sábado, 24 de julho de 2010

SEXTA-FEIRA, 23 DE JULHO DE 2010

CARIDADE E AMOR AO PRÓXIMO



Assistindo a um programa de televisão onde é mostrado o desperdício de gêneros alimentícios e o aproveitamento destes por pessoas pobres, me veio à mente o Capítulo XVI, item 8 do “Evangelho Segundo o Espiritismo”. “DESIGUALDADE DAS RIQUEZAS” “A desigualdade das riquezas é um desses problemas que se procura em vão resolver, se não se considera senão a vida atual. A primeira questão que se apresenta é esta: Por que todos os homens não são igualmente ricos? Não o são por uma razão muito simples: é que eles não são igualmente inteligentes ativos e laboriosos para adquirir, nem moderados e previdentes para conservar.

É um ponto matematicamente demonstrado que a fortuna, igualmente repartida, daria a cada qual uma parte mínima e insuficiente; que, supondo-se essa repartição feita, o equilíbrio estaria rompido em pouco tempo, pela diversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-a possível e durável, cada um tendo apenas do que viver, isso seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e o bem estar da Humanidade; que, supondo-se que ela desse a cada um o necessário, não haveria mais o aguilhão que compele às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos, é porque daí ela se derrama em quantidade suficiente segundo as necessidades”...

O acima transcrito é apenas o primeiro parágrafo do item mencionado. A lição continua. No parágrafo terceiro destaca-se: “Deplora-se com razão o lamentável uso que certas pessoas fazem de sua fortuna, as ignóbeis paixões que a cobiça provoca”... O restante da lição, o leitor poderá continuar a ler no livro codificado por Allan Kardec, em 1864.

A reportagem aludida nos mostra os necessitados catando alimentos jogados no lixo e os aproveitando para suas refeições diárias. Muitos desses alimentos, principalmente verduras, legumes e frutas estão apenas levemente amassadas ou começando a apodrecer. Devidamente recuperados em parte saciam a fome de milhares de pessoas.

Entrevistado, um dos trabalhadores do entreposto comercial respondeu a uma pergunta do repórter: – Qual a razão da não doação dos alimentos imprestáveis para os pobres? Fugindo à resposta, disse: – Não sei.

Lembrei-me, então, de outra lição, esta de Emmanuel o mentor de Francisco Cândido Xavier, inserida no livro “Religião dos Espíritos” página 207, que tem como título “Campanha na Campanha”- Edição FEB-1988.

Essa página se baseia na Questão número 886 CARIDADE E AMOR AO PRÓXIMO, do “Livro dos Espíritos”, codificado em 1857, que diz: “Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade como entendia Jesus?”

– Benevolência com todos, indulgência com as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.

O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, porque amar ao próximo é fazer todo o bem que está ao nosso alcance e que gostaríamos que nos fosse feito. Esse é o sentido das palavras de Jesus: “Amai-vos uns aos outros como irmãos”...

Como disse antes, a lição continua e prossegue dizendo que “a caridade, para Jesus, não se limita à esmola. Ela abrange todas as relações com nossos semelhantes, sem inferiores, iguais ou superiores”...

Quanto à página mencionada, “Campanha na Campanha”, vejamos um pequeno trecho:

“Campanha”, além de outros significados na sinonímica, pode também figuradamente expressar “esforço para conseguir alguma coisa”.

Possuímos, desse modo, campanhas múltiplas no terreno da solidariedade, como simples dever; todas, porém, rogando a campanha da indulgência no âmago de si mesma.

Ouçamos, assim, o que nos diz semelhante campanha íntima:

• Ergue um lar que recolha os infortunados da via pública; entretanto não expulses do coração as vítimas do mal, para que o mal não as aniquile.

• Estende o prato reconfortante ao faminto; contudo, não te falte apoio moral para os sedentos de compreensão.

Estes são apenas dois dos treze elevados pensamentos constantes nessa maravilhosa e educativa (como sempre) obra ditada por Emmanuel ao nosso Francisco Xavier.

A leitura constante dos três livros mencionados nos trará, certamente, condições de entender a humanidade num todo. E, quando tomarmos conhecimentos de tragédias que se desenrolam em todo o mundo, nos lembraremos que nos encontramos em um estágio evolutivo ainda bastante precário. Um dia começaremos a sair deste período de expiação e provas e ingressaremos na etapa seguinte que é o mundo em regeneração. É evidente que isso não se dará como num passe de mágica. Os sinais serão imperceptíveis e serão poucos os que notarão a diferença. Provavelmente, as guerras serão em menor número; o analfabetismo e a fome começarão a ser erradicadas e os homens começarão a se respeitar uns aos outros...

Esses e outros sinais levarão talvez um, dois ou mais séculos para serem notados, mas, certamente começarão.
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*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista: jgarcelan@uol.com.br

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39 comentários:

  1. Meu caro J.Morgado: seu artigo é interessante porque abre vasto campo de discussão. A síntese dele seria a motivação, uns têm porque merecem, outros serão carentes porque não se equiparam de competência. Essa simplificação não entra no principal, que é a apropriação do trabalho. Ninguém emprega por ser bonzinho, e sim porque isso lhe proporciona ganhos, na clássica e conhecida teoria da mais valia, explicada no marxismo. A teoria exposta no primeiro parágrafo da sua crônica nega a realidade. Se todo rico fosse brilhante, competente e capaz, agregando evolução à sociedade, não existiriam os ricos meramente bandidos, ladrões, traficantes, oportunistas e safados. Nessa última categoria, na maioria dos casos, estarão pessoas desprovidas de qualquer cultura e preparo para um trabalho honesto. Predominam os semi-analfabetos. E se essa teoria fosse verdadeira os grandes cientistas e gênios das artes seriam todos muito ricos, e isso não acontece. Logo, a divisão da riqueza, da forma como ocorre na realidade, não se enquadra na forma simplória exposta nessa teoria da "Desigualdade das Riquezas".

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  2. Acidentalmente fechei meu comentário sem a cortesia da saudação final. Desculpe. Vai aqui meu abraço fraterno ao amigo J. Morgado!
    Beijos a todos!
    Milton Saldanha

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  3. Olá Meu Amigo Saldanha

    Bom dia

    Da forma em que você coloca seu comentário, é evidente que as coisas não se conjugam. Porém. Estamos falando de vida eterna. De espíritos imortais e evidentemente de reencarnação. Causa e efeito etc.
    Sei que você caro companheiro não acredita (ainda) na vida após a morte ou mesmo em Deus.
    Porém, isso não importa. O que vale (como já tive a oportunidade de lhe dizer) é o comportamento individual de cada ser humano. Mesmo que tenha como “crença” o ateísmo.
    Há uma novela passando na Rede Globo (18h00 horas) “Escrito nas Estrelas”, de cunho espiritualista (veja bem, eu disse espiritualista e não espírita) que mostra a reencarnação como fundo.
    A reencarnação não é uma invenção espírita.
    Mais de 2/3 da população mundial (de todas as religiões) acreditam na reencarnação.
    Somos espíritos eternos, sempre em evolução. O corpo é apenas um invólucro, nada mais. “Do pó viestes, ao pó voltaras”.

    Um fraterno abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  4. Tudo bem, caro J.Morgado, mas não entendi sua crônica com foco na reencarnação (outro assunto) e sim na divisão da riqueza, como trata o capítulo do Evangelho Segundo o Espiritismo, que você escolheu. Por sinal, um tema belíssimo e inesgotável. Na segunda parte você trata da caridade. Meus pais eram espíritas, e cresci vendo como os espiritas praticam a caridade de uma forma muito linda e comovente. O que não deve ser confundido com anteparo para a luta social, equívoco que a esquerda sempre cometeu. Na minha visão as duas coisas podem (e devem) caminhar juntas.
    Abração!
    Milton Saldanha

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  5. No que as pessoas acreditam, ou não, não tem a menor importância, exceto como exercício do raciocínio e desenvolvimento do pensamento. O que importa mesmo é a postura ética e moral de cada um.
    Um belo dia a todos!
    Milton Saldanha

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  6. Pois é meu irmão Milton, as provas que teremos que suportar para resgatar nossas imperfeições e nos aperfeiçoarmos são duras em razão daquilo que aprontamos como encarnados. “Colhemos aquilo que plantamos”
    A riqueza é uma prova duríssima. Provavelmente pior do que a pobreza. O indivíduo que nasce ou consegue a riqueza, terá que bem administrá-la. Caridade, benevolência e tolerância são os quesitos nobres. A arrogância é extremamente negativa. Se os indivíduos não se conscientizarem disso, provavelmente terá que resgatar seus erros como pobres ou doenças bem dolorosas.
    É difícil entender o que acabo de explanar se pensarmos apenas materialmente.

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  7. Olá meu amigo-irmão J. Morgado, um abração! Com muito prazer dedico os minutos que tenho para ler sua crônica, que vale a pena, e postar um comentário sobre o assunto tratado. Paro naquele parágrafo onde vc cita os alimentos hoje jogados fora que poderiam servir de alimentação para milhares de necessitados em todo o Mundo. Você conta Morgado, que um dos trabalhadores de um entreposto comercial não soube dar a resposta porque jogam tanto alimento ainda bom fora e não doam aos pobres.

    Coincidência! Hoje completa uma semana que fiz essa mesma pergunta para o encarregado de frutas, verduras e legumes do Carrefour, em Franca. Perguntei a ele se o hipermercado doava a sobra, que é muita em toda a rede, para algum asilo, ou instituição de caridade para que pudessem ser aproveitados. Ao contrário deste funcionário do entreposto citado em seu texto, o encarregado do Carrefour me forneceu a resposta. Disse-me que isso no começo era feito, depois surgiram sérios problemas e a rede passou a jogar a sobra fora.

    Quis saber quais eram esses problemas. Ele me disse que um deles, que mais pesou nesta decisão da rede, foram alguns processos contra o hipermercado, com a alegação que pessoas estavam se intoxicando com alimentos deteriorados. Isso mesmo, caro amigo. Recebem frutas, verduras e legumes de graça, não cuidam e ainda processam o hipermercado que fez a doação. Não seria mais fácil, pergunto, estas instituições de caridade que recebiam esses alimentos contratar alguém para selecionar o joio do trigo? Ou seja, o que se poderia aproveitar ou não? Hoje, no Brasil, jogavam-se toneladas de alimentos bons no lixo. É mais cômodo fazer isso, melhor do que ser processado acusado de fornecer alimentos inadequados às pessoas... Infelizmente!

    O assunto vai longe, na sexta-feira meu tempo é curto, mas prometo voltar ao assunto logo mais, no final da tarde.

    Um forte abraço, meu irmão e parabéns pela crônica...

    Edward de Souza

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  8. Peço licença ao J. Morgado, que publica hoje mais uma excelente crônica neste espaço, para fornecer um endereço que fiquei devendo na postagem anterior e que saiu incompleta. Como muitos reclamaram, aí está o endereço: www.quatrocantos.com/lendas/ _milagre_batismo_valentino_mora.ht

    Um ótimo final de semana para todos...

    Obrigada J. Morgado!

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  9. Boa tarde Crianças.
    Olá J.Morgado,como sempre sua crônica traz assuntos interessantes e nos faz refletir sobre o que estamos fazendo para que a vida de muitos se tornem menos difícil.
    Há pouco mais de um mês Edward soube que a rede Savegnago da Avenida Brasil,doa alimentos que ainda possam ser consumidos,a família vai até a rede, faz um cadastro e participa das doações,quem me contou foi a mãe de um aluno meu que está passando por necessidades,segundo ela a doação acontece duas vezes por semana, é o suficiente para uma família grande,relatou ainda que por ser uma quantidade grande,ela divide com uma vizinha que ainda não foi selecionada para receber a "cesta".
    Olha J.Morgado sonho com o dia em que a fome,as guerras o analfabetismo sejam um fato do passado,pois Graças a Deus nunca passei fome,mas convivo com inúmeras crianças carentes que relatam não querer ir embora da creche no final da tarde por não ter o que comer,dói ouvir isso,imagina o que essas crianças não passam nos fins de semana?
    Dói também assistir reportagens onde toneladas de alimentos são enterrados, porque o prazo de validade se esgotou,pura incompetência,deveriam distribuir aos carentes,mas ao que parece preferem jogar fora.Que Pena.
    Sei de várias pessoas nesse blog que são iluminadas e graças á Deus realizam trabalhos lindíssimos como voluntários e prol dos menos necessitados.
    Sei que não deve saber a mão direita o que faz a esquerda,mas o João como todos sabem dispõe de um lindo trabalho social,e o Professor João Paulo também é um ser humano que se preocupa e faz algo pelos carentes.
    Parabéns pela crônica J.Morgado.
    Abraços a todos.

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  10. Boa tarde, amigos e amigas!

    J. Morgado, como sempre, aborda temas de altíssima relevância. E hoje fala da caridade, a mais importante e valiosa das três virtudes teologais - fé, esperança e caridade.

    No mundo tão conturbado de hoje, as desigualdades estão cada vez mais aparentes. Sobrevivem as individualidades e quase ninguém quer saber de compartilhar e dividir. Só quem sabe o valor da solidariedade e da caridade é que tem prazer em partilhar e amenizar a necessidade do próximo, porque a percebe e se sensibiliza.

    Vejam bem, não estou falando em esmola. Refiro-me à virtude da caridade e da percepção do outro como pessoa a quem é possível ajudar a levantar-se e seguir em frente, a construir-se como pessoa digna, pelo seu próprio trabalho.

    Espero que algum dia seja possível que todos vivam dignamente e em harmonia, por obra da justiça social e do conhecimento, que se traduzem em paz permanente.

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  11. Waldir S. Paludetosexta-feira, 23 julho, 2010

    Olá J. Morgado.

    Que sua saúde física esteja prontamente restabelecida.

    Com a plena consciência de que este mundo ainda é classificado como de Provas e Espiações, seu comentário de hoje soa como um convite à renovação de conceitos.

    O homem comum luta diuturnamente para satisfazer suas (e da família) necessidades básicas materiais, e, ainda não satisfeito, almeja riquezas outras da mesma natureza para dar azo à vaidade e ao orgulho. Ainda não desconfiou que seu futuro "paletó de madeira" não terá gavetas. Assim, tudo que amealhar no campo material ficará para os herdeiros que, quiça, aprontarão uma tremenda desavença para repartir tais bens.
    A máxima de Jesus, que nos convida a amealhar tesouros nos céus, onde a traça não roe e os ladrões não roubam, precisa ser vivenciada com mais vigor, pois uma vez desligado da matéria, nos depararemos com nossa verdade "nua-e-crua".
    Nesse diapasão, a prática da caridade e amor ao próximo, é de estilo e consubstancia na moeda corrente no plano espiritual como bonus inalienável e intransferivel.
    Assim, nos é lícito desfrutarmos dos bens materiais aquinhoados, mas quem quiser evoluir espiritualmente há que exercitar a caridade na sua verdadeira expressão evangélica, ou seja, amar ao próximo como a nós mesmos e fazer aos outros tudo que gostaríamos que nos fosse feito. E olha que a caridade material é a mais fácil de fazer, pois a caridade espiritual, que consiste em enchugar lágrimas e cicatrizar feridas, é que nos tornará mais dóceis e pacíficos, nos credenciando a subir na escada de Jacó.
    Parabéns JMorgado, pelo tema abordado, e este amigo está atento para aprender e procurar colocar em prática os ensinamentos.

    Abraço fraterno.

    Waldir S. Paludeto - Franca-SP

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  12. Prezado J. Morgado!
    Sua crônica desta sexta-feira é mais uma lição que precisamos assimilar. No entanto, penso que, no Brasil, preciso também que se ensine milhares de pessoas a pescar. Só dar o peixe não resolve. Vão querer o peixe assado e servido em sua mesa, na hora da refeição. Foi o exemplo que o Edward citou logo acima. A rede de hipermercados doava alimentos cuja validade estava para vencer. Com carinho e a necessidade de quem precisa de ajuda, bastaria que fizessem uma seleção do produto doado para poder ter o suficiente para muitos se alimentarem. Isso não é feito e sobra para quem doa, processos. Nosso País é muito bom. Aqui em Votuporanga tem um senhor casado, com cinco filhos que mantém toda a família sabe como? Catando papelão nas ruas e vendendo. Os sindicatos vivem metendo o pau nos patrões e provocando desemprego em massa nas indústrias, se esquecendo que se não tivermos patrões, vamos ficar sem emprego. Muitos patrões foram empregados um dia e souberam economizar e aplicar o que ganharam. Seria justo quem luta diuturnamente dividir o que ganha com vagabundos? Hoje são milhares que fogem do serviço para viver de bolsas esmolas. Ruim para eles, péssimo para o País que fica sem mão de obra e não avança para o progresso. Fazer caridade e dividir o que se ganha com os menos favorecidos pela sorte, concordo. Mas ver a quem se doa é preciso também, para não repetirmos o efeito das bolsas esmolas do Lula. Ou seja, criar mais vagabundos neste Brasil.

    ABÇS

    Birola - Votuporanga - SP.

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  13. Boa tarde, J. Morgado!
    Permita-me continuar o assunto abordado em seu texto sobre alimentos jogados fora ao invés de serem doados para os mais necessitados. O Edward e o Birola abordaram bem este assunto. Esclareço que existe projeto de lei em tramitação há dez anos no Congresso Nacional que poderia ajudar a evitar o desperdício de alimentos. Para estimular a doação de alimentos excedentes, a chamada Lei do Bom Samaritano prevê que uma empresa não pode ser punida quando age de boa-fé. Dessa forma, os empresários seriam eximidos de responsabilidade civil e criminal em caso de danos causados pela conservação inadequada dos alimentos, por quem os recebeu, por exemplo. Hoje os mercados e as grandes indústrias não doam, porque têm receio, conforme explicou muito bem o Edward. É preciso cobrar urgência na aprovação desta lei. Que eu saiba, ainda não foi aprovada.

    Mais ainda e é de estarrecer. Pesquisas recentes, J. Morgado e amiguinhos do blog, apontam que 69 milhões de quilos de alimentos foram desperdiçados por dia no Brasil em 2008, quantidade suficiente para alimentar 33 milhões de brasileiros. Para reduzir o problema do desperdício, é preciso fazer mudanças, tanto em termos de legislação como de políticas públicas, do contrário vamos continuar jogando alimentos fora enquanto milhares passam fome neste país.

    Bom final de semana e parabéns pelo texto...

    Tânia Regina - Nutricionista - Ribeirão Preto - SP.

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  14. Boa tarde J. Morgado e Tânia Regina!
    Alimentação é bem sua área, Tânia e vc mostrou números que realmente assustam. Toneladas e mais toneladas de alimentos desperdiçados em nosso Brasil, um luxo que não podemos ter, está claro. Uma coisa é certa. Se o patamar de crescimento populacional continuar a ritmo de hoje e o mesmo acontecer com o crescimento das colheitas, vão escassear alimentos fundamentais, como arroz, feijão, trigo e até soja. Embora haja quem defenda que não falta comida no mundo e sim justiça na sua distribuição, a realidade é que cada vez mais áreas se desertificam e o clima muda prejudicando a agricultura.

    Vivemos numa sociedade nada campesina, onde a cidade atrai multidões com seu fascínio e oportunidades. Com isso, falta quem plante e colha, falta quem se dedique à atividade agrícola, deixando esse segmento apenas nas mãos do agronegócio que está mais preocupado com lucros do que com uma futura e provável fome no planeta.

    Um bom final de semana a todos!

    Michelle - Florianópolis - SC

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  15. LUIZ ANTÔNIO DE QUEIROZsexta-feira, 23 julho, 2010

    Caro J. Morgado,

    O Milton Saldanha, ao fazer cometário sobre o primeiro parágrafo do seu texto, tira da exceção um ponto para se opor ao pensamento de Kardec que em linhas gerais mostra a diversidade de competências e talentos. Tem pessoas que usam a inteligência, que foi citada, para se enriquecer de forma desonesta. Existem também pessoas inteligentes, como cientistas, que não sao ativos para se enriquecer. Se ler o texto com cuidado vai perceber isso. Portanto, Kardec deve ser estudado de forma mais aprofundada.

    Abraço fraterno,

    Luiz Antônio de Queiroz
    Franca-SP

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  18. Admiro e respeito as crônicas escritas pelo J. Morgado, embora, em cada uma delas, sempre a dúvida sobre o que comentar. O desperdício de alimentos? Desigualdade de riquezas? Caridade e amor ao próximo? Fico com este último, para relatar o ocorrido com uma vizinha faz alguns anos. Eu ainda morava no Rio de Janeiro, antes de me mudar definitivamente para Botucatu. Uma senhora de quase 80 anos de idade que durante sua vida inteira praticou a caridade. Chamava-se D.Carolina. Era viúva. Esse o seu perfil. Sua casa vivia cercada por mendigos e como D. Carolina tinha uma boa situação financeira, além da pensão gorda do marido, que era fiscal federal, tinha várias casas e até apartamentos alugados. Tenho a impressão que investia mais de 80 por cento do que ganhava para ajudar os necessitados. Padres a adoravam, colaborava ativamente com as "reformas constantes da igreja do bairro". Dona Carolina se esqueceu que os tempos mudaram e a violência se alastrou para todos os cantos. Foi encontrada morta na sala de estar, estrangulada. Sua casa saqueada, nada ficou intacto. Menos de 20 dias após o bárbaro crime, quatro mendigos foram presos e confessaram o crime. Contaram em detalhes como trucidaram a pobre velhinha. Esse o preço que D. Carolina pagou por ser caridosa e pela sua bondade em pleno século XXI.

    Abraços

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  19. Bom dia amigos deste blog...
    Pouco mais de 5h30 desta manhã de sábado. Acabo de excluir 8 comentários postados no final da noite desta sexta-feira. Uma discussão com troca de ofensas entre dois participantes que usavam pseudônimos foi o motivo desta minha atitude. Em momento algum abordaram o assunto tratado nesta crônica escrita pelo amigo-irmão J. Morgado, bom que eu explique. O blog é democrático, está liberado para os comentários e vai ser sempre assim, porém, não vamos permitir troca de insultos, muito menos baixaria neste espaço, deixo mais uma vez isso bem claro.

    Estamos atentos e sempre que isso ocorrer vamos intervir e retirar da página de comentários os participantes que não seguirem a norma estabelecida desde o início por este blog. Quero também pedir desculpas por ter excluído o comentário da Renata, da Metodista de São Bernardo do Campo, que pedia a intervenção dos responsáveis pelo blog contra as postagens ofensivas verificadas no final da noite passada entre esses dois participantes. A Renata vai entender que as providências foram tomadas, por esta razão, não havia mais motivo deixar sua crítica registrada neste espaço.

    Feito este esclarecimento, a crônica do amigo-irmão J. Morgado continua postada. Tenho certeza que o nível cultural será mantido e outros comentários inteligentes, como muitos já aqui deixados, serão postados no decorrer desta edição de final de semana.

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  21. Bom dia, J. Morgado, maravilhosa sua crônica. Permita-me incluir esse texto bíblico, por favor: "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.

    Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada.

    Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria!

    A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante.

    Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade.

    Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

    A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará. A nossa ciência é parcial, a nossa profecia é imperfeita. Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá.

    Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança.

    Hoje vemos como por um espelho, confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido.

    Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade.

    Extraído da Sagrada Escritura Cristã - Evangelho de Jesus Cristo (1 Coríntios, 13)"

    Bom fim de semana!

    Giovanna - Franca - SP.

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  22. Marcia Regina Torressábado, 24 julho, 2010

    "Aprendemos e ensinamos caridade em todos os temas da necessidade humana. Façamos dela o pão espiritual da vida."
    (Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)

    Marcia Regina Torres - Curitiba - PR

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  24. O 37º homem mais rico do mundo, segundo a Forbes, já não é mais o mesmo. O co-fundador da Microsoft, Paul Allen, se juntou novamente ao colega Bill Gates ao anunciar que destinará sua fortuna para caridade após a sua morte. Conhecido por não economizar na hora das extravagências - afinal o céu e cerca de 13,5 bilhões de dólares são o limite - o bilionário tem mudado seu estilo de vida desde o anúncio de que está em tratamento contra um linfoma, no fim do ano passado.
    Afastado do corpo executivo da empresa desde 1983, quando foi diagnosticado com câncer pela primeira vez, Allen informou em comunicado na quinta-feira (15) que a maior parte dos seus bens irá continuar sustentando o trabalho da fundação que leva seu nome e também financiar pesquisas sem fins lucrativos.

    Além dos planos filantrópicos recém-anunciados, Allen tem diminuído seus investimentos em novos projetos e o consumo desenfreado, atitudes que lhe deram a fama de "extravagante".
    É de propriedade dele um dos maiores iates particulares do mundo, de nome Octopus, com dois heliportos, um atracadouro para lanchas e um pequeno submarino, que custou cerca de 200 milhões de dólares na época. Como amante dos esportes, ele possui um time de futebol americano, o Seattle Seahawks, um de futebol, o Seattle Sounders F.C., e um de basquete, o Portland Trail Blazers.

    Foi dele também o financiamento da SpaceShipOne, a primeira nave espacial construída pela iniciativa privada. Se ele investe na vida real, também o faz na ficção científica, com a fundação em 2004 do Museu da Ficção Científica, em Seattle, que possui a cadeira original do capitão Kirk (série Jornada nas Estrelas) e figurinos e artigos de filmes clássicos como Guerra nas Estrelas (Star Wars), Blade Runner - O Caçador de Andróides e Planeta dos Macacos.

    O anúncio de Paul Allen acontece após o pedido de Gates e Warren Buffett no ano passado para que outros bilionários doem a maior parte das suas riquezas, seguindo o exemplo deles.

    http://portalexame.abril.com.br/negocios/noticias/paul-allen-deixa-vida-excentrica-planeja-caridade-enquanto-enfrenta-doenca-579358.html

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  25. Boa noite!
    Eu não deveria estar aqui sem a permissão do meu mestre e professor de medicina e psiquiatria da universidade de São Paulo, Dr. Miguel arcanjo, que neste final de semana descansa em seu aprazível rancho no Texas. Mas, a conclusão que eu consigo enxergar em relação à caridade e amor ao próximo, é que o cérebro ignora as reações que não são aprazíveis aos desejos dos interesses do cidadão que cultua a usura.
    Esses cidadãos são constantemente ludibriados pelos falsos valores que reluzem nas retinas opacas, gerando falsos caracteres, que em consequência mandam apagadas informações para o crípton cerebral inferiores. O crípton, em ação continua na anormalidade manda uma falsa resposta em conjunto com o aneoformeno, que tira dos radicais a liberdade, transformando-os em prisioneiros da razão. Essa falta de elucidação radicaliza a ação dos neófitos, que são responsáveis pela pressão intracraniana, gerando a inconsciência da razão. Uma vez sem razão, o excesso de adrenalina compulsiva alimentado pela caloria gerada pela pressão dos alvéolos, deixa as ações como a caridade e o amor ao próximo, sempre para uma segunda oportunidade, atrofiando assim a capacidade de amenizar o sofrimento egoístico alimentado pela ilusão de um cérebro falido.

    Meus sinceros cumprimentos ao Senhor J. Morgado pelo desenvolvimento de tão brilhante texto!

    Dr. Sebastião Honório - Psiquiatria

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  26. Gente, na qualidade de sua paciente, tenho que reconhecer que por muitos anos, meu cérebro esteve atrofiado e desprovido de filtros para poder distinguir os verdadeiros valores da vida. Deixei-me arrastar pelas correntes econômicas que me impeliam a gastar compulsivamente. Adquiri coisas que nem sabia para que serviam. Estourei todos os cartões de crédito do meu marido. O meu casamento foi para o beleléu o dia que comprei um bezerro de ouro para enfeitar a minha sala de estar. Meu marido disse: o bezerro, ou eu! Não tive dúvida, fiquei com o bezerro.
    Graças ao Dr. Sebastião Honório, estou melhorando e até faço trabalhos comunitários, distribuindo cestas básicas e tickets refeição.
    Tenho fé que logo estarei totalmente curada. Sinto-me mais feliz e realizada, pois é muito bom fazer o bem para os meus semelhantes e esquecer um pouco da minha vaidade pessoal.
    boa noite.

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  27. Caríssimo mestre J.Morgado: Parabéns por seu aniversário! Felicidade, é o que importa.
    Grande e caloroso abraço!
    Milton Saldanha

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  29. Parabéns a você ..
    Nesta data querida..
    Muitas felicidades, muitos anos de vida.
    Galera do Curinthia!!!

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  30. Obá mais um gooooooooooooooooooollll.
    Feliz aniversário J.Morgado.

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  31. Maria do Perpétuo Socorrosábado, 24 julho, 2010

    Já pedi para minha mãezinha não esquecer de você nas orações.
    Feliz aniversário J. Morgado.
    Estou louca para chegar o aniversário do chuchuzinho do Milton Saldanha ai ai.
    A esperança é a última de morre. Desta vez eu danço com ele no Clube Homs ai ai.

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  32. Gente eu to maluca mesmo!!!!!! Preciso fazer uma retificação. Meu nome não é Maria Maluf, digo Maluca. Meu nome certo é MALUCA BELEZA.
    O Dr. sebastião Honório já mandou suspender a minha medicação, porque está fazendo efeito contrário.
    Hoje vai ter festa de arromba aqui no sanatório, porque ficamos sabendo que é aniversário do Sr. Morgado. Aqui todos são fãs dele e costumam fazer o Evangelho no Lar.
    Transmito a ele os cumprimentos de todos os meus amigos e amigas malucas deste nosocômio.
    ass: Maluca Beleza.

    PS: aqui o computador faz parte da terapia.

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  33. Oi Socorrinho: está chegando o dia... 7 de agosto. Está treinando seu tango?
    Besito grande!
    Milton Saldanha

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  34. Maria do Perpétuo Socorrosábado, 24 julho, 2010

    Ai ai ui ui que calor repentino.
    Meu chuchuzinho sou aluna do professor Ian aqui em Campinas.
    Ai que calor.

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