terça-feira, 18 de maio de 2010


EPÍSTOLAS PAULIANAS
PARTE I

MISSIVA PÓSTUMA AO MEU BISAVÔ PATERNO,
JOSÉ PEDROSO DE OLIVEIRA
(21/09/1846-13/02/1906)


Estimado bisavô José:

O senhor não vai acreditar, mas se estivesse entre nós completaria, no ano em curso, 164 anos!... Desde o fatídico dia 13/02/1906, quando o senhor partiu para o Olimpo, deixando desolados sua esposa Leopoldina, filhos, amigos, compadres e os seus confrades da Irmandade do Santíssimo Sacramento, este maltratado e fascinante mundo que agora habito, passou por transformações vertiginosas, que seriam inimagináveis entre seus contemporâneos!..

Este seu bisneto, que se atreveu a interromper suas litanias, em louvor ao Santíssimo Sacramento, é neto do seu filho João Paulo de Oliveira!... Pois é, respeitável bisavô José, seu neto Benedito de Oliveira, que veio à luz 13 anos, após sua partida, não acrescentou Neto ao meu nome!...

O senhor nem imagina como aquelas máquinas rodantes, que certamente o assombravam, quando ia à cidade, evoluíram!... Se eu for lhe contar tudo o que aconteceu depois da sua partida, além de aturdido, o senhor ficaria com a impressão que este seu bisneto precisaria de bênçãos especiais, com óleos consagrados, ministrados pelo padre Tomás Inocêncio Lustosa!

Sabe aquele aparelho que o nosso querido imperador D. Pedro II ficou fascinado, porque permitia falar com outras pessoas em outros locais?!... O senhor nem imagina como se aperfeiçou, porque agora cabe na palma da mão e funciona sem fio, podendo ser transportado para qualquer lugar, permitindo que as pessoas se comuniquem com outras em qualquer localidade do planeta!... Também existe uma máquina cibernética que transformou radicalmente o nosso modo de vida!... Calma, meu bisavô, já disse que não preciso dos préstimos do padre Lustosa, porque o que lhe digo é realidade na contemporaneidade!!!... Outro fato, que acontece agora, e tenho certeza de que o deixará sumamente exasperado! Os homens dedicados à medicina descobriram um remédio, que permite às mulheres, que o ingerirem, com regularidade, não gerarem filhos!!!!!!!.... Bisavô, ô bisavô, perdoe-me se o fiz perder os sentidos, momentaneamente, mas é a pura verdade!... Já que o senhor teve esta reação, então é melhor nem lhe contar, que pessoas do mesmo sexo, vivem juntas, isto mesmo, de maneira carnal!... Em alguns países esta união, que aos seus olhos beatos Mariano, é uma aberração, tem o valor de um casamento, inclusive podendo adotar filhos!!!!...

Por Baco e Afrodite, que rebuliço causei entre os confrades da Irmandade do Santíssimo, que foram acudir meu bisavô, porque agora ele demorou para recuperar os sentidos!!!....

Ché, então é melhor nem lhe contar que este seu bisneto vê com naturalidade estas uniões, porque senão ele pensará que seus descendentes ficaram degenerados!!!!...Já pensou, então, se eu lhe contar sobre o ménage à trois?!...

Perdoe-me, respeitável bisavô, por ter lhe ocasionado uma síncope!!!... Acho melhor não lhe contar outros fatos que acontecem agora na Terra, porque se eu lhe dizer que o homem já foi à Lua, o senhor dirá que este seu descendente direto é um lunático!... Acho melhor parar mesmo de falar da contemporaneidade, principalmente em relação a religião, porque nosso amado Império, digo país, deixou de ser predominantemente católico e várias seitas exploram a fé alheia, com o escopo mercantilista.

Vamos falar, agora, do seu tempo de vivência!...

Como o senhor foi aceito na Irmandade do Santíssimo, se na sua certidão de nascimento não consta o nome do seu genitor?!... O senhor nem imagina como tento descobrir indícios para saber quem foi este homem, não obtendo êxito, que não teve a hombridade de dar-lhe seu nome!... Será que seus outros irmãos eram filhos dele!... Ah, sua irmã Francisca é minha tataravô materna!... Isto mesmo, meus adorados e saudosos pais são primos em 4º grau!... Está vendo?!... Sua mãe, a Sra. Joaquina Maria do Espírito Santo é minha tataravô paterna e concomitantemente mãe da minha tataravó materna!!!!!!... Credo, bisavô, até este seu bisneto, que é um reles escrevinhador outonal, fica confuso, quando pensa nisto!... O senhor me desculpe, mas sou muito especula ou então, melhor dizendo, muito inquiridor!... Então prepare-se:

O senhor era amigo ou conhecido do Dr. Flaquer, do Coronel Oliveira Lima ou da professora Hermínia Lopes Lobo?!... O senhor foi na inauguração da estrada de ferro, construída pelos fleumáticos ingleses e inaugurada em 1867 ou na solenidade de abertura do Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga, em 1896?!... Teve muito falatório no enterro do padre Lustosa, em 1892?!... Como o senhor recebeu o Regime Republicano, instaurado em 15/11/1889, porque tenho a impressão que continuou assecla da Monarquia?!... É verdade que o senhor foi obrigado a participar da grande guerra, hoje chamada de Guerra do Paraguai ou Guerra da Tríplice Aliança?!...

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*João Paulo de Oliveira, 57, pertence a uma das mais antigas famílias do Grande ABC, com raízes na Freguesia de São Bernardo. Andreense de nascimento, é professor e leciona na Escola Municipal Anita Catarina Malfatti, em Diadema, na Região do ABC Paulista. Ocupa também o cargo de Coordenador Pedagógico na EMEF Dr. Habib Carlos Kyrillos, na Prefeitura de São Paulo. Além de Pedagogo é Mestre em Educação. Especializa-se no estudo da árvore genealógica familiar. Nas horas de lazer, quando sua mansão no litoral não é invadida por ladrões, busca refúgio nas belas praias do Guarujá. Amigo e colaborador do blog, João Paulo escreve, mais uma vez, uma crônica neste espaço. Visite seu blog, Celulóide Secreto, em http://joaopauloinquiridor.blogspot.com Contatos com o articulista pelo e-mail joaopauloinquiridor@ig.com.br
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Na quinta-feira, 20, a segunda e última parte de Epístolas Paulianas. Amanhã, o quinto capítulo de Memória Terminal, do jornalista José Marqueiz, Prêmio Esso Nacional de Jornalismo.

31 comentários:

  1. Olá Mestre Escola

    Boa tarde

    Professooooooooooooor! Sua crônica de hoje está supimpa. Uma das melhores já produzidas por você.

    Parabéns

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  2. Boa tarde, amigos e amigas!

    Após a belíssima festa de ontem, em homenagem ao nosso querido amigo Edward de Souza, peço escusas pelo adiantado da hora de postagem, todavia o mau tempo no sul e falhas na internet não permitiram a publicação deste adorável texto do Professor João Paulo de Oliveira, em forma de carta, tendo por interlocutor o seu bisavô paterno, em horário mais apropriado.

    Mesmo assim, creio que vão apreciar sobremaneira as EPÍSTOLAS PAULIANAS, Parte I e II, que o nosso colaborador especial, João Paulo de Oliveira, escreveu ao seu bisavô, José Pedroso de Oliveira, desenhando o retrato preciso de uma época passada e, ao mesmo tempo, revelando ao ancestral, os novos rumos da humanidade, na época contemporânea.

    Aproveitem a leitura e participem!
    Tenham uma ótima semana!

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  3. Olá amigos (as) deste blog...

    Prezado professor João Paulo de Oliveira, você acaba de escrever, em dois capítulos, esse apenas o primeiro, exatamente o que eu planejei fazer há dois anos, quando sentei-me frente ao computador para tentar desenvolver uma crônica (inacabada), cujo título era esse: "a máquina do tempo". Minha intenção no texto era trazer ao presente, graças ao invento de uma engenhoca, ou seja, uma máquina cujo poder era viajar ao passado, um habitante deste mundo, falecido no século XVIII. Depois de escrever umas 10 laudas, percebi que de crônica, melhor seria escrever um livro. E mais algumas laudas se seguiram, até que, por falta de tempo, abandonei meu projeto.

    Com inteligência, senso de humor que lhe é peculiar e um texto criativo, eis que me deparo hoje, já tarde desta terça-feira, com essa crônica que merece todos os meus aplausos. E o que você narra neste primeiro capítulo, caro Mestre, certamente aconteceria se um dos nossos antepassados circulasse em nosso mundo atual. Um ataque cardíaco na primeira esquina, ao encontrar carros modernos desenvolvendo 100 por hora numa avenida onde, pobres pedestres, correndo, lutam não ser atropelados. E ao volante, um imbecil segurando uma roda (direção) e com outra mão falando num pequeno objeto (celular), como se fosse o dono do mundo e tivesse poderes sobrenaturais para se sustentar naquele estranho objeto (carro), que se equilibra apenas em quatro rodas (pneus).

    Fico por aqui, é assunto para se ir longe. Quero aguardar a sequência na quinta-feira deste texto que vai dar muito o que falar, até porque, muitos de nossos leitores, como eu e você, certamente já comentaram sobre isso, ou, ao menos, devem ter soltado a frase: "se meu bisavô estivesse neste mundo e visse toda essa revolução em nossos costumes, não sei, morreria novamente". E, uma pergunta, Mestre. Será que toda essa vida moderna vale mesmo a pena? Vivemos melhor hoje do que antigamente?

    Parabéns pelo texto genial, Mestre. Saiba que fiquei impressionado com a foto postado no blog, que encabeça seu texto. Seu bisavô era mesmo muito parecido com você. Idênticos.

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Olá Cristina

    Boa tarde


    Quem disse que o professor não viveu no século XVI?
    Provavelmente era um dos imediatos de Pedro Álvares Cabral.
    Será que ele se casou com uma indiazinha?

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  6. Oi professor, creio que o senhor foi até longe demais. Nem seria preciso um celular para assustar os nossos antepassados. Basta um simples "orelhão", encontrado em cada esquina, para fazê-los rezar o Pai Nosso e uma Ave Maria e sair correndo, com certeza. Já imaginou se um de nós voltasse do sono eterno 100 anos depois? Também iríamos cair de costas, tal o progresso que encontraríamos pela frente. Legal, gostei de sua crônica.

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  7. Essa sua crônica, prezado João Paulo, ficou realmente "supimpa". Você está ficando a cada dia melhor e já está até nos brindando com uma série, é brincadeira? Fiquei imaginando, ao ler sua crônica. Se D. João VI se erguesse de seu túmulo e se deparasse com os políticos de hoje, não sentiria nenhuma vergonha por ter espoliado nosso País. Pelo contrário, iria se arrepender de não ter roubado mais, assim deixaria menos para os gatunos que hoje ocupam o Planalto Central, concorda?

    Um abraço, meus cumprimentos!

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  8. Interessante sua crônica, professor João Paulo. Perceba que mesmo hoje, se dissermos para determinadas pessoas que o homem foi à lua, começam a zombar da gente, não acreditam e é bobagem insistirmos. Imagine então contar isso para um dos meus antepassados, caso fosse isso possível. Iriam dizer que possuem uma descendente mentirosa e ainda por cima rir muito dessa história. Vou acompanhar o segundo capítulo na quinta, achei muito bom o primeiro, postado hoje.

    Bjos a todos!

    Tatiana - Metodista - SBC

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  9. Olá meu querido amigo.
    Menino,sua crônica de hoje está demais,você é tão bom na escrita como os pássaros a cantar.
    E como bem disse nossa amiga Cristina Fonseca, ainda bem que existem Professores inteligentes e comprometido como você, APESAR DO SALÁRIO.
    Realmente se nossos antepassados voltassem a esse mundo,ficariam de cabelo em pé,pensou se caissem lá em Brasília?E se deparassem com os jovens rebeldes que se drogam APESAR DA VIDA SER O MAIOR TESOURO,e ainda presenciar filhos matando pais,pessoas abusando de crianças...
    Olha Menino,seu bisavô deve ter ficado uma fera com esses acontecimentos, e com a evolução deve ter achado invenção,deve ter o achado louco,mas com certeza deve sentir muito orgulho em saber que você é uma pessoa de princípios, de boa índole e muito preocupado com o Social.
    Você ficou garbosíssimo na foto,parece um artista.
    Seu vagão está lindo,cada dia melhor,vale a pena passar por lá,ele nos faz refletir,dar gargalhadas e relembrar muitas coisas.
    Beijossssssssssssss.
    ANA CÉLIA DE FREITAS.

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  10. Professor João Paulo, imagine seu bisavô sentado hoje em sua sala de estar, assistindo ao Big Brother. Ou a uma das novelas das 8, da Globo, que sempre começa 9 horas da noite? Infarto agudo do miocárdio. Acredito que até se assustaria muito ao ver uma TV, mas o conteúdo desses programas seria a conta certa para enviá-lo de volta à sua campa. Não daria nem tempo do senhor mudar o canal e mostrar a ele o Ratinho, Datena, Gugú e outras "estrelas" da nossa TV. Coitados dos nossos bisavós. Estão em melhor lugar, acredite!

    Bjs,

    Liliana Diniz - Santo André - SP.

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  11. Professor, adorei sua crônica! Verdades colocadas em metáforas.

    Bjos

    Martinha - Metodista - SBC

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  12. Caro Mestre!

    Nunca em tempo algum a humanidade experimentou um avanço tecnológico dessa grandeza que nos atordoa pela sua velocidade e nos torna todos neófitos das novas formas de viver. Dos traços de Morse à internet não se passaram muitos anos e nesse tempo vimos surgir e morrer o telégrafo sem fio, a máquina de escrever, o telex, o fax, isso tudo hoje diminuído à categoria de objetos obsoletos pelo crescimento dos meios de comunicação.

    Ouvimos a Segunda Guerra pelas ondas do rádio transmitidas pela BBC, mas assistimos a tomada de Bagdá a cores e ao vivo numa guerra anunciada que terminou por transformar-se num espetáculo televisivo. Passamos das anáguas ao biquíni que diversos estágios intermediários, como as mulheres pularam da cozinha para os escritórios em poucas décadas. Vimos decolar os frágeis aviões da Primeira Guerra, engenhocas de bambu e lona e hoje assistimos o Stealth, o avião invisível a radares que leva a guerra ao coração do inimigo. E tudo isso em menos de cem anos.

    Fomos do ópio fumado nos porões de Londres ao crack vendido abertamente nas nossas ruas. Mudamos a moral e os conceitos. Criamos e derrubamos mitos com a velocidade do nosso tempo até Warrol anunciar que todos teriam seus quinze minutos de fama. Da calculadora ao computador foram poucos anos e o celular faz parte de nossas vidas cotidianas. Só nós não mudamos em nossa essência e continuamos tão animais quanto o primeiro macaco que resolveu deixar as árvores e caminhar pelo chão.

    Um forte abraço, querido amigo!

    Edward de Souza

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  13. Edward, concordo plenamente com você. O avanço tecnológico é assustador. A cada dia uma novidade na praça, quando não, várias delas. Tantas que fica impossível acompanhá-las. Mas o homem, só regride. Isso talvez, professor João Paulo, seria um alento aos nossos bisavós tivessem eles a possibilidade de conviver entre nós neste novos tempos. Gostei de sua crônica, professor, vou ler com carinho o próximo capítulo. Parabéns, Edward, pelo comentário lúcido.

    Bjos,

    Bruna - UFJF - Juiz de Fora/MG

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  14. Professor João Paulo, li com atenção sua crônica e achei ótima. Só fiquei em dúvida quanto a um pequeno trecho deste texto. O Senhor afirma que é a favor da união de pessoas do mesmo sexo? Isso? Se for isso, o Senhor também acha que as igrejas deveriam celebrar matrimônios entre casais homossexuais? Será que poderia falar um pouco sobre essa sua opinião, professor?

    Obrigada,

    Vanessa - PUC - São Paulo

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  15. Já que a Vanessa atirou pó de mico no ventilador, vou mais além, professor. Sobre o ménage à trois, que o senhor cita que mataria de vergonha seu antepassado, pode até ser que não. Se porventura seu bisavô leu alguns livros que narram as orgias romanas, iria rir em ver que retroagimos no tempo. Ménage à trois é fichinha, perto das orgias bancadas por Nero e companhia.

    Abçs

    Artur Nogueira Rios - Ribeirão Preto- SP.

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  16. Teacher, como você sabe, hoje é o dia do sopão e cheguei quebradão. Mas, que deliciosa missiva você criou, com sua arguta percepção e invejável cultura!
    Definitivamente, seu bisavô e contemporâneos eram mais felizes, não tinham essas modernidades todas mas tinham a paz e tranquilidade que nos foram subtraídas de uma forma tão abrupta.
    Mas que o mènage a trois existia, isso existia!
    Abraços
    João

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  17. Vamos combinar, sim, professor! Será um prazer recebê-los em um sábado qualquer. Na base da comida caipira, OK?
    João

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  18. Uma bela crônica, professor, cuja sequência irei acompanhar neste blog na próxima quinta-feira. Meus parabéns pela condução perfeita do texto. Gostaria ainda de cumprimentá-lo pela coragem de defender seus pontos de vista, mesmo que possam muitas vezes chocar alguns. Isso chamamos de liberdade de expressão.

    Tenha um bom final de noite!

    Anna Claudia - Uberaba - MG

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  19. Olá! Gostaria de agradecer sua visita ao meu blog, e dizer que eu adorei as suas crônicas.
    Virei visitar-lhe mais vezes.
    beijos ;@

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  20. Professor João Paulo, nem estou muito preocupado com meu bisavô, mas sim com meu avô, que morreu faz uns 12 anos. Se ele se erguesse de sua tumba e lesse num jornal que temos um presidente analfabeto e que para substituí-lo, de acordo com as últimas pesquisas, o povo resolveu escolher uma mulher guerrilheira, se nada abalasse sua saúde ele mesmo sairia e saltaria dentro do túmulo de novo. Falta cultura para nosso povo, prezado professor. Elegem bandidos por causa de uma bolsa de 90 reais por mês. Bom o assunto que o Senhor abordou no blog. Muito bom mesmo.

    Abçs

    Juninho - SAMPA

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  21. Professor, sobre sua crônica postada ontem no blog, o Edward questionou se vale ou não a pena tanto progresso. Para mim, vale. Na época do seu bisavô, por exemplo, professor, uma viagem de Campinas até São Paulo, no lombo de um burro ou cavalo levava dias, coisa que hoje não se gasta mais que 50 minutos até 1 hora, no máximo. Citar todas estas maravilhas que nos dão conforto levaria tempo e ocuparia espaço demais. Sua bisavó, coitada, lavava aquele monte de roupas com as mãos, atualmente, só atirá-las numa máquina de lavar e ela faz todo o serviço, algumas até centrifugam as roupas de tal maneira que saem prontas pra passar.

    Computadores, que subtituiram as velhas máquinas de escrever, o celular, aviões modernos, carros rápidos e velozes e o avanço da medicina. Hoje, professor e Edward, pneumonia já não mata como antigamente e temos cura para muitas doenças que eram fatais no século passado. Pagamos um custo por isso, alguém pode reclamar. Verdade, o progresso tem seu custo, precisa apenas que os homens deixem a ganância de lado e cuidem um pouco da natureza, antes que nosso Planeta se deteriore pelos abusos praticados contra ela. De resto, convenhamos, a tecnologia traz sim, muito conforto.

    Volto hoje para ler mais um capítulo da série de José Marqueiz, que estou seguindo e na quinta leio o segundo capítulo dessa crônica legal que o Senhor escreveu, professor.

    Bjos,

    Carol - Metodista - SBC

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  22. Amado Mestre João Paulo,

    Como tudo que escreve, genial!!!!!
    Endosso os comentários anteriores, você, repito, caso não existisse precisaria ser inventado!
    Abraços,

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  23. Professor, eu sou um pouco mal informado de algumas coisas, principalmente a respeito da minha pureza incondicional.
    Depois de ler essa maravilha que é a sua crônica exposta aqui hoje, acabou a força aqui na paróquia, e conseqüentemente eu não pude pesquisar o que é “ménage à trois”.
    A minha impaciência, aliada a minha curiosidade, fez que eu perguntasse ao bispo.
    Ele me disse:
    — Euvideo, você reparou que hoje de manhã a hora que você lia em voz alta os comentários de um famoso blog, tinha um que me chamou a atenção, pois eram as três irmãs do homenageado parabenizando o irmão pelo seu aniversário.
    — Ah! É verdade bispo agora eu estou lembrando, más o que o senhor quer dizer com isto?
    — Simples meu caro! As irmãs prestaram três homenagem em um só comentário. Respondendo a sua pergunta, aquela situação é uma homenagem a três, ou seja, em Frances escreve-se “ménage à trois”.
    Huhuhuhuhuhu, mais eu sou burro mesmo heim!

    Padre Euvideo.

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  24. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, caro padre vc não é burro, só digitou apalvra errada...
    Foi bonita a homenagem das irmãs não é verdade?.
    Eita padre.. E essa foto quando foi que vc a tirou??..rssss
    Lindo D Mais..

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  25. Querido amigo João,

    Escrevo não só para dizer de sua crônica, que está excelente, mas para contar que fiquei/fico muito feliz ao ler os comentários elogiosos que você recebe.

    Quando os faço, temo parecer amiga tiete. Nada como os ilustres jornalistas a lhe congratularem.

    Mas, sabe... vou fazer uma provocação: você garante que seu antepassado desconhece as "novidades" da contemporaneidade?
    Será que ele não dá nem uma espiadinha? Será que, de vez em quando, ele não sopra algumas boas ideias no ouvido do bisneto?

    Afetuoso abraço,
    Fatima

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