terça-feira, 3 de novembro de 2009

QUANTO VALE A VIDA DE UM SER HUMANO?


No começo da noite de segunda-feira de Finados vejo no Jornal da Band materia que sintetiza o caos do sistema de saúde brasileiro e o descaso de grande parte da classe médica tupiniquim. A notícia, com texto e imagem, mostrou a sina de um cidadão de 40 anos de Belém, Pará. O homem passou mal em casa na noite de domingo (1) e a família tentou encontrar uma ambulância ou viatura para socorrê-lo, porém não conseguiu por ser feriado nacional. O homem foi colocado em um carro particular e percorreu com a mulher e outro parente, cinco hospitais de Belém, sem obter atendimento. A desculpa foi a mesma: por ser feriado nacional os médicos emendaram o final de semana e nenhum deles trabalhou nos três dias - sábado, domingo e segunda. O homem morreu e a reportagem da TV exibiu o corpo do infeliz nos braços da mulher no interior do carro da família. Não se soube, até esta terça-feira, as causas da sua morte, mas provavelmente a farra dos médicos em um final de semana prolongado tenha sido um dos fatores do desenlace. Esse não é um caso isolado e muito menos restrito ao Norte ou Nordeste "deste País". Gostaria, certamente, redigir para este espaço, outro artigo sobre hilárias histórias de impagáveis viagens por este Brasil ao lado de companheiros do porte do nosso Edward de Souza, como algumas aqui narradas, porém o momento de indignação conduz a outros rumos, infelizmente.
Desde novembro do ano passado (dia 10), tenho percorrido as recepções e salas dos três mais conceituados centros de atendimento médico público aqui do ABC. O Hospital Anchieta (São Bernardo), Mário Covas (Santo André) e a Faculdade de Medicina do ABC (Santo André). Pelo que constatei neste um ano de visitas semanais as três casas de saúde, todas estão equipadas com o que há de mais moderno no Brasil em se tratando de medicina. Entretanto, é ai que entra a indignação, a conduta de muitos médicos, atendentes e enfermeiros ficam distante do que exige o tratamento ao ser humano. Em alguns casos constatei indescritível deboche do pessoal enfiado em jalecos impecavelmente brancos. Claro que toda generalização é estúpida e nem é esse o objetivo deste relato. Tenho visto um sem número de aberrações, insensibilidade, descaso e desrespeito ao cidadão que não frequenta corredores de hospitais pelas aparências de seus funcionários, mantidos e pagos pelo paciente desdenhado. Já na terceira idade, sendo mais da metade dedicada ao jornalismo e, por consequência, ao aprendizado da lida com o ser humano de todas as classes sociais, vejo disparates cometidos por aqueles que têm por dever e juramento servir a população com humildade, respeito e principalmente dedicação profissional.
Em um determinado momento de pouca inspiração de um rapaz, jaleco límpido, barba aparada, falando ao celular no interior da sala de atendimento, a paciência e resignação escaparam de controle e tivemos pequena altercação, que só não teve outras consequências porque o infeliz percebeu que não estava lidando com "antas" e muito menos subjugados. Fui levado a fazê-lo entender que deveria ter se formado para exercer profissão em abatedouro, labuta mais adequada ao seu caráter. Felizmente o jovem médico assimilou o recado e a pendenga ficou por ali. Mas presenciei outros lances de atendimento impessoal e alguns até desumanos, que reforçaram meu conceito sobre certas profissões e determinados profissionais.
Apenas para justificar a ocupação deste espaço, relato pequeno fato que deixa abismado qualquer ser de médio raciocínio ou espírito de pastor de ovelha. Fiz, no Hospital Mário Covas, uma biópsia no dia 22 de julho. Apanhei os exames dia 07 de agosto e, no mesmo dia, levei ao Hospital Anchieta, porém o médico só foi examinar o resultado do exame agora, dia 19 de outubro, ou seja, mais de 60 dias e, em apenas 5 minutos de atendimento, sem me olhar nos olhos, passou mais um punhado de exames (entre os mais de 50 que fiz em um ano) para depois agendar uma possível cirurgia, que deve acontecer, se não for tarde demais, somente no ano que vem. Um disparate. Vale ressaltar que o Anchieta (hospital municipal de ensino) e Mário Covas (estadual), têm parceria com a Faculdade de Medicina, da Fundação do ABC, de onde são enviados os respectivos médicos.
A irresponsabilidade no episódio da matéria da Band, que resultou na morte do jovem de 40 anos, em Belém, se junta ao que tenho visto "in loco" e sentido literalmente na carne, o desdém dos que tem a vida de um semelhante em suas mãos. Não se trata de desabafo pessoal, aliás, irrelevante, mas o relato de fatos constados na saga de quem vive em uma das mais importantes metrópoles do Brasil e da América Latina.
A qualidade e aparelhagem dos centros hospitalares, que nos três casos acima citados são de primeiro mundo, não camuflam a insensibilidade de profissionais que manipulam os equipamentos e muito menos escondem o despreparo dos que tem o dever de cuidar de vidas com a dignidade que a profissão exige.
Certamente outros tantos e triplicados casos, como o do infeliz homem de Belém, pululam Brasil adentro, em menor ou maior escala, mas que ficam no ostracismo pela resignação ou morte do paciente. Fui, nos anos 90, vítima de dois sequestros relâmpagos aqui em São Bernardo, porém nem mesmo os marginais se mostraram mais insensíveis do que certos médicos, enfermeiros e atendentes de muitos hospitais. Efetivamente, ainda estou nas mãos dos que ostentam belos anéis e vistosos diplomas, mas infelizmente boa parte está despida de sensibilidade para lidar com seres humanos. Isso, faculdade nenhuma ensina. Deveria...
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*Oswaldo Lavrado é jornalista/radialista, radicado no Grande ABC
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32 comentários:

  1. Olá meus amigos

    Um desabafo que descamba para uma verdade nua e crua do que acontece por esse nosso imenso Brasil.
    Políticos hipócritas inventando soluções todos os dias para resolver problemas de saúde, segurança, moradia, educação...
    Não passa um só dia em que os noticiários da TV e dos jornais revelem fatos de estarrecer. As fotos e imagens são horríveis ou trágicas. E governo permanece cego, mudo e surdo aos apelos da população carente.
    Hoje pela manhã, acionei meu convênio para marcar uma consulta com um especialista, mais precisamente um endocrinologista. A resposta foi curta e grossa: só daqui a quatro meses! Um diabético com o índice de hipoglicemia alto pode esperar quatro meses?
    Os convênios médicos já estão sendo comparados ao Sistema Único de Saúde. Pode? Sim, pode! O vil metal fala mais alto.

    Excelente abordagem Lavrado

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  3. Olá amigos (as) deste blog...
    O amigo-irmão Oswaldo Lavrado não só narrou mais um dos muitos descasos médicos que ocorrem todos os dias em nosso País como foi além. Trouxe sua experiência particular, ele que enfrenta uma barra lutando pela sua saúde, que somente nós, seus amigos íntimos, acompanhamos. Mostrou acima de tudo a prepotência com que muitos médicos(as) tratam os pacientes nos corredores da morte nos dias de hoje.

    O próprio Lavrado relatou, se não me engano na semana passada, o caso de um médico no Riacho Grande que, ao ser abordado por um paciente quando cochilava em seu plantão, se irritou e meteu a mão na cara do pobre coitado. Vejam a que ponto chegamos. O médico dormia no plantão. O paciente, com dores ou com problemas de saúde foi em busca de socorro e acabou apanhando. Continuou doente e ferido. Para mim, caso de cadeia para esse marginal de branco.

    Respeito a classe médica. Tenho primos, sobrinhos e amigos médicos e sei que muitos deles são excelentes profissionais, mas infelizmente existem aqueles que deveriam se formar em veterinária. Não para maltratar os animais, mas sim para lidar com eles, são experts nisso.

    Meu querido J. Morgado aborda o caso do convênio médico. Outro caso de polícia, meu caro irmão. Abordo isso constantemente em minha coluna no Jornal "O Comércio da Franca". Você é obrigado a pagar religiosamente seu convênio, se falhar um ou dois dias tem o serviço suspenso, mas quando precisa, só o ano que vem. É isso sim que está acontecendo em todas as partes do Brasil. Experimente, prezado Morgado, mostrar duas notas de cem reais para a secretária do médico que lhe atende. Sua consulta será marcada no prazo de uma ou duas horas. Então, não se trata de tempo. Trata-se de pouca vergonha.

    Recentemente fui procurado por um leitor da coluna revoltado com o tratamento recebido no PS Dr. Janjão, em Franca, um dos principais da cidade. Reclamou dizendo que os médicos que atendem alí não olham no rosto dos pacientes, mas sim no computador. Anotam os remédios receitados anteriormente e tornam a preescreve-los. Falta, acima de tudo humanidade. E sabe o que esse leitor ouviu do médico quando esboçou reclamação? Apenas isso: "eu deveria estar vendendo água de côco na praia, ganharia mais do que trabalhando aqui". E porque esse mal profissional não foi vender água de côco na praia? Deveria ter ido, assim a população teria se livrado de um péssimo profissional e os turistas ganhariam um bom vendedor de água de côco. Ou será que nem pra isso prestaria?

    Asssunto importante, Lavrado, que deve ser abordado sempre aqui neste blog como deveria ser em todos os jornais e emissoras de rádio e TV. Quem sabe um dia ainda teremos uma medicina de ponta, como de antigamente, quando os médicos de família nos visitavam em casa, muitas vezes de madrugada e nunca reclamavam. Quem sabe....

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  4. Ôi Oswaldo Lavrado, oportuno esse seu artigo desta terça-feira no blog do Edward. Fica-se a impressão, lendo também os comentários dos experientes jornalistas J.Morgado e Edward de Souza, que o tal convênio tirou de todos nós, povo, os bons médicos que ainda existiam. A razão é simples. O que é um convênio senão a uniu de um grupo de profissionais da medicina? Vou citar uma fonte, permitam-me. A UNIMED que se espalhou por todo o País. Aqui em Campinas, atendem em um só hospital e são mais de 100 médicos. Quando procurados em consultórios, nunca podem atender em menos de dois a quatro meses. Nesse final de ano, com todos eles com o burro na sombra e preparando suas férias, só marcam consultas para o ano que vem, como aconteceu com J. Morgado.

    Cirurgia como a que você precisa, Oswaldo Lavrado, só com cartucho forte ou com muito dinheiro, do contrário fica mesmo na fila. E até parece que pagamos pouco pelo convênio, não é verdade? Minha avó, porque tem mais 80 anos, paga o dobro do preço normal cobrado de uma pessoa com, digamos, 40 anos. Semana passada precisou de atendimento. Não deu outra. Somente em dezembro. Pagamos a consulta, não teve jeito. E quem não tem condições financeiras e conta com o convênio? Morre à míngua, mesmo pagando mensalidades que vão além de 250 reais por mês. Pobre País.......
    Beijos,

    Karina - UNICAMP - Campinas - SP.

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  5. Bom dia, amigos e amigas!
    Olá, Oswaldo Lavrado!

    Compartilho o que sentes, neste desabafo comovente, não para tornar pública a tua situação, mas para mostrar como é cruel e desumano o tratamento(?) que as pessoas recebem da parte de quem deveria ser exemplo de dedicação e amor ao próximo, até mesmo por juramento profissional - os trabalhadores na área de saúde - sejam médicos, enfermeiros, atendentes e assemelhados.

    Atualmente, quem precisa de atendimento médico, se não possui um plano de saúde "robusto" e muito caro, enfrenta drama semelhante. Se o atendimento for de urgência, nem se fala, com muito bem relataste o caso do rapaz paraense. É uma via-crucis com desfecho anunciado, principalmente se a pessoa tem a infelicidade de precisar dos serviços da rede de saúde pública em finais de semana ou feriados... Escusado dizer que durante a semana também é o caos! Tudo porque inexiste a prática óbvia da responsabilidade funcional. Os profissionais simplesmente esqueceram do juramento sagrado que fizeram ao receberem o diploma. Quem resolve ser Médico (com M maiúsculo) sabe que não terá descanso um dia sequer em sua vida, a modo de honrar a profissão que escolheu.

    Por certo, precisamos, também, ressaltar que a gestão dos hospitais é péssima, que faltam verbas, que faltam médicos nos hospitais publicos, que o SUS é ineficaz e atua precariamente, mercê da má-gestão, que as políticas de saúde são ridículas por causa de seus gestores incompetentes, etc. Quem sofre com isso é o povo, sempre à mercê e a cabresto do governo que, se pensasse um pouco mais na população não viveria eternamente em paclanques e pacmícios eleitoreiros. E o pior, tudo isso com o nosso dinheiro!

    Se a Imprensa não bota a boca no trombone e edenuncia, tudo fica como dantes...

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  6. Bom dia Lavrado!
    Os valores aos poucos vão mudando em nosso País por conta do desleixo de certos profissionais. Aconteceu um caso engraçado faz pouco tempo aqui em Juiz de Fora. A polícia prendeu um falso médico que clinicava no centro da cidade, mas não contava com a revolta da população por causa dessa prisão. Resumindo. Esse jovem preso, pouco mais de 30 anos, tinha apenas o quarto ano de medicina, mas por falta de dinheiro para terminar a faculdade, que todos nós sabemos é caríssima, passou a clinicar, usando a experiência que tinha conseguido nos tempos de faculdade. Apenas ouvia com atenção seus pacientes e receitava remédios, a maioria deles com acerto. Tratava a todos com respeito e carinho, com isso teve sua clientela (pacientes) aumentada. Mais ainda. Cobrava as consultas pela metade do preço da maioria dos médicos da cidade e se o paciente não tivesse dinheiro, atendia gratuitamente. Achavam até que sua intenção era se candidatar a prefeito.

    Nada disso. Estava guardando dinheiro numa poupança da Caixa para ver se conseguia terminar a faculdade. Foi denunciado pelos médicos e preso. O povo foi à delegacia e um mutirão pedia que nada de mal lhe acontecesse, adoravam o "médico". Foi solto para responder por exercício ilegal de medicina em liberdade. Sabem porque conto isso? Poderiam pensar que apoio coisas erradas. Nada disso. Conto para que sirva de exemplo a esse médicos formados, com diplomas nas mãos. Que aprendam a tratar o ser humano com carinho, respeito. Assim, terão o retorno agradecido de seus pacientes, como esse rapaz que, estou na maior torcida para que se forme, conseguiu conquistar a população de uma cidade.
    Bjos,

    Bruna - Universidade Federal de Juiz de Fora/MG

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  7. Boa tarde, Oswaldo Lavrado!
    Tenho a impressão que cada um de nós tem um caso de negligência ou erro médico para contar. O blog do jornalista Edward de Souza seria pequeno para ouvir tantos descalabros. O pai de um amigo meu foi uma das vítimas desses médicos diplomados, viu Bruna? E profissional antigo, não era recém-formado não. Ele foi internado num hospital aqui de Jundiaí, há pouco mais de dois anos, com suspeita de trombose em uma das pernas. A solução encontrada pela junta médica foi amputar a perna direita dele. Deixaram-no preparado para a cirurgia que ocorreria à noite, começo de madrugada. Acordou sem a perna esquerda e com a direita comprometida. Acabou ficando sem as duas pernas.

    O que me incomoda nestes casos é a punição que nunca tem um médico que pratica um erro tão grave como esse. Afirmam que tudo será analisado pelo Conselho de Medicina. O tempo passa, o médico continua trabalhando e nada se apura. Fica tudo como antes, como se nada tivesse ocorrido. Parece nosso Senado. Aprontam, roubam, criam empregos fantasmas e nada se apura, fica como antes, com Sarney no comando. Pobre País esse nosso!
    Abraços,

    Eurípedes Sampaio - Jundiaí - SP.

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  8. Ôi Oswaldo Lavrado...
    Você nem pode acreditar, mas essas informações que você trouxe em seu artigo de hoje me deixou triste, muito triste. Sou ainda uma aluna de medicina, com a ajuda de Deus devo cursar o quinto ano em 2010. Aprendi com meu pai, que é médico atuante, o Edward conhece, que a medicina é um sacerdócio. Que devemos exerce-la, primeiro, com profissionalismo e nos doar com afinco para atender os que precisam de nossos préstimos. Independente do horário que somos chamados e de dinheiro. Esse é o meu pensamento. Recrimino a atitude desses já formados que o atenderam dessa forma e lhe garanto que não foi isso que aprenderam na FUABC, você que conhece sabe perfeitamente, uma das melhores do Brasil.

    Se você me permitir, gostaria de copiar seu artigo e entregá-lo para a direção de nossa faculdade, certamente ficarão agradecidos em ser informados sobre a atitude anti-profissional de médicos lá formados. Claro, desde que se apure que são realmente formados na FUABC. Não estou duvidando de você, mas como esses profissionais estão prestando serviços em hospitais públicos, podem também ser de outras faculdades. E são muitas pelo Brasil. É preciso que alguma coisa seja feita, Oswaldo Lavrado, para que o nome de uma Faculdade como a nossa não perca seu prestígio. E também não nos envergonhe. Sinto muito e, se puder lhe ser útil, pediria que se comunicasse comigo, por favor. O Edward tem meus telefones e meu e-mail.
    Beijos e espero que seu problema possa ser resolvido a contento. Como eu disse, estou a disposição se puder lhe ajudar.

    Liliana - FUABC - Santo André - SP.

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  9. Liliana, querida, permita-me, achei linda sua atitude e tenho certeza que você será sim, uma grande médica. Tem berço e acima de tudo sempre mostrou humildade em suas participações neste blog. Que você seja a luz no final do túnel e lute pela dignidade da classe médica de nosso Brasil, apesar da falta de investimento e de boa vontade de nossos políticos.
    Bjos, gosto muito de você!

    Oswaldo Lavrado, parabéns pela lucidez de seu artigo. Seria ótimo que todos os profissionais de Imprensa se enganjassem nessa luta para a moralização da saúde em nosso Brasil, está na hora! Espero que você consiga se restabelecer e continuar nos brindando com seus bons artigos aqui neste blog. Estarei rezando por você...

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  10. Olá Oswaldo Lavrado, Edward e amiguinhas, espero que todos tenham descansado bem neste feriadão prolongado. Os médicos tenho certeza que sim. Quem procurou um PS de hospital nesse final de semana sabe muito bem do que estou falando.
    Alguém saberia me responder porque hospitais do nosso País mantém apenas jovens recém-formados nos plantões prolongados e nos fins de semana? Será porque ninguém fica doente nestas ocasiões?

    Deveriam, por obrigação, junto aos jovens, escalar médicos experientes para resolver casos mais complicados. Seria bom para pacientes, que seriam melhor atendidos e para os recém-formados, que aprenderiam melhor a cuidar dos doentes em casos excepcionais. Não é assim que acontece, infelizmente. Por isso, ouçam bem o meu conselho. Evitem ficar doente nos fins de semana ou nos feriados prolongados. Sua vida agradece!!! Ótimo texto, O. Lavrado, atingiu em cheio o gravíssimo problema de saúde que hoje enfrentamos no Brasil.

    Talita - Unisantos - Santos - SP.

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  11. Cindy de São Caetanoterça-feira, 03 novembro, 2009

    Olá Oswaldo Lavrado.
    Quanto vale a vida de um ser humano? Se depender do SUS e dos nossos convênios médicos, nenhum tostão furado, certamente. Como consolo, vou deixar uma nota que retirei da internet. Pelo menos mostra que absurdos médicos também acontecem no Primeiro Mundo. Leia:

    Autoridades de saúde da cidade de Manchester (Reino Unido) pediram desculpas a um paciente que passou cinco horas trancado em uma ambulância depois de ser esquecido pelo motorista, que tinha ido para casa. O homem, de 65 anos, ficou preso na garagem de ambulâncias de Sherston, em Wythensawe, depois de ter sido recolhido em um hospital.

    O Serviço de ambulâncias da região afirmou que já abriu um inquérito para investigar o caso, e que um de seus funcionários "foi suspenso imediatamente". O incidente ocorreu na semana passada, quando o paciente foi recolhido no hospital às 19h15 (hora local). Em vez de ser transportado para a internação, com fortes dores abdominais, ele foi levado para a garagem, onde permaneceu até 1h do dia seguinte.

    "Sentimos muito que este incidente tenha ocorrido", disse um porta-voz do serviço de ambulâncias. "Isso nunca aconteceu antes e não vai acontecer de novo. Nos encontramos com o paciente e sua família para discutir o assunto e vamos permanecer em contato com eles durante o processo", informou o órgão. O paciente foi examinado por paramédicos e levado de volta para o hospital para novos exames.
    Se servir de consolo...

    Beijos,

    Cindy de São Caetano - Metodista- SBC.

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  12. Oi, amigos (as)...
    Liliana... lamento ter lhe causado preocupação e tristeza. Sabia que você, por ser aluna da FUABC, iria se manifestar. A critica não é contra a faculdade e sim sobre alguns profissionais. Não faço referência específica ao meu caso, já que como você percebeu no artigo, me defendo muito bem. Foi que o vi e estou vendo nas duas casas de saúde (Anchieta e Mário Covas), referências na região, e na nossa querida FUABC, onde inclusive tenho amigos, professores, médicos e alunos.
    Citei as três unidades porque é nelas que tenho sido conduzido em virtude de meu problema de saúde. No caso, cara Liliana, são as pessoas (médicos, enfermeiros, atendentes) onde boa parcela não está preparada para a função, que como qualquer outra é espinhosa.
    Na abertura,citei o caso do rapaz de Belém que deixou de ser socorrido em cinco hospitais porque os caras esticaram o feriadão de Finandos. Existe alguma desculpa para isso e pela morte do homem ? Mesmo que alguém venha ser punido, algumas crianças ficaram sem i pai e uma mulher sem o companheiro. Espernear depois, em casos médicos, pode ser em vão.
    Entendo, minha amiga, não ser necessário acionar a diretoria da FUABC em virtude de meu relato, uma vez que eu mesmo poderia, e poderei, fazê-lo, inclusive fornecendo nomes(jornalista tem essa mania escrachada de anotar nomes). O artigo, foi um gancho de que o ocorreu em Belém acontece também por aqui no ABC, uma das regiões mais avançadas da América Latina.
    Disse, no artigo, que toda generalização é estupida uma vez que, no caso, outros tantos médicos, enfermeiros e atendentes das casas citadas são dedicados e atenciosos (também tenho os nomes destes). As instituições devem ser preservadas, os maus profissionais denunciados sempre. È passada a hora de um basta nas resignações passivas e da tolerância com pseudos profissionais que se arvoram acima do bem e do mal e acham que tudo podem. Minha via crucis ainda segue e certamente terá, infelizmente, novos lances que serão relatados aqui neste espaço ou em órgaõs da mídia de maior visibilidade.
    Assim, agradeço seu interessee preocupação, porém declino de buscar seus telefones com meu irmão Edward e, assim, poupar você de ligações desnecessárias.
    Gratos, Liliana por seu interesse, solidariedade e preocupação, vamos em frente.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  13. Olá Oswaldo Lavrado!
    Esse seu grito de inconformismo e de revolta com tanta coisa errada em nossa saúde está entalado na garganta de milhões de brasileiros, sempre tratados como animais por nossos governantes. Criam impostos em cima de impostos, mas desviam para os bolsos e a cada dia nossa saúde está mais precária. Coitado do Adib Jatene. Cheio de boas intenções criou a CPMF apenas por alguns meses, para lutar contra um rombo no Ministério. Os "malandros" de Brasília se aproveitaram e a CPMF por muitos anos tomou nosso dinheirinho. E ameaçam sua volta de uma forma triunfal, sempre alegando que é para melhorar a saúde do povo brasileiro.

    Deveriam era fiscalizar melhor planos de saúde que praticam um verdadeiro estelionato contra o povo brasileiro. Prometem atendimento e não cumprem. Acham que os coitados dos contribuintes desses planos mercenários podem ficar meses esperando na fila para ser atendidos como mendigos que não são. Um absurdo. Parabéns pelo grito de alerta. Um dia alguém vai ouvir.

    Paolo Cabrero - Itu - SP.

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  14. Olá Oswaldo Lavrado, eu assisti esse caso do homem de Belém, que acabou morrendo, poderíamos usar a expressão popular, à míngua. Em pleno Século XXI uma barbárie dessas. Pobre coitado. O desespero da família e a luta para encontrar ajuda foi de dar pena e de se pensar, que Brasil é esse que vai bancar Copa do Mundo e Olimpíadas, se nem saúde tem para sua população? Eu havia acabado de chegar de viagem quando, por acaso, sintonizei a Band e vi todas aquelas cenas que até agora não me saem da mente. Que Deus nos proteja desses salafrários que ainda contam com o apoio popular acima de 70 por cento.
    Bjos,

    Priscila - Metodista - São Bernardo

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  15. Jornalista Oswaldo Lavrado...
    Falar que o SUS é um dos melhores serviços de saúde do mundo em relação a qualidade é uma piada.
    Quem fala isso nunca foi em um hospital ou ambulatório público. Gestão péssima, falta de equipamentos e principalmente falta de pessoal qualificado devido a péssima remuneração. No Brasil os profissionais de saúde que trabalham no SUS ou é por filantropia ou por falta de opção.

    Os hospitais publicos do Brasil estão repletos de problemas. Recentemente vi uma longa reportagem (feita por uma televisão francesa) sobre o atendimento no Miguel Couto, aqui do Rio, e me deu muita tristeza em ver mães, pais, que saem de longe, chegam la, esperam horas pelo atendimento dos filhos e vão embora, às vezes, sem tratamento, sem remédio, sem esperança. Ainda falta fazer muito pelo atendimento de qualidade, a todos, no sistema de saúde pública.

    Sob o ponto de vista da prevenção o SUS é uma desgraça só. Mesmo com o avanço do Saneamento Básico, ainda insuficiente, claro, mas muito mais presente, doenças “primitivas” ou de sociedades primitivas, como ancilostomíase (o amarelão de Jeca Tatu), amebíases e esquistossomose ainda assombra. A malária está cada vez mais descontrolada na Amazônia e, se ainda existissem as florestas em quantidade adequada na Costa Atlântica, o mosquito transmissor já teria retornado à região.

    Daniela - Rio de Janeiro

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  16. Amigas e amigos, caros confrades mosqueteiros e dileto Edward de Souza: Cheguei hoje de Curitiba e já estou refazendo a mala para seguir nesta quinta para Belém. Recomeçou minha temporada de viagens e agora vai ser assim até março/abril. Está tudo muito corrido, fechando jornal e livro, então estarei mais ausente deste espaço de vez em quando. Não vão pensar que sumi. O importante é o coração, sempre com vocês!
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  17. E parabéns Oswaldo Lavrado por seu artigo, com a qualidade que não surpreende.
    Grande abraço!
    Milton Saldanha

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  18. Olá Oswaldo Lavrado!
    Lendo seu artigo percebi que você cita o Hospital Anchieta (São Bernardo), Mário Covas (Santo André) e a Faculdade de Medicina do ABC (Santo André), como centros de referência da medicina. Imagina se não fossem. Calcula você o que acontece com esses pobres coitados sem plano de saúde que buscam o atendimento em PS mantidos pelo SUS. Pior é que muitas vezes chegam com uma gripe forte e morrem dias depois, contaminados por infecção hospitalar. Esse é outro gravíssimo problema dos nossos hospitais, a tal infecção hospitalar. E pensar que basta água e sabão, mais nada, para eliminar todo esse risco. Tirando o Einstein, em todos os outros, assim que você coloca os pés, começa a correr sérios riscos de contaminação. E nunca se ouve nosso Presidente anunciar um plano de urgência para nossa saúde e nem de combate a drogas. Nestes dois assuntos, fica em cima do muro. Gosta mesmo é de falar de suas bolsas-esmolas. Dão votos nesse País de analfabetos, fazer o quê?
    Bjos,

    Ana Caroline - UNAERP - Ribeirão Preto - SP.

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  19. Ôi Oswaldo Lavrado, boa noite!
    Não é dificil perceber em seu texto como marca profundamente em nossa alma maus tratos recebidos exatamente da parte de pessoas das quais a gente esperava um pouco de compreensão e ajuda para o problema que nos aflige. Sim, porque o doente é uma pessoa fragilizada, procura um tratamento por necessidade absoluta, não para se divertir em um hospital. E coloca nas mãos de um médico todas as suas esperanças de cura. Acuado num canto e mal tratado por aqueles que deveriam ter sido preparados para lhe prestar socorro, se desmotiva e chega em casa arrasado, restando apenas ajoelhar e pedir a ajuda de Deus. Dos homens de branco, o socorro foi negado. Até quando vamos ser tratados como lixo em hospitais?
    Valeu sua coragem em despejar neste blog toda a sua indignação contra esses péssimos profissionais. Mais dia, menos dia, terão que prestar contas a um mais poderoso, com certeza!
    Beijos e rezo para que melhore!

    Lidiane - Metodista - São Bernardo

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  20. Oi, amigos (as)...
    Obrigado pelas manfestações e opiniões, mesmo as contrárias. Não foi objetivo expor meu caso pessoal, mas revelar apenas o que ví, passei, estou vendo e passando. Em minha vida de jornalista (cerca de 30 anos) estive em vários hospitais a trabalho e, por ironia, na inauguração do Mário Covas, com o governador Geraldo Alckimin, e na entrega de uma ala nova do Hospital Ancheita, com o prefeito Maurício Soares e William Dib, então secretário da Saúde. No entanto, como paciente pude observar e sentir "in loco" como a coisa funciona. No artigo ao lado, omiti, propositalmente, para não individualizar o assunto, como era a UTI, onde fiquei por três dias. Um lixo, indiscritível.
    Enfim, se for o caso mais pra frente a gente retorna ao assunto com mais detalhes e se necessário, nomes dos que se julgam acima de qualquer suspeita.
    Por hora, obrigado a todos e

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  21. Boa noite, Senhor Lavrado!
    A impunidade é o grande mal de nosso País. Por causa dela, tudo que é ruim continua. São nossos políticos que roubam e aprontam o que bem entende e nada acontece, árbitros de futebol que arrumam resultados, validam gols irregulares e tudo fica por isso mesmo. Policiais que matam inocentes, convênios médicos que nos exploram, hospitais e médicos que nos maltratam, tudo por causa da impunidade. O dia em que isso acabar e para todas as atividades leis severas forem criadas, principalmente para quem lida com a vida humana, isso vai ter fim, creia! Bom artigo, gostei!
    Abraços!

    Tanaka - Osasco - SP.

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  22. Amigos do Blog de ouro, bôa noite.
    Oswaldo Lavrado,meu amigo.
    Saiba que vc não está sozinho nesse calvario que é o descaso de médicos para com a população.
    A saúde pública está um lixo, em TODAS as cidades,pois aqui onde móro (Praia Grande), é raro o dia que não sai alguma reportagem sôbre
    o assunto.
    Quando indagado, o Secretario da Saude do Municipio, culpa a falta de médicos devido ao desinteresse em "trabalhar" na Prefeitura.
    Recentemente tive uma altercação com um médico psiquiatra, com o qual eu me tratava, pois o sem vergonha NUNCA chega na´hóra para o trabalho, e as vêzes apenas telefona para a clinica avisando que não vai trabalhar, alegando vários motivos.
    Pois bem, me dirigi á Secretaria da Saude de Praia Grande e fiz uma QUEIXA devidamente protocolada e registrada,pois o médico havia faltado mais uma vêz.
    Na Secretaria NINGUEM sabia que o sem vergonha tinha faltado,pois a chéfe que tinha que comunicar o fato aos superiores, nada havia feito.
    Resultado, foram os dois punidos e eu tive que mudar de médico.
    Quando estive pela ultima vêz na clinica, o Dr que me tratava quis saber o porque de eu ter feito uma queixa contra ele.Eu lhe disse que sua obrigação era comparecer ao serviço e sempre no horário marcado
    ao passo em que ele me respondeu que tinha muitos pacientes, não dava conta e ganhava mal.
    Eu sugeri ao mesmo que pedisse as contas e ´desse o lugar a quem de fato exercesse a profissão com mais seriedade.
    Resultado, tive que mudar de médico,mas para melhór, pois o outro não falta e não chega atrasado para o serviço.
    Temos que "meter a bôca" no trombone para exigir nóssos direitos.

    Abraços Oswaldo Lavrado e demais amigos do blog.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  23. Prezado amigo Admir Morgado...
    Fique esperto com psiquiatra, da próxima vez, sem você esperar, ele lhe mete uma camisa de força e lhe manda para o Juqueri, pode acreditar( hehehehehe).

    Abraços,

    Edward de Souza

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  24. Amigo Lavrado, parabéns pelo texto.

    Força sempre...

    Germano Santos - São Bernardo do Campo - SP.

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  25. Edward meu amigo.
    Não tenho mêdo das consequencias quando resolvo tomar a atitude que tomei.
    Acho que todo o pôvo deveria agir déssa maneira, reclamando sempre que não forem bem atendidos,pois o funcionário público desde o gari até o Presidente Molusco, é um empregado do pôvo e como tal, tem a obrigação de tratar bem seus patrões, e cumprir com suas obrigações.
    Eu exerço o meu direito de cidadão pagador de impostos quando reclamo do mau atendimento em qualquér lugar, público ou privado..
    Vc poderia lançar aqui em "nosso" blog, uma campanha visando justamente esses casos e orientando com competencia todos os amigos do blog, quando se sentirem prejudicados, a procurar seus direitos.
    Que tal ??Edward.

    Abraços amigão, e eu discuto com o psiquiatra porque ele sabe que sou um "caso perdido" e tambem sei que não existe mais o JUQUERI
    (sou louco mas não sou bobo) kkkk

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  26. Retornado.....
    Em complemento ao meu comentário acima, tem mais uma coisa que a maioria do pôvo desconhece.
    Outro dia fui a um hiper mercado famoso, e como já havia efetuado compras em outro local, estava com uma sacola de plástico com mercadorias.
    Pois bem, ao adentrar a lója,fui barrado por um fiscal que me disse que eu teria que LACRAR a sacóla caso entrasse náquele estabelecimento.
    Dei meia vólta e não entrei, pois minha espôsa estava comigo e eu não quiz arranjar problemas.
    Sai dáquele local, me dirigi a outro estabelecimento e perguntei ao segurança da lója, qual éra a LEI que determinava LACRAR a sacóla para adentrar o estabelecimento.Tive como respósta que NÃO HA LEI NENHUMA A RESPEITO.
    Isso posto, retornei ao hipermercado, entrei, e fui barrado novamente.Exigi do funcionário, qual a LEI que me impedia de entrar na lója com uma sacolinha sem lacrar.O mesmo não soube me responder, disse sómente que éra "norma" do estabelecimento.
    Então eu respondi ao mesmo que EU cumpro LEIS, e não normas dos estabelecimentos, e se por acaso ele julgava-me um ladrão, que poderia esconder alguma mercadoria na sacóla.
    Resultado, entrei e entro em qualquér estabelecimento comercial SEM LACRAR a sacola ou qualquér outro pacote, pois não EXISTE lei a respeito.
    Isso sérve de ensinamento a muitos clientes de lojas e supermercados que passam o constragimento de ter que lacrar a sacóla para entrar no recinto comercial.

    Não obedeçam "normas" de lojas, mas sómente Leis Municipais, Estaduais ou Federais.

    Abraços a todos.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  27. Caro Admir Morgado...e amigos (as)
    O Edward diz que o senhor tem que tomar cuidado com o psiquiatra e é verdade. Quando acordei na UTI do Hospital Anchieta (São Bernarrdo), após quase dois dias desacordado, deparei com um médico que iniciou um papo pra ver se realmente não havia sequelas de minha parada cardíaca. Tudo bem; papo vai, papo vem, ele perguntou minha profissão e lhe disse que era jornalista. Num tom da mais pura galhofa o doutor respondeu: "Então és bisbilhoteiro". Nunca vi o cara mais magro ou gordo, e sabedor que estava nas mãos dele fiquei na minha. Quando aos atrasos ou ausência de médicos não dá pra contar quantas vezes ouvi por um precário sistema de som ou atendente que o doutor fulano não virá por blá, bla, bla...
    Teve um urologista que, após mais de uma hora de espera, me mandou entrar; sem me olhar revirou um envelope, que deveria conter meu resumo de alta, rabiscou alguns papéis para exames e pediu pra retornar quando os exames estivessem prontos. Não disse mais nada e mostrando a porta; berrou outro nome (outra vítima) e assim foi...
    Tenho os nomes de todos esses sacripantas, como também tenho de outros médicos, enfermeiros e antendentes nota mil.
    Valeu gente, vamos em frente.

    abraços
    Oswaldo lavrado - SBCampo

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  28. Abraços amigo Oswaldo Lavrado, bôa sórte, e vamo que vamo mesmo !!
    Uma bôa noite a todos amigos do Blog de ouro.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  29. Olá amigos (as)..

    Caro Oswaldo, a vida humana não está valendo nada, até mesmo para alguns profissionais que deveriam valorizá-la, pois fazem dela seu ganha pão. Convênios de saúde ainda são inacessíveis para uma grande maioria da população e mesmo assim deixam a desejar.Os serviços públicos não cobrem a totalidade da demanda e não são raros os descontentamentos dos profissionais que atuam na área, quanto aos salários e condições de trabalho. O quadro é esse que se vê por aí. Só quem pode pagar por bons serviços ainda tem um tratamento diferenciado.
    O caso que aconteceu comigo, seria cômico se não fosse trágico. Era tarde de sábado e final de copa do mundo. Passei mal e precisei correr ao hospital público, próximo a minha casa. No corredor da emergência, pessoas já aguardavam atendimento. A demora se arrastava e ninguém era chamado.De repente, ouvimos gritos de Gooooooolllll. Para minha surpresa uma porta se abriu e tudo se explicou. Os médicos, que deveriam estar atendendo as emergências, estavam ocupados assistindo o jogo. Fiquei pensando que se meu caso fosse grave, teria morrido naquele dia.
    Caro Oswaldo, que apesar de tudo que você tem passado e assistido, você alcance a cura completa de sua doença, através das mãos poderosas de Deus. Só Êle pra dar um jeito nesse mercado que está virando a saude pública e particular !!!
    bjossss

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  30. ET::
    Estou sentindo falta do confrade João Paulo. Cadê êle??
    Será que ainda está na fila do SUS??
    Pelo que me contaram,ele estava tentando uma internação pra D. Miquelina, que teve um surto de ciumes, quando ele foi por flores o túmulo da Marquesa de Santos no dia de finados!!!!!!!!

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  31. ANA CÉLIA DE FREITAS.quarta-feira, 04 novembro, 2009

    Olá Oswaldo Lavrado e amigos do blog.
    Relato muito bem feito,pena que seja de algo tão triste
    Mas,infelizmente meu amigo aqui em Franca o atendimento público deixa e muito a desejar.
    Quase todos os dias o Jornal publica algo sobre o atendimento no Janjão.
    Parece até que os médicos já ensaiaram, e o diagnóstico é sempre o mesmo:virose,então aplicam aquele injeção básica e mandam o coitado do paciente para casa,quando acontece algo pior é sempre a mesma ladainha,procuram secretário de saúde,ue por sa vez ´veterinário(nada contra,mas acho que para secretário da saúde,pelo ele não combina)sempre que procurado para explicar,o celular está desligad,ou ele etá vijando,ou não foi encontrado,e quando rsolve aparecer parece uma fita gravada,repte a mesma coisa,foi feito o que era possível, e acaba ficando por isso mesmo.
    POr sua vez,coitado dos enfermeiros trabalham duro,aguentam fata de educação e ás vezs até agressão física,muitos pacintes dizem que as consltas nao demoram 5 minutos,e os médicos mal olham no paciente.
    Há algumas semanas fiquei p0erplxa com uma reportagem no Fantástico,onde mostraram máquinas e fazer quimoterapia vencida há anos,ou seja quantas vidas,pode ter sido ceifadas por mais essa irresponsabilidade?
    Querido Oswaldo Lavrado,tenhas certeza que o médico mais humano que é Deus nosso Pai está ao seu lado e vai protegê-lo sempre.
    Enquanto isso esses políticos malandro fazem a farra.
    Que Deus nos proteja.
    Abraços a todos.
    ANA CÉLIA DE FREITAS.

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  32. ANA CÉLIA DE FREITAS.quarta-feira, 04 novembro, 2009

    Olá Cris,tudo bem?
    Estou desconfiada que a dona Miquelina sequestrou o nosso querido Professor João Paulo,sabes como é,como é fraca das idéias vai pedir um resgate para então fazer a tão sonhada plástica,pois pelo INSS,never.
    Abraçossssssssssss.
    Ana Célia de Freitas.

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