quinta-feira, 8 de abril de 2010



RÁDIO - PAIXÃO,

ROMANTISMO & REALIDADE (4)


Na semana que passou, durante os comentários ao capítulo III, um assunto parece ter mexido com o interesse daqueles que valorizam nosso espaço. Muitos, mais jovens, com a curiosidade de conhecer, outros com a vontade de relembrar e aclarar pontos palpitantes de ocorrências que marcaram a época.

Tendo vivenciado a fase áurea da Emissora Continental do Rio, no início da década de 1950, é natural e obrigatório que tenha circulado pelo palco de muitas histórias. O crime do Sacopã, do Citroen Negro, ou da Lagoa, envolveu muita gente, no entanto, três nomes foram o maior destaque: um oficial da aeronáutica, (tenente Bandeira), suposto assassino. Considerada pivô da tragédia, (Marina). Na qualidade de vítima, um funcionário do Banco do Brasil, casado e separado, bastante conhecido galanteador na zona sul carioca, ocupava-se em conquista de mulheres e vida noturna (Afrânio Arsênio de Lemos).

Não vejo necessidade de maiores detalhes sobre o discutido crime ocorrido em 1952, haja vista a riqueza de informação existente na internet mostrando, foco da larga controvérsia, falso testemunho, interesse em ocultar nomes evidentes na política e na sociedade.

Era prefeito do Rio João Carlos Vital; senador Alencastro Guimarães homem de alta importância no cenário político do Brasil, foi ministro em várias pastas da república e tinha alto poder de mando na Central do Brasil, onde foi seu presidente a partir de 1945. Um triângulo amoroso à época ligou as duas famílias a Afrânio. Assumiu a defesa de Bandeira uma das maiores estrelas do direito brasileiro, Romeiro Neto. Depois de condenado a sete anos de reclusão, por empenho do polêmico deputado Tenório Cavalcanti (D), é conseguida revisão processual, sua anulação e apontamento como autor um nordestino vivendo no estado paulista, sob proteção de diretores da Central do Brasil.

Acompanhei o caso pela emissora Continental em alternância com Newton de Souza, repórter que comigo dividia o setor de polícia. Tivemos relacionamento com o delegado Hermes Machado, encarregado do caso Sacopã, de maneira direta, na delegacia de Vigilância e Captura. Era chefe de Polícia do Distrito Federal, na ocasião, o general Moraes Âncora que deixou o cargo logo após o atentado contra Lacerda, na Rua Toneleros, em solidariedade a Vargas, antes de sua morte, no Catete. Âncora e Góis Monteiro foram dos poucos militares leais a Vargas até o momento final. Eu estava lá.
Noventa e três anos de idade, longevidade nunca vista como regente de uma orquestra (68), fazendo o Brasil dançar, cantar, despertar paixões nos ritmos mais variados, concebidos pelo maior arranjador brasileiro: Severino Araújo com sua magistral Orquestra Tabajara. Essa é uma história rica, da música, do rádio, de artistas e de uma grande saudade, que esta série não poderia omitir.

Nos dias 6 e 7 de março que passaram, no Canecão, grande show da Orquestra Tabajara e Peri Ribeiro - encontrei Carlos Coraúcci, autor do livro lançado no último dezembro, pela Companhia Editora Nacional, para contar, “A Vida Musical da Eterna Big Band Brasileira”, ORQUESTRA TABAJARA, DE SEVERINO ARAÚJO (E). Trata-se de luminoso trabalho literário, marcando nossa história e tradição da música orquestrada. Minha aproximação com Coraúcci resgata alegria de um tempo vivido com seu tio William Salomão, narrador de jogos de futebol, acadêmico de direito em Niterói, mais tarde professor de direito. Carlos Coraúcci nasceu em Franca, ama sua cidade e dignamente a representa no meio cultural brasileiro, por assumir a arte de bom biógrafo. Autor de outras obras com olhos no rádio, na TV e no cinema, é bom depositário de saudade que recomendo.

Participando na última semana de um programa de entrevistas no canal 9, de Franca, a Nova TV, o tradicional radialista Valdes Rodrigues, ainda ativo no rádio, emprestando brilho e seriedade também à televisão, inquiriu-me sobre o chamado tortuoso caso do fechamento de emissoras na década de 70, pelos militares.

Tendo vivido no palco das cenas de tal espetáculo, na época intitulada perempção, uma das peremptas me tinha como seu diretor em seu momento finito. Era a tradicional emissora da novela por onde passou com sucesso Ariovaldo Pires, (1934) se não sabem quem foi eu lhes digo: “Capitão Furtado”: Rádio São Paulo S/A, PRA5. Ouço tantas acusações ao chamado governo militar, não quero aqui discutir a opinião de ninguém, no entanto, me inclina supor necessária análise para aplaudir ou apupar. Não penso que tenha sido tortuoso e tampouco artimanha dos militares no poder, como soer propala-se, toda maldade ser-lhe debitada. Os serviços de radiodifusão no Brasil até dezembro de 1962, tinham como gestores, pelo poder concedente, o Departamento dos Correios por sua vez, subalterno do Ministério de Viação e Obras Públicas. Naquele ano o Presidente da República, João Goulart, sancionou a Lei n° 4.117, criando o Conselho Nacional de Telecomunicações, com as disciplinas definidas para o setor.

Em fevereiro de 1967 foi criado o Ministério das Comunicações, órgão que passou a gerir o sistema, no país. No campo radiodifusão, o novo organismo administra desde licitações das concessões de emissoras de rádio e televisão, até o seu funcionamento, em obediência à legislação existente. No mesmo mês de fevereiro, o Decreto n° 236/67 foi editado para complementar a Lei 4.117, ocorrendo várias alterações, entre elas, como rezam os artigos abaixo:

Art. 67. A perempção da concessão ou autorização será declarada pelo Presidente da República, precedendo parecer do Conselho Nacional de Telecomunicações, se a concessionária ou permissionária decair do direito à renovação.

Parágrafo único. O direito à renovação decorre do cumprimento pela empresa, de seu contrato de concessão ou permissão, das exigências legais e regulamentares, bem como das finalidades educacionais, culturais e morais a que se obrigou, e de persistirem a possibilidade técnica e o interesse público em sua existência.

Art. 69. A declaração da perempção ou da caducidade, quando viciada por ilegalidade, abuso do poder ou pela desconformidade com os fins ou motivos alegados, titulará o prejudicado a postular reparação do seu direito perante o Judiciário.

Ao ser estabelecido o decreto, entre outras medidas, havia objetivo de diminuir o poder das redes, limitando o número de emissoras para cada grupo, o que não ocorreu dentro do prazo concedido. Os prazos contratados de concessões e permissões eram de dez anos, quando se deveria buscar a renovação dentro da adequação já imposta pelo decreto. Além do prazo fixado de dois anos para o ajustamento, muitas emissoras só foram peremptas depois de cinco anos (1973). Continua...

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*José Reynaldo Nascimento Falleiros (Garcia Netto), 81, é jornalista, radialista e escritor francano. Autor dos livros Colonialismo Cultural (1975); participação em Vila Franca dos Italianos (2003); Antologia: Os contistas do Jornal Comércio da Franca (2004); Filhos Deste Solo - Medicina & Sacerdócio (2007) e a novíssima coletânea Seleta XXI - Crônicas, Contos e Poesias, recentemente lançada. Cafeicultor e pecuarista, hoje aposentado. A Série Relembranças II será editada em capítulos semanais, às quintas-feiras - uma revisita do profissional de memória privilegiada, à história do Rádio Brasileiro, que se confunde com a sua própria história.
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34 comentários:

  1. Bom dia, amigos e amigas!

    Hoje, mais um fascinante capítulo da Série RELEMBRANÇAS II - RÁDIO: PAIXÃO, ROMANTISMO & REALIDADE, em que Garcia Netto desvela a história do Rádio Brasileiro, sua construção, sucesso e desenvolvimento, também em suas especificidades técnicas, políticas e jurídicas.

    No texto, Garcia Netto menciona a famosíssima Orquestra Tabajara e seu prodigioso regente, o maestro Severino Araújo - fenômeno musical brasileiro, de sucesso perene e arrebatador. Pois nosso querido memorialista, tão sedutor quanto generoso, vai, hoje, nos brindar com dois exemplares do livro “A Vida Musical da Eterna Big Band Brasileira”, ORQUESTRA TABAJARA, DE SEVERINO ARAÚJO, escrito por Carlos Coraúcci, seu dileto amigo, colega e conterrâneo. E um detalhe: Os leitores sorteados terão o livro autografado por Carlos Coraúcci.

    Também nos brinda Garcia Netto, mais dois exemplares da novíssima coletânea Seleta XXI - Crônicas, Contos e Poesias, de que faz parte.

    Assim, amigos e amigas, mãos à obra! Participem, comentem, e estarão concorrendo ao sorteio desses livros, gentilmente cedidos por Garcia Netto.

    Os felizes ganhadores serão conhecidos amanhã, pela manhã. Após a divulgação do resultado, peço-lhes que enviem o seu endereço completo para o e-mail niviaandres@gmail.com que encaminharei os dados para o autor.

    Um abraço a todos!

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  2. O livro "Orquestra Tabajara, de Severino Araújo", escrito por Carlos Coraúcci, pode ser encontrado em todas as boas livrarias, ao preço médio de R$ 29,90.

    Em síntese, conta a respeito da brilhante orquestra, criada em 1933"a mais famosa orquestra popular brasileira, a mais longeva e um dos mais férteis celeiros de grandes instrumentistas do país. Inspirada nas big bands americanas, foi decisiva para a modernização da música brasileira. Em A Orquestra Tabajara de Severino Araújo, a vida musical da eterna big band brasileira (Companhia Editora Nacional), o autor Carlos Coraúcci narra a irresistível história, humana e musical, desses grandes craques da música, coroada pelo sucesso de crítica, reconhecimento de seus pares e, fundamentalmente, pelo sucesso de público.

    A atualidade de sua herança sonora mantém-se viva graças à inventividade dos músicos que passaram pela orquestra (registrada em mais de cem discos), ao alto nível e à abrangência de seu repertório, que percorre desde temas clássicos de gêneros genuinamente brasileiros, como o frevo e o choro, até standards da canção americana e à excelência musical de seu maestro, Severino Araújo.

    Talento múltiplo, Severino tem lugar garantido na história da MPB como compositor (é dele Espinha de bacalhau, peça essencial do repertório do choro), instrumentista exímio, seguro band leader e genial arranjador. Em uma época fecunda de grandes maestros e arranjadores, como Radamés Gnatalli, Guerra Peixe e Leo Peracchi, cujo centro de gravidade eram as rádios Tupi e Nacional, Severino conquistou lugar entre os maiores. Com seus arranjos "agressivos" e totalmente diferentes do que se fazia na época (nas palavras do saxofonista e clarinetista Paulo Moura, ele próprio um ex-Tabajara), sua influência perdura até hoje.

    Este livro agradará tanto aos fãs de Severino Araújo e seus músicos endiabrados quanto a musicólogos, pesquisadores e apreciadores da música em geral, curiosos por conhecer mais a fundo nossa MPB."

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  3. Bom dia a todos! As lembranças do Garcia Netto sobre os crimes famosos do passado, de grande repercussão, são interessantes também para alertar quem acha que o barulho em torno do caso Nardoni seja uma novidade. Sempre foi assim, sempre teve um caso que comoveu o país. O Garcia Netto com certeza conhece a fundo, mas esqueceu de lembrar do caso Aída Curi, que tornou David Nasser celebridade. David Nasser escrevia muito bem, mas era puxa saco ao extremo, sem limites, do Chatô (dono da rede Associados)e tinha um caráter, digamos, duvidoso. Eu era garoto naqueles tempos, mas lia e acompanhava tudo com extrema curiosidade. Vem daí minha memória privilegiada. A orquestra do Severino Araújo é realmente parte da história musical brasileira e da dança de salão, área a que estou fortemente ligado e envolvido há muitos anos. É interessante notar ainda que as grandes rádios daquele tempo tinham orquestras próprias. A Nacional (Rio), Farroupilha (Porto Alegre), e outras. A Mayrink Veiga (é assim que escreve?) tinha? Não sei, o Garcia Netto poderia me esclarecer essa pequena curiosidade. Mas o que quero dizer é que perdemos esse patrimônio cultural incrível. Hoje as rádios, na maioria dos casos, são lamentáveis, só tocam lixo.
    Abraços a todos!
    Milton Saldanha

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  4. Caro Garcia Netto: qualquer pessoa pode ser de direita ou esquerda, é um direito do livre pensar. E é justamente por defender até a morte esse direito do livre pensar (seja em política, religião, futebol, etc), é que não consigo entender como uma pessoa culta e esclarecida, como você, possa ter sido a favor da ditadura. Isso, inclusive, não combina com homens de comunicação, que foram vítimas da censura. E que precisam dos microfones e páginas dos jornais livres e abertos, para denunciar desmandos públicos, fiscalizar e defender os interesses da coletividade. Papel que cabe a qualquer veículo sério, seja ele simpático ao capitalismo ou ao socialismo, pouco importa. Só que numa ditadura, de qualquer ideologia, seja em Cuba ou na Arábia Saudita, isso tudo fica impossível, pela mão pesada e repressora do estado policial-militar. Há tempos estou com essa curiosidade. Qual é sua visão do papel da imprensa? E de um governo democrático? E de uma ditadura? Você tem como me explicar essa dicotomia do seu pensamento?
    Abraço!
    Milton Saldanha

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  5. Como era bom dançar ao som de uma big band"!! Eu comecei a dançar muito cedo, ali pelos doze anos e ainda peguei um restinho desse prazer, inclusive cheguei a dançar ao som da Orquestra Tabajara, aqui em minha cidade. Hoje, só instrumentos eletrônicos e bailões serta...nojos. Uma verdadeira lástima para quem curte a verdadeira música de salão! Há pouco tempo fomos a Saõ Paulo pois nos disseram que o Clube Piratininga ainda promovia esses bailes. Mas estava tão lotado que ficamos só na vontade. Se alguém souber dizer onde ainda existem bailes com orquestras, por favor, passe a informação que eu vou atrás...
    João Gregório "Barrios"

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  6. Em primeiro lugar Nívia, saudá-la sempre será um prazer. Seu equilíbrio e sensibilidade aliados ao conhecimento dão consistência à vida. Por suas colocações sobre a Tabajara e o velhinho de 93, Severino, fiquei feliz por tê-lo trazido hoje aqui. Obrigado.
    Milton Saldanha. Louvo-lhe a juventude onde desde a década de 50 do século passado, talvez com os Beatles, passou a campear a contestação sem que se soubesse o que. A discussão seria árida demais para nosso espaço. Pense por favor, que eu tive uma educação e aprendizado que hoje pode ter a idade de 300 anos. O momento citado ai atrás impôs mudança abrupta que não quero discutir suas razões, no entanto, não me envergonho da educação que tive bem menos liberta, apesar de sua velhice.
    Meu caro amigo, defendo-lhe o direito sagrado de opinar, sou um democrata. Louvo-lhe também o arroubo apressado dos jovens. Muitos tardam bastante a comedir-se sem, contanto, perderem o valor.
    Não me esqueci do caso Aída Curi e de muitos outros que você pode até não ter sabido. Quanto ao David Nasser, com quem tive boa relação, não foi esse o caso que o colocou em evidencia, qualidade que já tinha mesmo antes daquela infeliz menina nascer. Era ela muito jovem, quando jogada pela janela de um edifício na Avenida Atlântica em Copacabana. Foi em 1958 e a turba jovem estava contestando. Em minha opinião, o David Nasser, morto em glória, nunca mereceu a qualificação, que em arroubo, você lhe conferiu, exceto a de que escrevia muito bem. Mairink vinha do nome do senhor Antenor Mairink Veiga e a radio tinha sim orquestra, especialmente no programa do Trio de osso, Yara Sales, Heber de Bôscoli e Lamartine Babo. Já mencionei as informações no início da serie.
    Não sei se pretendeu acusar-me de acender uma vela a Deus e outra ao Diabo, julgando-me como julgou David Nasser. Defendo sua liberdade de externar os pensamentos e princípios filosóficos. Quanto a mim, estou feliz com minha consciência e durmo muito bem. Tem sido meu hábito defender alguns militares, cuja idoneidade moral conheci e posso provar. Não posso proceder da mesma forma com o ditador que nos governa neste momento, assim como a tropa que o acompanha. Um abraço fraterno. Garcia Netto

    Leiam hoje no estadão, pag 2 caderno A
    "Clamor popular faz justiça?"

    assinado por minha filha Flsvia Nascimento. (pai coruja)

    http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100408/not_imp535442,0.php

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  7. Caro Garcia Netto: Gosto do debate, que me acompanhou a vida inteira e me ensinou a pensar. Gostar do debate é inerente ao espírito democrático. Razão pela qual sempre tive rejeição à ditaduras. Não tenho os militares como inimigos. Meu pai passou para a reserva como coronel do Exército, cresci dentro de quartéis, tivemos amigos. Conheci muitos militares honrados e inatacáveis. Minhas denúncias não se referem a estes. Se referem apenas a uma minoria que se aproveitou da ditadura para enriquecer, torturar, matar, descumprir a constituição e as leis, inclusive do próprio período militar. É só ler a trilogia do Elio Gaspari, está tudo lá sobre a anarquia e a quebra da hierarquia na caserna, com nomes, datas, locais. Que o diga a grave crise Geisel X Sylvio Frota. Os torturadores de ontem, em nome da "defesa da pátria", são os contraventores de hoje do jogo do bicho no Rio de Janeiro; chefões no crime organizado. Capitão Guimarães, por exemplo, famoso no Rio. Eu era contra os terroristas pagos pelo Estado, que em lugar de proteger a sociedade tentaram explodir o Rio-Centro, no maior escândalo da ditadura. Contra aqueles que mataram covardemente nosso colega Vladimir Herzog, um intelectual pacifista. Era comunista? Sim, e daí? Isso era motivo para o assassinato sob tortura? É contra esse tipo de ditadura que me rebelei, e que faço questão hoje de denunciar aos jovens. Mudando de assunto, sobre Aida Curi: não foi vitima de nenhuma turba contestadora, e sim de dois marginais de classe média alta, que tentaram violentar a moça no terraço do edificio, em Copacabana.
    Abraços!
    Milton Saldanha

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  8. Oi Garcia, fiquei tão curiosa para ler o artigo de sua filha no Estadão que comprei numa banca próxima ao Shopping Iguatemi um Estadão. Papai assina a Folha. Vc tocou no assunto que sua filha iria escrever esse artigo no jornal dias desses, li aqui. Ainda não li, meu irmão está folheando o jornal. Aproveitei para vir ao blog para ler seu artigo desta quinta. Depois que ler o artigo da Flavia, volto para comentar alguma coisa. Passando os olhos percebi que ela fala sobre o Caso Nardoni.
    Sobre a orquestra Tabajara citada em sua crônica, já,ouvi falar muito sobre ela e outras dessa época. Uma antiga que aprendi a gostar, de tanto que mamãe ouvia é a Orquestra de Ray Connif.

    Beijos a todos,

    Tatiana - Metodista - SBC

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  9. Adoro ler esses dois senhores! Parece-me que eles arranham-se de propósito. No fundo, no fundo, querem-se bem...com todo o respeito. Voltei também para dizer que apanhei muito ao aprender a dançar o "Moliendo Café" tocado pelo Severino Araújo. A Moça que me ensinava, dizia que eu tinha a "cintura dura" pois que não conseguia acompanhá-la nos rodemoinhos (ou rodomoinhos, ou rodamoinhos, ou redemoinhos??)que ela fazia com as cadeiras, imitando um moedor de café.

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  10. Como vai, Garcia, quero entrar hoje na fila para receber um exemplar da novíssima coletânea Seleta XXI - Crônicas, Contos e Poesias, em que vc participa. Meu interesse em receber esse livro é porque não está a venda em livrarias e certamente eu não o encontraria em outro lugar.

    Eu tenho a impressão que o pessoal está todo enfiado debaixo das cobertas, o frio pegou todo mundo desprevenido, por isso muitas coleguinhas nossas desapareceram. Acompanhei sua crônica hoje, com assuntos diversos, que servem para aprimorar nossos conhecimentos. E não posso deixar de sempre elogiar sua memória, recordando casos que ficaram marcados em nossa história.

    Abraços, Garcia e amigos!

    Liliana Diniz - Santo André - SP.

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  11. Olá Garcia Netto


    Desculpe-me não ter comentado mais cedo sua brilhante crônica de hoje.
    Lembrança de tempos idos. Orquestras, cantores e fatos que marcaram a história contemporânea.
    Viajei hoje para outra cidade. Coloquei no toca/cd de meu carro, um disco com músicas de Pixinguinha cantadas e tocadas por astros da época. Orlando Silva, Altamiro Carrilho... Viajei na estrada e no tempo.
    Ao ler sua crônica tornei a viajar e ao ler os comentários postados no blog. Ditadura (deveria ser ditaduras – Vargas e o chamado Governo Militar), Lei da Anistia e o ranço que ainda existe entre os contendores da época.
    Estamos no século XXI, mais precisamente em 2010. É hora de pensar Brasil. Extirpar com nosso voto os corruptos existentes e não os que existiram. E olha que são muitos!
    O congresso corrupto de hoje recusa-se a votar a lei que tornam inelegíveis os “malandros”. E quem está barrando essa lei? Os corruptos de todos os partidos. Será que não estamos vivendo uma ditadura?
    É hora de paz e entendimento.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  12. Queridíssima amiga Ana Célia de Freitas!

    Segundo informações colhidas pelo Professor João Paulo, hoje é o seu aniversário. Queremos cumprimentá-la e desejar-lhe muitas felicidades, muitas realizações pessoais e profissionais e agradecer a sua gentil, fiel e sempre inteligente presença no nosso blog.

    Hoje é dia de celebrarmos a VIDA de nossa amiga Ana Célia de Freitas!

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  13. Boa tarde, Garcia Netto!
    Sua filha, Flávia Nascimento, Doutora em Letras e Ciências Humanas Pela Université de Paris X Nanterre, também Professora de Teoria Literária na Unesp, defende o mesmo ponto de vista que postei nesse blog, na crônica escrita pela Nivia Andres sobre o Caso Nardoni, ou caso Isabella. Li com atenção o artigo que ela escreu no Estadão e chamo a atenção do jornalista Milton Saldanha para esse tópico que extrai do artigo da Doutora Flávia.

    Eis o trecho: "Não tenho meios para me pronunciar sobre a inocência do casal condenado, nem tampouco sobre sua culpabilidade (não teria por que fazê-lo, afinal não conheço o processo e nem sequer sou jurista). Mas, como cidadã brasileira, clamo pelo direito que esse casal teria tido? e continua tendo, como qualquer um de nós que porventura venha um dia a ocupar justa ou injustamente o lugar de um réu? a um julgamento realizado em condições de total respeito às leis brasileiras. Não creio que tais leis tenham sido respeitadas à risca.

    Aí está, Milton Saldanha, o que sempre defendi, o direito a um julgamento justo, e não com o clamor popular, que acabou fazendo justiça nesse caso onde os réus não confessaram o crime e muito menos teve testemunhas.
    Caro Garcia netto, meus cumprimentos pela postagem de hoje e meus parabéns a sua filha pela lucidez com que escreveu sua crônica no Estadão. Seria tão bom que ela viesse ao blog dizer alguma coisa. Porque não a convida, Garcia Netto?

    Abraços,

    Juninho - São Paulo - SP

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  14. Voltei para deixar meus cumprimentos a Ana Célia de Freitas pelo seu aniversário. Muitos e muitos anos de vida, querida! Parabéns!!!

    Beijos,

    Tatiana

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  15. Olá Ana Célia Freitas

    Parabéns. Felicidades, alegrias e tranqüilidade.

    Um abraço fraterno

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  16. Oi Garcia, já li a crônica de sua filha hoje no Estadão. Cada um tem uma opinião, respeito a da Flávia, mas não creio que os Nardoni foram condenados por causa do clamor popular não. Foram condenados porque mataram a filha, e nada mais justa a pena que receberam, tomara que a cumpram integralmente.
    Li sua crônica também no blog e estou na fila para ganhar seu livro, apesar de já ter sido premiada.

    Sua assinante da Revista Seleções e não faz muito tempo comprei vários cds de orquestras famosas que dei de presente para meus pais que adoram, como eu, músicas orquestradas. A revista sempre faz algumas promoções assim. Entre elas estavam a Orquestra Tabajara, do Severino Araújo, Glenn Miller, Ray Connif, Silvio Mazucca e outras que não me lembro.

    Beijos a todos que a noite começa muito fria, excelente para se tomar uma sopinha feita com carinho pela mamãe...

    Ana Célia de Freitas, querida, meus parabéns, que você seja muito feliz!

    Beijos a todos!

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  17. Olá Garcia Netto, não deixo de ler nenhum dos capítulos de sua série e cá estou, para lhe cumprimentar por mais essa postagem e dizer que sou candidata a receber um desses dois livros que vc está ofertando. Tem uma coisa, se a Nivia e o pessoal do blog me escolher, peço-lhes que enviem o livro para a Ana Célia de Freitas, como presente de aniversário, pode ser? Não que eu não queira ler esse livro, mas é que, como estou sem tempo, estudando muito e hoje é o aniversário dela, creio que nada melhor do que presenteá-la com um dos livros, o que acham?
    Ana Célia, meus sinceros parabéns. Ao partir o bolo, coma um pedacinho por mim, viu?

    Beijinhos!

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  18. O povo perdeu a noção e o gosto pela arte pura.
    Deixa o casseta&planeta descobrir essa orquestra pra voces verem a reviravolta que vai dar na vida do “seu creissom”.

    Ana célia de freitas, meus cinceros votos de felicidade, e que o universo contunue conspirando em favor dessa mente brilhante que voce tem.

    P.E.

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  19. Ana Célia Freitas, parabéns, e seja muito feliz! Abraço,
    Milton Saldanha

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  20. Acabei de ler o excelente artigo da Flávia Nascimento e solicito que o Garcia Netto seja portador dos meus cumprimentos. Juninho, ela não está entrando no mérito do caso, que explicou desconhecer em detalhes. Não pregou a inocência ou culpa do casal. Ela apenas aproveitou para questionar a instituição do tribunal popular, do juri, realmente um tema polêmico, principalmente hoje quando o Judiciário está desmoralizado por tanto corrupção (tema que a autora não citou), é comentário meu. Tenho convicção na culpa dos acusados, mas concordo com a Flávia, o local deveria ter sido isolado, dadas as circunstâncias especiais. Competia à defesa pedir isso, mas em nenhum momento ela fez. Já a acusação não tinha o menor motivo para "comprar" o problema. Nada disso inocenta os psicopatas, mas a instituição do juri, bem ou mal, tem que ser preservada. Aquele circo realmente foi medonho. E atacar o advogado de defesa uma demonstração da mais pura ignorância, coisa primitiva mesmo. No filme O Vampiro de Dusseldorf, fantástico, imperdível, (vi várias vezes), em nenhum momento fala em crianças ou mocinhas. Ele atacava mulheres, sem especificar faixa etária. A investigação dos próprios bandidos para achar o cara deu um banho na investigação da polícia. O filme permite várias ilações, analogias, interpretações. Uma pelo menos ficou insofismável: o mal, infelizmente, é mais organizado e forte que o bem.
    Abraços!
    Milton Saldanha

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  22. Boa noite grande Garcia Netto!
    Com atenção acabo de ler mais um capítulo dessa série imperdível publicada aqui no blog do Edward, atualmente sob a batuta da Nivia Andres. Sobre as emissoras de rádio e no assunto que tocou na época de 70, muitos também se beneficiaram e foram premiados com emissoras de rádio pelo regime militar, não aconteceu isso, Garcia? Fonte digna de crédito me passou, há alguns anos, que pessoas que se uniam aos militares, muitos delatores até, acabaram ganhando emissoras de rádio, você tem conhecimento disso?
    Abraços.

    Deixo meu abraço afetuoso para a Ana Célia de Freitas pelo aniversário e endosso o pedido da Andressa, ela merece um livro desses que irão a sorteio logo mais, pelo seu aniversário.

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  23. Ao agradecer a participação de todos comentando mais um capítulo dos causos que venho contando, devo dizer que muito me gratifica, qualquer citação aqui colocada.
    Andressa, quanto ao presente, caso for sorteada, deixe por minha conta, se ocorrer fique para você.
    Em nosso nome vou oferecer a Ana Célia Freitas dois livros meus. Ela mora em Franca e só me contatar para receber.
    Ana Célia aceite meus votos de muita alegria, felicidade e realização. Abraço do Garcia Netto.

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  24. Oi Ana Célia Freitas, quando postei meu comentário não sabia que hoje é o seu aniversário. Quero que saiba que jamais vou esquecer que vc aniversaria hoje, dia 8 de abril, sabe a razão? Hoje é aniversário aqui da minha cidade, Santo André, que completa 457 anos, um ano a mais que São Paulo capital. O feriadão foi muito comemorado, com muita festa e shows na cidade. Meus sinceros parabéns, comemore bastante esse dia importante de sua vida.

    Liliana Diniz - Santo André - SP.

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  25. Amigo Falamansa.
    É pertinente sua pergunta.
    È verdade.
    Todos os governos em todos os tempos, deram canais aos amigos.
    Quando os cartórios era dados sem concurso ou por herança, só levava os amigos do poder.
    Quantos canais conseguiu o Sarney para ele mesmo através dos seus aliados?
    Quantos levou Antonio Carlos Magalháes depois de passado o governo militar? Todos antes e depois fizeram e continuam fazendo assim. Obrigado pela participação.
    Garcia Netto

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  26. Boa Tarde Garcia Neto

    Já disse antes e volto a dizer: sua vida na rádio é cheia de experiências e glórias.
    Èram menino na época do crime do Sacopã lá no Rio de Janeiro. Era um rapaz então, universitário, quando no auge a Orquestra Tabajara animava as festas do Hotel Glória, no Rio de janeiro, de formaturas ou de debutantes - Hoje não se ouve mais falar de festas de debutantes ou estou enganado? Edward e J. Morgado bem como os demais colegas do blog devem lembrar-se bem destas festas e bailes escolares. - quando colocávamos smoking , as moças os vestidos de baile...Que época, meus amigos, época deliciosa...
    Será que poderemos reconstituir novamente aquelas idéias gentis e poéticas?
    Garcia Neto, obrigado, por relembrar-me dessa época. Fiquei bem emocionado por estas lembranças.

    Abraços

    Anfermam

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  27. ANA CÉLIA DE FREITAS.sexta-feira, 09 abril, 2010

    Boa noite meus queridos...
    Ontem não foi possível acessar o blog,para mim foi uma tortura,pois amo esse espaço,mas as visitas foram embora tarde,e meu PC anda meio lento.
    Pessoal agradeço de coração pelas belíssimas palavras de carinho que recebi de todos,fiquei tão emocionada ao ler, que muitos preferiram me presentear com o exemplar que até chorei.Desde quando minha mãe se foi há 6 anos,meus aniversários nunca foram os mesmos,sempre ficou um vazio,mas hoje com todas essas palavras lindas,esse vazio ficou um pouco menor.
    Obrigado a todos do fundo do meu coração,adoro vocês...
    ANA CÉLIA DE FREITAS.

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  28. ANA CÉLIA DE FREITAS.sexta-feira, 09 abril, 2010

    Boa noite Garcia Neto.
    Como sempre tudo que você escreve é imperdível,você sabe conduzir de forma tão objetiva que cativa todos que amam a leitura assim como eu.
    Ter você nesse espaço é muito gratificante.
    Acabei de ler o excelente e imperdível artigo da Flávia Nascimento,ela o conduziu com muita seriedade,parcimônia, imparcialidade e maestria,assim como o pai.Na minha opinião o que condenou o casal foi sem dúvida as provas consistentes e não o clamor popular.
    Mas esse espaço é democrático e todos tem o direito de expor sua opinião e respeitar a do outro.
    Seria muito interessante se sua filha nos desse a honra de sua presença nesse blog.
    Beijosssssssssssss.
    ANA CÉLIA DE FREITAS.

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  29. ANA CÉLIA DE FREITAS.sexta-feira, 09 abril, 2010

    Boa noite Garcia Netto.
    Agradeço de coração pelo magnífico presente,fiquei radiante.
    Beijossssssss.
    ANA CÉLIA DE FREITAS.

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  30. ANA CÉLIA DE FREITAS.sexta-feira, 09 abril, 2010

    Boa noite Garcia Netto.
    Agradeço de coração pelo magnífico presente,fiquei radiante.
    Beijossssssss.
    ANA CÉLIA DE FREITAS.

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