segunda-feira, 25 de outubro de 2010

DOMINGO, 24 DE OUTUBRO DE 2010



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Nas muitas andanças da equipe de esportes da Rádio Diário do Grande ABC pelo Interior de São Paulo ou por tantas outras cidades brasileiras, foram necessários, de acordo com a distância e localização, vários tipos de transportes que provocaram algumas situações embaraçosas, como já foi descrito em artigos neste blog.
Uma quarta-feira de abril, no final dos anos 80, a equipe, então composta por Edward de Souza (narrador), Jurandir Martins (repórter), Agapito Assunção (operador de som), o motorista da viatura da rádio (Lampião) e eu (comentarista), esteve em Franca – 400 quilômetros de São Paulo - com a missão de transmitir um jogo entre a Francana e o Santo André, disputado no Estádio José Lancha Filho (Lanchão).
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Como Franca é a cidade natal do Edward, onde residem seus pais, irmãos, primos e tios, nosso companheiro exigiu que a equipe se hospedasse na residência de sua família até o sábado seguinte, já que no domingo iríamos transmitir um jogo em Jaú, envolvendo o XV de Novembro e o Santo André. Convite feito, convite aceito. Apenas o motorista (Lampião), por motivos profissionais imediatos, retornou ao Grande ABC. Ficamos na casa do "sêo" Arlindo (pai do Edward) e, tratados como reis, nos sentimos donos do pedaço.
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Depois do jogo entre Francana e Santo André, que terminou empatado em 1 x 1, ficamos livres de compromissos, a não ser nos fins de tarde, quando apresentávamos os programas esportivos da Rádio Diário, (das 18h às 19h, transmitidos de Franca para a Grande São Paulo, diretamente da mesa da sala da residência do “sêo” Arlindo, com o equipamento utilizado nos estádios. Tudo nos conformes. A casa do “sêo” Arlindo fica (ainda é a mesma, apenas reformada), bem próxima ao centro da cidade. Talvez uns três ou quatro quarteirões.
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Na quinta-feira depois do almoço e de um bom papo com os pais do Edward, percebi que meus amigos foram todos tirar uma soneca. Resolvi dar umas voltas, a pé, até o centro da cidade, ver de perto o famoso relógio de sol, (foto a direita) que, segundo contam em Franca, só existe um igual no mundo, numa cidade da França. O calor era forte, temperatura acima dos 30 graus, normal naquela região. Entrei numa lanchonete, na esquina da praça central e solicitei um suco para refrescar-me. Na hora de pagar a conta foi que percebi que não tinha um tostão nos bolsos. Havia esquecido o dinheiro na casa dos pais do Edward. Envergonhado, aproximei-me da proprietária do estabelecimento, uma jovem e gentil senhora, explicando a ela o meu problema. Disse que era amigo do Edward, que durante muito tempo foi radialista em Franca, e estava hospedado na casa dos seus pais, onde havia deixado por descuido a carteira com o dinheiro. Antes que continuasse, a senhora tranquilizou-me, dizendo que poderia pagá-la em outra oportunidade. Até hoje não sei se ela conhecia o Edward ou se foi com minha cara. Certo é que voltei depois e paguei pelo suco que havia tomado, claro, agradecendo a proprietária da lanchonete pela gentileza e confiança.
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No sábado pela manhã, café tomado, juntamos a parafernália da rádio para viajar até Jaú, não muito distante de Franca. No momento das despedidas o Edward se irritou em virtude de pequena discussão entre sua mãe (saudosa dona Dalva) e o irmão mais novo, (Arlindinho, também já falecido). O rapaz pretendia vir e ficar alguns dias na casa do irmão em Santo André. A mãe não queria deixar e iniciou-se pequena pendenga entre o Arlindinho e dona Dalva (coisa de mãe e filho). No entanto, prevaleceu a vontade da mãe. Já no portão da casa, aparece um tio do Edward, que os mais íntimos chamam (está vivo e forte), de “Nenê”, que, talvez para quebrar o gelo, pergunta: "por que vocês vão a Jaú?" Fuzilando, o Edward respondeu, aos berros: "vamos a Jaú porque Jaú não pode vir até aqui". Nada mais foi dito nem perguntado, não precisava.
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Calmo e paciente, "sêo" Arlindo, em sua Brasília impecável, nos conduziu até a rodoviária de Franca, onde tomamos um ônibus para Jaú. O coletivo, provavelmente dos anos 50, chacoalhou sua lataria por uma estrada de terra, parando em todas as goiabeiras que encontrava, para apanhar passageiros, além de entrar em uma escola, onde subiram uns 15 barulhentos alunos. Produzindo uma fumaceira e uma poeira incríveis (eram tipo 11h00, com sol escaldante a pino), o ônibus destrambelhava pela estrada. Dentro, alguns passageiros oriundos de algumas colônias que rumavam para onde, ninguém sabe, e os barulhentos pivetes da escola rural. Eu e o Edward estávamos acomodados em uma poltrona (poltrona?) no fundo do coletivo e o Agapito (nosso operador de som) livre, leve e solto, sozinho em um banco duplo, certo que ganharia na loteria se uma garota bela e faceira entrasse no ônibus e viesse sentar-se ao seu lado. Ele, Agapito, era (já faleceu), um crioulo alto, simpático, forte, sempre risonho, perto dos 50 anos, calmo, boa praça e grande companheiro.
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Em uma parada entrou (no ônibus) um negão, tipo dois metros de altura, meio desdentado, faltando um dedo na mão esquerda que se acomodou no lugar vago ao lado do nosso Agapito. Atrás, eu e o Edward não sabíamos como disfarçar o riso diante da esdrúxula situação do nosso companheiro, que sonhava ter ao seu lado uma, digamos, Mariana Ximenes ou Camila Pitanga. Ele, no entanto, não se atrevia a olhar para trás, receando denunciar nosso riso ao parceiro de poltrona, que caso se irritasse, deixaria a situação ruim (e coloca ruim nisso) para o nosso lado. Era um brutamontes. Mas nada de diferente ocorreu que pudesse complicar nossa "confortável e aconchegante" viagem.
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Chegamos por volta das 13h00 na estação rodoviária de Jaú e com toda a parafernália da rádio (maletas, malas e cerca de 200 metros de fios para o campo), que pesavam uns 50 quilos. fomos de táxi, a um hotel. Até a hora do jogo, no domingo, às quatro da tarde, o assunto não foi outro que não o desconforto do Edward com o tio "Nenê" (que se atreveu a perguntar: "por que vocês vão a Jaú?", e a inusitada viagem de ônibus (ônibus?) que nos conduziu até Jaú. Além, claro, da companhia que inibiu nosso saudoso Agapito em seu banco no ônibus e da gafe que cometi na lanchonete no centro de Franca, esquecendo de levar dinheiro para pagar a conta. Este artigo, simplório, é mais um relato do tipo de aventura, entre tantas, que uma equipe convive na gratificante profissão de radialista/jornalista esportivo.
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*Oswaldo Lavrado é jornalista/radialista radicado no Grande ABC
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34 comentários:

  1. Bom dia amigo (as)...
    Memória privilegiada, Oswaldo Lavrado busca mais uma vez no tempo, outra viagem dos Craques do rádio, desta feita na cobertura de um jogo pelo Campeonato Paulista, Segunda Divisão, entre A.A. Francana e E.C. Santo André. Um compromisso de trabalho que sempre levamos muito a sério, mas desta feita com tempo para o lazer, uma vez que ficamos alguns dias, depois do jogo, folgados, passeando pela Franca do Imperador e nos divertindo. Melhor, saboreando os pratos deliciosos que minha saudosa mamãe preparava com carinho.

    Com a equipe da rádio e do jornal Diário do Grande ABC, esta não foi a única vez que estivemos em Franca. Outras aconteceram, uma delas, recordo-me, com o saudoso João Colovatti como fotógrado, na cobertura de um jogo de futebol. Cerca de 10 profissionais, todos alojados na casa de meu pai e do meu cunhado Joel, que é casado com minha irmã Lúcia. Nesta viagem relatada pelo Lavrado, Franca era ainda um pacata cidade, com pouco mais de 150 mil habitantes. Cresceu muito e está atualmente com 400 mil habitantes e é uma das que mais geram empregos neste país. O Prefeito Sidney Rocha, amigo e ex-companheiro de rádio está em seu segundo mandato e é adorado pela população. Consertou a cidade e a deixou bonita, hoje hospedando grandes redes de hiper e supermercados, além de lojas e indústrias que chegam todos os dias.

    Volto logo mais para falar mais sobre esta nossa viagem, Santo André-Franca-Jaú.

    Um bom domingo a todos...

    Edward de Souza

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  2. Olá Lavrado

    Bom dia

    São histórias como essa que você narra tão bem em nosso blog, que embalam nossas vidas, quebrando a rotina diária.
    Afinal, se você não for a Jaú, que Jaú venha até você (hihihihihi).
    Viajei muito por estradas vicinais de terra.
    Houve uma época bem anterior a essa que você menciona que os tais de ônibus eram chamados de “jardineiras” (até hoje não descobri porque “jardineira”). O pessoal da cidade vestia aventais para se proteger do pó.
    Entrava tudo na jardineira que tinha um bagageiro no teto. Porcos, galinhas, bicicletas...
    Franca a “Cidade das Três Colinas”. E que colinas! Só posso andar na cidade de carro. A pé eu não agüento. A não ser na bela praça central e algumas ruas adjacentes.

    Um fraterno abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  3. Bom dia, Oswaldo Lavrado!
    Que bom ler outra vez essas histórias que vc conta sobre rádio. Esta de hoje, pelo visto, com fotos dos personagens reais envolvidos em seu relato. Não sabia que o Edward tinha um irmão, nem que tinha falecido tão cedo. Era muito bonito, que pena! Achei também muito engraçada a cena entre ele e o tio. Mesmo não tendo sido nada cavalheiro com o "Nenê", convenhamos, para cada pergunta uma resposta. Se o tio do Edward sabia que vocês trabalhavam em rádio, haviam transmitido o jogo da Francana contra o Santo André, estava bem claro que iam a Jaú para cobrir outro jogo, não é mesmo? Coitado, perguntou sem raciocinar, encontrou o Edward de cabeça quente e deu no que deu (rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs). Passagens inesquecíveis para vocês, com certeza, e gostosas para a gente acompanhar aqui no blog.

    Bjos, bom domingo!

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  4. Depois dessa do Edward com o tio, Oswaldo Lavrado, tenho a impressão que o coitado nem vai querer ouvir falar em Jaú. Agora, o acontecido com você nesta lanchonete aconteceu também comigo e foi bem pior. Eu estava na Avenida Paulista, meio de uma tarde e parei para tomar um lanche. Eu não sabia que aquele era o tal dia da pendura, em que os estudantes de advocacia, acho que até advogados, entram em restaurantes, comem, bebem e mandam pendurar, ou seja, dão o cano mesmo. Quando percebi que estava sem minha carteira, deixada no carro estacionado mais de um quarteirão de distância, já havia tomado o lanche com um refrigerante. Assim que contei ao garçom foi um Deus nos acuda. O maldito saiu gritando que era mais um estudante aplicando o cano. Correram outros garçons em minha direção, um homenzarrão de bigodes grossos, parecia o dono e vi a viola em cacos. Pensei que ia ser linchado. Tentando manter a calma, mostrei a eles a chave do carro e pedi que um deles me acompanhasse para que eu pudesse apanhar a carteira e pagar a conta. Três me acompanharam, na verdade me escoltaram até o carro, quando paguei a conta e ainda tive de pedir desculpas. Um sufoco, mas agora aprendi. Onde entro para comer e comprar alguma coisa, a primeira coisa que faço é olhar se estou com cartões ou dinheiro.

    Muito legal sua crônica, como todas que conta sobre transmissões esportivas.

    Abraços

    Juninho - SAMPA

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  5. Prezados Oswaldo Lavrado e Edward de Souza, não tenho dúvida, vocês podem lançar um livro que fará sucesso na praça com todas estas histórias que contam. Uma bagagem e tanto. Além dos fatos curisosos e engraçados, vamos aprendendo alguma coisa com cada um desses relatos. Essa do relógio do sol, por exemplo, eu não sabia e já estou planejando uma viagem até Franca para conhecer essa preciosidade e ver como funciona. Outra coisa bonita nesta sua crônica de hoje é ver o pai do Edward, forte ainda aos 91 anos de idade. Que Deus o fortaleça cada vez mais. Pena que o irmão faleceu, tenho a impressão que jovem ainda.

    Quanto a essas chamadas jardineiras, já andei em algumas, anos atrás pelo interior. Carregam porcos, galinhas, um verdadeiro vale-tudo dentro destas pocilgas. Não tinham nenhum respeito com os passageiros, muitos viajando em pé. Hoje, parece-me, isso está proibido e essas geringonças são brecadas pela fiscalização. Menos as que transportam cortadores de cana, muitas em estado crítico de conservação. Vira e mexe a mídia destaca acidentes matando os chamados bóias-frias, coitados. Deixe o Lula saber, vai culpas "as elites" por isso.

    Parabéns pela crônica, Lavrado, gostei demais.

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  6. Seria melhor deixar um esclarecimento sobre o ocorrido com meu irmão caçula, visto que está chamando a atenção em alguns comentários o seu falecimento. Arlindo Edson de Souza, Arlindinho, faleceu em 2002, dia 21de abril, vítima de câncer na laringe, o mesmo mal que acometeu o saudoso amigo jornalista José Marqueiz. Tinha apenas 42 anos, era casado com a Roselí e deixou uma filha, a Fernanda que, ano passado, contraiu matrimônio e já tem uma filha, a netinha que ele não conheceu.

    O Arlindinho era formado em Educação Física, profissão que não exerceu, trabalhando em serviço público por opção, depois de passar em um concurso. Quando jovem jogou futebol, chegando a vestir a camisa do E.C. São Bernardo, levado pelo amigo Jurandir Martins, que era repórter esportivo da Rádio Diário e mais tarde supervisor daquele clube, isso depois de treinar no Santo André, na época dirigido pelo amigo Jair Picerni. Coincidência, depois de muitos anos, Picerni voltou a dirigir o Santo André, em péssima situação e lutando contra o rebaixamento. Ontem, venceu a Ponte Preta por 2 x 0.

    O Arlindinho morou um bom tempo comigo em Santo André e várias vezes acompanhou "Os Craques do Rádio" em partidas pelo interior. Uma delas, lembro-me, foi quando fomos a Cruzeiro, transmitir um jogo da Segunda Divisão entre o time daquela cidade, quase divisa com o Rio de janeiro e o São Bernardo, do Felipe Cheide, ex-deputado federal. O Lavrado vai se lembrar disso. Uma figura, que deixa muita saudade. Isso!

    Um bom domingo a todos!

    Edward de Souza

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Oi Oswaldo Lavrado e Edward, quantas histórias para contar... E achei ótimo o Edward ter falado um pouco do irmão. Eu estava curiosa para saber o que havia acontecido com ele. Pena ter morrido tão jovem! Outra coisa que fiquei curiosa foi sobre essas transmissões que vocês faziam com os aparelhos da rádio, apresentando programas esportivos da sala da casa dos pais do Edward. Hoje, sei, tudo está moderno e até com um celular se fala em uma emissora de rádio, estudamos isso na faculdade. Mas, naquele tempo, creio que eu nem havia nascido, como é que conseguiam essa facilidade? Usavam a linha telefônica, só pode ser, mas como acoplavam microfones e outros apetrechos usados para apresentarem um programa, como se estivessem na rádio? Outra coisa, Oswaldo Lavrado e Edward, o som tinha qualidade?

    Essa do tio do Edward me matou de rir, coitado! Deve ter ficado com uma cara, depois da resposta.......

    Bjos

    Carol - Metodista - SBC

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  9. Coitado do amigo de vocês, depois da companhia que encontrou para a viagem. Deve ter sofrido horrores com a gozação que aprontaram pra cima dele, não, Edward e Oswaldo Lavrado? E pela foto da Mariana Ximenes postada nesta crônica, o dito cujo que sentou-se ao lado do operador de som Agapito nada tinha de semelhança, (hehehehehehe). Falar nele, Agapito era mesmo seu nome? Creio que já ouvi este nome ou já li, mas não me lembro onde.

    Edward, dê um abraço forte no Senhor Arlindo. Bateu mais forte meu coração saber que ainda tem um pai com essa idade e com saúde. O meu pai morreu muito cedo, deixou muitas saudades...

    Parabéns pela crônica, Oswaldo Lavrado, ótima e com trechos muito engraçados.

    ABÇS

    Birola - Votuporanga - SP.

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  10. Eu tenho uma colega na Metodista que é de Jaú, a Mary. Ela mora com os tios em Santo André e estuda aqui, em São Bernardo, pode até ser que já tenha posado para as poderosas lentes de seu binóculo, Oswaldo Lavrado. Mary é loira, alta, olhos verdes, muito bonita. Sempre nos feriados prolongados ela vai a Jaú ver seus familiares. Num próximo, vou perguntar a ela por que vai a Jaú, será que receberia a mesma resposta que recebeu o tio "Nenê", do Edward? Vou arriscar, depois eu conto para vocês. Troco sempre e-mails com o Edward e ele nunca me pareceu ser um pavio curto, pelo contrário, é muito gentil e atencioso. Só podia mesmo ter ficado nervoso com a discussão entre sua mãe e seu irmão, mas que deve ter sido engraçada a cena, isso não tenho dúvida (rsrsrsrsrsrsrsrsrsr).

    Adorei sua crônica, como todas que escreve sobre essas viagens que faziam para cobrir eventos esportivos.

    Beijos, bom domingo!

    Tatiana - Metodista - SBC

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  11. Meu caro amigo Oswaldo Lavrado: sua nova viagem no tempo me chama a atenção por três aspectos: 1) O carinho e solidariedade da familia do Edward de Souza, que acolheu de forma tão hospitaleira a esse "bando" (quem conhece jornalistas e radialistas entende meu adjetivo aqui), e as condições precárias em que vocês viajavam, usando até jardineiras. Era aventura mesmo. As comodidades e facilidades da vida atual, com tanta tecnologia, ainda que isso seja bom, nos fez perder esse lado romântico e alegre da profissão. E creio que hoje sejam mais raras famílias assim, porque a cada dia as pessoas olham mais só para o próprio ego. 2) As jardineiras ainda circulam pelo interior de países sul-americanos. Percorri muitas centenas de quilômetros nelas, pela Bolívia, Peru, Chile e até na Argentina, onde já eram mais raras. Nos Andes, em estradas de terra, passavam na beirada de abismos assustadores. Curtindo as viagens, eu nem percebia o perigo. Ainda bem. 3) A rádio Diário teve um fim lamentável, nas mãos do Edir Marcedo, passando a integrar o assustador polvo que ele continua montando neste país, com um claro projeto de poder. Hoje percebo que era uma rádio notável, como poucas fora das grandes capitais. Tinha jornalismo, esportes,programação popular e locução de alto padrão. Foi realmente uma pena acabar. E tinha recursos, poderia bancar as viagens de vocês em melhores condições, com certeza, mas desconfio que vocês gostavam um pouco dessas, digamos, experiências.
    Abraços e bom domingo a todos!
    Milton Saldanha

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  12. Oiê, amigos (as)...
    Obrigado pelos comentários.
    Edward: lembro bem da nossa visita à cidade de Cruzeiro, no Vale do Paraíba. No resturante/boteco da cidade havia um garçon gay que se encantou com o nosso Arlindinho e quase a coisa complica, já que seu irmão percebeu e ficou furioso com o cara. Precisamos gastar um pouco de saliva para o Arlindinho não agredir o rapaz pelo inconveniente assédio. Mais à frente, vamos contar direito essa pinimba e a história da viagem a Cruzeiro.

    Mestre Morgado (Juliano), também desejo descobrir porque aquelas tranqueiras de tranpostar gente, no Interior tinham o nome de Jardineira. Olha, o jaléco usado pelas pessoas tem o nome "guarda pó" pelo óbvio, concorda?. abraços mestre.

    Grande Birola: o nome do Agapito era Agostinho Apapito de Assunção, já falecido, nascido na Bahia e criado em Lins/SP. Dizia ele que o nome era originário do alemão (?). O Edward conhece bem a história, certo Edward ?. gratos amigo Birola.

    Oi, Carol aqui da nossa MetÔ de SBC. Todas as ´rádios tem um equipamento especial para acoplar as linha telefônica, inclusive celular, com retorno e tudo mais que exige uma transmissão externa. Valeu garota.

    Caro Falamansa, uma coisa é certa: viajar de jardineira era um sufoco, mas não difere muito dos ônibus urbanos aqui de São Paulo ou ABC no desconforto, qualidade dos veículos e lotação. Por isso que São Paulo, capital, registra todos os dias mais de 100 km de congestionamento. abraços cara.

    Gloriosa Tatiana, foi bom você ter passado os dados da Mary, foi incluir a garota na mira do meu ponte binóculo que foca as meninas aqui da Metodista, defronte ao prédio que resido. Então, pergunte a ela porque vai a Jaú nos feriados prolongados ?
    valeu menina.

    gratos
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  13. Valeu queridos Lavrado e Edward, vocês alegraram meu domingo. Ah a idéia do livro é ótima. Beijos!!!

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  14. A Betinha tem toda a razão, Oswaldo Lavrado, nossos fins de semana ficaram bem mais alegres depois que vc voltou a escrever estas histórias da equipe de esportes da rádio em que trabalhavam. Lendo o seu comentário, já percebi que se lembrou de mais uma, sobre o assédio sofrido pelo irmão do Edward, numa destas viagens. Eu achei o Arlindinho lindo, nada difícil ter arrancado suspiros até de homossexuais (rsrsrsrsrsrs). Judiação que tenha nos deixado tão cedo. Achei engraçada as histórias que relatou, do tio do Edward, do amigo de vocês sentado com um gigante negro durante a viagem e o aperto que vc passou sem dinheiro para pagar a conta da lanchonete. Uma delícia estas histórias que conta.

    Bjos,

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  15. Olá Oswaldo Lavrado. Tomara que o "tio Nenê" não tenha acesso ao blog, do contrário vai ficar bravo comigo. Cá entre nós, a perguntinha que ele fez foi inconveniente, não acha? Claro que o Edward, levando-se em conta tratar-se de um tio, deveria considerar e pegar mais leve, mas diante da agitação de momento, não deve nem ter pensado ao dar a resposta, que apesar de pesada, foi bem engraçada. Não tem como não rir. E a resposta que ele deu ao tio serve para muitas que encontramos em nosso dia-a-dia. Muito bom ler sobre estas aventuras de vocês. Me conte apenas uma coisa. Como é que funciona este tal relógio do sol de Franca. E quando chove e o tempo está nublado, ele para? (rsrsrsrsrsrsrs).

    Bjos,

    Priscila - Metodista - SBC

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  16. Olá Priscila, destempero passageiro, mas não foi levado a sério pelo tio, que compreendeu o momento agitado provocado pela discussão entre minha mãe e meu irmão. Minha mãe sempre foi muito agarrada aos filhos, queria todos na barra de sua saia. Eu, ela não tinha mais como segurar, já havia voado fora do ninho muitos anos antes. Fez de tudo para segurar o mais novo, receosa que ele resolvesse ir para São Paulo e ficar de vez, como foi meu caso. A propósito, esse meu tio "Nenê" chama-se Antonio Dorival Follis, tem 74 anos hoje de idade e vez ou outra participa conosco dos churrascos familiares. É irmão de minha mãe.

    Li também o comentário mais acima do amigo-irmão Milton Saldanha. Você tem razão, Milton. A empresa Diário do Grande ABC, na época, Rádio e Jornal, era poderosa e dava sim condições de nos alojarmos em bons hotéis e fazer nossas refeições nos melhores restaurantes das cidades em que cobríamos jogos. Lembro-me que certa feita, somente eu e o Lavrado fomos para Belo Horizonte cobrir um jogo do Santos pelo Campeonato Brasileiro. Como não havíamos reservado um hotel com antecedência, demos azar e não encontramos nenhum três ou quatro estrelas. Mesmo ficando apenas uma noite na capital mineira, encontramos um hotel cinco estrelas e lá pernoitamos. Era, na verdade, um apartamento luxuoso, até com sala para reunião, todo acarpetado. Na época, a diária custava mil reais, para você ter ideia. Sem nenhum problema e sem que houvesse necessidade de dar quaisquer explicações para a empresa. Ficamos ali uma noite, por sinal tem história engraçada, porque acabei dormindo no chão, com problemas de coluna, pagamos e voltamos na manhã do dia seguinte.

    O roteiro sempre foi feito por nós, e vez ou outra a gente inventava, como nestes dias em que ficamos em Franca, na casa do meus pais. Foi uma maneira de ficar perto deles alguns dias e atender até os pedidos que fizeram, para que ficássemos com eles na vinda para Franca. Até um belo churrasco fizemos a noite no quintal dos "velhos". Foi muito bom. O único problema foi o Lavrado, que queria dar o cano na lanchonete no centro da cidade e quase arruma encrenca. Brincadeirinha. No texto ele relata fielmente o acontecido. Fui com ele quando voltou a lanchonete para pagar a proprietária e pedir desculpas. Só estranhei quando, ao invés de pagar um suco, ele pagou três cervejas. Mas, explicou depois. Era suco de cevada. aceitei as explicações.

    Abraços...

    Edward de Souza

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  17. Amigos do blog de ouro,bôa noite.
    Oswaldo Lavrado nos brindou hoje com mais uma das hilariantes histórinhas dos tempos da equipe de esportes da radio Diario do Grande ABC.
    Como sempre,tinha que haver alguma gozação com alguem da equipe e desta vês sobrou para o pobre do Agapito no interior do "Cata jèca" kkk assim se conhecia (ou se conhece) os ônibus que percorrem diversos municipios do interior e que param em qualquér lugar durante o trajeto.
    Aproveitamos tambem para conhecer alguns dos familiares do Edward.
    Coitado do tio "nene",querendo ajudar, acabou sobrando para ele a bronca do Edward,bem fêz seu papai Arlindo,conhecendo o Edward como ninguem, ficou quietinho em seu canto para não sobrar para ele tambem kkkk
    Por historias como essas que "nosso" blog está cada dia melhor.
    Oswaldo Lavrado, continue sempre nos brindando com essas historias.
    Edwad,parabêns pelo blog que está cada dia melhor.

    Abraços e tenham todos uma ótima semana.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  18. Agora vou chamá-lo também de Lavrado, todos os seus amigos fazem isso. Também sou uma amiga. Virtual, mas sou. Deixei o Oswaldo de lado, fica mais fácil. Suas crônicas são engraçadíssimas, imagino quantas aprontaram por este Brasil de Deus. Acho isso muito bom, é preciso ser amigo, divertir e brincar quando pode, e exercer com profissionalismo o trabalho, que sei, o faziam com competência. Vou sempre a Franca, Ribeirão, está a 90 quilômetros de lá, já parei algumas vezes em frente ao relógio do sol, que fica na praça central, perto da Catedral, mas até hoje não tenho ideia de como funciona aquilo. Nem consegui ver as horas. Deve ter uma explicação de como entender aquele mecanismo, sei lá. Lavrado, diga-me uma coisa. Quando transmitiram o jogo entre Santo André e Francana, para quem o Edward torceu? Essa me deixou curiosa.

    Uma boa semana a você e a todos do blog.

    Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP.

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  19. Oiê, amigos (as)...
    Priscila,você também está na mira do meu binóculo que foca as meninas da Metô, aqui ao lado de casa, em São Bernardo. Então, sua pergunta (sobre o relógio de sol de Franca) eu fiz milhares de vezes ao Edward (que é de lá) e ele nunca me respondeu. Com a palavra o cidadão francano. O simpático "tio Nenê" não esboçou nenhuma reação com a suave resposta do Edward, mas eu flagrei os olhos do tio dizendo: "tomara que esse imbecíl nunca mais apareça por aqui". Acho que se referia ao Edward. E você, o que acha ?

    Caro Admir Morgado. Se o Edward se atrevesse a dar a mesma resposta ao sêo Arlindo, seu pai, certamente não estaria, hoje, bebericando suas brejas no boteco da esquina. "seo" Arlindo, deu a sua prole educação pra nunca ser grosseiro com ninguém e grande dose de bom senso para nunca dar a ele (seu Arlindo) esse tipo de resposta e, assim, conservar os dentes. Valeu.

    Glorioso Saldanha: O hotel que o Edward se refere, em BH, fica no Savassi, um dos bairros mais elegantes e point noturno da capital mineira. De fato, o Edward dormiu no carpeta (eu não), mas o problema não era dor de coluna e sim excesso de suco de cevada. Tem uma historinha de lá que contaremos adiante. Em tempo: a Rádio Diario/AM, do grupo Diário do Grande ABC, foi vendida ao Davi Miranda, da Igreja Paz e Amor. O Edir Macedo,antes havia adquirido a Rádio Diário/FM, que funcionava na Avenida Paulista com o nome de Scala.

    gratos
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  20. Boa noite, Oswaldo Lavrado e Edward, adoro as histórias que contam sobre as transmissões esportivas. Essa de ir a Jaú porque Jaú não pode vir aqui foi o máximo. Estava lendo alguns comentários, os dois últimos da Tânia Regina e um seu, Lavrado, falando sobre o relógio de sol de Franca. Se algum instituto de pesquisas sair às ruas de Franca perguntando como é que funciona o relógio de sol, vai destacar que ninguém soube responder. Nem eu. Só aprendi que ele, como o nome diz, funciona quando tem sol. Sem o astro rei, perde sua bateria. Por isso é conhecido como relógio de sol, e não do sol. Procurei no Wikipédia e lá tem estas explicações, um pouco técnicas, mas dá para entender, acompanhem:

    Um relógio de sol mede a passagem do tempo pela observação da posição do Sol. Os tipos mais comuns, como os conhecidos "relógios de sol de jardim", são formados por uma superfície plana que serve como mostrador, onde estão marcadas linhas que indicam as horas, e por um pino ou placa, cuja sombra projetada sobre o mostrador funciona como um ponteiro de horas em um relógio comum. A medida que a posição do sol varia, a sombra desloca-se pela superfície do mostrador, passando sucessivamente pelas linhas que indicam as horas. Também existem relógios de sol mais complexos, com mostradores inclinados e/ou curvos. Os relógios de sol normalmente mostram a hora solar aparente, mas, com pequenas alterações, também podem indicar a hora padrão, que é a hora no fuso horário em que o relógio está geograficamente localizado.

    Um bom final de domingo a todos, boa semana!

    Giovanna - Franca - SP.

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  21. Oiê, amigos...
    Tânia Regina, ou só Tania, por que não, né ? Pode me chamar como desejar, você é de casa.
    O Edward sempre adorou o ABC, onde residiu por muitos anos e fez muitos amigos. De fato, ele é mesmo são-paulino, depois francano e de acordo com a situação torcia pro Santo André, São Caetano ou o São Bernardo. È o meu caso; sou de São Caetano, mas torcedor do Corinthians (Deus me perdoe), mas nunca torci nem torço pra nenhum time agui da região. Sou corintiano e só.
    Eu e o Edward trabalhamos em várias transmissões de jogos envolvendo São Paulo e Corinthians em decisões de Brasileirão. Na hora do jogo imparcialidade absoluta, mas na volta para cara o bicho pegava, com qualquer resultado. Isso fortaleceu em muito nossa amizade, acima de qualquer paixão clubística. Valeu garota.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  22. Laércio H. Pintodomingo, 24 outubro, 2010

    Boa noite Oswaldo Lavrado e Edward de Souza!
    Estas histórias que contam das viagens para coberturas esportivas, das antigas redações de jornais, entre tantas, é que fazem a grande diferença entre este blog e os demais, sempre repetitivos e abordando os fatos do cotidiano. Até a política, muito difundida hoje pela maioria dos blogs, é abordada de uma forma diferenciada neste sob o comando do Edward. Basta ler abaixo duas delas, escritas pelo Milton Saldanha. O passado de Dilma, texto corajoso do Milton, nunca foi colocado da forma como ele o fez em jornais, revistas ou blogs, esteja ou não o Milton com a razão, não vai ao caso. A outra que escreveu, foi uma verdadeira aula sobre as eleições de ontem e de hoje, mais sobre as velhas e gostosas eleições onde o velho político se sobressaia com sua manhas e trejeitos para ganhar votos. A razão do sucesso deste blog, cujo público é fiel e comparece praticamente todos os dias, está em tudo isso. Para tanto, sem dúvida, a experiência de todos é fator fundamental para que isso ocorra. A volta do blog a este estilo era preciso, agrada em cheio a todos nós.

    Meus sinceros parabéns a todos vocês!

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.

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  23. Boa noite, Oswaldo Lavrado, vir ao blog, ler sua crônica e não participar dos comentários não tem graça. Até porque eles complementam muitas vezes o texto, e esclarecem alguma dúvida que porventura a gente tenha. O Edward, você e outros (as) leitores (as) trouxeram fatos que ajudaram a compreender ainda mais o texto postado. Até o nome completo do "Tio Nenê", que queria transferir Jaú para Franca eu fiquei sabendo. Espero que continuem com essas histórias de rádio no blog. Pelo tempo de trabalho, que acredito tenha sido longo de todos vocês, assunto não irá faltar. Para alegria de todos nós, que gostamos de ler.

    Aplausos...

    Daniela - Rio de Janeiro

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  24. Não tem como não dar boas risadas com sua crônica, Oswaldo Lavrado. Teve apenas um erro. O título não deveria ser "Viagem Atribulada", mas sim Viagem Super Engraçada". Essa de Jaú é para ser mesmo lembrada sempre. E as dúvidas vão sendo esclarecidas. Falta apenas alguém explicar aqui porque os ônibus antigos eram chamados de jardineiras. Se bem que a Giovanna, mesmo tendo encontrado no Wikipédia as explicações de como funciona um relógio de sol, criou outra dúvida. Se existem tantos relógios de sol espalhados pelo mundo, qual a razão do Edward postar em seu blog a foto deste relógio de Franca e dizer que igual a ele só existe um, que fica na cidade francesa de Annecy? Deixo esta bomba para que ele responda.

    Bjos a todos, muito divertida sua crônica, parabéns, Oswaldo Lavrado.

    Larissa - Santo André - SP.

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  25. Obrigado Laércio H.Pinto por suas palavras gentís. Grande abraço!
    Milton Saldanha

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  26. Bom dia a todos! Olá Larissa...
    Você postou seu comentário ontem e eu lhe respondo hoje. Viu só que precisão? Um fuso horário que troca a noite pelo dia, entre Santo André - Franca. Tudo porque Santo André não pode vir aqui, claro. Olha, sobre o relógio de sol de Franca, que você diz ser uma bomba para eu resolver, adianto-lhe que não passa de um traque. Você prestou bem atenção no relógio de sol que está postado a esquerda do blog e na frase escrita? Tem certeza? Está escrito: "semelhante a ele só existe um no mundo, o da cidade francesa de Annecy". Então? Mesmo que existam um milhão de relógios de sol, isso não tem nenhuma importância. Semelhante ao de Franca, só um, entendeu? Como disse a Giovanna, o nome já diz, só assinala corretamente as horas com a presença do sol. O relógio de sol mais antigo do Brasil está no estado do Rio de Janeiro, construído em 1572. O de Franca é do começo do século passado.

    Beijos...

    ET: Laércio H. Pinto... Grato pelas referências elogiosas feitas ao blog, amigo. Lembro: nesta quarta-feira o último capítulo de "Memória Terminal".

    Abraços...

    Edward de Souza

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  27. Olá Lavrado

    Bom dia (afinal hoje é outro dia)

    Para esclarecimento a quem possa interessar as jardineiras de antigamente, eram coletivos intermunicipais. Não era transporte de bóias frias, mesmo porque, essa classe ainda não existia.
    Os trens (Sorocabana, Paulista, Araraquarense, Mogiana...) levava os viajantes até as estações das cidades tronco. Depois, havia as linhas de jardineiras que conduziam os passageiros entre umas e outras cidades.
    Os aventais, geralmente brancos (até hoje não sei por que brancos) e que eram denominados guarda-pó, como lembrou o nosso amigo/irmão Oswaldo, resguardavam parcialmente as roupas (e gravatas). O pó era aterrador!

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  28. Então, J. Morgado, continuamos sem saber porque chamavam-se "jardineiras". Sobre os guarda-pós que comentam, meu avô contava que nos trens de antigamente usavam também um capote de proteção, para evitar que faíscas atingissem e queimassem as roupas que vestiam. E viva o progresso!

    Bjos,

    Tatiana - Metodista - SBC

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  29. Olá Amigos

    Boa tarde

    Devido a insistentes pedidos, consegui descobrir a origem da “jardineira”.
    Abaixo um trecho.
    Mais abaixo o site.
    Um fraterno abraço
    Paz. Muita Paz.
    J. Morgado

    “(...) Mas por que Jardineira? Porque não eram chamadas de ônibus, nome de origem francesa, do final do século XIX, que significa “para todos”, remetendo a algo coletivo.
    Mais uma vez a história explica. Segundos profissionais mais antigos e a guia do passeio, o nome se dá por causa das operárias dos anos 30, da região da Mooca e Ipiranga, bairro antes cujo nome era escrito com Y. Y significava Rio e o restante do nome – Rio Vermelho.
    Os ônibus, com as laterais abertas, transportavam na ida e na volta as operárias, que usavam chapéus floridos.
    Por este formato de carroceria, toda aberta na lateral, e pelas flores dos chapéus, taxistas, artesãos, padeiros e até os próprios motoristas falavam que os ônibus pareciam jardineiras, e o nome pegou.
    O cheiro da gasolina, nesta época no Brasil os ônibus não eram a Diesel, misturava-se com o perfume das operárias”.

    http://onibusbrasil.com/blog/2009/07/07/dica-busologa-e-historica-passeio-em-onibus-jardineira-na-cidade-de-sao-paulo/

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  30. Muito interessante a explicação do J.Morgado sobre as jardineiras. A imaginação popular é fantástica para criar novos termos. Em Fortaleza, durante a II Guerra Mundial, quando lá havia a base aérea mista Brasil-EUA, e por onde passaram 20 mil militares norte-americanos, havia um baile nas tardes dos domingos para distrair os soldados. Colocaram um ônibus para percorrer os bairros recolhendo moças para o baile. Num instantinho esse ônibus ganhou o apelido de "marmita". Os jovens locais, enciumados com a concorrência dos loiros de olhos azuis, acharam esse apelido, explicando que "levava a comida dos americanos".
    Abraços!
    Milton Saldanha

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  31. No Chile micro-ônibus se chama buceta. Edward, por favor, não censura, porque lá é assim que chamam, não podemos fazer nada. Certa vez, quando eu trabalhava na Ford Brasil, tive em mãos cópia de um relatório de viagem que percorreu a companhia, como farra. Esse relatória a gente fazia para prestação de contas dos gastos de viagens. Um executivo chileno, que fazia um estágio por aqui, preencheu o relatório de uma dessas viagens de trabalho e lançou uma inédita despesa: "aluguel de buceta". A turma da área financeira explodiu de rir e passou cópia do relatório a alguém, que fez circular. O chileno não entedeu nada, até que lhe explicaram tratar-se daquilo que no Chile chamam de "concha". E avisaram: "numa próxima viagem você pode até alugar, mas jamais lance no relatório".
    Abraços!
    Milton Saldanha

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  32. Olá Milton!
    Por isso eu sempre digo aos meus amigos. Este blog do Edward é cultura pura. Vivendo e aprendendo. Fico imaginando... Se no Chile micro-ônibus tem esse nome, imagine um ônibus inteiro. Heehehehehehehehe.

    Abraços,

    Juninho - SAMPA

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  33. Enfim, J. Morgado decifrou o enigma e agora sabemos o significado de "jardineiras", apelido dado aos antigos ônibus. E para quem vai ao Chile e pensa em alugar um micro-ônibus, o Milton resolveu o problema.

    Bjos a todos...

    Gabriela - SP.

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  34. Olá , Edward !


    Muito obrigada por sua presença e palavras gentis ...

    Adorei seu blog , ótimos textos , uma exposição clara dos fatos.



    Feliz com sua presença.


    Bjo e Uma Noite de Paz ...

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