Prezados amigos e amigas frequentadores assíduos deste blog:
Como agradecimento aos nossos milhares de leitores, a partir de hoje, a cada resenha de livro ou filme aqui publicada, vamos oferecer o livro ou o filme resenhados a um dos comentaristas – aquele (a) que melhor expressar a sua vontade de receber o presente.
A equipe de jornalistas do blog vai avaliar os comentários e indicar o vencedor, que será conhecido no dia imediatamente posterior à publicação.
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AS VIRTUDES DA CASA
Autor: Luiz Antonio de Assis Brasil
Editora: Mercado Aberto, 392p
Baltazar Antão, o estancieiro; Micaela, sua esposa; Isabel e Jacinto, os filhos e Félicien, o visitante são os personagens de As virtudes da casa, romance notável do escritor gaúcho Luiz Antonio de Assis Brasil.
Editora: Mercado Aberto, 392p
Baltazar Antão, o estancieiro; Micaela, sua esposa; Isabel e Jacinto, os filhos e Félicien, o visitante são os personagens de As virtudes da casa, romance notável do escritor gaúcho Luiz Antonio de Assis Brasil.
A narrativa mostra a vida numa estância, no século XIX. A partir da chegada de um botânico francês, a harmonia familiar se desintegra. Vão aflorando paixões desenfreadas, crimes e traições. Enquanto Baltazar Antão está ausente, ocupado com a guerra, Micaela o trai com Félicien, mesmo sabendo o quanto vai magoar a filha Isabel, também apaixonada pelo botânico francês. Jacinto, o filho, sofre duplamente, pela dor da irmã e pela felicidade proibida da mãe, por quem nutre adoração.
Romance psicológico, As virtudes da casa é um estudo da alma rio-grandense dos primórdios do século XIX. A trama recria a peça dramática do dramaturgo grego Ésquilo, o Agamêmnon, em pleno pampa rio-grandense do sul. No papel-título do original grego, está o Coronel Baltazar Antão Rodrigues de Serpa, estancieiro e comandante militar que, no início da narrativa, vai à guerra contra o uruguaio Artigas; como Cliptemnestra está Micaela, sua esposa fiel até então, cuja vida se transtorna com o surgimento do estrangeiro (Egisto), na pele do naturalista francês Félicien de Clavière. Os filhos de Baltazar Antão e Micaela são Jacinto (Orestes) e Isabel (Electra). Com os atores a postos, desenvolve-se a tragédia.
Bibliografia respeitável já garante destacado lugar no moderno romance brasileiro ao gaúcho Luiz Antonio de Assis Brasil. Hoje convido novos leitores para outra aventura nos domínios da ficção, com As virtudes da casa, volume de quase quatrocentas páginas, e lhes digo, com certeza: Quem escolhe este livro para ler, dificilmente o larga, e se o faz, mal pode esperar a hora de novamente embrenhar-se numa torrente de emoções.
Em As virtudes da casa, Assis Brasil narra as vicissitudes da família de Baltazar Antão, Coronel de Auxiliares e proprietário da Estância da Fonte. Vai em meio a guerra contra os castelhanos de Artigas, e o Coronel, veterano de outras correrias a serviço do rei, não consegue e nem quer ignorar o entrevero. Arregimenta seus homens e parte para a guerra – uma questão de honra e de preservação do território.
Para a família de Baltazar Antão, Micaela, sua mulher, Jacinto e Isabel, seus filhos, tanto quanto para a criadagem e os escravos, a ausência do Coronel é um transe insuportável, porque já experimentado em outras épocas. Um fato novo, porém, vem alterar essa atmosfera de saudade. Ao partir para o combate, o Coronel havia recomendado tratamento especial a um visitante ilustre - estava prevista a chegada à estância de um naturalista francês, e a ordem era recebê-lo com a principesca marca da hospitalidade sulina. A chegada do estrangeiro, jovem, atraente, culto e dono de hábitos, modos e vestir requintados instala nova ordem cultural na Estância da Fonte, pois sua figura sedutora é quase irresistível para os que vivem os costumes feudais do Continente, fechados, reprimidos e reservados. A presença do francês deflagra violentos processos de mudança nas relações interpessoais, fazendo aflorar todos os componentes das paixões desenfreadas, como a audácia e o medo, a credulidade e a suspeita, o desejo e a culpa, o langor e a sensualidade - o fogo da vida, que antes era mortiço como as lanternas de Isabel, agora fulgura como as lamparinas de Micaela.
Para Jacinto e Isabel - Édipo e Electra perdidos nos desvãos continentinos, atraídos pelo visitante e ao mesmo tempo cativos da velha ordem de cultura, o francês é assustador, quase um diabo; para Micaela, fascinante, quase um deus. No auge dos conflitos, quando se mostram as profundas brenhas da alma humana, toma corpo um ritmo narrativo onde as emoções vão porejando folha a folha, até o desfecho em que se torna inevitável preservar, ainda que com alto custo e só na aparência, as virtudes da casa.
Aspecto que merece registro é a estrutura perfeita que construiu Assis Brasil, dividindo o romance em quatro novelas, as três primeiras correspondendo à visão que tem dos fatos um dado personagem, e adotando na última um procedimento diverso para precipitar o desenlace, tão surpreendente quanto o da tragédia grega. As virtudes da casa é daqueles livros livro que não se pode deixar de ler, sob pena de faltar-se com o que há de melhor na literatura brasileira. O resultado final é uma análise primorosa do mundo dos personagens – três visões de uma história de paixão, desejo, incesto e adultério, que a cada página se enriquece, se avoluma e mergulha nas mazelas de uma família rio-grandense perdida na imensidão do pampa. O livro é belo. A narrativa, encantadora. As paisagens, inigualáveis. Eu recomendo!
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Nivia Andres, jornalista, graduada em Comunicação Social e Letras pela UFSM, especialista em Educação Política. Atuou, por muitos anos, na gestão de empresa familiar, na área de comércio. De 1993 a 1996 foi chefe de gabinete do Prefeito de Santiago, Rio Grande do Sul. Especificamente, na área de comunicação, como Assessora de Comunicação na Prefeitura Municipal, na Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACIS), no Centro Empresarial de Santiago (CES) e na Felice Automóveis. Na área de jornalismo impresso atuou no jornal Folha Regional (2001-06) e, mais recentemente, na Folha de Santiago, até março de 2008.
Blog da jornalista: http://niviaandres.blogspot.com/
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Romance psicológico, As virtudes da casa é um estudo da alma rio-grandense dos primórdios do século XIX. A trama recria a peça dramática do dramaturgo grego Ésquilo, o Agamêmnon, em pleno pampa rio-grandense do sul. No papel-título do original grego, está o Coronel Baltazar Antão Rodrigues de Serpa, estancieiro e comandante militar que, no início da narrativa, vai à guerra contra o uruguaio Artigas; como Cliptemnestra está Micaela, sua esposa fiel até então, cuja vida se transtorna com o surgimento do estrangeiro (Egisto), na pele do naturalista francês Félicien de Clavière. Os filhos de Baltazar Antão e Micaela são Jacinto (Orestes) e Isabel (Electra). Com os atores a postos, desenvolve-se a tragédia.
Bibliografia respeitável já garante destacado lugar no moderno romance brasileiro ao gaúcho Luiz Antonio de Assis Brasil. Hoje convido novos leitores para outra aventura nos domínios da ficção, com As virtudes da casa, volume de quase quatrocentas páginas, e lhes digo, com certeza: Quem escolhe este livro para ler, dificilmente o larga, e se o faz, mal pode esperar a hora de novamente embrenhar-se numa torrente de emoções.
Em As virtudes da casa, Assis Brasil narra as vicissitudes da família de Baltazar Antão, Coronel de Auxiliares e proprietário da Estância da Fonte. Vai em meio a guerra contra os castelhanos de Artigas, e o Coronel, veterano de outras correrias a serviço do rei, não consegue e nem quer ignorar o entrevero. Arregimenta seus homens e parte para a guerra – uma questão de honra e de preservação do território.
Para a família de Baltazar Antão, Micaela, sua mulher, Jacinto e Isabel, seus filhos, tanto quanto para a criadagem e os escravos, a ausência do Coronel é um transe insuportável, porque já experimentado em outras épocas. Um fato novo, porém, vem alterar essa atmosfera de saudade. Ao partir para o combate, o Coronel havia recomendado tratamento especial a um visitante ilustre - estava prevista a chegada à estância de um naturalista francês, e a ordem era recebê-lo com a principesca marca da hospitalidade sulina. A chegada do estrangeiro, jovem, atraente, culto e dono de hábitos, modos e vestir requintados instala nova ordem cultural na Estância da Fonte, pois sua figura sedutora é quase irresistível para os que vivem os costumes feudais do Continente, fechados, reprimidos e reservados. A presença do francês deflagra violentos processos de mudança nas relações interpessoais, fazendo aflorar todos os componentes das paixões desenfreadas, como a audácia e o medo, a credulidade e a suspeita, o desejo e a culpa, o langor e a sensualidade - o fogo da vida, que antes era mortiço como as lanternas de Isabel, agora fulgura como as lamparinas de Micaela.
Para Jacinto e Isabel - Édipo e Electra perdidos nos desvãos continentinos, atraídos pelo visitante e ao mesmo tempo cativos da velha ordem de cultura, o francês é assustador, quase um diabo; para Micaela, fascinante, quase um deus. No auge dos conflitos, quando se mostram as profundas brenhas da alma humana, toma corpo um ritmo narrativo onde as emoções vão porejando folha a folha, até o desfecho em que se torna inevitável preservar, ainda que com alto custo e só na aparência, as virtudes da casa.
Aspecto que merece registro é a estrutura perfeita que construiu Assis Brasil, dividindo o romance em quatro novelas, as três primeiras correspondendo à visão que tem dos fatos um dado personagem, e adotando na última um procedimento diverso para precipitar o desenlace, tão surpreendente quanto o da tragédia grega. As virtudes da casa é daqueles livros livro que não se pode deixar de ler, sob pena de faltar-se com o que há de melhor na literatura brasileira. O resultado final é uma análise primorosa do mundo dos personagens – três visões de uma história de paixão, desejo, incesto e adultério, que a cada página se enriquece, se avoluma e mergulha nas mazelas de uma família rio-grandense perdida na imensidão do pampa. O livro é belo. A narrativa, encantadora. As paisagens, inigualáveis. Eu recomendo!
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Nivia Andres, jornalista, graduada em Comunicação Social e Letras pela UFSM, especialista em Educação Política. Atuou, por muitos anos, na gestão de empresa familiar, na área de comércio. De 1993 a 1996 foi chefe de gabinete do Prefeito de Santiago, Rio Grande do Sul. Especificamente, na área de comunicação, como Assessora de Comunicação na Prefeitura Municipal, na Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACIS), no Centro Empresarial de Santiago (CES) e na Felice Automóveis. Na área de jornalismo impresso atuou no jornal Folha Regional (2001-06) e, mais recentemente, na Folha de Santiago, até março de 2008.
Blog da jornalista: http://niviaandres.blogspot.com/
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Bom dia amigos (as) deste blog...
ResponderExcluirA brilhante jornalista Nivia Andres apresenta nesta segunda-feira uma resenha do romance "As virtudes da casa", quinto livro do escritor gaúcho Luiz Antonio de Assis Brasil. O que me chamou a atenção na narrativa de Nivia foi o relacionamento familiar que beira ao trágico, mostrando principalmente um equilíbrio aparente que se rompe no decorrer da narrativa. Boa recomendação da Nivia e você pode ganhar hoje esse livro, caso seu comentário seja escolhido pelo júri deste blog, composto por jornalistas que aqui escrevem. Abaixo, apresento o currículo do escritor Assis Brasil, acompanhem:
Luiz Antonio de Assis Brasil e Silva, que em publicações usa o nome de Luiz Antonio de Assis Brasil, obteve em 1988 o Doutorado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Romancista, ensaísta e cronista. Atualmente é Professor Titular da Faculdade de Letras da PUCRS e Coordenador-Geral do DELFOS - Espaço de Documentação e Memória Cultural, da mesma Universidade. Membro do Conselho Editorial da Revista Signo, da Faculdade de Letras da Universidade de Santa Cruz do Sul.
Publicou 32 artigos em periódicos especializados e sete trabalhos em anais de eventos. Possui 53 capítulos de livros e 50 livros publicados ou organizados. Possui três itens de produção técnica. Participou de quatro eventos no exterior e 28 no Brasil. Orientou trinta e sete dissertações de mestrado e sete teses de doutorado na área de letras.
Recebeu dezesseis prêmios e/ou homenagens. Atualmente coordena um projeto de pesquisa. Atua na área de letras com ênfase em teoria literária. Em suas atividades profissionais interagiu com sete colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos.
Em seu currículo lattes os termos mais frequentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: criação literária, literatura açoriana pos-25 de abril, análise de autores, literatura brasileira, teoria literária, literatura portuguesa, contos, análise literária, autores brasileiros.
Um forte abraço a todos...
Edward de Souza
Bom dia, Nivia!
ResponderExcluirNão creio que eu esteja assim tão desatualizada, mas não tinha ainda ouvido falar do escritor Luiz Antonio de Assis Brasil, nem dessa sua obra. Na verdade, lendo o currículo que o Edward apresentou acima, ele é um brilhante escritor e com muitas obras publicadas, isso chamou minha atenção. Teria ficado Assis Brasil, vou chamá-lo assim, e sua obra, restrito ao Rio Grande do Sul, Nivia?
Pela apresentação que você fez de "As Virtudes da casa", pareceu-me um bom livro para se ler.
Bjos...
Ana Caroline - Ribeirão Preto - SP.
Não sei a razão de, ao ler a resenha do livro “As Virtudes da Casa” tão bem analisada por Nívea, me veio à lembrança o livro de Eça de Queiroz, “O Primo Basílio”.
ResponderExcluirHá relação de fatos sociológicos e psicológicos de um para o outro? É possível que sim. Enquanto um enredo se passa no meio rural o outro (Primo Basílio) se passa em uma cidade com todas as suas futilidades. Mas o apelo da carne fala alto nas duas obras. A traição e o desvario de sexo é a tônica dos dois romances.
Não importa o meio em que vivem as pessoas. A carne exige resposta as suas angústias.
Parabéns Mosqueteira
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Ôi Nivia, eu também não tinha ouvido falar de Luiz Antonio de Assis Brasil, mas, como disse a Ana Caroline, ele tem um currículo invejável, deve ser um ótimo escritor e me deu vontade de ler essa sua obra, creia. Seria Luiz Antonio de Assis Brasil um escritor regional, Nivia? Pela sua resenha no blog, é um romance intrigante de quase 400 páginas. Estive dando uma olhada em sites de busca e esse romance foi escrito faz um bom tempo, se não me engano em 1985, isso mesmo?
ResponderExcluirBeijos e parabéns pela resenha!
Gabriela - Cásper Líbero - São Paulo
Bom dia Nivia!
ResponderExcluirApesar do currículo apresentado pelo Edward em seu comentário, creio que posso ajudar aos leitores que interrogam sobre o escritor Luiz Anotino de Assis Brasil. Tenho em casa a Revista Bravo do ano passado e nela consta uma reportagem completa sobre o escritor gaúcho. Permita-me apresentar aqui o teor dessa matéria, junto com a assinatura da jornalista responsável pela entrevista. Farei isso em duas ou três postagens, para não ficar demasiadamente longo.
O texto é de Arlete Lorini e segue na íntegra:
"Da janela de seu escritório, Luiz Antonio de Assis Brasil gosta de apreciar as heras e as glicínias floridas do pequeno jardim que cultiva nos fundos de sua casa, na zona sul de Porto Alegre. "Coisas de quem avança na idade", diz o autor, que tem 63 anos. Ele tem ainda o hábito de colecionar livros de novos — e muito especiais — autores. Na sua estante, já contabiliza mais de 120 obras de revelações da literatura brasileira recente, como Daniel Galera, que neste mês lança seu quarto livro, Cordilheira. Outros títulos trazem os nomes de Cíntia Moscovich, Letícia Wierzchowski, Michel Laub, Caio Riter, Amilcar Bettega, Carol Bensimon, entre muitos outros.
Em comum, todos frequentaram a oficina literária de Assis Brasil. "Eles são meus filhos, alguns até já me deram netos, como a Cíntia, que possui a sua própria oficina", diz ele. "Vendo esses livros, sinto uma justificativa para o trabalho de uma vida."
Criada há 23 anos como um curso de extensão universitária junto à Faculdade de Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, a oficina coordenada por Assis Brasil é a mais antiga em funcionamento ininterrupto no país. Por ela já passaram mais de 600 aspirantes a escritores, com trabalhos reunidos em 38 antologias. Uma pesquisa revelou que 17% deles continuaram escrevendo depois de participar da oficina. "Alguns descobriram que não queriam ser escritores, outros sentiram falta de possibilidades editoriais", diz Assis Brasil. "Mas todos saíram melhores leitores, e só isso já é bom."
A oficina é ministrada durante um ano, em 30 encontros, de quatro horas cada um. No primeiro semestre, são abordadas questões técnicas, como o tempo da narrativa, o espaço, o diálogo, as estruturas narrativas. No segundo semestre, a ênfase está na prática do conto, com seminários para discutir a produção de grandes autores e dos próprios alunos. No fim de cada curso, é publicada uma antologia com textos dos jovens escritores.
Parte do sucesso da oficina de Assis Brasil se deve à seleção para as 15 vagas oferecidas anualmente, disputadas por cerca de 80 candidatos. Ao longo dos anos, o processo foi ficando tão rigoroso que, algumas vezes, as vagas não chegam a ser preenchidas. "Não recebo mais diletantes, que escrevem em finais de semana", diz Assis Brasil. "A proposta da oficina é treinar pessoas que já escrevem com um talento reconhecido, mas não têm a técnica." A maioria dos oficineiros é formada por estudantes universitários, predominantemente de comunicação e letras, com idade média de 20 anos e que pretendem ser escritores profissionais.
(Segue)
(Continuação)
ResponderExcluirAjudada pela internet, a oficina tem atraído também alunos estrangeiros, como no grupo atual, integrado por um catalão. Graças à polivalência do mestre Assis Brasil, a oficina já recebeu alunos da França, da África e do Uruguai, que puderam escrever os seus textos na língua nativa.
Entre os ex-alunos do mestre Assis Brasil, o consenso é que as oficinas aceleraram tremendamente o aprendizado literário. "Eu certamente levaria 15 anos para aprender o que consegui em um ano de oficina", diz a gaúcha Cíntia Moscovich, 50 anos, ex-oficineira, já com seis livros publicados, entre eles Arquitetura do Arco-Íris (2004), com o qual levou o Prêmio Jabuti. "Aprendi que a idéia é uma coisa fugaz, que você só consegue transformar em literatura usando a técnica." A opinião é compartilhada por Daniel Galera, de 29 anos, que já lançou títulos como Até o Dia em que o Cão Morreu (2003), adaptado para o cinema no ano passado por Beto Brant e Renato Ciasca com o título Cão sem Dono.
Outro mérito de Assis Brasil mencionado por ex-alunos é o fato de o escritor respeitar os estilos de cada um. "Ao contrário do Assis, que trabalha o regionalismo, a identidade cultural, as minhas histórias se passam em lugares não nomeados", diz Carol Bensimon, 26 anos, que estreou neste ano na literatura com Pó de Parede e acaba de concluir o seu segundo livro. "A oficina me deu a auto-estima literária."
Para Assis Brasil, unir as atividades acadêmicas com as de um escritor é um fenômeno universal, observado principalmente nos Estados Unidos, Canadá e Europa. "Os escritores hoje estão saindo das universidades, fazem mestrado e doutorado", diz. Ele se considera um autor à moda antiga, que tem o seu emprego de professor em tempo integral e escreve depois do expediente, por cerca de duas horas e meia diárias, além de fins de semana e férias.
Porto-alegrense, filho de descendentes açorianos, Assis Brasil passou a infância numa cidade do interior gaúcho, de colonização alemã. Foi uma criança muito protegida, criada entre quatro paredes. De volta a Porto Alegre, estudou os clássicos em colégio de jesuítas. Aprendeu também violoncelo e por 15 anos integrou a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Acabou se formando advogado, profissão que pouco exerceu. Logo migrou para a carreira acadêmica, inicialmente dando aulas na Faculdade de Direito e depois na de Letras, onde obteve o seu título de doutor, em 1987. A essa altura, já estava no seu sétimo livro.
(Segue)
(FINAL)
ResponderExcluirLançada em 1976, sua primeira obra, Um Quarto de Légua em Quadro, abordava o povoamento açoriano no Rio Grande do Sul. A partir daí, livros ambientados no passado histórico gaúcho, principalmente nos séculos 18 e 19, têm permeado a sua obra. "Até a minha geração, o Rio Grande do Sul era um problema a ser resolvido", diz Assis Brasil. "Os jovens autores gaúchos estão libertos disso. Podem até tomar chimarrão, mas a literatura deles não tem nada a ver com o estado."
Com 17 obras publicadas e cerca de 160 mil exemplares vendidos, é no estado gaúcho que Assis Brasil concentra o seu grande público leitor — no que ele também difere de alguns de seus ex-alunos. Ele diz que já passou da fase de procurar reconhecimento em outras praças. "A minha grande ambição é escrever melhor, e não ser um autor nacional", diz.
Se no passado as referências de Assis Brasil estavam em escritores como Eça de Queirós, Machado de Assis e Erico Verissimo, hoje são autores como o francês Pascal Quignard, o italiano Alessandro Baricco, alguns portugueses contemporâneos e americanos. Todos adeptos do texto conciso e essencial, que provocou uma mudança radical na sua obra, a partir do livro O Pintor de Retratos (2001). Aqui, ele abandonou os parágrafos abundantes e detalhistas e buscou uma escrita enxuta. Como resultado, seus últimos três livros não passaram de 130 páginas, algo inédito para o autor de Videiras de Cristal (1990), que tinha 526 páginas.
Foi um desafio para o autor, que na época tinha mais de 50 anos e corria o risco de perder o seu público cativo. "Não estava satisfeito com o resultado dos meus livros", diz. "A partir disso, passei a receber os maiores prêmios nacionais, o que significa que eu estava certo em mudar." A crítica aprovou, e aconteceu de seu público ficar mais jovem. Um prêmio que surpreendeu o autor foi o Copa de Literatura Brasileira, em 2007, por sua última obra, Música Perdida (2006). "É uma votação feita por blogueiros, gente muito jovem", diz.
A recente mudança no estilo de escrever do autor o aproximou, em certo sentido, da obra de muitos de seus ex-alunos, marcadas pela concisão. Mas não afetou características do ofício que ele, por sua vez, procurou transmitir a seus oficineiros: planejamento e disciplina. Tão importantes, no seu caso, quanto o conhecimento das técnicas de escrita. "O talento é imprescindível e indefinível, a pessoa tem ou não tem", diz Assis Brasil. "Mas é a técnica que liberta o talento."
Obrigada, beijos...
Júlia M. Coelho - Porto Algre/RS
Por favor, onde leram Luiz Anotino de Assis Brasil, leiam Luiz Antonio de Assis Brasil.
ResponderExcluirObrigada...
Júlia/Porto Alegre/RS
Bom dia Nivia, aceite meus cumprimentos pela belíssima resenha. Esse blog é realmente fantástico e arrasta hoje leitores de todos os cantos do País e também de fora do nosso território, como tenho visto aqui. A presença da Júlia Coelho, de Porto Alegre, é muito interessante. Acabou de mostrar que o grande público de Luiz Antonio de Assis Brasil é mesmo de Porto Alegre, portanto regional.
ResponderExcluirNo entanto, lendo a sua resenha, Nivia, e anotando todas as obras desse escritor, é uma pena que ele fique restrito ao território gaúcho, enquanto no Brasil somos obrigados a engolir um Paulo Coelho (arghhhhhh...). Certo que com essa divulgação e outras que por certo podem ser encontradas pela internet, Luiz Antonio de Assis Brasil deve sair do seu "esconderijo" e mostrar sua arte para todo o Brasil e quiçá exterior. Já pode contar comigo como leitor, quero ler essa e outras obras suas. Não só pela resenha que li sua, Nivia, mas pelo que esse homem representa, lutando para ensinar e dar chance a novos escritores, de acordo com o texto de sua conterrânea, a Júlia, acima. Homens assim, de valor, merecem respeito e admiração.
Abraços,
Eurípedes Sampaio - Jundiaí - SP.
Olá Nivia, adoro resenhas. Ficamos sempre bem instruídas sobre o que comprar para ler. Vocês deveriam postar sempre uma resenha por semana, ou então de 15 em 15 dias, vai nos ajudar muito quando a intenção é comprar um bom livro para ler ou então presentear um amigo ou amiga. Esse livro que você indicou hoje, Nivia, fui pesquisar antes de comentar, e só encontrei em "sebos". Mesmo assim se estiver em boas condições vou comprar. Ou posso encontrá-lo em alguma livraria? Me esqueci, tenho uma chance no sorteio, não é? Mas, sou "pé frio", nunca ganho nada...
ResponderExcluirBjos,
Priscila - Metodista - São Bernardo do Campo
Ôi Nivia, li e gostei de sua resenha. O importante foi no final, quando você deixou seu selo de garantia: "O livro é belo. A narrativa, encantadora. As paisagens, inigualáveis. Eu recomendo"! Não preciso de mais nada para comprar e ler esse livro. Mas faço isso amanhã, também estou de olho no sorteio.
ResponderExcluirBeijinhos,
Lidiane - Metodista - São Bernardo
Olá, amigos e amigas!
ResponderExcluirHá alguns dias mandei um e-mail ao Edward sugerindo que presenteássemos nossos leitores com as obras que vamos apresentando aqui no blog. Ele concordou e então, hoje, começamos com essa promoção. Espero que apreciem. Nosso objetivo é difundir cada vez mais o gosto pela leitura. Não procuramos apoio de nenhuma editora pois nossa meta não é comercial. Puro diletantismo e amor à literatura, apenas. Um modo simples de agradecer aos nossos queridos leitores por ajudarem a manter e estender este espaço de comunicação que o Edward criou.
Pois bem, o livro que escolhi hoje é muito bonito e extremamente bem escrito. Conheci a obra de Assis Brasil quando cursva Letras na Universidade Federal de Santa Maria. Minha professora de Literatura Rio-grandense propôs, como trabalho, que fizéssemos uma análise literária de As virtudes da casa. A professora gostou tanto do trabalho que o levou ao autor, na Jornada de Literatura, que acontece, anualmente, em Passo Fundo. Nunca vou esquecer desse trabalho, porque o denominamos, de brincadeira, de "hiper-moderna tragédia regional telúrico-pampeana", uma alusão ao modo de analisarmos a obra, aproximando-a da tragédia grega Agamênon, de Ésquilo.
Escolhi o autor e este livro para apresentar aos amigos do blog a literatura gaúcha, cheia de particularidades e, ao mesmo tempo, universal. Temos grandes ficcionistas, como Erico Verissimo (os mais novos hão de conhecer mais o filho, Luiz Fernando); Dionélio Machado, Moacyr Scliar, Cyro Martins, Josué Guimarães, Caio Fernando Abreu, Fabrício Carpinejar, Letícia Wierzchowski e tantos outros. O fato é que somos um país continental, cheio de bons escritores, a maioria conhecidos apenas na sua paróquia. Aos poucos, quem sabe, vamos desvendando as preciosidades que eles escreveram...
Agradeço ao Edward e à Júlia por apresentarem o nosso autor de hoje.
E então? Quem quiser ganhar um presente, habilite-se! Diga porque quer ganhá-lo!
Voltarei na sequência. Abraços a todos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirJornalista Nivia Andres, essa é a primeira vez que visito esse blog. Minha colega Ana Paula, aqui de Franca, que estudou comigo na Unifran, me indicou o blog e eu gostei muito. Faz um bom tempo que estou aqui, li muitas crônicas e bons textos. Tem um visual muito bonito o blog. Eu me formei na Unifran em Ciências da computação e ainda estou buscando emprego. A Ana Paula continua estudando lá, faz jornalismo.
ResponderExcluirSabe, Nivia, tenho dois motivos para querer ganhar esse livro de presente, que chamou minha atenção depois de ler sua resenha. Pareceu-me um romance cheio de desfechos surpreendentes, pelo que entendi. Essa curiosidade, aliada a vontade em ler esse livro é o primeiro motivo. O segundo é que eu gostaria de presentear minha mãe, que faz aniversário dia 25, domingo agora. Sou filho único e não tenho pai. Eu e mamãe somos muito unidos e adoramos ler. Já aconteceu de lermos em dois um só livro, acredita? Deitados na cama, com o livro aberto, íamos lendo. Ora ela, ora eu, em voz alta. Se eu for o escolhido vou ficar muito contente e mamãe também.
Muito obrigado a todos vocês!
Rafael Gustavo - Franca - SP.
Olá, Nivia!
ResponderExcluirTemos que reconhecer. Mesmo morando num estado rico que é São Paulo, nossa cultura é ínfima perante os moradores do sul do País. São inúmeros os talentos vindos do Sul ou que ali estão. Esse escritor, lendo seu currículo e a entrevista postada aqui nos comentários pelo Edward e pela Júlia, mostra isso. É muita capacidade para uma só pessoa. E voltada para o bem. Orienta e ajuda novos escritores, dando-lhes uma chance de aparecerem nesse mercado competitivo da literatura. E vivemos num País onde o número de leitores é baixíssimo, em comparação a outros países. Admirei sua resenha e de fato através dela surgiu a vontade em comprar e ler esse romance de Luiz Antonio de Assis Brasil. Grata pela recomendação.
Bjos,
Tatiana - Metodista - São Bernardo
Amiga Nivia Andres e demais leitores: belíssima resenha, escrita com alma e calor. Mais do que sugerir, Nivia convence a ler. Antes de tudo, fiquei um pouco curioso. Assis Brasil tem algum parentesco com o famoso general que chefiou a Casa Militar do presidente João Goulart? O general foi figura de grande destaque em todos os acontecimentos da deposição de Jango e criador do tal "dispositivo militar", da resistência, que na hora H não existia. sobre o livro, ainda sem ter lido, mas já interessado, vejo provável influência da célebre trilogia "O Tempo e o Vento", a maior e imortal obra de Érico Veríssimo, que através da ficção conta a história do Rio Grande do Sul. Assim como os mineiros, os gaúchos enriqueceram sobremaneira a literatura brasileira. Além de todos os citados aqui pelos demais comentaristas, há dezenas de escritores da melhor qualidade no celeiro do Rio Grande que nunca tiveram acesso à fama, o que é uma pena. Isso não surpreende num país de insignificante número de leitores quanto cotejado com o tamanho da sua população. É triste constatar que Buenos Aires, sozinha, tem mais livrarias que o Brasil inteiro. Aqui, a começar pelo presidente da República, a esmagadora maioria das pessoas jamais leu um único livro na vida. Essas resenhas certamente não formarão novos leitores, a julgar pela qualidade dos comentários, mas vão continuar contribuindo para a troca salutar de idéias entre nós, que sabemos a importância e o prazer proporcionado pelos bons livros.
ResponderExcluirBeijos!
Milton Saldanha
Olá, novamente!
ResponderExcluirAmigos, estou absolutamente constrangida. Não consultei antecipadamente as livrarias online para ver se o título estava disponível. Não está, infelizmente. Não imaginei que isso aconteceria. Não sei precisar o motivo, já que todos os demais títulos do autor podem ser encontrados. Amanhã vou para Porto Alegre e lá tenho certeza de que encontro o livro - o que mandarei para o(a) vencedora(a) da nosao singela competição. De antemão solicito que o(a) nosso(a) escolhido(a), após anunciado(a), mande um e-mail para niviaandres@gmail.com, com o seu endereço, para que possa receber o seu presente até o final da semana.
Abraços.
Olá Nivia, Edward, Milton e amiguinhos. Lembram-se que reclamei ontem na matéria escrita pelo Edward que esse horário de verão me deixa uma semana dormindo em pé o dia todo? (rssssss...). Sorte que na faculdade hoje pela manhã não era só eu que estava dormindo, até os professores. A maioria reclamando desse horário de verão.
ResponderExcluirDeixando isso pra lá, antes que o soninho volte, vamos falar dessa resenha e do livro indicado pela Nivia. Super interessante e vou procurar para comprar um e ler. O Milton Saldanha disse que a julgar pelos participantes deste blog, não irão se formar novos leitores com essas resenhas. Penso ao contrário. Os que participam e comentam, Milton, pelo menos a maioria, são os que lêem e gostam de literatura. Muitos entram no blog, acompanham a resenha, não comentam e acabam comprando o livro, levados a principio pela curiosidade e também pelo interesse em saber o que rola na trama resenhada pela Nivia.
É um espaço muito importante que deve continuar. Essa premiação é ótima, se eu não encontrar o livro quero ganhar, mas se eu o encontrar, peço-lhes que dêem para um desses que demonstraram enorme vontade de possuí-lo, caso do Padre Euvídeo e desse jovem, o Rafael. Cortaram meu coração, acreditem. Muito boa resenha, Nivia e vou procurar o livro, se encontrar, aviso.
Bjos a vocês...
Liliana Diniz - FUABC - Santo André - SP.
Então Nivia, não se acha mesmo o livro pra comprar. Vim ao blog, li e gostei de sua resenha e da sua indicação, li todos os comentários, como sempre faço e fui em busca do livro. Alguns "sebos" anunciam esse livro, mas quando você clica para tentar encontrar... Nada feito! Desapareceu da praça. Seria preciso se contatar a editora ou o autor, quem sabe eles dariam uma dica para se adquirir o livro, não? Agora tem muita gente que vai querer ler, principalmente depois dessa sua resenha que nos deixou com água na boca!
ResponderExcluirBeijos Nivia, há de surgir um meio, caso isso não ocorra, você vai ter que escrever todo o livro em capítulos aqui no blog, tá? (rsssssssssss).
Andressa - Cásper Líbero - São Paulo
Prezada Liliana: acho que não me expressei direito, acontece. Minha intenção foi dizer que os comentaristas acima, de ótima qualidade, já são leitores. "Novos leitores" seriam aqueles não habituados a livros. Esclarece ou continua confuso? Tudo bem, deixa pra lá, não é relevante.
ResponderExcluirBeijo!
Milton Saldanha
Olá Milton, voltei pra dizer que encontrei alguns livros num sebo. Aceitam pagamento pelo cartão Visa, boleto ou depósito em conta. Comprei um com o cartão Visa, mesmo usado, pelo menos não fico sem ler. É esse o endereço: http://br.gojaba.com/pages/shoppingCart.jsf?cid=132019
ResponderExcluirQuem quiser ainda encontra um ou dois lá, com a capa diferente dessa postada no blog, mas a mesma leitura, claro.
Então Milton, foi isso que entendi de sua postagem. Apenas disse que discordo porque acho que a resenha acaba influenciando outros que não postam comentários e visitam o blog, entendeu? Esses que não gostam de ler e que, acompanhando a resenha, passam a se interessar pela leitura. Isso... Falamos a mesma língua mas não nos comunicamos corretamente, penso.
Bjos
Liliana
Distinta e querida jornalista Nívia e amigos (as)...
ResponderExcluirNa qualidade de Diretora de Artes deste blog , seria dispensável minha participação, para concorrer ao livro, mas, como leitora assidua do blog e por estar precisando garantir o meu emprego, preciso desenvolver minha criatividade, mediante o exercicio da leitura.
A disputa é acirrada, visto o elevado nivel intelectual dos participantes e sua brilhante arte de escrevinhar. Espero que os jurados sejam justos e analisem os comentarios, com absoluta imparcialidade. Embora eu ache que a forma mais democrática, seja por sorteio dos nomes, desde que cada um forneça seu e-mail.
Isto posto, quero dizer que senti-me atraida por ler este instigante livro, cuja sinopse quase dispensa sua leitura, tal o brilhantismo com que a articulista o apresenta. E também porque vislubro a possibilidade de desenvolver ainda mais meus instintos artisticos, e outros, que certamente aflorarão.
Na esperança de estar entre os favoritos ao prêmio, deixo aqui minha humilde, mas sincera e desinteressada participação.
bjins
E.T.
ResponderExcluirPrezado Editor-Chefe, ainda que seja bisbilhotice minha, gostaria de saber quem serão os jurados e quais os criterios de avaliação??
.. Obrigada..
DA.
Olá Cris...
ResponderExcluirVocê tem o direito de pleitear o prêmio, com certeza. Mas, se esqueceu de chorar (hahahahahaha). Somente estão fora da disputa os jornalistas que escrevem no blog e fazem parte do júri que irá escolher o premiado no final do dia, possivelmente no começo da noite. O premiado será conhecido amanhã, então receberá as instruções de como fazer para receber o livro. Isso se a Nivia encontrar o dito cujo (livro)(hehehehehehe). Arrumaram pra você, Nivia. Qualquer aperto, vamos recorrer à Liliana, que já comprou um no "sebo". Quem diria, a Liliana num "sebo" comprando livros. Tempos outros...
Penso que a disputa está boa. Eu já tenho alguns bons candidatos pra votar, mas recuso-me a adiantar os nomes e dar as dicas. Surpresa. Meu voto, no entanto, sem os demais, nada vale. É preciso a maioria para que a escolha seja feita. Percebi que caiu no gosto de todos essa premiação, por isso vamos procurar mante-la. Como disse a Nivia, sem nenhuma promoção de editora e escritores. Por nossa conta! Estou gostando da participação de todos e o nível continua altíssimo.
Um forte abraço a todos...
Edward de Souza
Desculpe-me Cris, eu estava postando meu comentário juntamente com o seu e não li sua pergunta. Foi decidido, Cris, que iríamos escolher o comentário que mais tocasse, ou seja que mais demonstrasse interesse em ler o livro, compreende? Assim ficaria a certeza que a pessoa realmente tem interesse em ler. O sorteio, colocando nomes de participantes num papel, enrolando e tirando um pode premiar quem nem o livro quer, ou quem tem o livro e não precisa de mais um. Pode ser que, não dando certo esse tipo de escolha para premiação, a gente mude para o próximo, mas hoje não há tempo e vamos por esse critério. Por isso eu disse acima, você se esqueceu de chorar. Mas, apresentou boas justificativas indicando que pretende ler o livro e isso será levado em consideração. Como muitos outros também apresentaram fortíssimos argumentos, Cris. Hoje o páreo está duríssimo.
ResponderExcluirBeijos,
Edward de Souza
Olá Nivia e Edward, eu também tenho dois motivos para ganhar esse livro. O primeiro deles é que faz mais de duas horas que estou vasculhando a Net e não o encontro. Nem mesmo em "sebo", como conseguiu a Liliana. O segundo e mais forte é que, depois de ler a resenha da Nivia, não consigo me esquecer desse livro, por isso, estou chorando: buáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...
ResponderExcluirSniffffffffff...
Depois desse choro, espero ser a premiada!
Beijinhos a todos do blog e um milhão de beijos aos do júri!
Larissa - Metodista - São Bernardo
Prezados concorrentes!
ResponderExcluirMuita calma nesta hora! Tenho um exemplar do dito cujo aqui, em minhas mãos. É meu mas pode ser emprestado, se nenhum dos meus esforços vitorioso. Amanhã vou a Porto Alegre e compro o do vencedor. Na quinta-feira já estará nas mãos àvidas, quero crer, do felizardo...eheheheh. Irei na sede da editora Mercado Aberto solicitar um lote da obra, urgente! Podem crer! Não os deixarei a verem navios...Em último caso, o meu exemplar irá, em romaria, de leitor a leitor, até que todos o leiam!
Edward, cruz credo, você pensou que eu não tinha um exemplar aqui comigo? Tenho, sim!
Retornando, com algumas possibilidades. Encontrei 35 locais, em todo o Brasil, que dispõem do livro - são sebos, alojados no site: http://www.estantevirtual.com.br
ResponderExcluirPrezados(a) articulistas!
ResponderExcluirVenho, através deste meio cibernético, suplicar humildemente a minha inscrição para candidatar-me a ser o felizardo ganhador do valiosíssimo e disputadíssimo livro "As Virtudes da Casa", perante tão prestigioso Júri, composto de renomados(a) articulistas, que são referência nos meios de comunicações, bem como conhecidos até em reinos distantes além mar!
Minha adorada e saudosa mãe, que me deixou desolado e desemparado, neste maltratado e fascinante mundo que vivemos, desde o fatídico dia 24 de outubro de 2008,
inculcou na insulsa existência, deste agora reles escrevinhador outonal, que jamais fosse pidão, mas como sinto sobremaneira a ausência deste ser radiante que me deu a vida, desta vez ouso desobedecê-la, para que quem sabe, tenha a prerrogativa de revê-la ao menos em sonho, dando-me algumas palmadas, dizendo: - Você é um menino muito desobediente, já não lhe disse mais de 10.000 para não pedir nada a ninguém? Além das palmadas, você ficará um mês sem assistir "Papai sabe tudo", "Vigilante Rodoviário", "Sítio do picapau amarelo" e o "Teatro da Juventude". "TV de Vanguarda" e "TV de Comédia" e "Além da imaginação", nem pensar. Buaaaaaaaaaaaaaaaá... Buaaaaaaaaaaaaaaaá... Buaaaaaaaaaaaaaaaá...
- Ah, Máe que saudades das suas palmadas digo do seu imenso amor!!!!... Que falta a Senhora faz!!!!...
Também desejo ardentemente receber este precioso mimo, porque além de deixar momentaneamente de lado os livros de cunho cinetífico, preciso de um pouco de romance na minha na minha insulsa existência (ainda bem que minha mulher não aprecia e acessa o mundo eletrônico...)!!!!... Já me vejo cavalgando pelas magníficas terras pampeanas, na pele do personagem francês, o botânico Félicien de Clavièri, que depois encontra novo vigor para o seu viver, ao ficar encantado em conhecer a doce Micale são Jacinto!!!!!... Ai, ai, o amor é lindo!!!!!!...
Aguardando, com muita expectativa, a decisão deste ilibado Júri, despeço-me respeitosamente.
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
PS - Prometo, se for o felizardo ganhador, ficar um dia inteiro fazendo penitência por conta dos meus pensamentos impuros!!!!...
Prezado Editor-Chefe, Jornalista Nivia, jurados, amigos e simpatizantes deste blog..
ResponderExcluirSe for por falta de choro, não seja por isso..
BUÁAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAUÁAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
BUÁAAAAAAAAAAAAAAAAAAA...
EU QUEROOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!
QUEM NÃO CHORA NÃO MAMA....
Tb quero divagar nas asas da imaginação, através da leitura de tão disputado livro.
Pior de tudo é que êle agora virou uma raridade!! Porque está sendo garimpado por toda a net...Por essa o escritor não esperava!!E a editora vai ter que reeditá-lo..
Olha só o que vc arrumou Nivia!!!!...Ou será que vai ficar tudo por sua conta??!!!!
Cruzes!!!
BUÁAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Edward, acho que vamos mudar o prêmio. Acho que os concorrentes são muito pequenos. Choram demais...Para as meninas, uma bonequinha; para os meninos, uns carrinhos. Talvez uns pirulitos, também!
ResponderExcluirEdward,
ResponderExcluirFiquei muito feliz com sua visita ao meu blog.
Olá Nivia, eu também não tinha ouvido falar de Luiz Antonio de Assis Brasil, mas, deve ser um ótimo escritor e me deu vontade de ler essa sua obra. Pela sua resenha no blog, é um romance intrigante de quase 400 páginas.
Beijos e parabéns pela resenha!
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ResponderExcluirBoa noite, Nivia e Edward.
ResponderExcluirÉ esquisito dar boa-noite, está dia ainda aqui em Itu, mas o relógio do micro já marca 18 horas e 28 minutos. Li toda a sua belíssima resenha e acompanhei todos os comentários. Fiquei sensibilizado com dois deles e morri de rir de alguns. Estão disputando agora quem chora mais, Nivia? Disse a Cris com propriedade, quem não chora, não mama.
Vim apenas ler sua resenha porque gosto de indicações, apesar de estar sem tempo para pegar um bom livro como esse e ler. Bem que gostaria, mas daqui até o final do ano, mal vou poder respirar. Meu pai, que me dá uma força está viajando, volta só no começo de dezembro e a correria sobra pra mim. Mas vou torcer para meus favoritos e volto amanhã para ver quem ganhou. Espero que seja uma dessas pessoas que acho, merecem o prêmio.
Parabén pela animação, dificilmente encontrada em outro blog. É realmente impressionante!
Abraços,
Paolo Cabrero - Itú - SP.
Não duvido que esta terra Rio Grandense possui um celeiro de artistas nas letras. Não esqueço Érico Veríssimo "Olhai os lírios do campo" pela realidade psicológica, pessoas sinceras que amam pessoas insinceras.
ResponderExcluirO que me chama atenção é o curriculo magnífico deste escritor, e me chama mais a atenção neste trabalho é como êle pode conseguir conciliar um francês culto se motivar a ficar embrenhado no interior de uma época em que o Brasil era uma colônia atrasadíssima nos costumes.
O livro "1808" de Laurentino Gomes que mostra a família real vindo para o Brasil neste século XIX, retrata com fidelidade qual era a nossa aparência, isto é, como eram os Brasileiros e Portugueses desta época.
O Rio de Janeiro que era uma cidade com mais contato com o mundo exterior é retratada as famílias com costumes primários de educação. Por exemplo , os homens carregavam sempre uma faca como talher obrigatório e mil detalhes mais.
Portanto se o Assis Brasil conseguiu engedrar esta trama conciliando uma realidade psicológica somada aos costumes históricos, situações históricas pois nessa época logo depois o território que era guarnecido por soldados Portugueses- depois de 1822 - voltam para Portugal e este território fica a mercê dos rivais vizinhos de lingua espanhola, um Botânico ou naturalista Francês ainda consegue em meio a esse clima todo político, amar, despertar paixões e desequilibrar tudo isso...
Parabéns, será um belo trabalho artístico, histórico, um trabalho que poderíamos dizer maravilhoso.
Aliás, este nome do livro é muito bonito : "As virtudes da casa" aparentemente irônico, como era Machado de Assis, sútil. Há um conto deste descrevendo uma casa de maneira magistral.
Luis Antonio de Assis Brasil poderá ser nosso Machado atual? Com certeza o será nesta tragetória já carrega a herança dos Assis.
Pretendo arranjar tempo para leitura deste livro pois os livros com fundamentos históricos são muito atraentes para mim.
Sds Anfermam
Boa noite Nivia Andres.
ResponderExcluirSou fã das resenhas que vocês escrevem aqui no blog. Dicas preciosas para quem gosta de ler. Hoje em dia só compro um livro com referências, porque a gente pode levar tranquilo para casa e ler sem susto. Cansei-me de comprar gato por lebre. Já comprei livro que, mesmo adorando ler, não consegui passar do meio, de tão ruim. Pelo visto, sua indicação hoje é ótima, mas, parece-me está dificil de se encontrar esse livro, não? Vou correr os sebos que conheço em São Paulo, quem sabe.
Nivia, quero me candidatar ao sorteio do livro, ainda tem tempo?
Obrigado
Tanaka - Osasco - S.Paulo.
Boa noite a todos do blog de ouro.
ResponderExcluirNívia menina,quanto talento para fazer a resenha de um livro.
Já ouvira falar de Luiz Antonio de Assis Brasil,mas AINDA não tive o prazer de ler nenhuma de suas obras.
Brilhante idéia em presentear os amigos do blog,e com o melhor presente,que instrui,que eleva a alma, que traz sonho e magia,que só poderia ter surgido dessas cabeças pensantes e muito inteligentes.
Buaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa,será que tenho chance o Edward disse que já tem alguns,por favor hein,aguardem meus singelos comentários que só podem ser feitos após as 18 horas,assim que chego do trabalho.
Quelia tanto ganhar o livlo,ganho pouquinho, sou Educadora, dia 15 foi meu dia,sou órfã de pai e mãe,sou apaixonada por todo tipo de leitura, e comprá-los nem sempre é possível, meu dinhelim tá minguadim Buaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.
Pessoal concordam que o Brasil necessita de Professores que leem muuuuuuuuuuuito,eis aí um motivo para me presentear com o livro.
Frase:
A leitura de um livro
é um diálogo incessante:
o livro fala e a alma
responde.
André Maurois
romancista francês.
Beijosssssssssss verde e amarelo para todos.
ANA CÉLIA DE FREITAS.
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ResponderExcluirAmigos do blog de ouro, bôa noite.
ResponderExcluirNivia Andres, muito interessante e explicativa a resenha que vc fêz do livro "As virtudes da casa".
Mesmo sem ter lido, já quase imagino o conteúdo, pois quando um Coronel vai a guerra e deixa a familia, na maioria das vezês algo de ruím lhe acontece.
A chegada do Francês perfumado, e a admiraçaõ da familia pelo mesmo, ainda mais com recomendações do coitado do Coronel, já adivinhei o desfecho da história rsrsrss.
Desculpe-me Nivia é brincadeira ,eu também me interessei pelo livro, pois faz algum tempo que não os leio apesar de gostar, mas pratico o habito da leitura, lendo jornais diariamente e revistas de reportagens (Veja,Época,Etc).Se fôr o escolhido pelo juri, prometo devora-lo em pouco tempo, pois está chegando o verão e as gatinhas virão me distrair aqui na minha praia, então não prestarei muita atenção na leitura. rsrss.
Abraços Nivia Andres e demais amigos do blog.
Admir Morgado
Praia Grande SP
COMENTÁRIO ADICIONAL AO LIVRO QUE NÃO LI " AS VIRTUDES DA CASA "
ResponderExcluirDesculpem amigos já são 2,00 horas , sempre que viajo a trabalho antes do voo, a preocupação de acordar 5,00 horas, em horário de verão, torna-me sempre insono, pois embarco de Vitória para o Rio e retorno a noite. Comentamos esse assunto na crônica de J.Morgado sôbre o horário de verão como é prejudicial a nossa saúde.
Mas faltou acrescentar alguns detalhes ao livro que ainda não li mas que desperta nossa curiosidade.
Artigas luta contra os lusobrasileiros por volta de 1817, suponhamos que seja ate sua resistencia final em 1820.
Os Ingleses antigos aliados de Portugal desde a idade média, dominavam os mares do atlântico sul, todo o comércio no Brasil passou a ser feito por êles na sua quase total maioria. Ora a guerra peninsular, na peninsula ibérica se deu nesta época.
Francês não vinha para cá nesta época pois estes paises estavam em guerra: Portugal pelo apoio Ingles pois D.joão abandonou o país, consequentemente cerca de 500.000 Portugueses pereceram nesta época numa população de 1 milhão. Português realmente só lutou no Brasil nesta época por aí nesta região hoje Uruguai e Rio Grande do Sul. Caxias andou por aí no Rio Grande, depois veio a guerra do Paraguai...Enfim como um francês Botânico,naturalista veio parar no Rio Grande do Sul nesta época?
Estou bem curioso destes detalhes pois vejo hoje a literatura em ficção aliada ao passado obrigatóriamente encaixada no momento histórico com veracidade dos fatos pois torna a ficção maravilhosa quando ela nos transporta no tempo. Eu digo que o homem não precisa inventar uma máquina do tempo, basta se transportar na leitura de um belo livro.
Certamente que o Assis Brasil, viu todos esses detalhes pois tem em seu curriculo trabalhos de literatura embasados na história. Mas vai aí, Nívia, J.Morgado, Edward de Sousa meu depoimento de curiosidade a respeito desta obra "As virtudes da casa" .Quanto a leitura , só de curiosidade , eu me mantenho atualizado na minha profissão e consigo ler livros, fazer pesquisas na Internet, adquirir livros antigos de domínio público, pegar apostilas da USP,UFES e outras faculdades, ler livros, como ? Nas minhas viagens de trabalho, para suportar a solidão a leitura e o estudo são meios excelentes. Há quinze anos trabalho assim com pelo menos uma viagem mensal, seja de carro,onibus ou avião. E nos aeroportos sempre tem aquela livraria....
Peço vênia a Assis Brasil se cometi falhas na explicação histórica, acima relatadas pois falo direto sem receio da precisão pois não sendo Autor de uma obra tão difícil fica mais fácil o questionamento. E para finalizar quero parabenizar ao nosso Escritor Assis Brasil por saber criar essa curiosidade inicial e outras que certamente nos obrigam a ler um livro por inteiro que é a grande virtude de um escritor...Não conheço outros trabalhos seus mas já estou curioso em conhecer os outros também.
Parabéns meu amigo que Deus te abençoe pois a arte de escrever vem de Deus.
Sds Anfermam
Caro Antônio Fernando,
ResponderExcluirVocê considera estranho um francês ter estado no Rio Grande do Sul naquela época, mas isso era comum, principalmente cientistas empreendiam viagens de estudos ao sul do Brasil. No prólogo de As virtudes da casa, há uma citação do naturalista francês Arsène Isabelle, com suas impressões acerca das mulheres sulinas, durante sua viagem ao estado (1833-34), que diz assim:
"E não penseis que essas brasileiras do campo não possuam certa espécie de dignidade natural; ao contrário, apesar de nunca terem saído de suas estâncias, chácaras e fazendas, e em tempo algum abandonado suas vacas, plantações de algodão ou de feijão, senão apenas para irem à pequena cidade vizinha, e embora na mais crassa ignorância, não deixam de cultivar, no mais alto grau, suas vaidades, suscetibilidades e ares de grandeza".
Espero que você consiga um exemplar do livro. Vai gostar.