quarta-feira, 9 de junho de 2010

Depoimento de Garcia Netto-jornalista-radialista e escritor:

"Pode qualquer pessoa com sensibilidade, qualificar como glorioso o nível de um blog que obteve o privilégio de divulgar o último magistral trabalho de José Marqueiz. Não participo do pensamento que este ou aquele capítulo de sua narração, legado aos pósteros, tenha maior ou menor qualidade. O fato de ser publicado em uma série não divide em partes o todo de uma história, verdadeira, fiel, honesta, com o testemunho de muitos que partilharam com ele a coexistência. Marqueiz revelou antes de partir, suas qualidades profissionais, seu apego ao amor recebido e doado, aos prazeres da vida e seu desprendimento aos objetivos materiais. Não precisou de nenhuma ajuda para apontar suas mazelas que assumiu com independência, hombridade e altivez na obra literária que agora divide com todos nós. Como avaliar sua compunção do relato em “Memória Terminal”? Seria apenas um ato de coragem a desculpar-se com os mais próximos? Pode não ser somente isto. A grandeza de seu espírito pode ter atinado com a urgência nobre, - como era seu silencio e ausência de queixas - de passar mensagem de previdência com a sólida base de comedimento para o futuro. Como ninguém morre tendo aprendido tudo, estou aprendendo com Marqueiz".
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Deixei o Hospital do Câncer após vencer a primeira etapa do tratamento radioquimioterápico. Já havia emagrecido cerca de dez quilos e minha pele estava com uma cor pálida, ressaltada ainda mais com o olho esquerdo estático, devido à paralisação da face esquerda. Vim direto para casa. Minha mulher dirigindo o carro e eu deitado no banco traseiro, enfraquecido. O prazo para ficar em casa, só tomando medicamentos contra a dor na cabeça era de 21 dias. Depois, o retorno para a segunda etapa. Ao todo, cinco. Fiquei pensando quando se constatou, pela primeira vez, a existência do tumor.
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O médico Mauro Ikeda marcou a cirurgia para o dia 16 de dezembro de 2003, sem antes perguntar se eu não gostaria de passar as festividades do Natal e do Ano Novo e só depois passar pela cirurgia. Não hesitei e, ainda com receio, enfrentei com uma certa serenidade aquela situação. Essa operação, conforme me informaram depois, demorou onze horas, indo da manhã até a noite do mesmo dia. Do centro cirúrgico, me encaminharam diretamente para a Unidade de Terapia Intensiva, onde permaneci por mais doze horas. Na UTI sentia estar amarrado dentro de uma jaula e transpirava de forma ardente, sem poder mexer as mãos, atadas justamente para paralisá-las e evitar o toque em algum ponto sensível.
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Quando me colocaram numa cadeira de rodas e me levaram para a parte externa da UTI, quem me aguardava era a Ilca, os olhos avermelhados, as pálpebras arroxeadas, não sei se de cansaço ou por haver chorado pela situação que eu enfrentara e continuava enfrentando. Ela tentava um diálogo comigo, mas, percebi, eu estava sem voz. Fiquei com receio de nunca mais poder falar. Horas depois fui levado para a enfermaria, me colocaram deitado em uma cama, onde permaneci imóvel, desta vez com receio de se movimentar e prejudicar a intervenção cirúrgica. Não demorou cinco dias e recebi alta, com um aparelho para facilitar a articulação da voz e de uma sonda, para poder ser alimentado com uma comida líquida, já industrializada, importada da Holanda.
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Menos de uma semana em casa, segui novamente para o hospital para medicação e retirada de alguns pontos. Só nos dias seguintes, é que retiraram a sonda. Comecei então a frequentar, diariamente, a fonoaudiologia e em poucos dias era dispensado. Passei um bom tempo só me alimentando com sopa ou outro tipo de alimentação líquida. Mesmo assim, três meses após a cirurgia, já voltara ao trabalho, fazendo reportagens para a revista Jornauto, especializada no setor automotivo. Sentia-me tão bem, que viajei inclusive para outros Estados brasileiros e, onze meses após a minha alta do hospital, embarcava para Buenos Aires, junto com a Ilca, para cobrir jornalisticamente uma feira internacional de autopeças. Nem podia imaginar uma recuperação tão rápida e comemorei, para espanto de minha mulher, tomando cerveja em demasia.
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Nos anos seguintes, 2005 e 2006, vivi e trabalhei normalmente. Ainda nos últimos meses de 2006, estava na redação do ABC Repórter, um novo diário que circulava nos sete municípios do ABC Paulista, sob a direção de Walter Estevam Júnior, um conhecido desde a década de 80. Sinceramente, não poderia reclamar de nada, até que comecei a sentir dificuldades em ouvir do lado esquerdo, justamente o local onde havia sido operado anteriormente. Perdi tempo, como já disse, com médicos que nada entendiam de câncer, e quando eu fazia correlação entre essa deficiência e a cirurgia, desdenhavam, alegando que eu estava paranóico.
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Agora, é que percebo como será longo e dolorido esse tratamento. Mas não posso esmorecer. Dizem para ter fé em um ser superior, capaz de me acalentar e me salvar. De que adianta eu fingir crer nesse todo poderoso. Estaria me enganando e vivo uma fase em que não pode haver engano. Nesses dias, nessas três semanas, período chamado pelos médicos de reservado para o repouso, pretendo mesmo direcionar meu pensamento para coisas belas, amenas, que possam me restituir o ânimo, a esperança, sim, a esperança de que um dia eu voltarei a ser um homem normal – e só agora é que sei da importância em ser normal!
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Lembrar o passado chega a fazer bem para uma pessoa com tempo ocioso obrigatório. O que me preocupa é a falta de dinheiro para a compra de medicamentos. Estou tomando cinco tipos de remédios, três vezes ao dia. Esse procedimento me prende o intestino e começo a sentir cólicas constantes, que me irritam e me tiram a confiança em sair de casa ao menos para um passeio na praça. Receio apelar para o uso de algum banheiro de bar ou padaria ou, pior ainda, não encontrar sanitário disponível e, como consequência, evacuar nas calças, o ocorrido há muitos anos, quando de uma violenta diarréia por causa de excesso de bebida e falta de comida.
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Fora o problema intestinal, sinto estar perdendo a libido e a potência sexual. Não tenho atração sexual desde quando do início desse problema, com o tratamento quimioterápico em longo prazo. Desconfiando, pego a bula dos remédios. Todos alertam para não dirigir veículos automotores em decorrência das prováveis tonturas e, o considerado mais agravante, essa afetação no desejo sexual. De imediato, procurei contato com o urologista Giordano Zanin, a quem conheço há mais de uma década e que se tornou meu amigo e confidente. Contei-lhe sobre a minha situação, e ele me confortou dizendo ser natural a falta de ereção devido ao meu estado de fraqueza. É só você ganhar peso e tudo voltará ao normal, me confortou. Sai de seu consultório mais tranquilo e disposto a ganhar peso o mais rápido possível para poder voltar à ativa, sexualmente falando.
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Fiquei, então, a lembrar da minha estada em Manaus. Era ainda um jovem, com vinte e cinco anos incompletos. Barba e cabelos negros e compridos, chamava a atenção das mulheres quando caminhava pelas calçadas da Zona Franca, sob um calor de quase quarenta graus. Mesmo sob essa alta temperatura, não deixara de tomar cachaça e outras bebidas que chegavam a queimar o organismo. Era forte, resistia.
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Ao chegar a Manaus, me hospedei em um pequeno hotel e, dali, segui para redação do jornal A Crítica – um dos principais do Amazonas -, onde fui recebido pelo jornalista Manoel Lima, então redator deste jornal e correspondente de O Estado de S. Paulo. Lima se dispôs a me ajudar na procura de uma hospedagem. Depois de zanzarmos bastante por Manaus – tinha o dinheiro suficiente para arcar com dois pernoites bem baratos – consegui um quarto em um local próximo ao porto de Manaus e não muito distante da Escadaria dos Remédios, bastante frequentado por prostitutas e vagabundos. Não tinha outra escolha e acertei com a proprietária, mesmo sob o olhar repulsivo de Lima – ele não se convencera de que o novo correspondente do Jornal do Brasil chegasse tão pobre a ponto de não poder pagar o aluguel de um quarto de um hotel destinado à classe média, ao menos.
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A notícia chegou ao diretor do jornal A Crítica, o jornalista Umberto Calderaro, que de imediato me ofereceu um emprego como repórter. Ainda nesse mesmo dia, procurei o empresário amigo de Rubens Rodrigues dos Santos e lhe entreguei o bilhete. Não sei, realmente, o que estava escrito, mas deveria relatar um pouco de minha precária situação. Bastante educado, esse empresário elogiou Rubens dos Santos e, educadamente, me ofereceu certa quantia em dinheiro - dizendo estar devendo ao amigo de São Paulo -, o suficiente para eu passar um bom tempo em Manaus, sem precisar da ajuda de mais ninguém.
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No dia seguinte, Calderaro me convidou para um passeio, em sua grande e potente embarcação, pelas águas dos rios Negro e Solimões e, pela primeira vez, pude ver o famoso encontro das águas amareladas e enegrecidas desses dois rios. Uma beleza de espetáculo. Ainda nesse barco, tomamos aperitivos e almoçamos – peixe preparado pelo comandante da embarcação, que também exercia a função de cozinheiro.
Chegamos próximo à desembocadura do rio Amazonas e, depois, regressamos. Fomos direto para a redação e, para minha surpresa, me pediram para fazer uma matéria de quatro laudas – na época, 1975, redigia-se em máquinas de datilografia e media-se o tamanho das reportagens por laudas padrão de vinte linhas.
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Mesmo pego de surpresa, uma vez que não havia feito nenhuma anotação sobre esse que julguei ser apenas um passeio de boas-vindas, escrevi o solicitado e mostrei, sem querer me expor, a minha capacidade em elaborar um texto longo, relatando a beleza de um cenário esplendoroso, mas visto como algo comum pelos habitantes locais. Esse acontecimento serviu, também, para desmentir a tese, defendida por muitos, de que o repórter precisa conhecer a região para escrever sobre ela e não cometer deslizes. Lamentável engano. É o profissional de imprensa encantado pelo novo, pelo diferente, que retrata com mais argúcia e pormenores tudo visto ao redor por onde passa, enquanto que o habitante local, sequer vê beleza naquilo onde só a beleza impera...
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Na próxima quarta-feira, o nono capítulo de Memória Terminal, do jornalista José Marqueiz, Prêmio Esso Nacional de Jornalismo, falecido em 29/11/2008. O Prêmio Esso de Jornalismo é o mais tradicional, mais conceituado e o pioneiro dos prêmios destinados a estimular e difundir a prática da boa reportagem, instituído em meados da década de 50, num contexto desfavorável à marca do patrocinador, então associada à campanha contra a nacionalização do petróleo do qual participavam várias multinacionais. Originalmente chamava-se Prêmio Esso de Reportagem e contemplava apenas a mídia impressa, mesmo a Esso possuindo um programa radiofônico (O Repórter Esso), mais tarde exibido também na televisão, o mais importante informativo eletrônico da época. A partir de 2001 foi criado um prêmio Especial de Telejornalismo. Também há premiações regionais, instituídas desde a segunda versão. (Edward de Souza/ Nivia Andres) Arte: Cris Fonseca.
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35 comentários:

  1. Bom dia amigos (as) deste blog...
    Chegamos nesta quarta-feira ao oitavo capítulo desta série imperdível escrita pelo saudoso amigo, jornalista José Marqueiz, Prêmio Esso Nacional de Jornalismo. No capítulo anterior, depois de ler todos os 40 comentários que foram postados, prendeu minha atenção um deles, feito por outro bom amigo e conterrâneo, jornalista, radialista e escritor, Garcia Netto. Sem pedir sua autorização, resolvi postá-lo na abertura deste capítulo, porque retrata com rara beleza o que foi em vida José Marqueiz, um grande amigo e extraordinário profissional de imprensa.

    Explico ainda que resolvi postar esse depoimento agora pela manhã, por isso a falta de tempo de pedir ao Garcia Netto a autorização, que tenho certeza, seria dada. Muitas emoções serão ainda mostradas durante o decorrer desta série que está sendo acompanhada sempre por mais de 500 leitores diariamente, principalmente pelos amigos e amigas jornalistas que conheceram José Marqueiz e por estudantes ávidos em aprender um pouco mais acompanhando a vida e o trabalho de um Prêmio Esso Nacional de Jornalismo.

    Nesta sexta-feira começa a Copa do Mundo na áfrica do Sul, agora com Mandela na tribuna para assistir ao jogo de abertura entre a seleção anfitriã e México. Nosso blog já está pronto para acompanhar a Copa e na sexta escrevo sobre as emoções que nos esperam neste mês em que o Mundo pára para ver a bola rolar. Não deixem de acompanhar “O Blog na Copa”, com todos os nossos articulistas em ação, entre eles, Nivia Andres, Milton Saldanha, J. Morgado, Garcia Netto, João Paulo de Oliveira, João Batista Gregório, Guido Fidelis, entre outros. As ilustrações sempre aos cuidados da nossa querida e competente Cristina Fonseca.

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  2. Edward, obrigada pela foto. Éramos jovens e felizes! Trouxe tantas lembranças e muita emoção. Com carinho, Ilca

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  3. Bom dia Edward!
    Percebi no texto mais uma vez que José Marqueiz usa franqueza e vai direto ao assunto, sem se preocupar se vai agradar esse ou aquele. Como num dos tópicos, que vc inclusive usou na chamada, quando escreve, "dizem para ter fé em um ser superior, capaz de me acalentar e me salvar. De que adianta eu fingir crer nesse todo poderoso. Estaria me enganando e vivo uma fase em que não pode haver engano". Ficou bem claro, José Marqueiz não acreditava em Deus. E isso já foi discutido neste blog, se não me engano pelo jornalista Milton Saldanha e pelo Professor João Paulo. Trata-se de uma opção de cada um e não nos cabe fazer um julgamento. A série é excelente e a cada capítulo fica melhor. Continuo seguindo.

    Bjos,

    Daniela - Rio de Janeiro

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  4. Oi Daniela, ele acreditava sim, tinha inclusive uma imagem de seu padroeiro, São José, no quarto. Mas, naquela fase, ele não tinha era esperanças.

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  5. Edward, vou lhe confessar, depois de acompanhar com atenção esse capítulo de hoje, fiquei emocionada ao ler o pequeno, mas significativo comentário acima da Ilca: "Éramos jovens e felizes!", foi a expressão que usou. Fico imaginando como deve bater forte o coração da Ilca ao ver as fotos que vc posta e ler o texto escrito pelo homem que foi seu companheiro por muitos anos, aqui no blog. E em quase todos os capítulos Marqueiz cita a Ilca, como no de hoje. Ilca, achei vc linda. De rosto, corpo e alma!

    Beijos, querida, e muita força para prosseguir!

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  6. Amigas e amigos, bom dia a todos! O depoimento do José Marqueiz, a cada capítulo, se transforma numa preciosidade. Contém lições para se parar e pensar durante horas. Nisso está sua maior generosidade: passar a experiência. Quem for atilado assimila, com a vantagem de ganhar só o ensinamento, sem ter passado pelo sofrimento. Considero esta série a grande reportagem da vida dele. Obrigado Ilca!
    Abraços!
    Milton Saldanha

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  7. Ilca, minha querida amiga, você está sendo importante nesta postagem de hoje com seus esclarecimentos. Amigo seu e do Marqueiz muitos anos, confesso-lhe que, quando li o trecho em que Marqueiz mostrava sua descrença em Deus, fiquei surpreso. Como disse a Daniela, nada a recriminar se assim era o seu pensamento. Cada um de nós com o seu direito de acreditar ou não em Deus e é preciso se respeitar isso. Mas, com sua ajuda, sabe-se agora que era apenas um desabafo do Marqueiz num momento de muito sofrimento. Tinha ele sua fé e com muita força procurou vencer o mal que lhe afligia. Não foi possível.

    Na época em que lutavam contra a doença, lembro-me que estava sempre lhe enviando e-mails e pedindo notícias de José Marqueiz e você, solícita, sempre me respondendo com muita atenção, apesar do pouco tempo que tinha, cuidando dele, da casa e do seu trabalho. Estou procurando entre meus guardados, tenhos alguns e-mails que Marqueiz me enviou, já muito doente e com dificuldades para escrever. Assim que encontrá-los, se tiver sua permissão, vou também postá-los durante outros capítulos. Quanto a foto, nada a agradecer. Eu e nossos leitores é que ficamos gratos a você por ter nos cedido essa obra prima que ora apresentamos neste blog. E lhe adianto, tem outras belas fotos dos dois, em Manaus!

    Beijos, Ilca, obrigado por nos ajudar nesta edição de hoje!

    Edward de Souza

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  8. Prezada Daniela: meu relacionamento com o Marqueiz foi mais profissional do que pessoal, embora a gente tenha conversado algumas vezes sobre amenidades. Ao contrário do Hildebrando Pafundi, que foi o seu grande amigo. Até ler esta série eu desconhecia que tínhamos duas coisas em comum, fora o fato de sermos colegas de profissão: oposição à ditadura e descrença em Deus. Na época, jamais detectei isso e há uma explicação: eu já havia sido preso político e evitava tocar nesse assunto, com todas as pessoas, por precaução. Qualquer vacilo, durante a ditadura, deixava a gente numa situação delicada e perigosa, inclusive no mercado de trabalho. Vou ser claro: havia editores extremamente covardes, que temiam ter ao lado opositores ao regime. Havia também jornalistas e radialistas, poucos, é verdade, ligados à repressão política. Colaboradores. Claro, não era o caso do Marqueiz nem dos colegas do Estadão ou da turma do ABC. A maioria repudiava o regime. Mas era o caso, por exemplo, muito famoso, da Folha da Tarde (do grupo Folha de S.Paulo). Então, por precaução, a gente só se abria com quem tinha muita intimidade. Por aí vocês, jovens, podem ter uma idéia dos tempos tenebrosos que foram aqueles.
    Abraços!
    Milton Saldanha

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  9. Olá Marqueiz

    Em 1975, eu, o Motta, o Maury e o Brusca (um amigo que nos acompanhou nessa viagem) ficamos devendo um favor a você. Sua intervenção junto aos órgãos competentes em Manaus possibilitou o embarque de nosso veículo no navio “Leopoldo D’Almada”.
    Jamais em toda minha vida li uma matéria como essa que você deixou para a posteridade. Totalmente desnudada! Uma franqueza onde a mentira não tem vez. Uma situação que você viveu descrita sem nenhuma sombra. Até mesmo seus pensamentos e situações mais íntimas.
    Meu bom Marqueiz foi nessa fase que você desentranhou de seu âmago, o orgulho e outros vícios morais que todos nós somos possuídos.
    Tenho certeza que você ao desencarnar se encontrou em uma situação bem confortável.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  10. Hildebrando Pafundiquarta-feira, 09 junho, 2010

    Caro amigo, escritor e jornalista, Edward de Souza. Concordo com você e com o radialista e escritor Garcia Netto: o Marqueiz tinha muita facilidade para escrever reportagens e textos literários. Eu que o conheci desde o inicio de sua carreira e o acompanhei em muitas reportagens, lembro bem que ele pouco anotava. Em geral o nome dos entrevistados, detalhes técnicos, datas e outras coisas que ele achava importante. O resto, ele guardava na "cabeça" e lembrava quando começava a redigir na máquina de datilografia da época.

    Aliás, no final do capitulo de Memória Terminal desta quarta-feira, ele mesmo conta que depois de um passeio de barco pelos rios Negro e Solimões, percebeu o encontro das águas amarelas e negras, visto por ele pela primeira vez e, nada anotou. Marqueiz pensava que fosse um simples passeio. Mas quando chegou a redação, para sua surpresa, pediram uma matéria de quatro laudas, que ele deve ter escrito com a maior tranquilidade. Espero com expectativa o próximo capítulo.

    Hildebrando Pafundi - escritor e jornalista

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  11. Estou acompanhando com carinho cada capítulo desta série escrita pelo jornalista José Marqueiz, como se fosse uma gostosa novela das 8 da Globo. A franqueza do seu relato é impressionante e a cada capítulo vai se tornando mais empolgante a leitura. Estou adorando!

    Bjos a todos!

    Giovanna - Unifran - Franca - SP.

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  12. Boa tarde, meu amigo Edward! Anos a fio convivendo com o Marqueiz e só agora leio nesta série especial que você apresenta, muitas coisas sobre ele que desconhecia. Sabia de sua ida para Manaus, mas sinceramente, pensei que era a passeio, até porque, nunca soube de nenhum tipo de ligação que ele mantinha com alguém daquelas bandas. E trabalhou no Jornal A Critíca, um dos bons jornais do Brasil. Pelo relato do Marqueiz, percebe-se que sua fama como extraordinário jornalista e vencedor do Prêmio Esso era conhecida por aquelas plagas, tanto que lutaram para segurá-lo por lá.

    Outro que adorava o Marqueiz e certa feita foi com ele para Portugal era o Fausto Polesi, então um dos sócios-proprietários do Diário do Grande ABC e diretor de redação do jornal. Fausto, que sei, acompanha seu blog sem se manifestar, era um dos maiores admiradores de Marqueiz. Quem sabe um dia o "Faustão" resolva falar um pouco de Marqueiz aqui no blog. Vamos cutucando, um dia...

    Edward, velho amigo, meus parabéns mais uma vez pela série. Meus cumprimentos e um abraço carinhoso para a Ilca, que cedeu essa preciosidade ao blog e permitiu, a todos nós, ter acesso a estes relatos, muitos, surpreendentes. A foto, que ilustra a série de hoje, belíssima.

    Abração

    Flávio Soares - Jornalista

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  13. É de arrepiar alguns trechos narrados pelo José Marqueiz, como quando enfrentou uma cirurgia de 11 horas e sentiu-se preso numa jaula, amarrado e sem forças para se livrar daquele pesadelo. Que luta a Ilca deve ter travado acompanhando tudo isso, para mais tarde ser recompensada pela recuperação do homem que amava. Infelizmente, quis o destino que essa maldita doença voltasse a se manifestar, acabando por minar as forças deste grande jornalista. Mas, nem a morte conseguiu segurar sua pena e Marqueiz continua entre nós, nos presenteando com essa série emocionante.

    Beijos Ilca, adorei conhecer você pela foto. Espero que o Edward nos presenteie com outras.

    Tatiana - Metodista - SBC

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  14. Caro Flávio Soares: o Fausto Polesi é leitor do blog? Que surpresa agradável! Precisamos nos reunir numa grande homenagem ao Fausto, pessoa que de alguma forma esteve presente na vida da maioria dos jornalistas que trabalharam no ABC. Guardo boas lembranças, sou grato e estimo muito o Fausto Polesi.
    Milton Saldanha

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  15. Amigos.

    Que sábia afirmação do Marqueiz!
    Do parágrafo final do capítulo de hoje:
    “É o profissional de imprensa encantado pelo novo, pelo diferente, que retrata com mais argúcia e pormenores tudo visto ao redor por onde passa, enquanto que o habitante local, sequer vê beleza naquilo onde só a beleza impera”...
    Falar aos baianos do elevador Lacerda ou Solar do Unhão.
    Falar aos cariocas do Corcovado e Urca e seus “bondinhos aéreos”.
    Falar do Guaíba ou Rua da Praia em Porto Alegre aos gaúchos.
    Falar da Casa da Cultura (antigo presídio) ou do frevo em Recife.
    Falar a qualquer tribo, de onde ela vive e passa o dia a dia será sempre muito difícil. Exigirá capacidade, sensibilidade e vocabulário para montar um bonito retrato do que foi visto e sentido.
    Ao voltar do passeio pelos rios Negro e Solimões, encontro das águas e encanto da vitória régia, a tarefa passada a Marqueiz, não seria motivo de preocupação. Para ele, quatro laudas, com prazer, seria apenas uma distração, um brinquedo feliz.
    Garcia Netto

    Nívia, Edward e Cris.
    Eu sou humano e tenho minhas vaidades, nunca no caminho deletério. Obrigado

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  16. Olá Milton, não sei se o Flávio vai lhe responder, mas o Fausto Polesi acompanha este blog desde o seu início, já me enviou um e-mail confirmando o fato. Como disse o Flávio, precisamos ir cutucando a "fera", quem sabe ele sai da toca e nos dá um presente comentando alguma coisa.

    Abraços a você e ao nosso "Faustão", também chamado pelo Jurandir Martins, que foi nosso companheiro de rádio longos anos, de "Super Homem", devido a sua semelhança com Clark Kent, o jornalista que se transformava no super herói. Estou atrasado, hora de academia, até mais.

    Edward de Souza

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  17. Em tempo, grato pelo depoimento que abriu essa série de hoje e pela presença amiga a este blog do qual você é peça importante, querido Garcia Netto. Contamos com você nesta Copa do Mundo.

    Abração...

    Edward de Souza

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  18. Boa tarde, amigos e amigas!

    Olá, Edward!

    Você tem uma sensibilidade extraordinária para perceber o que se ajusta bem para abrir um texto, ainda mais um texto tão qualificado como o do José Marqueiz!

    Me refiro ao belíssimo comentário de Garcia Netto, externado na semana passada, no sétimo capítulo de MEMÓRIA TERMINAL, que você utilizou como depoimento hoje. Também havia me sensibilizado com as palavras de Garcia Netto - justas, profundas, perfeitas para emoldurar a abertura do oitavo capítulo!

    Aliás, a cada semana me surpreendo com a beleza do texto de José Marqueiz. Ele consegue transmitir a sua dor com serenidade - desnuda-se, mas não vejo amargura. É como se ele estivesse produzindo um filme sobre a sua vida...as passagens e as paisagens se entremeiam...

    De outra parte, mais uma constatação de cunho jornalístico - Marqueiz tem razão quando diz que um "olhar estrangeiro" consegue captar muito mais beleza e encontrar novas facetas interessantes em um local do que seus próprios habitantes, acostumados a vê-lo diariamente...

    Leitura maravilhosa, como tudo que vem de José Marqueiz!

    Um abraço a todos e aproveitem o dia!

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  19. Oi Nivia, concordo com vc, ficou lindo esse capítulo de hoje com o depoimento do Garcia Netto que aprendemos a admirar neste blog. Também com a foto do casal apaixonado, José Marqueiz e Ilca e com os efeitos especiais da página. Por isso este blog é um dos melhores, se não o melhor da Web. Já ficou marcada a quarta-feira como o dia em que a série escrita pelo José Marqueiz é exibida e eu, antes de começar a ler já preparo meu coração para as emoções que sempre encontro em cada trecho postado. No capítulo de hoje, dor, sofrimento com a cirurgia, alegria com a recuperação inesperada e o reencontro com o trabalho na distante Manaus. Maravilhoso! Parabéns a todos vcs.

    Bjos,

    Bruna - UFJF - Juiz de Fora/MG

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  20. Boa tarde meus amigos.
    Como vocês também me sensibilizo com essa série fabulosa que esse blog apresenta e que já é um sucesso na Internet. Neste capítulo fiquei impressionado com o poder de comunicação de José Marqueiz, relatando com maestria todos os momentos de sofrimento ao encarar uma cirurgia que durou mais de 11 horas. Como homem, trouxe à baila sua preocupação quando se sentiu impotente, sexualmente falando, problema que certamente foi causado pela fraqueza e pelos remédios que era obrigado a tomar. Tudo isso escrito por ele com muita naturalidade, como acho eu, deveria mesmo ser encarado. Muitos em seu lugar, certamente omitiriam esse fato como outros desconcertantes que o jornalista Marqueiz faz questão de constar nessas suas memórias fantásticas, de uma vida em que conheceu o sucesso, a fama, o fracasso, o sofrimento, teve muitos amores até encontrar a Ilca, sua alma gêmea, que o acompanhou até o fim dos seus dias. Excelente a série e continuo acompanhando.

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.

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  21. Além da série escrita pelo José Marqueiz nos motivar ainda mais a continuar lendo os próximos capítulos, a presença dos amigos, amigas e leitores do blog como eu, é maciça a cada capítulo. É bom fazer parte deste grupo culto. Muito gratificante. Estou apaixonada pela série e ansiosa a espera do próximo capítulo.

    Bjos e parabéns a todos pelo alto nível dos comentários.

    Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP.

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  22. Oi Edward e Nivia, acabo de imprimir este oitavo capítulo de Memória Terminal, do José Marqueiz. Achei legal ver a foto da Ilca com o José Marqueiz. Percebe-se, um casal apaixonado. Fiquei emocionada ao ler o capítulo de hoje. Quanto sofrimento, ao enfrentar uma cirurgia tão demorada, meu Deus! O mais lindo foi José Marqueiz declarar que buscava nas lembranças do passado feliz, forças para preencher o vazio de seus momentos ociosos. Maravilhoso.

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  23. Acreditar em Deus todo mundo acredita, mas de uma forma efêmera.
    Deus para a maioria é uma metáfora regada pelo fanatismo inconsciente.
    Cada um que a lucidez tomou conta tem a sua maneira bem particular de moldar a eterna revelação.
    Cada consciência lúcida como a de José Marqueiz, é um pedacinho de um quebra cabeça, a espera de mais consciências lúcidas para então formar em um só pensamento o esboço do eterno.
    Dizer não acreditar em Deus não pode ser considerado uma blasfêmia.
    Más dizer que acredita em Deus, e não colocar em prática os verdadeiros preceitos cristãos seria talvez a blasfêmia das blasfêmias.
    O capitulo de hoje deixou-me emocionado, principalmente por que a memória terminal é a consciência de um corpo físico que não consegue acompanhar as vontades do espírito.
    A única força que temos, é a vontade de relatar para os que ainda estão caminhando pelas estradas que nós passamos, é que valeu apena mesmo fisicamente combalido pelas nossas extravagâncias, ou pelas mazelas do destino.
    Nunca espere a próxima oportunidade para reparar alguns erros, tente dominá-los no aqui agora, por que o arrependimento sempre vem tarde.
    A humildade e a coerência aqui relatadas pelo Marquiez são pérolas que adornam a nossa imaginação quando navegamos nas águas calmas do nosso próprio Eu.

    Padre Euvideo.

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  24. Padre Euvideo, lindíssimo o que escreveu, meus parabéns, me emocionou, tanto quanto o texto de José Marqueiz, cuja série acompanho desde o início. Meus cumprimentos a todos do blog e um beijo para a Ilca, que está linda ao lado do seu amor nesta foto que ilustra o blog. Gostei também do depoimento do jornalista Garcia Netto, principalmente quando escreveu "Não precisou de nenhuma ajuda para apontar suas mazelas que assumiu com independência, hombridade e altivez na obra literária que agora divide com todos nós". Exatamente isso que estamos acompanhando nesta leitura em que José Marqueiz abre o jogo com franqueza e honestidade.

    Bj

    Anna Claudia - Uberaba - MG

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  25. Prezado Edward, formidável, a cada capítulo, essa série do José Marqueiz. Deve ter sido muito bom tê-lo como amigo e companheiro de trabalho, não? Impressionou a quase todos que comentaram até agora a forma clara com que o José Marqueiz aborda aspectos íntimos, como neste oitavo capítulo. De impotência sexual até diarréia que o acometia por causa da doença e dos remédios que tomava, Marqueiz , como vocês o chamam carinhosamente, rasgou o verbo. Lendo seu texto, não tenho receio em afirmar que o jornalismo perdeu muito com sua morte. Parabéns a todos vocês pela série.

    Abraços

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  26. Edward, faço como a Andressa, estou imprimindo todos os capítulos desta série bombástica do jornalista José Marqueiz. Adorei o depoimento do Garcia Netto na abertura, e muitos comentários, entre eles o do Padre Euvídeo, que quando quer, escreve muito bonito. Pena que muitas coleguinhas minhas entram, lêem e adoram, mas não comentam, não sei a razão. Já pedi a elas para deixaram seus comentários, mas...... Quem sabe um dia resolvem. Já disse que ninguém morde no blog, não acreditam (rsrsrsrsrsrsrsrs). Emocionante o capítulo de hoje. Vou aguardar o próximo.

    Beijinhos,

    Talita - Unisantos - Santos - SP.

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  27. Boa noite a todos.
    Primeiramente quero parabenizar meu amigo Garcia Netto,quanta doçura e realidade expressado no início do texto.
    Pessoal a cada capítulo me surpreendo com a grandeza e coragem desse ser humano, que se mostra sensível.Um livro seria muito bem vindo,muitas pessoas iriam gostar de conhecer um pouco mais desse homem corajoso.
    Ilca você é linda,e tenho certeza, o coração é mais lindo ainda,você realmente foi a companheira em todos os momentos.
    Abraçossssssssssssss.

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  28. Eu tenho uma curiosidade desde o início desta série, não sei se a Ilca, o Edward ou a Nivia poderiam me esclarecer. Antes, devo acrescentar que, como todos que aqui comentaram, estou adorando a série, sempre sou uma das primeiras a ler a postagem e só hoje, devido a compromissos, cheguei um pouco tarde. O José Marqueiz escreveu suas memórias apenas para preencher seu tempo ocioso enquanto estava em tratamento, ou deixou algum recado para que fosse publicado o texto? Explico a razão de minha pergunta. Fico encantada a cada capítulo que leio, então imaginei. Se José Marqueiz escreveu toda essa beleza só para ocupar seu tempo, o que não escreveria se fosse para se editar um livro! Entenderam?

    Grata!

    Carol - Metodista - SBC

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  29. Então, amigos e amigas, o ditado é antigo, mas funciona: "a pressa é inimiga da perfeição". Na correria pela manhã para postar o oitavo capítulo desta série, acabei esquecendo de dar crédito a essa foto que ilustra a matéria, onde estão José Marqueiz e a Ilca. Já reparei o erro, dando o crédito para minha querida amiga, jornalista Sonia Nabarrete, que fez a foto em Manaus e cedeu essa preciosidade ao blog. Soninha, desculpe este cabeça de vento, tá?

    Um abraço a todos...

    Edward de Souza

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  30. Boa Noite, meus amigos!
    Estive em Poços de Caldas o dia inteiro e somente cheguei agora.
    É um capítulo de muito sofrimento mas que também nos apresenta o estoicismo dos grandes espíritos, espelhado em nosso amigo (já posso assim dizer) José Marqueiz. Essa forma de escrita, mesclando boas lembranças do passado com a angústia do presente é emocionante. Realmente, foi um grande homem!
    Também gostaria de registrar o alto nível dos comentários hoje apresentados e até o Padre Euvídeo superou-se, demonstrando que é uma pessoa culta e altamente sensível (quando não escorrega na banana rsrs).
    Boa Noite a todos.
    João Batista

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  31. Toda alma necessita de outra alma confidente.
    Quando não a encontrarmos na terra, busquemo-la
    na imensidão do infinito e estejamos seguros de
    que uma voz amiga responderá a nosso chamado.

    Padre Euvideo.

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  32. Bom dia, Edward!
    Mesmo atrasada, estava fora ontem o dia todo, vim deixar meu alô, dizer que estou seguindo essa série e adorando. A cada capítulo José Marqueiz nos prende mais à leitura, está emocionante. Um beijo para a Sonia Nabarrete, que fez essa foto e permitiu que todos nós conhecéssemos a Ilca pela primeira vez.

    Bjos

    Vanessa - PUC - São Paulo

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  33. Oi Ilca, bom dia!

    Depois de ler o texto de José Marqueiz ontem e deixar meu comentário, precisei sair e só hoje voltei ao blog. Encontrei suas explicações, Ilca, esclarecendo minha dúvida, ao explicar que José Marqueiz tinha uma imagem de seu padroeiro, São José, no quarto. Com certeza, quando o jornalista escreveu "de que adianta eu fingir crer nesse todo poderoso", passava por um momento delicado da doença e o sofrimento momentaneamente lhe tirou as esperanças.

    Obrigada, Ilca!

    Daniela - Rio de Janeiro

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  34. Edward, estou ligadíssima nesta série. José Marqueiz escreve fácil e sem medo, com isso a leitura se torna emocionante. Parabéns pela postagem desta série fantástica. Adorei ver a foto feita pela Sonia Nabarrete da Ilca com o Marqueiz, em Manaus. Um lindo casal.

    Bj

    Martinha - Metodista - SBC

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