terça-feira, 13 de abril de 2010


- CADÊ O MEU LIVRO...


...que estava aqui, ainda agorinha? - O gato comeu, diria algum engraçadinho!

- Não! A internet engoliu! Transformou-o numa mídia digital. Agora ele atende pelo nome glamuroso de e-book, a abreviatura em inglês para electronic book, o livro eletrônico.

A distância que separa o livro impresso do livro digital é a mesma que afasta a carta do e-mail, nosso método atual de enviar e receber mensagens por meio eletrônico, já tão comum quanto importante e imprescindível para agilizar a comunicação entre pessoas, empresas e o mundo. Comunicação rápida, precisa e eficiente é o que se quer.

A trajetória do livro eletrônico entre nós está apenas começando, tímida, mas progressiva e, certamente, avassaladora, logo mais, pelas vantagens que apresenta, uma delas, a da portabilidade – se eu preciso de uma publicação que só tem na Alemanha, posso adquiri-la e em segundos já estará em minhas mãos, digo, no computador ou no e-reader (o leitor eletrônico, já com vários modelos à disposição). Inclui-se, também, entre as virtudes do e-book, a facilidade de transporte, já que milhares de títulos podem ser confortavelmente acomodados num pendrive (dispositivo móvel) enquanto que carregar alguns livros impressos, dependendo de seu peso, pode causar sofrimento ao seu portador.

O preço também é um fator que torna o e-book muito interessante economicamente, devido ao baixo custo de produção, de divulgação e de entrega, podendo chegar a ser 50% inferior ao custo de um livro tradicional.

Pois bem, já descobrimos as inúmeras vantagens oferecidas pelo livro eletrônico, às quais devemos acrescentar a economia de papel, de celulose e de... árvores! Claro! O livro digital poupa árvores e vai merecer, em seguida, o galardão de “amigo da natureza”! Resta investigar se o e-book também é detentor do prodígio de baixa emissão de gases poluentes causadores do efeito estufa... Daí vai ser a glória!

Então, mercê dessas qualidades intrínsecas, o livro eletrônico, em breve, vai dominar o mercado editorial, desbancando, definitivamente, o modelo tradicional, que precisou de milênios para evoluir desde as tábuas da lei de Moisés, os papiros, as iluminuras, os incunábulos, as brochuras até as belíssimas impressões e encadernações que temos hoje. Bonitas, caras e pesadas.

Mas, há um senão. Decerto tem a ver com romantismo ou com algum outro sentimento não muito compatível com a realidade... Como amante da literatura, verdadeira devoradora de livros, ainda não tolero a ideia de comprimir meus autores preferidos num dispositivo eletrônico. Todos, ali, espremidinhos em arquivos. Pensem bem! É estranho ler Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Erico Verissimo, Manuel Bandeira, Cecília Meirelles, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Gabriel García Marquez e tantos bons autores sem poder folhear, refolhear e desfolhear as páginas de papel, fazer anotações laterais, escrever meu nome na primeira página, colocar um marcador, escondê-lo embaixo do travesseiro... Não! Decididamente, não é a mesma coisa... Como vou guardar uma florzinha para que seque entre as páginas, desejando encontrá-la, anos depois, amarelecida pelo tempo, mas plena de recordações? Tenho certeza de que esses autores, todos adeptos da caneta tinteiro, iriam odiar o e-book...

Mas... fazer o quê? Tenho a esperança de que, em breve, cada aluninho deste Brasil terá o seu e-reader e muitos livros para ler e se maravilhar com as fantásticas histórias neles contidas, pelo seu bem e para o bem de todos.

- Cadê o meu livro que estava aqui? - O gato comeu!

- Não! A internet engoliu!

-------------------------------------------------------------------------------------
*Nivia Andres é jornalista e licenciada em Letras. Suas opiniões e vivências estão no blog Interface Ativa! Para conhecer, acesse http://niviaandres.blogspot.com/
-------------------------------------------------------------------------------------

27 comentários:

  1. Estimada Nivia Andres: o livro em papel jamais vai desaparecer e jamais poderá ser substituído. Quem é leitor de verdade, seu caso, meu caso, de outros amigos aqui do blog, e quem é também escritor (sou), jamais vai aceitar a idéia do livro fora do papel. Tenho livros com autógrafos de autores e também já tive, como autor, essa honra e alegria de autografar para leitores. É algo que nenhuma engenhoca poderá substituir. Quem é do ramo sabe que a gente precisa do contato com o livro em papel, do cheiro, da possibilide de fazer anotações nas margens, sublinhar passagens belas e importantes, para achar rápido depois e reler tantas vezes. Quando surgiu o cinema falaram que o teatro morreria. Todos os meses, em SP, há quase cem peças de teatro na programação. Já teve mês até com mais. Se isso é morrer... Depois, quando surgiu a TV, falaram que o rádio morreria. Pois, o rádio só cresceu, está fortíssimo, é insubstituível em várias situações, principalmente no automóvel. Com o surgimento da Internet, dos blogs, sites, portais e tudo o mais que está por aí, já andaram falando no fim dos jornais e revistas. Todos estão muito bem, obrigado. Mudando, sim. Perdem em agilidade e compensam ganhando em profundidade. É uma reciclagem necessária e muito boa. O livro em papel continuará existindo, para nossa alegria. Terá apenas alguns novos irmãos, eletrônicos, e sem o mesmo encanto.
    Muito legal sua crônica, parabéns!
    Beijos a todos!
    Milton Saldanha

    ResponderExcluir
  2. Nivia Andres e demais amigos: Semana passada recebi uma carta muito simpática de um amigo. Escrita de punho, enviada pelo Correio, com selo colado no envelope. Ele me agradecia o envio e comentava de forma muito bonita meu novo livro, o "Maria Antonietta, a Dama da Gafieira". A carta, com envelope e tudo, já está no meu arquivo pessoal e ali ficará, como mais um bem precioso (para mim) e de estimação. Se fosse um e-mail, coitado, estaria destinado à tecla "Delete", não tem jeito, é questão de dias ou horas, a gente tem que limpar o computador para não ficar lento. A tela é fria, distante. O papel vem com o calor do coração.
    Beijos!
    Milton Saldanha

    ResponderExcluir
  3. Bom dia, amigos e amigas!

    Há tempos, o Professor João Paulo de Oliveira sugeriu que eu escrevesse sobre o advento do e-book, o livro eletrônico - suas vantagens e a natural reticência dos amantes do livro tradicional em adotá-lo, apesar das vantagens em relação à portabilidade, ao custo de produção e distribuição e, até mesmo, da economia de...árvores!

    Então, aí está, Professor João Paulo, a sua sugestão atendida!

    Confesso que sou rebelde, amo meus livros de papel e vou continuar comprando-os, até quando forem oferecidos e o computador não engolir a todos, mas reconheço que os eletrônicos são mais práticos, leves, baratos (ainda nem tanto) e vão tomar conta do mercado em pouco tempo.

    É o tempo...Temos o dever de utilizar o tempo a nosso favor, provocando as transformações necessárias para melhorar a nossa qualidade de vida, nesse caso, através da educação, que provoca a mudança!

    E vocês, o que pensam a respeito?

    Um abraço a todos e aproveitem o dia!

    ResponderExcluir
  4. Caríssima Nivia Andres e demais leitores, permitam-me o abuso de mais um rápido comentário. Afinal, quando o assunto é livro... Quando entro pela primeira vez na casa de alguém a primeira coisa que busco com o olhar é a presença de livros. Eles dizem muito (ou tudo) sobre aquela pessoa e aquela casa. Se não existem, minha percepção é a de um grande vazio, da casa e do dono. Quando existem, não resisto a consultar títulos e autores, buscando ali informações preciosas. Sim, somos também aquilo que lemos.
    Beijos a todos!
    Milton Saldanha

    ResponderExcluir
  5. Olá Nívia

    Bom dia

    Fui e sou um rato de biblioteca. Sou um freqüentador assíduo de sebos. Adoro entrar nesses “botecos” onde se vê livros velhos empilhados. Começo então uma garimpagem. Velhas capas coloridas com títulos sugestivos e autores conhecidos.
    Recentemente, encontrei a famosa Revista Seleções dos idos de 1940, 50, 60, 70... Foi um achado precioso.
    Estou com o Saldanha, nada substituirá o prazer de ser ler um livro impresso. Entretanto, as gerações atuais que pouco lêem, se adaptarão rapidamente a esse modismo que veio para ficar.
    Talvez em outra encarnação...

    Linda crônica minha amiga

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

    ResponderExcluir
  6. Concordo com o Milton e com o J.Morgado. Apesar de meu livro "Crenças e Desavenças" estar disponível, também na forma de e-book nos sites da Ed. Baraúna das Livrarias Cultura e da Folha, eu "oro" para que essa modernidade não vá adiante. Entretanto se servir para que as novas gerações tenham acesso à boa leitura (já que não têm "saco" para folhear um livro), estarei mais consolado.
    João Gregório

    ResponderExcluir
  7. Bom dia amigos (as) deste blog...
    Coincidentemente perdi o sono esta madrugada, exatamente no horário em que a Nivia Andres postava seu texto neste espaço. Tenho a impressão que dividi a primeira leitura com meu amigo-irmão Milton Saldanha, que chegava de algum baile em plena madrugada de terça-feira. Milton, que estava bem acordado, logo postou seus comentários e foi claro. Não troca nenhuma tecnologia pelo prazer de manusear um bom livro.

    Realmente, o Milton tem suas razões. Nossa geração, minha, dele e de muitos outros amigos que frequentam o blog, dificilmente vai aceitar carregar uma biblioteca ambulante no bolso e se desfazer dos livros que estão enfileirados e cuidadosamente guardados em nossas estantes. É isso mesmo, estantes. Meu pai sempre chamou assim sua biblioteca particular onde hoje podem ser encontradas coleções antigas de José de Alencar, Machado de Assis, Castro Alves e tantas outras. Uma verdadeira relíquia!

    J. Morgado encontrou num sebo coleções da Revista Seleções dos anos 40, 50, 60, 70. Eu não preciso procurar, meu pai tem todas elas. Assina a revista desde 1940, acreditam? Comecei a assinar em 1980 e também não parei. Foi com meu pai que aprendi o gosto pela leitura. Desde pequeno ele me contava histórias pela metade. Quando eu queria saber o final, ele me entregava um livro e dizia; "leia, tenho que trabalhar. Neste livro você vai encontrar toda a história que lhe contei e vai saber seu final". Foi assim que com 8 anos li a coleção toda de José de Alencar e o Guarany foi a leitura que mais chamou a minha atenção.

    Esse livro, o maior da coleção, está lá, na estante de meu pai, bem cuidado, como se fosse novo. O exemplo de meu pai eu segui. Tenho uma enorme biblioteca em casa. Quando assinava "O Clube do Livro", chegava a comprar cinco ou seis exemplares, todos lançamentos da época, por mês. E mandei fazer minha estante particular, claro. Jamais eu a trocaria por um e-book, ou seja lá o que for. Qualquer dia ainda quero contar quantos livros estão alí, naquela estante (essa é moderna, fiz recentemente), mas creio que devo ter mais de dois mil livros. E li todos eles. Jamais comprei ou ganhei um livro que não tivesse lido.

    A tecnologia avança, compreendo, mas deixo-a para a nova geração. Vou continuar comprando livros enquanto as editoras estiverem lançando e vou conservar os que tenho. Representam muito pra mim, como ainda representam para meu pai, no alto dos seus 92 anos de idade.

    Parabéns pelo texto, Nivia!

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

    ResponderExcluir
  8. Oi Nivia, bom dia pessoal!
    Olha, certamente vão dizer que essa é a opinião de uma jovem, mas tenho um pensamento formado que gostaria de deixar aqui. Compreendo a posição do Edward, Milton Saldanha, J. Morgado, João Batista e até da Nivia, mas tudo hoje é uma questão de tempo. O livro eletrônico já é uma febre e está ganhando a cada dia mais espaço. Vocês, de uma outra geração, escreviam a máquina não faz muito tempo. Duvidam que um só de vocês ainda faz isso. Meu pai mesmo lutou contra essa ideia e jurou que não deixaria de escrever em sua velha Olivetti, mas foi vencido pelo progresso. Fez um curso de 3 meses, comprou seu computador, instalou em seu consultório e está feliz, abençoando a nova tecnologia.

    Armazena em seu computador centenas de pacientes, o que não conseguiria fazer com a velha máquina de escrever. Com o tempo vocês ainda irão me dar razão, todos estarão com seu e-book, mesmo que conservem seus livros, que aos poucos vão desaparecer das livrarias. Foi assim com a máquina de escrever e o computador e vamos sendo engolidos pela tecnologia, não tem como fugir dessa realidade.

    Beijos,

    Liliana Diniz - FUABC - Santo André - SP.

    ResponderExcluir
  9. Bom dia, Milton, João e Edward!

    Obrigada pela preciosa colaboração. Também penso como vocês e não me desgrudo dos meus livros. Meu pai também incentivou a leitura dos seus filhos. Não parava de comprar coleções e coleções - na época, eram famosas as coleções Caldas Aulete (o melhor dicionário), Delta Júnior, O Mundo da Criança (que histórias maravilhosas...). Além de nos dar os livros, ele comprou o "recipiente" adequado para guardá-los - belas e enormes estantes de madeira, todas envidraçadas, que adquiriu de uma farmácia da Cooperativa dos Ferroviários que fechava suas portas. São lindas, estão perfeitas e guardam meus tesouros, desde os primeiros que acumulamos até centenas de outros que continuamos comprando. Ah! Ainda tem os livros de cabeceira, os que ficam ao lado do computador, os que me seguem aonde quer que vá...

    Há pouco, estava lendo, no jornal Zero Hora, uma crônica do escritor gaúcho Moacyr Scliar, chamada "A tela e a página", em que ele conta que vai aos Estados Unidos, para uma série de palestras em universidades e em sua lista de compras está o i-pad, da Apple, para a recepção de textos (além de jornalista e escritor, ele é médico). Mas, ao mesmo tempo, confessa que jamais vai abdicar do prazer de folhear as páginas, seja dos jornais ou dos livros...E escreve uma frase que achei maravilhosa:

    "Mas uma coisa é certa: na tela ou na página, a palavra sobrevive. É isso que importa."

    ResponderExcluir
  10. Perdão, querida Liliana, não me referi a você em minha intervenção, acho que postamos ao mesmo tempo. Você está certa. Não há como deter o progresso. Na sua área, a Medicina, a nova tecnologia é um achado. Os livros de consulta são enormes, pesados e são tantos...não é mesmo?

    ResponderExcluir
  11. Penso que as Seleções de Reader's Digest (é assim que se escreve?) contribuiu sobremaneira para que os jovens de todas as décadas tomassem gosto pela leitura ("Minha Vida com Elza" "Flagrantes da Vida Real","Piadas da Caserna", "Meu Tipo Inesquecível" "Rir é o Melhor Remédio"...). Minha "estante" também conta conta com mais de mil livros, sempre ameaçados por minha esposa (que nunca leu algum e sempre quer doá-los ou jogá-los fora). Quando estive defronte à sede da editora, nos Estados Unidos (acho que em Connecticut), parei por um largo tempo, embevecido com aquela fábrica de sonhos, enquanto meus amigos visitavam a casa de Mel Gibson ou outras mansões famosas.
    João

    ResponderExcluir
  12. O tema abordado por você hoje é apaixonante, Nivia. Adorei a possibilidade de mudança. O e-book, em minha opinião, é o que de melhor poderia acontecer. O que importa é a literatura, não o meio como ela se espalha. Você não tem ideia do que sinto quando vejo aqueles troncos enormes sendo transportados em um caminhão. Precisamos lutar para conservar a natureza. Evitar essa indiscriminada “matança” de árvores. Que essa nova tecnologia seja bem vinda!

    Beijos,

    Larissa - Metodista - SBC

    ResponderExcluir
  13. Oi Nivia, sem problemas, o tema realmente é polêmico e está exposto para ser discutido. Claro, eu me refiro às facilidades que podemos encontrar com novas tecnologias. Livros de medicina além de enormes e pesados são caríssimos e com o e-book esses problemas serão minimizados. Nada contra a conservação de livros e manter em casa ou mesmo em consultórios bibliotecas particulares. Papai tem a sua e não vai se desfazer dela por nada deste mundo. É uma história de sua vida que alí está. Penso apenas que toda a tecnologia precisa ser aceita, principalmente quando pode nos trazer benefícios, como foi, repito, a troca do computador pela máquina de escrever, dos antigos LPs pelo CD que já está saindo de moda e assim por diante. Nossos antepassados andavam de charretes, carroças, a cavalo, hoje tudo isso deixou de existir, ou quase, dando lugar a carros possantes, trens balas na Europa, aviões a jato. Lutar contra a tecnologia é alavancar o progresso.

    Beijos,

    Liliana Diniz - Santo André

    ResponderExcluir
  14. O tema é realmente polêmico. O futuro tentará desviar o curso das coisas, que achávamos tão naturais. Acredito que haverá muita resistência ao abandono do papel, afinal meio milênio de cultura não acabará assim, como nada.
    Da minha parte posso escrever que não desistirei de consultar o bom e velho papel e tenho a casa cheia de livros, que às vezes têm que ser descartados (com muito pesar) por falta de espaço para os novos. Gostei muito do seu artigo. Um abraço.
    Silvana

    ResponderExcluir
  15. É, não devemos e nem queremos atravancar o progresso! Mas, sentiremos a falta do charm e glamour dos livros encadernados. Abdicaremos desse passado em pról do progresso. rsrs!!!
    Êta meninada esperta!!
    E agora, vou dar um "time" no note book para cozinhar um prosaico frango caipira.
    Abraços a todos
    JB

    ResponderExcluir
  16. Boa tarde, Nivia!

    O e-book no Brasil já é uma realidade. Acho fantástico, uma inovação ótima, principalmente para quem é estudante e não tem verba disponível para comprar os livros didáticos que gostaria de comprar. Então, se isso torna a vida mais fácil e mais acessível, por que não usá-lo? Só tem um problema, Nivia, como tudo que é lançado no Brasil. O preço. Atualmente vc deve pagar uns mil reais para ter um aparelho desses. Só esperar alguns meses e cai para menos da metade do preço, com certeza.

    Bjos,

    Tatiana - Metodista - SBC

    ResponderExcluir
  17. Adorei a sua crônica, mais eu sou fã da modernidade.
    O maior problema deve ser encontrar pessoas dispostas para digitar os livros antigos e colocá-los nesse tal de “e book”.

    Padre Euvideo.

    ResponderExcluir
  18. Querida Larissa: louvo e compartilho do seu amor pela natureza, que devemos defender com unhas e dentes. Mas quero lembrar que há muitos anos se produz papel do eucalipto, que não é uma árvore nobre nem típica da mata virgem. O eucalipto, inicialmente usado como recurso para drenagem do solo, mostrou-se excelente para a produção de papel. Cresce rápido e não precisa replantio, basta cortar na base do tronco, como uma "praga" boa cresce de novo. Foi um tremendo achado tecnológico, trazido inicialmente para o Brasil pela Cia Suzano, depois de pesquisas nos EUA e Canadá.
    Beijos!
    Milton Saldanha

    ResponderExcluir
  19. Caro Euvidio: existem recursos de reprodução fotográfica que dispensam o trabalho manual para digitalizar documentos. Uma das formas, mais rudimentar, é a própria cópia em xerox. Para obras pequenas quebra perfeitamente o galho. A tecnologia já permite que até a Biblia, com certeza o mais volumoso livro do mundo (além de belo, independente de aceitá-lo ou não como verdade), possa ser comprimido num pequeno dispositivo. A microfilmagem hoje dispensa um casarão inteiro repleto de arquivos e prateleiras, além de que os documentos ficam a salvo das traças e da descoloração natural do papel. O grande problema da tecnologia é sua própria evolução. Vamos perder muitas coisas, principalmente imagens, por falta de equipamentos no futuro que aceitem (para encaixe e leitura) tudo aquilo que ficará obsoleto. Exemplo: onde, hoje, você consegue abrir um daqueles antigos disquetes, que há menos de dez anos, talvez, a gente usava nos computadores? Onde se consegue ouvir uma fita cassete antiga? Eu, prevenido, tenho ainda esses recursos. Tenho até toca-disco para vinil. Mesmo que digam que amo velharias, elas são úteis quando menos se espera.
    Abraços a todos!
    Milton Saldanha

    ResponderExcluir
  20. Acabo de ler pela internet, Nivia, que a LG apresentou o novo e-reader ou e-book (leitor para livro em formato digital) que carrega a bateria com energia solar. Com uma carga de 4 à 5 horas o aparelho funcionará por um dia inteiro. O problema é que foi apenas uma apresentação. Esse produto talvez chegue ao mercado somente pelos idos de 2012. Não adiantaram também quanto vai custar aqui no Brasil. Como todo e-book, economiza papel, tinta, com a vantagem de não consumir energia “comum” ou baterias.

    Bj

    Ana Rita - Franca - SP.

    ResponderExcluir
  21. É Nivia, acho que ainda é preciso um certo tempo para convencer os leitores a usarem o e-book. Uma coisa eu tenho certeza, pelo menos por enquanto e até que me convençam ao contrário. Prefiro a maneira tradicional para ler meus livros, esse formato eletrônico não me agrada mesmo.

    Beijos,

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

    ResponderExcluir
  22. Boa tarde Nivia!

    Acho que o livro é eterno, não depende de baterias ou eletricidade, é só abrir e ler.
    Essa discussão é a mesma que havia quando diziam que a TV iria tirar espaço do rádio, ou o computador tirar espaço dos jornais e da TV, etc… Nada se compara à leitura de um livro, ou mesmo um jornal, é muito desconfortável ler na tela de um pc. Quem sabe um dia me convençam, se eu estiver vivo até lá.

    Abçs

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

    ResponderExcluir
  23. Boa noite crianças.
    Olá Nívia,você como sempre nos presenteia com assuntos palpitantes.
    Claro que a tecnologia está avançando rapidamente,mas confesso que não acho graça em abrir um arquivo guardado e começar a ler um livro,nada como folhear,voltar em algo que chamou a atenção,entrar em uma biblioteca,ou em uma livraria e escolher um livro,decididamente não abro mão de pegar e sentir o livro,ás vezes fico com uma vontade enorme em ler determinado livro,mesmo sabendo que se encontra apenas a um "clic" prefiro esperar para comprá-lo, ou mesmo me dirigir a um amigo e pedir emprestado,aconteceu comigo recentemente:estava com muita vontade de ler:A menina que roubava livros,e o Vendedor de sonhos,aguardei uma amiga terminar de ler e me emprestar,não acho graça ler pela tela do computador.
    Beijossss e Parabéns.
    ANA CÉLIA DE FREITAS.

    ResponderExcluir
  24. Olá pessoal.
    Não deixem de ler e se divertirem com a crônica de hoje no Jornal Comércio da Franca escrita pelo estimado Garcia Netto.
    Beijossssssssssss.

    ResponderExcluir
  25. Amiga Nívia.
    São inevitáveis os temas que se relaciuonem com a evolução.Tivemos hoje aqui bastante equilíbrio das opiniões. Algumas podem extremar-se, outras, dependendo de cada temperamento carregam maior serenidade.
    Também seria impossível uma concordancia plena.
    Entendo para mim que não posso parar no tempo, pois, quem pára, vai perceber que os outros estão muito adiante que jamais poderão ser alcançados.
    Você colocou muito bem o assunto, é necessário proceder assim.
    Me sinto mais confatável lendo livros de verdsade, na posição mais agradável, no recinto onde mais gosto, sacrificando menos minha visão já sem o vigor de outrora e deverei continuar fazendo assim.
    Estou seguro,entretanto, de que não irei ignorar avanço algum, pois, sou impelido a conhecer a modernidade, não adotá-la enquanto posso, mas, na imposição por obvias razões, deverei saber usá-la. Garcia Netto

    ResponderExcluir
  26. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir