ele. Com meu pai acompanhei o São Paulo até no exterior, em jogos da Libertadores. Não sabia destes problemas encontrados pela Imprensa em estádios de futebol e fiquei curiosa. Isso aconteceu também no Morumbi? Houve invasão de cabines? Pelo que sei e conheço, as cabines de imprensa do Morumbi são seguras e de difícil acesso para os torcedores. Ficam no anel superior do estádio, não é isso?

    Outra coisa, Oswaldo Lavrado e Edward. A Giovanna está coberta de razão. O Brasil não está preparado para sediar uma Copa do Mundo. Estas tais reformas que você sugere em seu comentário acima não seriam aceitas pela FIFA. Meu pai comentava isso ontem em casa. São exigentes ao extremo e uma das primeiras providências que pedem refere-se a cabines de imprensa. Pelo menos, segundo meu pai que acompanhou a visita, meses atrás, de um representante da FIFA, o triplo das cabines que hoje tem o Morumbi. Maiores e mais seguras. Não sei, tenho minhas dúvidas, como a Giovanna, se vamos ter tempo suficiente para cumprir todas as exigências da FIFA e ter estádio a altura. Mesmo que construam este do Corinthians, conseguiriam terminá-lo em tempo hábil?

    Beijos, bom domingo!

    Andressa - Cásper Líbero - SP

    ResponderExcluir
  27. Olá Andressa e Giovanna, uma coisa eu posso garantir para vocês. Acabam encontrando um jeito para reformar estádios ainda para 2014. Quer país mais pobre que a África? Estive lá e pude acompanhar, antes do primeiro jogo da Copa, os trabalhos para finalizar obras ainda em muitos estádios, a maioria construida pela iniciativa privada. Verdadeiros elefantes brancos hoje na África que não tem nenhuma serventia para eles. Tanto que alugaram para clubes estrangeiros organizar campeonatos e mandar seus jogos. Também penso como o Oswaldo Lavrado. No Brasil não se pode pensar em construir estádios para a Copa, mas sim reformá-los. Temos mais condições que a África, porque aqui temos Maracanã, Morumbi, Beira-Rio, Mineirão, o estádio do Goiás, que me foge o nome e muitos outros. Com uma bela reforma, ficam aptos a sediar jogos de Copa. Lá, na África, partiram do nada, não existiam estádios a altura como aqui no Brasil, entende. Mesmo assim, conseguiram construir às pressas e sediaram a Copa. Essas exigências da FIFA podem ser satisfeitas com boas reformas nos grandes estádios do Brasil.

    Um recadinho para você, Andressa. Fique em casa hoje no final da tarde. Não vá ao Morumbi, senão vai sair de lá aborrecida. O São Paulo é freguês de caderneta do meu "Peixe" e vamos ganhar mais uma. Olha, gol de Neymar não vale, tá?

    Beijos

    Juninho - SAMPA - SP.

    ResponderExcluir
  28. Juninho, torço para que você esteja certo em apenas uma das duas coisas que escreveu em seu comentário. Que o Brasil consiga colocar nossos estádios em ordem para a Copa do Mundo em 2014. A outra você errou. O São Paulo vence o Santos hoje e não vou ficar em casa. Acompanho meu pai e vou ao jogo que começa hoje mais tarde, as 18 e 30. Tenho até peninha do seu Santos com o menino-problema. Temos um melhor que ele e esse não é vedete, o Lucas.

    Bjos, quem sabe a gente se vê por lá.

    Andressa - SP.

    ResponderExcluir
  29. Laércio H. Pintodomingo, 17 outubro, 2010

    Bom dia, prezado Oswaldo Lavrado.
    Estou gostando do diálogo entre a Andressa e o Juninho. Interessante e civilizado. Cada um torcendo para um time de futebol, mas sem ofensas de lado a lado. Assim deveriam se comportar estes torcedores que vão aos estádios de futebol com a intenção de brigar, ofender e atacar seu semelhante. Qual a culpa da Imprensa, que cumpre apenas sua obrigação, se este ou aquele time está perdendo? Invadir o local de trabalho destes profissionais para agredí-los é inadmissível. Deveriam usar o mesmo método da Inglaterra, que cortou de vez as asinhas dos tais Hooligans, vândalos que promoviam massacres em estádios de futebol. Instalaram câmeras para identificar os agressores e os colocavam na cadeia, além de proibí-los de entrar em campos de futebol. Não demorou muito e a paz voltou a reinar naquele país e pouco hoje se fala em brigas e agressões durante partidas de futebol no campeonato inglês. É preciso tomar uma atitude séria contra esses elementos que culpam a Imprensa pela derrota do seu time e partem para agressões.

    Ótima crônica, Oswaldo Lavrado, meus cumprimentos.

    Que você tenha um domingo de muita paz.

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.

    ResponderExcluir
  30. Pois é, Oswaldo Lavrado e Edward, depois da "piaba" que o "Peixe" levou do São Paulo, o Juninho deve desaparecer uns dias. Quem mandou provocar a Andressa.

    Abçs

    Birola - Votuporanga - SP.

    ResponderExcluir