domingo, 11 de abril de 2010

ALEGRIAS E TRISTEZAS DOS ANOS DOURADOS

ANOS INOCENTES
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As lembranças, mesmo que permaneçam no domínio da fantasia são sensacionais, possibilitam o ingresso em castelos encantados repletos de fantasmas, voltar ao tempo dos dinossauros e percorrer as estradas do futuro. Lembranças que remetem à infância, fantasias que transpõem o domínio da imaginação e se tornam reais diante de nossos olhos. São os doces mistérios da vida. Neste fim de semana, nuvens de saudade passeiam no céu da minha memória, formam desenhos de lembranças. Dos meus tempos de criança e de minha juventude na cidade de Franca. Das luzes do Natal e das folias carnavalescas. De alegrias e tristezas deixadas na esteira do tempo. A vida é colecionadora de saudade no vaivém cotidiano da existência. Como disse Machado de Assis, “saudade é o passar e o repassar das memórias antigas”.
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Anos 60 em Franca. Baladas ao cair da tarde, Roberto Carlos, música italiana, twist, hully-gully. Ray Conniff, obrigatório. As brincadeiras dançantes na AEC ou então na casa do Dr. Spinelli e à tarde de domingo no salão rosa do Hotel Francano. Isto sem falar nos bailinhos da Associação Rural e festas na escola normal Dr. João Ribeiro Conrado. Ninguém ficava sem dançar. Aqueles foram tempos em que se levantava no domingo com ressaca de uma festa de arromba, quando gatinhas ainda não tinham nascido e cachorra ainda era mulher de cachorro.
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"O Candelabro Italiano", filme do ano. Todas as mulheres ficaram enlevadas. "Al di la” estourava nas paradas. As meninas achavam Troy Donahue um gato. Suzanne Pleshette era tudo o que cada uma queria ser. E o "Jony Ghitar"? Toda moça achava que a música era feita para ela... Isso sem falar nos filmes do Tony Curtis. Nessa época do bambolê os westerns estavam na moda e John Wayne era o grande herói. Cada soco, um nocaute. E o chapéu nem se mexia. Mas ninguém se importava com essas imperfeições técnicas. O que valia era o enredo, a diversão. Os filmes de Tarzan nas matinês e as balas "Chita" sendo devoradas a cada ação do herói. Havia ainda os seriados do Tom Mix, Roy Rogers, Rocky Lane, Homem submarino e tantos outros...

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A primeira namorada. Beijos roubados no cinema. Coração batendo acelerado ao ver seu amor passar. O footing. Ridículo, pensando hoje. Dá pra imaginar uma legião de moças passeando de braços dados em volta de uma praça, enquanto os moços ficavam parados, só assistindo? Inimaginável! Mas assim começavam quase todos os namoros. No footing da Praça da Estação, ou em volta do coreto na praça central de Franca.

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O footing era um flerte em movimento, mas todo mundo ficava de olho era na "escapadinha" de casais ao caramanchão. O pipoqueiro sabia quem namorava quem e dava dicas se “ele” ou “ela” já haviam passado por ali. E, com isso, ia vendendo sua pipoca com pimenta. E as famosas enquetes? Circulavam tanto quanto as sofisticadas agendas atuais. Era pura emoção! “O que será que ela vai responder?”. Ansiedades a mil e os caderninhos com as frases criadas ou copiadas circulavam de mãos em mãos. Ainda me lembro do malabarismo que a moçada fazia para que viesse às suas mãos aquele da mulher amada...
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Carnaval... Época inocente, em que o lança-perfume era mesmo só pra perfumar a festa. Certamente, alguns já conheciam seus outros efeitos, mas guardavam segredo. Óculos de plástico para se proteger dos engraçadinhos que fulminavam os olhos dos distraídos com o jato do lança-perfume. Fantasias de cetim. Matinês nos clubes. Chuva de confetes e serpentinas. Isso sem falar nas festas do "sustado" em Patrocínio Paulista, das quadrilhas dançantes na fazenda dos Faleiros, em Restinga, e do prolongamento do carnaval na quarta-feira de cinzas na casa das carioquinhas.

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Vestido tubinho, minissais, vestidos de brocado nos bailes de formatura. A moda "vestido saco" querendo vingar. E as anáguas? Tudo superfashion. A primeira fotonovela de amor. Tardes de domingo na porta do cinema. A garotada trocando gibis, pura estratégia para distrair o porteiro do cinema e entrar nas sessões de filmes proibidos para menores de 18 anos, principalmente se a estrela principal fosse Brigite Bardot. O troca-troca de lugares no cinema e todo mundo adorando Doris Day...
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Desfile de 7 de Setembro, interminável. Sol do meio-dia. Pensamento longe, na comida da mãe, no sorvete do bar Tubarão. Ah, o inesquecível Bar Tubarão... Sem falar no Café Francano. A Colegial, ponto de encontro obrigatório das noites de sábados e entardecer de domingo. Os rapazes usavam ternos bem cortados, cabelos rigorosamente penteados. Nas mesas, saboreavam um gostoso "Hi-fi”, ou mesmo uma "Cuba Libre". As garotas sentavam-se em grupos, misturavam num copo enorme sorvete com Coca-Cola, bebida famosa que se chamava Kalu, e fingiam ignorar os olhares que recebiam.

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As paqueras aconteciam naturalmente. E nós, quando "durangos", tomávamos o "samba em Berlim", ou seja, coca-cola, gelo picado e pinga além da gorjeta para que o garçom pusesse uma rodela de limão na borda do copo, para dar impressão de um "sofisticado" Cuba-libre. No bolso, é claro, a famosa bala "pipermint" devidamente triturada para que, num caso de emergência, pudesse tirar o "bafo" da cachaça. Tinha ainda o parque na praça dos correios, sempre tocando as músicas da Emilinha Borba e Ângela Maria. As quermesses com os inesquecíveis "correio elegante"! Tempo de sonhos. Sonhos simples, realizáveis.
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Amigos de infância. Amigos da pré-adolescência. Saudade dos companheiros da época. Onde andarão aqueles que iam conosco desafiar a passagem na pinguela da rua da estalagem, dar um mergulho no córrego da Ponte Preta, comprar uma cerveja escondida no "Rabo Fino" ou no "Rabo Grosso", as duas famosas vendinhas da Praça João Mendes? Quando a menina queria um doce da padaria dos "Archettis" o jeito era comprar, uma delícia. Depois, uma corridinha até "pharmácia" do Orestes, em busca de um antiácido por conta do exagero.

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Às vezes, sente-se vontade, até mesmo curiosidade, de rever os amigos dessa época inocente. Mas o tempo, as experiências vividas, felizes ou infelizes, deixam marcas. Todos mudaram. Física e interiormente. Então, ao mesmo tempo em que se anseia por um reencontro, existe o medo de que essa volta ao passado seja frustrante e quebre a magia das lembranças. Será que a saída da missa das 10 horas ainda é o ponto alto das manhãs de domingo?

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As páginas desses anos dourados já estão arquivadas no caderno do passado. Agora há um breve intervalo, pequena pausa. E logo depois um novo tempo que se juntará à história de nossas vidas. Assim, vamos deixando ao passado o que é dele e vivendo apenas o presente, talvez não tão mágico, porque é real, porém o único tempo que temos para, de fato, viver. Aproveite o final de semana para celebrar a vida.
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*Edward de Souza é jornalista e radialista
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29 comentários:

  1. Olá Amigos

    Não existem palavras para tecer um comentário que seja digno de enaltecer a crônica maravilhosa de meu amigo/irmão Edward. Portanto, transcrevo abaixo a letra de Ataúlfo Alves e vou enxugar minhas lágrimas na varanda de minha casa enquanto minha mente vaga por tempos idos.
    Obrigado caro amigo francano.
    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

    “Eu daria tudo que tivesse
    Pra voltar aos tempos de criança
    Eu não sei pra que que a gente cresce
    Se não sai da gente essa lembrança

    Aos domingos missa na matriz
    Da cidadezinha onde eu nasci
    Ai, meu Deus, eu era tão feliz
    No meu pequenino Miraí

    Que saudade da professorinha
    Que me ensinou o beabá
    Onde andará Mariazinha
    Meu primeiro amor onde andará?

    Eu igual a toda meninada
    Quanta travessura que eu fazia
    Jogo de botões sobre a calçada
    Eu era feliz e não sabia”

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  2. Láercio H. Pintodomingo, 11 abril, 2010

    Bom dia Edward, parece-me que você resolveu nos brindar aos domingos com suas crônicas que mexem com nossos sentimentos. Mesmo não sendo francano, lendo seu texto comecei a me lembrar dos meus tempos de infância e juventude na minha cidade onde nasci, Presidente Prudente. Vim para São Paulo com 20 anos e não mais sai daqui, a não ser para alguns passeios em Prudente. Os costumes dessa época eram os mesmos em todos os lugares, por isso não teve como não me recordar de tudo isso que você conta em sua crônica especial. Recordar é viver, e como é gostoso esse retorno ao passado... Ouvindo "Meus tempos de criança", do mestre Ataulpho Alves", colocado no pick-up da saudade pelo J. Morgado. Muitos chamam essa música de "professorinha", mas o nome correto é o primeiro. Bom domingo e grato pelas lembranças.

    Láercio H. Pinto - São Paulo - SP.

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  3. Oi Edward, bom dia!
    Que bom quando a gente vive tempos tão gostosos como esse e pode recordá-los. Acho lindo ler e ouvir falar dessa época que pareça tão distante mas que ainda permanece na memória de quem teve a graça de poder desfrutá-la. Meus pais contam sempre histórias dessa década de 60/70, da jovem guarda, dos matinês em que iam nos domingos a tarde e o principal. sem medo da violência que hoje nos aprisiona dentro de casa. Não conheço Franca, mas agora me deu uma vontade imensa de visitar a cidade. Numa primeira oportunidade, vou fazer isso.

    Bjos, linda sua crônica, adorei!

    Carol - Metodista - SBC

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  4. Como vai, Edward?
    Você cutucou de fato minha memória neste domingo pela manhã. Nasci e ainda vivo em Franca e tenho a felcidade de ser seu amigo. Você me fez recordar dos antigos cines Odeon, São Luiz, no centro da cidade, hoje transformados em templos evangélicos. Nesse tempo que você citou, Edward, aos domingos, os homens não podiam entrar nos cinemas em traje esporte. Todos com ternos e gravatas. E como todos nós éramos elegantes, lembra-se?

    O Hotel Francano e os bailes em seu salão rosa. Que pena que demoliram aquele prédio maravilhoso. Coisa do ex-prefeito Maurício Sandoval, que não entendeu que nosso Hotel Francano, de tantas e tantas lembranças, deveria ser tombado e não demolido. Perdeu a cidade. E o Geraldo Pelotão, Edward. Diversão da molecada, habitual frequentador da praça central de Franca. Era chamá-lo de Pelotão e lá vinha o homem pra cima, xingando e jogando pedras.

    A nossa AEC dos bailinhos dos fins de semana. Hoje, um prédio condenado no centro da cidade que não serve pra mais nada. Deve ser demolido, acredito. Eu ficaria aqui trazendo muitas outras recordações daqueles bons tempos, que como disse a Carol acima, não tinha violência e nossos pais deixavam as portas destrancadas, onde todos eram bem vindos. E essa foto sua com Roberto Carlos, Edward? Eu estava neste show da jovem guarda. Foi no Clube dos Bagres e além do Roberto, você apresentou Erasmo Carlos, Wandérlea, Martinha e outros. Bons tempos!

    Um abraço, meu amigo, parabéns pela crônica! Já enviei o link do seu blog para meus amigos e amigas.

    Chico Heitor - Franca - SP.

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  5. Edward, sabe qual sempre foi meu grande sonho? Ter nascido nos anos 60. Vc acredita nisso? Penso que a juventude era bem mais descontraida, era um tempo gostoso pelos relatos que sempre acompanhei e torno a ler agora nesse seu texto. A Globo sempre apresenta novelas de época, geralmente anos 50/60 e eu não perco um só capítulo. Adoro ver os trajes, os carros e o modo de vida desse pessoal que teve a sorte de nascer nessa época. Não dei sorte, vim ao mundo bem depois. Fazer o quê? Rsssssssssssssssssss...

    Beijos,

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  6. Olá Edward!
    Conheço Franca, hoje uma linda cidade que cresce assustadoramente, mas de maneira ordeira. Está cada vez mais bonita Franca. Estive aí no ano passado, quando visitei minha prima Flávia, que mora na Morada do Verde, um residencial muito bonito da cidade. Sabe o que sempre me deu muita curiosidade? O tal footing. Já procurei na internet maiores detalhes, mas o tema parece que não é muito explorado. Em seu texto deu para entender melhor.

    Realmente, como vc destacou, é até engraçado a gente imaginar as mocinhas andando em volta da praça e os rapazes na paquera. Mas, cá entre nós, bem romântico. Fiquei com pena das jovens sonhadoras, tadinhas. Só elas faziam cooper, os homens, como sempre, acomodados, de braços cruzados, só na espera. Já os pipoqueiros, esses ainda estão entre nós. Perto da Metodista tem um que vende uma pipoca deliciosa, com queijo (hummmmmmmm). Só que agora vou ficar esperta com ele. Será que não anda bisbilhotando nossa vida como os pipoqueiros da década de 60?

    Beijinhos, adorei sua crônica. Bom domingo!

    Tatiana - Metodista - SBC

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  7. Nossa Edward, cliquei nessa foto em que vc está com Roberto Carlos, que relíquia, menino! Quando li o texto de sua crônica, com frases maravilhosas que emocionam, não havia percebido que na foto estava vc e o Roberto Carlos. Soube lendo o comentário do seu amigo Chico Heitor, de Franca. Outra coisa que sempre ouvi falar sobre Franca, além de ser um grande pólo calçadista é relacionado ao relógio do sol que está na praça central da cidade, não é isso? Adorei essas lembranças e é realmente uma delícia conhecer mais sobre essa década de 60/70. Lindo!

    Bj

    Priscila - Metodista - SBC

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  8. Ôi Edward e Priscila!
    Neste blog, Priscila, tem uma foto do nosso relógio do sol, na coluna da esquerda, parte alta e é mesmo um dos nossos orgulhos. Acredito até que para não se alongar mais, o Edward ainda deixou de citar nosso basquete, que tem mais de 12 títulos paulista e um outro tanto de brasileiros, além de muitos internacionais. Nosso basquete está na Argentina, disputando um torneio e no primeiro jogo já ganhou do Atenas, o atual campeão argentino. E a famosa água da careta, Edward, se esqueceu?

    Era um monumento sobre a ponte da Rua Voluntários da Franca, no centro e tinha imagem de uma cobra, penso, em bronze, que jorrava água pura. Os passantes costumavam beber água ali. E rezava a lenda que a pessoa que tomava dessa água, jamais sairia de Franca. Só não temos mais futebol. O papai e meu irmão acabaram de chegar do Estádio Lancha Filho, da Francana e nosso time perdeu mais uma vez por 3 x 1. Vai continuar na terceira divisão, uma peninnha!

    Edward, adoramos aqui em casa esse seu relato sobre sua juventude em Franca, está maravilhoso!

    Beijos,

    Ana Paula - Unifran - Franca - SP.

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  9. Oi Edward, de fato é muito bom a gente ter o que recordar, principalmente quando são boas essas lembranças. Lendo sua crônica, cujas primeiras linhas já me despertaram imensa curiosidade para continuar seguindo seu relato, percebi a grande transformação que ocorreu em nossos costumes em tanto pouco tempo, não é verdade? Pouco, ou quase nada do que se conhece desses anos que todos chamam de dourados, existe hoje em dia. A Tatiana lembrou que os pipoqueiros ainda estão em atividade, verdade, em frente a faculdade de Medicina sempre tem um. Esse vende até algodão doce, além de pipocas. Eu adoro algodão doce, mas evito porque sempre fica um pedacinho grudado na pontinha do nariz, não tem jeito (rsssssssssss).

    Talvez ainda os cinemas existem, só que não mais no estilo dessa década que vc relata. A maioria hoje está em shoppings. Alguns com sessões corridas, como o que vez em quando frequento, aqui em Santo André. Mas o tal de footing é o que realmente chama mais a nossa atenção. Que capricho tinham as meninas desse tempo para arrumar um namorado, não? Um trabalhão danado para se arrumar e ficar dando voltinhas na praça a espera do seu príncipe encantado. Hoje em dia, Edward, se vc notar aglomeração numa praça pode ter certeza, alguém foi baleado ou assaltado. Ótima crônica para esse domingo preguiçoso, gostei muito!

    Beijos,

    Liliana Diniz - FUABC - Santo André - SP.

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  10. Miguel Falamansadomingo, 11 abril, 2010

    Belo texto, Edward, meus cumprimentos. Para a moçada que está curiosa com o footing, adianto que para as mulheres não era nenhum sacrifício dar umas voltinhas na praça. Elas davam os braços umas para as outras e andavam em passo lento, com calma e de olho nos pretendentes. Vez ou outra eram agraciadas com um flor ou então uma música era oferecida para elas, anunciada pelo serviço de alto falantes da praça. Eu era bem jovem e me lembro que o locutor sempre destacava para quem a música era oferecida e por quem, mas com detalhes, nunca tinha o nome da pretendida, nem de quem oferecia o mimo musical. Então dizia que o jovem de terno claro, gravata marron, cabelos pretos oferecia para a moça de vestido rosa, olhos verdes, sapatos brancos e por aí afora. Muitas vezes terminava em casamento. Bons tempos que deixam saudade!

    Pra finalizar, gostaria de lembrar a Nivia e ao Edward que mandei meu endereço para os dois. Quero receber o livro ofertado pelo Garcia Netto, mas não tenho resposta de nenhum de vocês se receberam meu endereço.

    Abraços, pessoal, bom final de domingo.

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP

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  11. Olá, Edward e amigos!

    Que fantásticas as suas recordações! Se parecem com as minhas...Que incrível, naqueles tempos todas as cidades eram iguais. A rotina dos jovens, a mesma!

    Adorei o filme Candelabro Italiano. Recomendo que as nossas jovens amigas o vejam. É lindo, muito romântico!

    Também fui ver o Roberto Carlos, num show nos silos da Cooperativa Tritícola - o único local da cidade que comportava grande público...Também assisti Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Renato e seus Blue Caps, os Brazilian Beatles e uma penca de outros astros da Jovem Guarda. Uma delícia!

    Você despertou ótimas lembranças com a sua adorável crônica domingueira!

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  12. ANA CÉLIA DE FREITAS.domingo, 11 abril, 2010

    Boa tarde a todos.
    Menino,como sempre você está inspirado,hein!
    Nasci em 1970 e tenho lindas e inesquecíveis lembranças dessa época relatada brilhantemente por você.
    Que tempo maravilhoso,aquela época realmente os jovens sabiam se divertir,eram respeitadores,tinham uma educação invejável,as drogas graças a Deus nem se ouvia falar sobre ela,as paqueras,as idas ao cinema,o correio elegante,ah! como eu amava aqueles bailinhos na casa daquela amiga aos domingos a tardinha.
    E,convenhamos é impossível relembrar esses ótimos tempos,sem mencionar:Roberto Carlos,Erasmo Carlos,Gilliard,Martinha,Vanderléa,Grupo Abba,Jerry Adriani,etc...
    Que pena ver o quanto a juventude de hoje andam sem perspectivas,pensam que são modernos "antenados"mas certamente não sentiram aquele friozinho na espinha ao avistar aquele broto.
    Parabéns meu querido,amei sua crônica que me trouxe lindas recordações.
    Beijossssssssssssssssssssss.
    ANA CÉLIA DE FREITAS.

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  14. Boa noite, Cris, o Edward deve estar às voltas com o seu São Paulo, por isso vou responder por ele. Nesta foto dos amigos formados ele não está, não compareceu na reunião. Eu cedi a foto para ele, tirada por uma amiga francana que esteve nesta reunião. Com o Roberto Carlos sim, o Edward era o apresentador do show. O magrelo ao lado do Rei é ele, em carne e osso. Na época, mais osso que carne (hahahaha)
    Tudo bem?

    Abçs do amigo...

    Chico Heitor - Franca - SP

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  15. As crônicas do Edward aos domingos já estão ficando famosas. No domingo passado nos levou às lágrimas com seu texto sobre a Páscoa, hoje foi pra matar a saudade de quem viveu essa década que eu também gostaria de ter vivido. É de chatear ter nascido depois da metade dos anos 80. Se a geração dessa década relatada pelo Edward teve Beatles, Elvis Presley, Jovem Guarda com o Roberto Carlos começando a carreira e tantos outros que são conhecidos até hoje, não sobrou mais nada pra nós. Só ouvimos falar de corrupção, terremotos, maremotos, Tsunamis, tragédias no Rio, em Angra dos Reis e ninguém fazendo sucesso. O ídolo da nossa geração, pelo menos no Nordeste é o Lula, pode? Fomos sacrificados, meu Deus! Não sobrou nada que presta pra nós. E ainda falam sobre a profecia dos Maias, de que o mundo acaba em 2012. É o que faltava... Ufaaaaaaa!

    Parabéns, Edward, linda sua crônica, mas me deixou com água na boca!

    Beijos!

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  17. Primeira coisa que vou fazer depois de deixar meu comentário sobre essa crônica do Edward é providenciar um Kalu pra mim. Nunca ouvi falar dessa bebida, por sinal simples. Sorvete num copo enorme e Coca-Cola, tenho os dois em casa, depois conto pra vcs se é mesmo gostoso, certo, pessoal? Porque será que deram esse nome à bebida, alguém saberia informar? Kalu, vivendo e aprendendo. Aliás, aprendi muita coisa sobre essa década de 60 lendo essa crônica do Edward, até o que era o footing. Bom, muito bom...

    Bj, a todos!

    Renata - Metodista - SBC

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  18. Eu estive em Franca umas cinco vezes, quando era criança e adolescente e inclusive "pulei carnaval" nesse clube AEC. Meu irmão, servindo o exército, ia sempre a Franca como motorista de um coronel francano e acabou por conhecer minha cunhada num desses footing da praça central. Ela tinha apenas quinze anos e ele "fez mal para ela" depois do tal do footing. Ela engravidou e ele quis cair fora mas meus pais viajaram de trem até Franca e trouxe a moça para casa. Quando ela já estava de oito meses, meu irmão resolveu-se finalmente a casar. Agora eu penso na responsabilidade e honra das famílias pois mesmo com a "sacanagem" do filho, meus pais adotaram a menina como filha até ao casamento.Isso deu-se no começo da década de sessesnta e eles estão casados até hoje!
    João Batista

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  19. desculpem-me pelos erros...
    João

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  20. Caro Edward

    Minha sugestão num comentário passado sôbre nosso tempo de estudantes, dos bailes no Hotel Glória, lá no Rio de janeiro, parece ter inspirado as reminiscências ...
    Li sua crônica como se um video clip desfilasse diante de meus olhos. A beleza dos momentos sintetizados em pura prosa poética.
    Sôbre o texto de Machado de Assis falando sôbre saudades , eu relembro aqui uma palavra de Almeida Garretti que define muito bem a nossa saudade, êle disse:
    "A saudade tem sabor amargo e pungir delicioso"
    No final, me senti feliz ao ler seu texto porque parece que fomos iguais em nossas juventudes mesmo que tenhamos vivido em lugares tão diferentes. Nos sentimos assim muito próximos, brasileiros, cidadãos decentes e trabalhadores que tiveram infância , juventude e por final : Vida.
    Escreva mais Edwuard, essas histórias antigas pois tens o dom da caneta para rememorar os fatos passados.
    Um grande abraço para ti, J Morgado e os demais que escrevem e comentam aqui no seu blog.
    Anfermam

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  21. Prezado João, você me fez rir quando disse que seu irmão "fez mal para a moça". Eu tenho uma avó, com mais de 80 anos, que usa essa mesma expressão, sempre que uma jovem engravida sem casamento. Nascida numa cidade do interior de Minas, ficar perto dela é uma graça, não tem como não rir. E ela tem mais essa, o Edward deve conhecer essas expressões todas: "a moça virou a cabeça" e deu no que deu. Ou seja, se apaixonou por um cara errado, que não queria nada com ela.

    Foi essa avó que me contou sobre o footing, tão falado aqui no blog depois do texto do Edward. Ela conta que foi numa dessas voltas numa pracinha da cidadezinha em que morava que conheceu meu avô. Os dois se apaixonaram e se casaram. Tiveram 10 filhos. Vovô morreu faz uns 10 anos, mas vovó caminha firme e vai longe.

    Edward, parabéns, um texto impecável, você realmente tem o dom da escrita.

    Abçs pessoal e saudações santistas!

    Juninho - São Paulo - SP.

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  22. Oi pessoal, estou um pouco sem jeito em deixar comentários neste blog que eu sigo faz uns três meses. Como moro em Uberaba conheço bem a cidade de Franca, onde vou sempre a passeio e aproveito para ver jogos de basquete, esporte que adoro. Meu irmão joga no Minas Tênis Clube, que ao lado do five de Franca está na Argentina. Ontem o time do meu irmão venceu Franca no torneio da Argentina. Adoro o pessoal de Franca, Edward, sempre hospitaleiro e cordial. Gostei de ler seu texto, assim fiquei conhecendo um pouco da cidade, na década de 60. Você escreve muitíssimo bem, meus parabéns.

    Edward, permita-me tentar fazer pelo seu blog um contato com a Liliana, vejo que ela está sempre participando. É que estou no segundo ano de medicina aqui em Uberaba e precisava fazer contato com ela para esclarecer algumas dúvidas, pois fiquei sabendo no blog dela que já está no quinto ano, se especializando.

    Obrigada!

    Anna Claudia - Uberaba/MG

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  23. Edward, quase no final do seu texto você toca num assunto realmente pra se pensar, quando escreveu que os amigos daqueles tempos podem não mais ser os mesmos, sofreram mudanças com o tempo. E você, com toda a sua sensibilidade escreve que, "ao mesmo tempo em que se anseia por um reencontro, existe o medo de que essa volta ao passado seja frustrante e quebre a magia das lembranças". Nada mais correto e aconteceu comigo, quando reencontrei um antigo colega da época ainda do ginasial.

    Éramos ligados e quando não estávamos na escola, íamos ao cinema juntos, eu almoçava na casa dele e vice-versa, enfim, unidos e até confidentes em casos sentimentais. Fiz a maior festa quando sem querer esbarrei nesse amigo na rua. Ele olhou-me com frieza, já com os cabelos grisalhos, esticou a mão, deu um como vai e seguiu em frente. Fiquei chocado, parado na rua e até hoje ainda não consigo entender o que se passou com ele. Seria o tempo tão cruel a ponto de eliminar uma grande amizade?

    Uma crônica dos bons tempos dessa década em que não vivi, nasci na metade dos anos 70, mas sofri toda a influência da juventude dessa década que você relatou, Edward. Todos vocês dessa geração foram privilegiados, foi a época que marcou grandes mudanças no comportamento de todos nós e de grande revolução nos costumes do nosso povo. Parabéns pela crônica.

    Tanaka - Osasco - SP.

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  24. Bom dia amigos (as) deste blog...
    Primeiro, meus agradecimentos ao conterrâneo, bom amigo Chico Heitor, que foi nosso porta voz neste domingo, quando essa crônica foi postada. De fato, Cris, o Chico tem razão, eu não estou nessa foto de formatura, usada apenas como ilustração ao texto. Nem me pareço com ninguém que você porventura tenha achado que era eu. Essa foi uma reunião de estudantes do começo dos anos 70. Costumam se reunir todos os anos. Na foto tem muitos amigos e amigas minhas. O Chico me cedeu a foto que usei sem a autorização dos demais, no entanto, sei que não se importarão com isso.

    Ontem estava mesmo com a cabeça cheia, depois da palhaçada daquele árbitro (sic) de futebol que apitou São Paulo 2 X Santos 3. Mal intencionado, no começo do jogo, de uma maneira injusta, expulsou Marlos, um dos melhores atacantes sãopaulinos. Deixou o tricolor com 10 e mesmo assim, na raça, por pouco o jogo não termina empatado. Vamos dar o troco na Vila, se o árbitro deixar, no próximo domingo.

    Li os comentários e ficaria dificil responder a todos neste espaço curto que tenho aqui. Muitos outros acontecimentos ocorridos na década de 60/70 precisei omitir, do contrário escreveria um testamento, não uma crônica, mas ainda vamos voltar ao assunto, quem sabe contando velhas e engraçadas histórias do footing na praça, que tanto chamou a atenção da maioria dos participantes deste blog. Grato pela participação de todos e vamos em frente!

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  25. Boa noite, Edward!
    Eu estava viajando e sem o notebook, por isso não consegui ler e postar meu comentário sobre sua crônica de domingo. Sem nenhuma falsa modéstia, lindíssima. Um relato primoroso dessa década que é o sonho de todos nós nascidos anos depois. E que bom foi ver aqui no blog e deixando seu comentário uma conterrânea mineira, a Anna Claudia. Já não estou sozinha no blog.

    Beijos Edward, vou ficar esperando outra crônica sua, sou sua fã de carteirinha registrada!

    Bruna - UFJF - Juiz de Fora/MG

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  26. Com certeza o melhor texto que li nesse ano,parabéns meu caro,tem um belo blog

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  27. EU NASCI EM UBERABA MAIS FUI REGISTRADA E VIVI EM FRANCA ATE OS MEUS 9 ANOS,MINHA MAE TINHA UMA PENSAO NA RUA VOLUNTARIOS DA FRANCA AO LADO DO SAUDOSO HOTEL FRANCANO AONDE MEU PAI vALDOMIRO dALMASO JA TRABALHOU,E AONDE VIVI MUITOS MOMENTOS FELIZES,NUNCA MAIS VOLTEI EM FRANCA,MINHA MAE SE SEPAROU E VEIO MORAR AQUI EM MINAS,NAO TIVE NOTICIAS MAIS DE MEU PAI,ESTUDEI NO HOMERO ALVES,TIVE MUITOS AMIGOS AI,TODOS OS DOMINGOS EU IA NO MATINE,NA PRAÇA DA MATRIZ PARA VER A BANDA TOCAR,NOSSA FICO EMOCIONADA SO DE LEMBRAR,MUITAS SAUDADES DESSE TEMPO E MUITAS RECORDAÇOES

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