domingo, 27 de setembro de 2009

AS PESCARIAS NOS COSTÕES DO LITORAL

Ao falar sobre minhas pescarias nas praias e costões da orla paulista, lembro-me da década de 1950. Em 55 ou 56 já viajava para Peruíbe, então um pequeno lugar sem luz e outros recursos da vida moderna. O trem era a única alternativa. Uma viagem maravilhosa. Na estação Sorocabana pegávamos a composição e depois de algumas horas lá estávamos.
Uma paisagem indescritível. Acampávamos na praia. O problema eram os terríveis borrachudos. Junto aquelas tão lindas praias, as exuberantes matas. Grandes pescarias.
Dois ou três anos mais tarde começamos a frequentar a orla de Itanhaém, com suas lindas praias e costões, além da Ilha das Cabras, de fácil acesso, sem falar no rio do mesmo nome. A primeira vez que fui pescar na ilha com alguns amigos, depois de ter fisgado belos exemplares de sargos e sofrer um acidente que quase me mandou para o outro lado, fomos expulsos por um bombeiro salva-vidas. Achamos ruim, mas ele estava certo. Esse tipo de pescaria não é para pescadores neófitos.
As pescarias nos costões de nosso litoral são interessantes e gratificantes ou pelo menos o era em meu tempo. Na praia, vejo todos os dias os mesmos pescadores fazer seus lançamentos usando carretilhas ou molinetes. Há dias em que a pesca é farta e outros que os peixes não dão o ar da graça. Nos costões, o sucesso quase sempre é garantido. Peixes de boa qualidade como um grande pampo, uma anchova, um robalo de bom tamanho, as pescadas amarelas (cambucus), garoupas etc.
Apesar das praias serem bons pesqueiros, notadamente durante a noite, as pedras sempre teve a preferência dos pescadores de lançamento, e mesmo daqueles que não possuindo caniço e molinete, pescam com linhadas enroladas em garrafas ou latas vazias, para auxiliar no lançamento. Essa preferência por pedras se dá devido à maior frequência de peixes, pela simples razão de ali se localizar o alimento natural da fauna ictiológica.
Numa pescaria de praia, o pescador depende, essencialmente, de boas condições do mar. É preciso que as águas estejam calmas, sem grandes ondas, não fazendo correr lentamente as chumbadas; é necessário que a maré esteja enchendo ou já esteja cheia, pois a maior parte dos peixes não se aproxima da praia com maré vazia. Nas pescarias de pedra, o pescador não depende tanto dessas condições; a maré pode até estar vazia que sempre haverá peixes no local; e as águas poderão estar agitadas, que sempre se apanhará algum peixe bom. Os sargos, as marimbas, os pampos e os cambucus, por exemplo, são peixes que preferem o mar batido. Quando há grandes vagalhões, aí mesmo é que eles ficam à vontade. Saem de suas tocas e passam a comer os mariscos arrancados das pedras pelas ondas.
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OS PERIGOS
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Muitos acidentes podem ocorrer nas pescarias de pedra se os pescadores não observarem as regras de segurança necessárias. E devemos frisar que esse tipo de pescaria não é para novatos. O principiante deverá treinar na praia, passando depois para as pedras, onde não haja o menor risco, para só então, depois de assimilada a técnica, macetes e todos os conhecimentos indispensáveis, partir para a pescaria em costões, o que deverá ser feito em companhia de veteranos. Eis as principais regras de segurança:
1 – Jamais vá pescar em cima de pedras calçado com sapatos comuns, botas ou sandálias havaianas. A usar tais calçados é preferível ficar descalço. Deve-se usar alpargatas de solado de cordas, que estejam novas (não sei se ainda existem), ou algo similar.
2 – Nunca se deve pescar num rochedo se o mar estiver de ressaca, pois uma onda mais forte poderá atirar o pescador no mar.
3 – Ao pisar no limo, o pescador deve ter o maior cuidado, mesmo se estiver usando alpargatas. Pise com a ponta dos pés, de mansinho, e nunca plante o pé, chapando-o contra a pedra.
4 – Nunca deve ser deixada sobre a pedra pedaços de isca principalmente sardinhas – pois alguém poderá pisar e escorregar e cair para a morte. Ao terminar a pescaria, o pescador deve atirar as sobras de isca dentro d’água.
5 – Nunca use linha excessivamente grossa, nem anzóis muito reforçados. Se agarrar não soltam.
6 – Ao se dirigir para um costão, evite levar documentos, não use óculos; não traga faca desembainhada à cintura; leve apenas um caniço e um molinete (ou carretilha); se possível use um colete salva-vidas.
Boa pescaria.
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*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, escrevendo crônicas, contos, artigos e matérias especiais.
Contato com o jornalista pelo e-mail: jgarcelan@uol.com.br
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44 comentários:

  1. Bom dia amigos (as do blog!
    Lendo o texto de J. Morgado lembrei-me daquela marchinha de carnaval: "domingo é dia de pescaria, e lá vou, de caniço e samburá... Maré está cheia, fico na areia, por que na areia dá mais peixe que no mar".

    Estamos na areia, ou seja, em casa, mas J. Morgado nos tranporta hoje para o mundo maravilhoso da pesca nos costões do nosso litoral. Com uma aula inesquecível sobre pesca e de como se comportar para não correr riscos durante uma pescaria.

    É isso aí, amigão! Uma delícia acompanhar esses seus relatos sobre pescaria que fizeram enorme sucesso nas páginas do nosso Diário do Grande ABC. J. Morgado está saindo de férias, mas seus textos ficarão conosco. Enviou várias matérias enquanto curte um passeio descontraido e merecido, afinal... Ninguém é de ferro!

    Fico pensando cá com meus botões... De pijama, claro, vejam a hora que escrevo esse comentário... Todos nós gostaríamos de estar agora onde se encontra J. Morgado. Numa bela casa à beira da praia em Mongaguá, em plena Primavera, e ele saindo de férias, pode isso? Assim é a vida.

    Um forte abraço a todos!
    Bom domingo...

    Edward de Souza

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  2. Quaridas amigas e amigos: as lembranças do J. Morgado são muito saborosas. Fiquei imaginando aquelas viagens de trens, as paisagens, praias belíssimas. Que maravilha! E uma pena tudo que já destruíram.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  3. Bom dia J. Morgado, Milton e Edward...
    Eu já disse aqui, certo dia, que adoro peixes... No prato, com legumes. Hummmmm... Que delícia. E J. Morgado, respondeu: "para comer peixes é preciso pescá-los". Se ele não tivesse dado essa resposta, juro que eu não sabia (rssssssss...).

    Brincadeira à parte, eu gosto de todos os assuntos que escrevem aqui no blog, porque sempre aprendo um pouquinho. Pescarias, como disse o Milton, sugerem locais maravilhosas, rios, pássaros, árvores, flores. O contato com a natureza me encanta...
    Beijos, bom domingo a todos e uma boa pescaria!

    Liliana - Santo André - SP.

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  4. Jornalista Morgado!
    Dizer que conheço todos os rios do Brasil seria um exagero, mas posso lhe garantir que em grande parte deles eu já estive. Cheguei ontem do Samburá, em Minas. Tenho 64 anos e desde os 14 anos aprendi a pescar com meu pai, já falecido, tios e amigos do meu pai. E ainda menor de idade, pescava com papai e amigos bem longe de casa, no Miranda, São Francisco, em Juazeiro na Bahia, Rio Paraná, Em Cáceres no Mato Grosso, Rio Paraguai, Sapucaí, Rio Pardo, Canoas, Rio Grande enfim...

    Em todos esses anos, nunca me atraiu a pescaria em alto mar. Convites não faltaram, mas como meu pai, nunca fui nem aos costões do litoral, muito menos em alto mar. Sei lá. Temos uma cultura no interior que pescarias tem que ser feitas em rios, talvez bobagem de um povo.

    Hoje lendo seu relato me deu vontade de pescar nos costões do litoral brasileiro. Pelo menos para dizer que nunca fui, claro. Uma pergunta, Morgado. Existe fiscalização em peso e número de peixes que se pesca nos costões, ou mesmo em alto mar? Se é que tem, como ela é feita, já que, penso, não existem barreiras?

    Gostoso ler sobre suas pescarias. Eu poderia escrever um livro sobre minhas aventuras, mas não tenho esse dom de escrever. As histórias e mentiras de pescas ficam todas para ser contadas nos butecos aqui de Franca.
    Permita-me agradecer a Ana Paula, aqui de Franca, cujo pai é meu amigo, que me enviou o endereço desse blog.
    Um bom domingo a todos!

    Afonso Luiz Mazza - Franca - SP

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  5. Bom dia Juliano!!!!

    Trabalhei algum tempo em Peruíbe e em Itanhaém, por lá, retirei muitos pescadores de situações nada agradaveis, principalmente do costão do Guarau, quando não em sacos de plástico preto, a pescaria é boa, mas aventurar-se com espirito de galhardia, hummm cheira mal, esse pessoal que leva para estes lugares garrafa de 51 como isca.....
    não dá certo!
    Um abração meu chapa e boa viagem, que de certo irá virar matéria publicada neste blog!!!!!!!!

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  6. Ôi J. Morgado...
    Nascida em Minas, conheço muito de pescaria, pode acreditar. Já pesquei muitos lambarís no Rio Grande (rssssssssss...), com meu avô colocando a minhoca para mim no anzol, tadinha. Adoro lambarís fritos. Lambarís e trairas, passados num fubá e fritos, uma delícia. E mineiro gosto de lambarís e trairas bem fritinhos.

    Minha família, Senhor J. Morgado, é Adventista do Sétimo Dia, ou parte dela, claro. Ensinam que não devemos nunca comer peixes de couro, que é prejudicial a saúde. Por isso não pescam e nem compram peixes do mar. Minha tia disse que existe uma passagem bíblica que fala sobre isso. Não me pergunte onde está que não sei dizer.
    Seria mesmo prejudicial à saúde comer peixes de couro?
    Bjos...

    Bruna - Juiz de Fora/MG

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  7. Olá Afonso Luiz Mazza


    Como você, percorri o Brasil pescando. Comecei muito criança, nas lagoas existentes no bairro paulista onde fui criado, o Jabaquara. Isso na década de 40.
    Em 1953, a minha primeira grande aventura. Tinha então 18 anos. O Rio Miranda foi o palco de muitas excursões cinegéticas (caça e pesca). A partir daí...
    Não pesco há muito tempo. Minha última pescaria foi em 1983, no Rio Paraguai em pesqueiros localizados nas imediações da cidade de Corumbá.
    Prefiro as pescarias nos rios. As sensações que você tão bem conhece são muito melhores
    Não estou atualizado com a legislação de pesca marítima, mas acredito não haver restrições quanto a tamanho e peso das peças, a não ser quanto à licença que é obrigatória.
    Resido à beira mar e vejo os pescadores de praia pescar peixes de todos os tamanhos e também não vejo nenhuma fiscalização.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  8. Olá Bruna

    Amanhã viajo para seu Estado. Adoro Minas Gerais.
    Não acredito que comer peixes de couro faça mal. Na dúvida consulte um médico.
    Um de nossos melhores e saborosos peixes fluviais é o pintado e sua família.
    E como é bom! Nunca me fez mal.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  9. Bruna, querida!
    Também tenho familiares que são adventistas. Não proibem somente peixes de couro. Tem ainda a carne de porco, o café e muita outras coisas. Hábitos alimentares não sou uma profunda conhecedora, mas grande parte destas proibições tem sentido. Não tem como se dizer que carne de porco é saudável. Peixes de couro são mais gordurosos e certamente devem fazer mal, aumentando o colesterol e café, nem todos podem tomar. Uns perdem o sono, outros, que sofrem de gastrite, tomando o café vão piorar. Enfim...

    Só que tem uma coisa. A comidinha mineira, que eu conheço, tem tudo isso e muita fritura, não é? E haja torresminho...
    Senhor Morgado, eu tenho a maior vontade de ir qualquer dia pescar em alto mar. Adoro o mar. Nem tanto pelos peixes ou pela pescaria, mas estar em alto mar, sentir a brisa marinha é algo muito especial. Por isso também gosto de ler seus artigos...
    O senhor vai sair de férias? O Edward escreveu isso em seu comentário acima. Vamos sentir sua falta. Boa viagem e volte logo, viu. Não nos deixe!
    Beijos,

    Gabriela - São Paulo - SP.

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  10. Eurípedes Sampaiodomingo, 27 setembro, 2009

    Bom dia, pessoal, com a conversa das garotas estou morrendo de vontade de comer um belo dourado assado, uma delícia. Vai ficar para outro dia. O cardápio já está pronto e não inclui peixes, uma pena. Falar em peixes, prezado J. Morgado, Edward e Milton Saldanha, os robalos continuam sendo os preferidos dos nossos políticos, ou mudaram a preferência? Esse peixe com bina com bananas, sabiam? Desde que feitos embrulhados nas folhas de bananeiras. Bom demais.
    J. Morgado, parabéns pelos seus relatos sobre pescarias. Se não posso ir pescar hoje, com tantos compromissos, pelo menos reavivam minha memória dos bons tempos nas beiradas de rios. Saudade!!!
    Abraços a todos!

    Eurípedes Sampaio - Jundiaí - SP.

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  11. Boa tarde a todos!
    Arrumei uma pequena pausa e aqui no escritório da churrascaria acabo de ler a postagem deste domingo do nosso prezado J. Morgado, porque, já disse em outras oportunidades, sou fã número um de pescarias. Já pesquei muito em alto mar e o peixe espada foi o mais trabalhoso que tirei das àguas. Em costões nuna pesquei e confesso, caro Morgado, tenho um pouco de medo. Lendo seus conselhos, fiquei ainda com mais medo. Gosto de segurança. Quando fui pescar com amigos da última vez em alto mar, fomos numa lancha semi nova e com revisão antes de entrar na água. O mar estava calmo e pegamos muitos e bons peixes, inclusive um cação de 22 quilos, parecido com esse da foto que ilustra seu artigo. Foi uma bela pescaria.
    Mudando de assunto, mas falando em peixes, um recado para as meninas lindas deste blog. Sabe o que temos hoje na churrascaria? Pintado na brasa, claro, ao lado de picanhas, cupim, filé, contra filés, costelas, maminha, etc. Para quem gosta de frutos do mar, nossa mesa de frios e quentes oferece, camarões, mexilhões, polvo a vinagrete e outras especiarias. Continuo provocando vocês para virem. Essa é mais uma delas...
    Bom domingo,

    Paolo Cabrero - Itú - SP.

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  12. Paolo, não faça isso com a gente, amigo! Quase hora do almoço e você falando em pintado na brasa, picanha, costela, cupim, camarões... Ave Maria!

    Olha pessoal. Enquanto vocês comentavam aqui no blog, eu e J. Morgado estávamos trocando e-mails. Ele, como faz todo o corintiano sem títulos, me provocando, claro, sobre o jogo de logo mais entre São Paulo e Corinthians. Conta ele e Oswaldo Lavrado, outro fanático, com o "Gordo", pra ver se conseguem bater meu tricolor do Morumbi. Mas, do jeito que o "Gordo" anda chutando vento e caindo de bunda no chão, sei não.

    Mas, quero chamar todos vocês como testemunha. São 12 horas e 16 minutos neste instante de domingo. Dei o empate de "lambuja" para o Morgado, valendo uma peixada em Mongaguá quando ele voltar das férias. Regada a cerveja. Como Morgado abandonou o copo, vai pagar e assistir eu tomando. E bem gelada, saboreando a peixada por conta dele. Combinado então? Deu tempo de ler acima a postagem do Professor João Paulo de Oliveira, sumido por conta das aprontadas da Miquelina. Prazer reve-lo no blog, Mestre! Qualquer dia desses levarei meu mimoso bebê diabo para visitar dona Miquelina, O.K.?

    Um forte abraço...

    Edward de Souza

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  13. Amigos (as)...
    Excelente artigo,mestre Morgado, uma lição de comportamento ao pescador.
    Domingo desol e céu de brigadeiro aqui no ABC sugere...
    "domingo é dia de pescaria, e lá vou eu de caniço e samburá...".
    Valeu grande Juliano Morgado.


    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  14. Olá Gabriela

    A melhor maneira de curtir o mar é fazer um cruzeiro de navio é claro. A temporada está começando. O risco de enjoar é bem menor. Além de curtir o céu e o mar azul há muito divertimento a bordo.
    Em uma lancha, fazendo pescarias, a coisa pega. A oscilação do barco provoca enjôos que só é minimizado com um medicamento especial. Os mais fortes não precisam disso.
    Mas eu garanto que é bem divertido.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  15. De volta rapidinho...
    Sem querer fiz plágio do comandante Edward em seu comentário acima e certamente corro sério risco de ser processado pelo repeteco indevido.
    Troco, então, por uma frase que mau saudoso pai, bom pescador, sempre lembrava: " se todo ser humano fosse pecador, o mundo seria menos violento". Tinha razão o velho Santiago. Edward, não precisa contratar advogado.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  16. Olá Professor João Paulo

    O trem a que me refiro partia da Estação da Sorocabana em São Paulo rumo a Mairinque, continuando seu percurso pela serra. Uma paisagem indescritível. Percorria todo o Litoral Sul, passando por Peruíbe e terminava em Juquiá, no Vale do Ribeira.
    Uma época que só o trem oferecia uma viagem confortável. Não havia estrada de rodagem e o caminho para veículos automotores era a praia com maré vazante.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  17. Olá Amigos

    Acho que vou convidar meu amigo Oswaldo Lavrado para comer uma peixada. Afinal nosso amigo/irmão Edward se ofereceu para pagá-la. E, naturalmente, fugindo as minhas próprias regras, um copo de um bom vinho branco.
    Aqui em Mongaguá há um bom restaurante para isso. Um robalo ou uma cambucu na telha (mmmmmmmmmmm). Como entrada isca de peixe. Uma tigela enorme.

    Um abraço a todos

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  18. Creio que já contei aqui no blog essa história, mas não custa repetir, todo mundo esquece. Minha experiência como pescador foi mínima e sempre cercada de frustração, não pegava nada, exceto lambaris. Sempre em rios e açudes. Certa vez, em Itapema, SC, me meti a besta e pedi para ir com os pescadores profissionais para alto mar. Queria curtir aventura. Passei mal pra caramba, quase morri, fora o sol castigando o lombo. Nunca mais...
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  19. Olá Milton

    Pois é, coisa de neófito. Toda vez que levava os “brabos” para pescar no mar e em locais de muito calor, avisava que as roupas apropriadas eram e são calças compridas e camisas com mangas longas. Toalha no pescoço e um bom chapéu. Não me ouviam e o resultado era o fim da pescaria para eles.
    Quando comecei a pescar, ainda bem jovem, tive problemas por ficar a vontade. Três ou quatro dias de molho. Nunca mais aconteceu. Novatos que se tornaram meus companheiros aprenderam a lição.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  20. Ôi gente, que delícia esse blog, como sempre. De uma pescaria descrita pelo J. Morgado vocês conseguem trabsformá-la em passeio turístico de iate, culinária a base de pintado na brasa e até em jogo de futebol. J. Morgado, se foi aposta com o Edward ele não paga, creio que você perde. Nosso São Paulo é imbatível e não perde para o Corinthians, tenho certeza.

    O Oswaldo Lavrado, segundo o Edward, bom corintiano também, não se arriscou a falar nada sobre o jogo, ficou escondidinho. Pior, voltou para corrigir um erro e cometeu outro( rsssssssssssss). Não me xingue, tá Lavrado. Se xingar, não leio mais suas crônicas, que adoro! Leia o que vc postou: "se todo ser humano fosse pecador, o mundo seria menos violento". Não seria pescador, Lavrado? (rssssssssss....)
    Bjos e parabéns pelo arigo, J. Morgado, adoro aventura e pescaria, certamente é uma delas.

    Andressa - São Paulo SP.

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  21. Hummmmmmmm... Falaram aqui nesse blog, Senhor J. Morgado, do peixe nas folhas de bananeiras. Eu era pequena, por isso não me recordo onde foi examente, quem sabe o Senhor possa me informar. Mas estava com meus pais aí na Baixada, creio que era em Itanhaém, Mongaguá, ou Peruíbe. Lembro que diziam que os Caiçaras estavam fazendo um tal peixe, embrulhado em folhas de bananeiras. Parece-me que eles embrulharam alguns peixes nessas folhas de bananeiras, furaram um buraco na areia e jogaram a terra por cima. Isso pela manhã, bem cedo. Na hora do almoço tiraram e nos serviram. Nunca comi um peixe assim, tão gostoso, em toda a minha vida...
    Onde ficam mesmo esses tais Caiçaras, seu Morgado? Existem ainda?
    Beijos,

    Morgana - São Bernardo (aluna da Metodista)

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  22. Boa tarde a todos vocês. Estou tentando deixar um comentário sobre pescaria em alto mar, mas quando envio aparece que não pode ser aceito meu comentário. Porque será? Estou tentando novamente, mas nem esse acvho que vai ser aceito...
    Obrigado!

    Cícero Carvalho - Feira de Santaba - Bahia

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  23. Olá Morgana

    Realmente o peixe cozido na folha de bananeira é delicioso. E é feito exatamente como você disse. O calor do sol se encarrega de cozinhar a carne delicada do peixe. Mas não é só no litoral que isso acontece. Nas barrancas de nossos rios interiores os índios fazem o mesmo e os caboclos também. Alguns fazem fogo em cima da cova para apressar o cozimento.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  24. Pois é meu amigo/irmão Edward, estou sentindo o cheiro da peixada aqui no Restaurante Telhado. Não fiquei satisfeito. Acho que o Mosqueteiro deveria ter ganhado. Enfim, já que me ofereceu o empate, não vou me fazer de rogado. Que venha o badejo na telha.
    Um longo e apertado abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  25. Olá meus amigos

    Boa noite

    Por algum tempo (15 dias + ou -), estarei ausente com meus comentários. Minhas matérias continuarão saindo no momento certo. Só não poderei responder de imediato qualquer argüição. Prometo fazê-lo assim que chegar de minha viagem de recreio.
    Meu amigo/irmão Edward tenho certeza, fará as intervenções necessárias, se for o caso.
    Muito obrigado pelos comentários de hoje.

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  26. Olá meu grande amigo/irmão Morgado!
    Concordo que, com o empate, quem vai pagar e com muito gosto a peixada será esse seu amigo. Agora, o Corinthians ter merecido a vitória você estava em canal trocado. 75 por cento de posse de bola do São Paulo, de acordo com o Data Folha. Um gol estúpido contra de André Dias. E a certeza de que o Palmeiras vai ser o campeão brasileiro. Um time como o São Paulo, que não ganha de um timeco como esse do Corinthians, com um tal de "Fridirico" e Ronaldo Gordo, não ganha de ninguém. Pura falta de finalizações certeiras.

    E não diga que os 26 centímetros impedido no gol do São Paulo beneficiou o tricolor. Contra o Inter de Porto Alegre o Corinthinas venceu por dois a um, cada gol do Corinthians com 5 metros de impedimento. 26 centímetros só a globo e esse tal de tirateima (agora é emendado) conseguem ver. Domínio de 90 minutos e um empate com sabor de derrota. Não tem nenhum sãopaulino satisfeito, claro.

    Chega de futebol, caro Morgado. Viaje e curta suas férias ao lado da Dona Maria. Passeie bastante, quando sentir saudades do seu irmão, por favor, ligue. Vamos batendo um "papinho". Suas matérias ainda estocadas serão postadas e estarei com prazer em seu posto, respondendo todas as perguntas. Acabo de comprar, para as sextas feiras especiais, livros do Alan Kardec, Chico Xavier e o Livro dos Espíritos. E que venha o Milton Saldanha.... Boa viagem, amigão! Na volta vou para Mongaguá pagar a peixada!

    Edward de Souza

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  27. Uma vez bem jovem, em Pedra de Guaratiba, - fica na ponta da Restinga da Marambaia no Rio de Janeiro - na praia da Restinga - área militar - não pescava nada, estava com molinete Portugûes, coisa e tal.Aí, caminhei para um local onde o mar beija o morro e o acesso era fácil.As pessoas com caniço simplesmente enchiam sacos,de um peixe rosado que diziam ter gôsto de camarão. Pegaram muito desse peixe.De fato, constatei que na região das pedras há muito peixe.Lembro-me que era de tarde que este cardume apareceu.Interessante Sr. Morgado que a partir daí, nunca mais pesquei...Não tenho jeito para pescar.
    E ocorre que após um acidente automobilístico em 1991, quebrei 3 vértebras não me arrisco em esportes mais.Depois de 1991 passei ao interesse de assuntos mais espirituais,intelectuais.Ultimamentecomecei a escrever e tenho admirado o vosso estilo. Embora, um pouco tarde para me interessar pela literatura e não ser nenhum expert do assunto reconheço o seu mérito.
    Sou carioca e vivo em Vila Velha, Espirito Santo há quinze anos, como o senhor gosta de peixes, aqui é a terra da Moqueca Capixaba, e tem um restaurante na Praia da Costa, chamado Atlântica que funciona desde 1968, o dono é pintor e as paredes do restaurante devem ter uns 200 quadros, mas a moqueca é excelente e barata. Vale a pena conhecer.
    Em tempo, não sou sócio nem parente de ninguém deste lugar. (risos)

    Parabéns pela crônica

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  28. Amigos do Blog de ouro, bôa noite.
    Sómente agóra entrei no blog para lêr o artigo muito bom do amigo J Morgado e os comentários de todos.
    sei que terei um prazer enórme em conhecer pessoalmente o grande EDWARD, pois o Sampaulinho dele empatou com o meu Timão, e levou um gol (mais um) do RONALDOOOOOOO, que é para não perder o costume, e com esse empate,seremos brindados com a presença de nósso amigo , que vira a Mongaguá,pagar a apósta feita e perdida para com o Méstre Juliano Morgado, e por eu residir próximo ao mesmo, sei que também estarei presente para um dedo de prósa (e sarro) com o Edward.
    Mas falando de pescaria, eu mudei-me para a Baixada a mais de 13 anos, bem em frente ao mar,onde consegui um ótimo emprego de CASEIRO.Confésso que NUNCA tinha ouvido dizer que se pescava na praia.
    Qual não foi meu espanto, quando numa fria manhã de Junho uns déz dias após mudar-me,ao sair de casa, avistei na beira do mar, uma pessôa e por incrivél que me parecesse, estava.........pescando !!
    Aproximei-me do mesmo e fiquei a observa-lo, e percebi que o rapaz já havia "fisgado" uns bélos exemplares, que fiquei sabendo depois, é um peixe de um sabôr especial, muito abundante na beira da praia , conhecido como "perna de moça",ou "betara" não me perguntem porque,pois também não sei o motivo desses nómes
    Bem, daí a começar a pescar aqui bem em frente de casa foi um pulo.
    Confésso que já cheguei a tirar da água em uma manhã nada menos do que 12 kilos de peixes, entre Betaras, Robalos,Pampos e Caratingas.Tudo na pésca de arremesso.
    Mas foram poucas as vezês em que pesquei tantos peixes,pois na praia há de se ter muita sórte e contar com vários fatores para uma bôa pescaria.A média diária com um bom tempo e lua e maré ajudando, éra no máximo uns quatro ou cinco kilos de peixe diversos.
    Agóra já não pésco mais, e fico irritado ao vêr alguns teimosos, tirarem da água, filhótes de peixes que mal servem para um petisco,porque com a poluição em nóssas praias, os peixes simplesmente SUMIRAM
    Aqui não existe Saneamento Básico, e com a construção da segunda via da Imigrantes, aumentou demais a quantidade de moradores e turistas,de módos que as praias (todas) estão sempre poluidas e os peixes simplesmente mudaram-se para mais longe, deixando-nos frustrados sem mais poder pescar.
    Não existe restrições para a pésca de praia, a não ser na temporada, quando o povão invade as aguas (ou será o esgoto?) e atrapalham os "pescadores" que tem que se contentar em tentar algum peixe antes das 09,00 hs,pois depois desse horário fica impossivél e perigoso arremessar um chumbo de no minimo 75 gramas, com a isca no meio do povo.
    Ao amigo J Morgado, desejo ótimas férias, que ele meréce, e aos demais amigos do blog, uma ótima semana, e ao Edward, não esquecer da apósta, mesmo perdida por empate com um golzinho IMPEDIDO.
    Chega de choro, amigo Sampaulino,pois esse timinho é freguês de caderneta do TIMÃO e já faz tempo que está acostumado a tomar gol do GORDUCHO kkkkk
    (brincadeira amigão)

    Abraços a todos.
    Uma bôa noite.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  29. Prezado confrade e professor João Paulo.
    Agradeço seus elogios mas não os mereço.
    O Sr me obriga a confessar aqui , que a belezura desta pagina é exclusiva arte do chefe Edward. Aliás, pouco ou nada faço, neste cargo que me foi conferido.
    Em compensação, também nada ganho, além de bons momentos de cultura e diversão, através da leitura dos assuntos e comentários aqui expostos.
    Tenho a dizer ainda, as 0,58 hrs deste domingo, mal acabara de dormir, fui acordada com gritos desesperados que vinham da redação. Era o chef de pijamas, que me pedia socorro, pois havia perdido uma imagem que eu fizera e que deveria entrar na matéria. Como demorei a responder, afinal, era meu dia de folga, o único por sinal, acabou ele mesmo improvisando uma imagem, que nem ficou de todo ruim, mas nem chega aos pés da que eu havia feito, com todo carinho, para o mestre pescador Morgado.
    Só sei que já não sosseguei mais, pois vi-me ameaçada com demissão por justa causa, pois o chef agora resolveu adentrar pela arte digital, além das outras artes que pratica neste vagão. Certamente serei mais uma a engrossar a fila do seguro desemprego.
    Na qualidade de pisciana, também fiquei morrendo de medo de cair no anzol de algum pescador de pedra.
    Valha-me Sr. dos Anzóis!!
    Querido chefinho, perdoai a minha falha e deixa-me ficar, nem que seja como figura inoperante.!!....
    Tenham todos uma boa semana..

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  30. Olá amigos e amigas!

    Impossibilitada de comentar o belíssimo artigo de J. Morgado ontem, faço-o agora, para dizer, especialmente, que me encantam os ares marítimos e a orla deste Brasil tão lindo. Pena não possa residir junto ao mar. Seria maravilhoso! O Morgado, que já foi um grande pescador, aposentou-se por gosto, creio. Agora deve dedicar-se a reproduzir a paisagem marinha, em toda a sua beleza, nas telas tão lindas que pinta e, ainda, escrever a respeito de suas experiências com o esporte da pesca, fornecendo, também, dicas de segurança para os pescadores não tão experientes que se aventuram a pescar nos costões do nosso litoral.

    Desejo que o Morgaddo e a D. Maria tenham excelentes férias na belíssima Minas Gerais e voltem descansados e felizes, embriagados com a paisagem das alterosas.

    Cristina, lamento que seu trabalho não tenha sido publicado, por
    força de problemas com a internet. Sugiro ao Edward que o coloque, mesmo assim, para que possamos admirá-lo. E não se assuste, quem tem talento jamais será despedido! Você tem muiiitooo talento, menina!

    Um grande abraço a todos.

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  31. Caro confrade e professor João Paulo.
    O desenhodo pijama já está em poder do Rei Edward I. Mas tenho a impressão que êle só autorizará sua publicação, se o mesmo for confeccionado pelas irmãs saopaulinas do Morumbi.
    Fico muito grata ao Sr e à Rainha Nívia, por reconhecerem o meu nobre trabalho profissional e intercederem por minha permanência no cargo de Diretora de Artes deste reino encantado.
    Saudações artísticas.

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  32. J.Morgado

    Mesmo tendo um pai pescador nunca me atrai pelo esporte, mas tenho uma história muito engraçada: vovô tinha uma casa em Itanhaem onde passávamos nossas férias. Um dia meu irmão quis me ensinar a pescar na praia, coisa muito rara, pois o que ele mais queria era pescar “sereias”. Fomos nós com as varas de meu pai, molinete e carretilha, ele ficou com a carretilha e eu com o molinete claro que escondido de meu pai, pois este tinha muito ciúme de seu material de pesca.
    Meu irmão estava me ensinando a lançar e o meu primeiro lançamento foi um desastre pois enrolei toda a linha do molinete e quase acabei com ele, levei uma bronca do meu irmão pois ele tinha que arrumar o molinete antes que o meu pai visse.
    Fiquei tão frustrada que nunca mais quis saber de pescar. Essa história pode não ter muita graça para os que escrevem neste blog, mas só eu sei o sufoco que passei.
    Dizem que filho de peixe, peixinho é, mas no meu caso eu garanto que não.
    Adorei mais essa matéria, abraços.

    Jacira - SBC

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  33. ANA CÉLIA DE FREITAS.terça-feira, 29 setembro, 2009

    Boa noite a todos.
    Belíssimo texto de j.Morgado,como sempre nos deixou com água na boca.
    Mas vou confessar algo,amo peixe qualquer um,mas pescar não tenho paciência,amo a natureza e tudo que há em volta dela,e fico muito preocupada,será que nossos netos terão o prazer de conhecer essa maravilha chamada NATUREZA?
    Pessoal vale a pena dar uma espiadinha no blog do amigo JOÃO PAULO,é um espaço divertido e um tanto filosófico,e de quebra conhecerão a estupenda MIQUELINA.
    Beijossssssssssssss.
    ANA CÉLIA DE FREITAS.

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  34. LUIZ ANTÔNIO DE QUEIROZquinta-feira, 01 outubro, 2009

    Caro Amigo Morgado,

    O legal da pescaria é estar mais próximo da natureza. Ter a brisa como companheira que suaviza o calor. Ter o sol como companheiro que nos dá a luz para percebermos as cores, os tons e brilho de tudo ao redor. Ter a água como amiga a nos oferecer alimento e nos surpreender a cada fisgada, a cada retirada do pescado. E Deus, nosso Pai, que nos dá essas oportunidades. Obrigado pela crônica, que me fez avivar em minha memória momentos inesquecíveis de pescarias.

    Abraço Fraterno.

    Luiz Antônio de Queiroz
    Franca-SP

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