quarta-feira, 19 de agosto de 2009

PANTANAL: DOURADO FRITO E CERVEJA

J. MORGADO

Pela riqueza de sua fauna e recortada pelos afluentes do rio Paraguai, a planície pantaneira constitui-se no principal reduto para a prática da pesca esportiva e safáris fotográficos. Em meio a uma paisagem deslumbrante, toda a planície pantaneira é cortada por rios e banhada por lagoas sem fim. Aves das mais variadas espécies enriquecem com seu colorido as matas ciliares. Uma fauna riquíssima e bem diversificada habita uma região tão grande ou maior que o Estado de São Paulo. Durante muitos anos frequentei a região. Comecei pelo Rio Miranda a partir da cidade do mesmo nome. Anos depois, passava direto e ia até o ponto final da então Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, na cidade de Corumbá, considerada a “capital” do Pantanal. O Rio Paraguai, diferente da Amazônia, onde a paisagem muitas vezes chega a ser monótona em razão da espessa vegetação, mostra com toda sua pujança seus afluentes, flores, mamíferos, répteis e pássaros para serem vistos e fotografados.
Corumbá não é só pescarias; é história e comidas típicas das saborosas e tradicionais. O sarrabulho e a cabritada. O primeiro é uma comida típica de origem portuguesa feita com sangue, carne e miúdos de porco. Uma delícia! De 1865 a 1867, Corumbá, ficou de posse dos paraguaios. A Guerra do Paraguai criou esse episódio e outros mais e, em razão disso, até hoje pessoas sonham com tesouros escondidos nos velhos casarões existentes na parte baixa da cidade junto ao porto.
Alguém sonha com um fantasma. Um cara que viveu na época da invasão escondeu seus recursos, geralmente ouro, nas grossas paredes feitas com pedra, aparece e diz para encontrá-lo, do contrário ele não terá descanso. Alguns moradores antigos juram que é verdade! E é nesse porto que começamos nossa pescaria. Depois de viajarmos mais de 36 horas a partir de São Paulo (isso na década de 1950 a 1970). Nesse porto, alugávamos um barco com o respectivo piloteiro. No final dos anos 60, nosso costume era acampar em uma das margens do rio e ali ficar de 10 a 15 dias. Às vezes, encontrávamos uma casa abandonada de tropeiros ou fazendeiros. As cheias anuais “expulsavam” seus moradores. As barracas eram armadas no interior dessas casas, por causa dos mosquitos. O fogão ali estava disponível e a lenha era abundante.
Eu sempre procurava não me distanciar muito da cidade. Duas ou três horas de barco, quando muito. A razão principal era o congelamento dos peixes pescados. Depois de uma manhã de pescaria, o piloteiro se deslocava até a cidade e levava o pescado para a câmara frigorífica. Em pescarias onde o acampamento era mais distante, o recurso era a salga. Com sal grosso e facas bem afiadas, limpávamos e salgávamos os peixes deixando-os secar em varais. Nos dias de hoje, as pousadas e enormes barcos (hotéis flutuantes) com capacidade para muitos pescadores facilitam tudo. Os peixes são congelados e guardados até o final da pescaria.
Depois de providenciar todo o equipamento, combustível, alimento etc., eu e meus companheiros embarcávamos e subíamos o rio. O casario na margem esquerda (para quem desce) é interessante. Na pequena cidade de Ladário, o porto e o VI Distrito Naval. Uma sentinela avançada na fronteira. A partir daí, começávamos a pescaria de currico. Eu com minha carretilha e linha 0,50mm, colher de bom tamanho bem encastoado. Os outros dois com molinetes e linhas da mesma espessura. Um sentado na proa e outros a estibordo e a bombordo. As linhas eram soltas. 15 a 20 metros de fios esticados devido à velocidade do barco. A colher, imitando um peixe prateado, vez ou outra aparecia brilhando acima das águas pardas do rio. A ansiedade pela fisgada do primeiro dourado era comum a todos nós. Às vezes não era um dourado e sim uma “cachorra” (peixe-cachorro), com seu corpo alongado, prateado e longas presas. Esse peixe não oferece tanta emoção como o dourado. Luta pouco é tem muitas espinhas.
Manhã muito fria. Segunda quinzena de agosto. Os dourados ainda estavam dormindo (hihihihihihi) e o Pezão, um dos companheiros, primeira vez no Pantanal, já começava a reclamar. Dizia que o lugar era só fama, etc. Foi quando senti o tranco! E vi o dourado saltar! Gritei: " douraaaaaaado"! Uma exclamação de alegria toda vez que fisgava esse salmonídeo. Recolhido, continuamos a “curricar” até o local onde íamos acampar. Nenhum outro exemplar foi fisgado. Assim, enquanto ajeitávamos o pouso, o piloteiro, acendia o fogo e outro preparava o peixe.
Naquela imensidão tendo como fundo os gritos dos araquãs, o cantochão dos bugios e a beleza inigualável da natureza pincelada com o amarelo dos ipês em flor, companheiros de pescaria fartavam-se com postas de peixe frito e cervejas geladas. Uma delícia!
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*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. Morgado escreve quinzenalmente neste blog, sempre às sextas-feiras. E-mails sobre esse artigo podem ser postados no blog ou enviados para o autor, nesse endereço eletrônico:
jgacelan@uol.com.br
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46 comentários:

  1. Bom dia amigos (as) do blog!
    J. Morgado mais uma vez nos traz o relato de uma das suas inúmeras pescarias pelos rios do nosso Brasil. Com maestria descreve as belezas do pantanal matogrossense, sua fauna e sua flora e a deliciosa luta ao fisgar um belo dourado, um dos peixes mais combativos dos nossos rios, que se transforma depois num dos melhores pratos de nossa culinária. E não importa se assado, cozido ou frito, dourado é sempre um dourado.

    O mestre J. Morgado e seus companheiros, pelo visto, não estavam inspirados nesta pescaria, ou o dia não estava pra peixes? Só um dourado, Morgado? Pelo menos, pelas fotos, foi o suficiente para matar a fome de todos, com umas bem geladinhas, afinal, ninguém é de ferro.

    Como nasci numa região cercada de rios, me acostumei bem cedo com a pescaria. Meu avô me levava, ainda criança, para acampar em vários pontos do Rio Grande, que o Morgado conhece bem, na divisa de Minas com o Estado de São Paulo. Criança, acompanhei a luta do vovô e seus companheiros para a retirada de jaús com mais de 100 quilos das águas daquele rio, hoje tarefa quase impossível.

    A construção de usinas dizimou toneladas de peixes naquele rio. Os enormes jaús, alguns com até 140 quilos e o Morgado pode confirmar isso, não mais são encontrados. Até a qualidade dos peixes que se encontrava antigamente mudou. Nunca tinha ouvido falar em Tucunaré em minha região, hoje é comum se pescar espécies deste peixe, não só no Rio Grande como no Sapucaí, Canoas e Rio Pardo, principais rios que cercam minha Franca do Imperador. Dourados ainda existem e vez ou outra belos exemplares são fisgados nesses rios, com até 20 quilos ou mais. Piaus, piaparas,mandís, pacús também. Mas, nada como antigamente, livres de lanchas e dos folgados que azucrinam a vida dos pescadores...
    Muito bom Morgado. Belo relato que me fez lembrar um poucos das minhas velhas pescarias.

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  2. Bom dia, Morgado!
    Tenho a impressão que você e o Edward tiraram o dia para me deixar de boca aberta. Faz tempo que estou louco para dar uma saida e ir pescar e não consigo. Muita correria, churrascaria para tocar e peixes só vejo aqui, na brasa. Servimos um belo pintado em postas, no espeto, ao molho tártaro.

    Sempre ia pescar no Rio Miranda, pelo visto você deve ter pescado muito lá, não Morgado? Tinha até um "piloteiro" de primeira linha, cujo apelido era "cachorro". Eu encontrava um jeito de avisá-lo quando íamos pescar por lá e ele nos aguardava. Levava a gente sempre no ponto certo dos bons peixes.
    Vou te contar, Morgado, já li seu artigo duas vezes e quase chorei de saudades. E vem o Edward acima falando das pescarias dele também. Vão acabar me matando do coração. Coisa boa demais, gente!
    Forte abraço e continue com suas histórias de pescarias, são ótimas, Morgado.

    Paolo Cabrero - Itú - SP.

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  3. Queridas amigas e amigos, pescador de corações J.Morgado: linda crônica, pincelando pedaços deste Brasil fabuloso. Grande sensibilidade e carinho do autor com detalhes delicados da natureza. A motivação do leitor geralmente provém de algum tipo de identificação. A minha, nesta leitura, foi novamente o encontro com o tempo, lembranças dos 6 anos em que fui escoteiro em Santa Maria (RS), anos 60, e acampava nas matas do entorno da cidade. Imagino que quase todas já tenham desaparecido. A gente sempre procurava a beira de algum rio e pescava, entre outras atividades. Mas nunca desenvolvi gosto especial pela pesca. Com meu temperamento inquieto achava aquilo monótono. Mas sei que o pescador vive uma emoção peculiar, que aqui o grito do Morgado explicita com especial felicidade.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  4. Olá amigos


    19 de agosto é uma data de gratas recordações. A partir desta data e todos os anos, iniciavam-se minhas viagens para o Pantanal. Por que a partir desta data? No Rio Paraguai, é a melhor época (ou era) para o início de grandes pescarias. É nessa ocasião que os peixes sobem o rio para, a partir de novembro, procederam à desova. Vorazes comem com uma velocidade impressionante! Os cardumes de dourados chegavam a sua ânsia a cair no barranco disputando as enormes “avalanches” de peixes pequenos, principalmente os sauás e curimbatás.
    E por falar em curimbatás, a subida desse peixe era impressionante. Os cardumes tomavam toda a largura do rio. Bastava usar um anzol “garatéia” com uma chumbada pesada e lançá-lo. Com arrancos bruscos puxavam-se quantos exemplares quisesse.
    À tarde, apesar dos mosquitos, encostávamos às canaranas e fisgávamos enormes pintados, surubins ou cacharas...
    Eu volto

    J. Morgado

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  5. Senhor J. Morgado, eu também gosto de pescaria, mas sou amador, muito cru para chegar aos pés de pescadores como o Senhor e seus companheiros. Sempre, quando morava em Marília, saia com a turma para a beira do rio. Dos 8 a 10 amigos, apenas dois pescavam pra valer. O resto fisgava latas de cervejas. O que me encanta é mesmo esse contato com a natureza. Onde quer que a gente vá pelo nosso Brasil, deparamos com a beleza natural que rodeia nossos rios. Aos poucos, isso é uma judiação, o ser humano está acabando com tudo, pela ganância.
    Gosto muito dessas histórias de pescarias e vou estar sempre presente quando elas forem postadas aqui no blog.
    Um abraço!!!

    Tanaka - Suzano - SP.

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  6. Olá Paolo


    Um abraço

    Foi ai em Itu, no início na década de 60 que eu aprendi a pescar curimbatás no anzol. Até então, duvidava-se que isso fosse possível.
    O método exige muita paciência.
    Na época o Tietê ai na região ainda tinha peixe. Não sei como está hoje. Tem alguma vida?

    J. Morgado

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  7. Oi amigos (as)
    Caro Mestre Morgado...
    Quem passa a vida pescando jamais irá necessitar dos serviços de psicólogos. Não é por acaso que os médicos garantem que "peixe faz bem pra cuca". Faz bem em todos os sentidos, pescando ou degustando.
    Mesmo tendo nascido e criado aqui no ABC, sou pescador e além do manancial da região, beira mar, alto mar também pernambulei com varas, linhas, iscas e samburás por este Brasil piscoso, tipo Cachoeira de Emas, rios Pardo, Turvo, Cinzas, Ivinhema (MS,) Araguaia e Tocantins, pra citar alguns. Se duvidarem conto várias histórias de pescarias, o tamanho e peso dos peixes fisgados. Então, é melhor não duvidarem.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  8. Em tempo: carissímo irmão Edward:
    Por motivos outros, e que você conhece, infelizmente não pude ler seu artigo anterior, o que fiz agora pela manhã. Puxa, foi muito azar do cara ter sido atingido por um tiro, logo de espingarda, no 8ª andar, quando despencava para a morte. Quem sabe, embaixo, encontraria um desses providenciais toldos que amenizaria sua queda e escaparia da morte. Seria, a espingarda, de cano torto, aquela de pegar veados na curva ? De fato, um pé frio esse Ronald Opus.
    A sereia da ilustração do artigo de hoje do mestre Morgado é mais convidativa. Nos dois casos, é preferivel desencanar ao lado da garota-peixe.
    Aviso aos navegantes: as meninas da Metodista estão voltando às aulas aqui na Metodista de São Bernardo. Com isso, o indefectível binóculo entra em ação.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  9. Olá Morgado. O Tietê ainda tem vida sim, mas nada que compare aos seus bons tempos. Está poluído e moribundo, coitado. Pescadores da região arriscam bater umas varinhas em algumas partes do rio, às vezes com algum sucesso, mas nada daqueles belos dourados e curimbas de antigamente...
    Abraços,

    Paolo Cabrero - Itú - SP.

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  10. Olá Lavrado

    Um abraço


    Cachoeira das Emas, no rio Mogi. Quantas pescarias. Na minha época, pousava em pensões nas proximidades. Eram fins de semana gostosos. Piracanjuvas, piaus e às vezes algum dourado.
    Na década de 90 quando eu já não mais pescava, ia ter ali para comer peixe vindo de fora. Pode?
    Pois é meu amigo. Escreva suas aventuras haliêuticas. Vamos trocar figurinhas.

    J. Morgado

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  11. Meu caro J. Morgado!
    É preciso que você explique melhor essa sua pescaria no Pantanal. Estava lendo seu artigo e a coisa não estava boa por aqueles lados, tanto que pegou só um dourado. Pela charge que ilustra seu artigo, não seria uma "dourada" que fisgou no anzol? E essa "dourada" da charge está sem escamas, só na pele. Tem muitas espécies dessas por lá, J. Morgado (rsssssssss). Se tiver, me convide na próxima, O.K.?
    Abraços, muito bom o artigo, gosto de pescaria.

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.

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  12. Ainda bem que o Lavrado apareceu, já estava começando a me preocupar com ele. Com as voltas as aulas, meu receio era de que ele tivesse caido da janela com binóculo e tudo. Felizmente está tudo bem.

    Agora, essa de pescador do Lavrado é nova. Deve ter pescado lambarí no Tietê, com anzol mosquito, em 1920, 1930, no máximo. Ele e o professor Luís Carlos Maia, seu fiel escudeiro. O Luís Carlos tinha uma espingarda do cano torto, para caçar tatús. Mirava num buraco e acertava outro.

    Abraços, Morgado e Lavrado. Rimou, viram?

    Edward de Souza

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  13. Boa tarde J. Morgado. Olá pessoal. Não entendo nada de pescaria, mas sou cevada no blog do Edward e gosto de ler todos os artigos. Quem sabe, com as lições que são dadas pelo Morgado, eu acabe aprendendo a pescar. Para compensar meu desconhecimento de pescarias, quero lhes apresentar uma receita deliciosa de peixe. Pelo menos, não podem dizer que entrei no blog e nada tratei do assunto do dia, certo?
    Anotem essa receita de salmão, uma delícia. Como só me alimento com peixes, verduras e legumes, tenho umas 100 receitas ótimas:

    1 filé de salmão ( partir ao meio o salmão);
    1 limão grande, alho amassado, páprica doce, tomate, cebola, sal a gosto;
    2 potes de creme de leite fresco, papel manteiga;

    Prepare uma forma de alumínio forrando com o papel manteiga;
    Lave o salmão com o limão e em seguida esfregue o alho amassado em todo o filé;
    Corte um pouco de tomate com cebola (pedaços pequenos) e junte ao filé;
    Coloque o filé na assadeira, fazendo 3 a 4 cortes transversais;
    Passe páprica doce por cima;
    Acrescente 1 pote de creme de leite fresco por cima e leve ao forno 180º, pré aquecido;
    Deixe assar e vá colocando o outro vidro de creme de leite fresco;
    Fica pronto quando as bordas do filé estiverem douradas e o creme de leite formar um molho.
    Sirva com arroz branco e batatas soutê e um bom vinho, é claro.
    Coma devagar, saboreando o filé e o molho. Normalmente eu levo à mesa na forma de alumínio pois se tirar perde o molho, é maravilhoso.

    Viram?! De pescaria sou zero a esquerda, mas de peixes, entendo!
    Bjos,

    Liliana - Santo André - SP.

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  14. Olá Liliana


    Pois é menina, para se comer peixe, é necessário pescá-los.
    O salmão é um peixe delicioso. O dourado, mencionado aqui na minha crônica, pertence à família do salmão.
    Bem-vindo com suas receitas.
    Sou um voraz comedor de peixes e frutos marinhos.
    Experimento o pacu e o pintado. Você vai adorar.

    Um forte e terno abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  15. Lara Wallace pergunta:
    J. Morgado vocês levavam espingardas para a beira do rio?
    Fico imaginando, no meio do mato na beira do rio, eu correndo, e você correndo atrás de mim com a espingarda armada.
    Uma loucura!

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  16. Boa tarde Juliano!!!

    meu chapa vc pode ter muitos anos de experiência a mais que eu, o pessoal do blog pode ter feito as mais extraordinarias pescarias, mas seu amigo aqui é o único destas paragens a pescar uma "Mangona" de 1,90m e de mais de 100 Kg, com uma canoa de madeira em mar aberto, cerca de 1 hora mar adentro, na direção de mongaguá, nem o morro (serra do mar) se via mais!!!!!
    Pena que não consigo postar a foto aqui!!!!!!
    Quem for pescador de água salgada vai saber que peixe é esse, o tão temido!!!
    Juliano que Deus continue a te abençoar!!!!!

    um abraço!!!

    PS: Onde ficava Dona Maria?????rsrsrsrsrsrs......

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  17. LUIZ ANTÔNIO DE QUEIROZquarta-feira, 19 agosto, 2009

    Caros Amigos,

    O Morgado nos oferece uma bela crônica. Ao lê-la fui passeando pelo Pantanal, por Corumbá. Maravilha aquele local, como tantos outros no nosso lindo Brasil.
    Que nós e as gerações futuras possamos preservar esses ambientes. Ainda há tempo.
    Parabéns pela crônica.
    Luiz Antônio de Queiroz
    Franca-SP

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  18. Senhor Morgado, a Liliana foi a primeira mulher a entrar hoje nesse blog. E ela, conheço seu site, é quase médica, está no quarto ano de Medicina. Parece que todas as minhas amigas do jornalismo se omitiram em deixar suas opiniões sobre pescaria. O que é isso, pessoal! Será que ninguém foi a uma beira de rio? P E S C A R, entenderam bem?

    Eu fui, Senhor Morgado, quando tinha uns 9 anos, por aí. Com meus pais, vovô, tios e amigos. O vovô me deu ma varinha e colocou uma massinha redonda no anzol e se sentou perto para pescar. Em determinado momento senti um puxão. Assustada, joguei a vara com força para trás e um peixinho listrado bateu no meu rosto. Gritando e apavorada, cai dentro d´água. Vovô me tirou depois que bebi uns litrinhos de água barrenta do rio. Nunca mais fui pescar, depois dessa experiência. O vovô me disse que o peixinho que peguei se chamava "Taguara", "taquara", sei lá. O Senhor Morgado conhece? Na verdade eu não peguei peixinho nenhum, ele me pegou. E sumiu, rio afora, arrastando minha varinha, tadinho. Que dó!
    Lili, que delícia sua receita, vou fazer. Porque não apresenta um quadro sobre culinária em seu blog? Uma médica cozinheira, que lindo!
    Bjos,

    Gabriela - Cásper Líbero - S.P.

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  19. Olá Professor João Paulo

    Um abraço

    Seu pedido está no prelo. Um deles está quase pronto. “Os velhos cinemas”. Outros virão. Os taxis-dancings, os restaurantes noturnos e o Nick Bar, onde cantava Mariza, as gafieiras...
    Havia um restaurante noturno onde eu, e um dos proprietários, batíamos grandes papos sobre o Pantanal. O português acabou deixando o irmão no comando do restaurante e se mandou para Miranda, onde comprou uma enorme fazenda.

    J. Morgado

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  20. Olá Gabriela

    Um abraço garota


    Taguara é uma espécie de sardinha da água doce, muito comum nos rios e lagoas brasileiras.
    Minha esposa quando fisgou uma tilápia de bom tamanho em uma represa no interior paulista também se assustou e... Lá se foi o peixe. Que pena...

    J. Morgado

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  21. Queridos amigos e amigas do Blog

    Nesta correria, nem sempre é possível vir aqui. Peço, desde já, desculpas ao Edward, Lavrado e Nivia por não ter conseguido postar comentários em seus também excelentes artigos. É o time que mantém o alto astral do Blog.

    O amigo e mestre Morgado traz-nos uma de suas muitas e inesgotáveis histórias interessantes. Acredito que ninguém conhece tão bem o nosso querido Brasil como o mestre Morgado. Foram décadas como pescador, jornalista e editor de turismo. O Morgado conhece muito bem os detalhes, os rincões jamais alcançados pelos turistas convencionais.E não somente do Brasil mas de muitos outros locais do mundo.Será muito bom se ele continuar revelando suas histórias.

    Aliás, Morgado, explique para a turma o que é "petchecommatchitchedebaitchodapontchedocotchipó".

    Grande abraço

    édison motta
    Santo André, SP

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  22. Essas meninas dão um verdadeiro show aqui no blog, caro J. Morgado. Estou rindo até agora da Gabriela e sua sardinha de água doce. Quase morre afogada por causa de um peixinho. E seria uma grande perda, jovem tão linda assim. Outra linda mulher deste blog nos brindou com uma receita de dar água na boca. Sempre tentei fazer salmão, nunca ficou bom. Cozinheiros já tentaram me ensinar e não dava certo, receita nenhuma. Vou tentar essa da Liliana.
    Queria perguntar ao J. Morgado e ao Eduardo, que tipo de peixe é esse que ele citou em seu comentário: Mangona. Que eu saiba, mangona aqui no interior é manga grande. Nunca vi falar desse peixe, caro Eduardo. Poderia me explicar como é e onde se pesca o dito cujo?
    Obrigado e aplausos para as meninas do blog e para o belo artigo do pescador Morgado!

    Miguel Falamansa - Botucatú - SP.

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  23. Olá Motta


    Um abraço

    Vamos esperar nossos leitores decifrarem o que você quis dizer. Se não conseguirem eu revelo depois.

    J. Morgado

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  24. Olá J. Morgado, eu gosto de tudo que fala em pescarias e me arrisco sempre a ir para a beira do rio. Pesco muito no Miranda e estamos tramando ir para lá na próxima semana. Se bem que o Miranda não é mais aquele. Muita gente e virou um turismo exagerado. Hotéis pra todos os cantos e a tranquilidade dos bons tempos se acabou. Mesmo assim vou. Nós não ficamos em hotéis, armamos nossas barracas. Temos lá um bom piloteiro e sempre conseguimos trazer alguma coisa. Vamos ver como será agora.
    Essa tradução acima, deixado pelo Sr. Édison Motta, parece-me que tem a ver com peixe comido debaixo da ponte, ou peixe com batida debaixo a ponte, coisa assim.
    Um abraço e continue nos brindando com seus artigos, por favor! Voltarei sempre.

    Arthur F. Ferreira - Ribeirão Preto - SP.

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  25. De volta ao rio manso...
    Morgado "véio", uma das vezes em que estive na Cachoeira das Emas, era época da piracema. Foi nos anos 80 e lá estavam os chalés e quisosques pra gente degustar peixes que, você tem razão, eram de outras bandas. Meu amigo Nairo Ferreira de Souza, atual presidente do São Caetano (Azulão) estava junto. Ele foi o único que conseguiu fisgar um bagrinho de umas 50 gramas. Mas foi legal, muito legal.
    Caro Edward, nunca pesquei no Tiete aqui na região metropolitana de São Paulo, mas sim em Igaratá do Sul, perto de Rio Preto. Você lembra de uma de nossas viagens a Rio Preto e que, antes de chegar, passeamos de barco pelas comportas da eclusa de lá. Nosso amigos Ney Lima e Valdomiro (já falecido) estavam com a gente. Tenho foto disso. Lembro que, na tarde de sábado, você fisgou um belo pé de botina, metade de uma câmara de ar de pneu de bick e uma garrafa de cachaça empalhada, infelizmente vazia.
    A sim, pesquei muito lambari aqui no Ribeirão dos Meninos, entre São Caetano e São Bernardo, e no Tamanduateí (Santo André/São Caetano). A propósito, o professor Luís Carlos Maia esteve aqui em casa no domingo passado e falamos muito de você. Por acaso sua orelha direita não esquentou ?
    E as meninas da Metô voltasram às aulas. Tenho que tomar cuidado, moro no 10° andar de um edífício aqui na Vergueiro. O tombo é grande.

    Abraços
    Oswaldo Lavrado -SBCampo

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  26. Senhor Morgado, eu não vou deixar de participar, depois dessa da Gabi. E ela vai ficar com inveja de minhas experiências em pescaria. Fique sabendo, Gabi, que também fui pescar com meus pais e não cai dentro da água, quando "peguei" um belo pintado no Rio Piracicaba.
    Vou explicar melhor. Papai e mamãe resolveram certo dia visitar um conhecido que estava doente e morava em Piracicaba. Saimos pela madrugada de carro de São Paulo e fomos para aquela cidade. Visitamos esse amigo dele que estava bem. Então resolvemos, todos, ir almoçar no "Mirante", um restaurante que fica às margens do Rio Piracicaba. E lá serviram esse delicioso pintado no espeto, com pirão e molho tártaro. É divino. Acho que bem melhor que a receita da Liliana. Em muitas outras churrascarias aqui de São Paulo e mesmo de outras cidades, tentamos pedir o mesmo prato. Ninguém faz um pintado na brasa como lá, no "Mirante", em Piracicaba. E nem precisei usar vara e nem cair no rio. Fiquei ao lado do rio, quem conhece lá sabe como é.
    Beijinhos garotas! Abraços, Senhor Morgado. E não fique triste, porque li todo o seu artigo e adorei, principalmente por causa das suas descrições desse lugar que deve ser mesmo maravilhoso, onde foram pescar.
    Uma curiosidade: quem é o senhor nas fotos acima, Senhor Morgado? Sem ser aquele que fisga a sereia, claro!

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  27. Olá amigos

    Vamos comer peixe com maxixe debaixo do Rio Coxipó. Essa frase dita com o sotaque do mato-grossense é interessante e divertida.
    O Motta eu a ouvíamos em 1975 juntamente com mais dois amigos, quando ali estivemos de passagem rumo ao Amazonas. É uma brincadeira local.
    O rio nasce na Chapada dos Guimarães e atravessa a área urbana de Cuiabá.
    Naquela época ainda havia garimpeiros mariscando ouro em plena capital de Mato Grosso.
    Vejam onde nos levam as pescarias!

    J. Morgado

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  29. Olá Andressa


    Um carinhoso abraço


    O pintado que você comeu lá no Mirante, infelizmente não foi pescado no Rio Piracicaba. Esse rio, cantado em prosa e versos, já foi um dos mais piscosos de São Paulo.
    Segundo as últimas notícias, depois de uma série de providências, a vida ictiológica começa a ressurgir. Levará ainda algum tempo para que a música cantada por Tião Carreiro e Pardinho mude o tom da tristeza.
    O Pintado é um dos melhores peixes da água doce para se degustar.

    Adeus rio Piracicaba adeus terra tão querida
    Estou chorando na despedida Piracicaba, Piracicaba
    É minha vida.

    Já foi o rio mais bonito quem conheceu acredita
    Da linda Piracicaba foi o cartão de visita
    A cachoeira murmurante de água pura e cristalina
    Era o véu que enfeitava nossa noiva da colina.

    INTRODUÇÃO

    Adeus rio Piracicaba adeus terra tão querida
    Estou chorando na despedida Piracicaba, Piracicaba
    É minha vida.

    Entre águas poluídas vejo lágrimas correndo
    São as lágrimas do povo pelo rio que está morrendo
    Eu também estou chorando e a tristeza não acaba
    Eu choro por ver morrendo o rio de Piracicaba.

    Adeus rio Piracicaba adeus terra tão querida
    Estou chorando na


    J. Morgado

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  30. Naquela inesquecível e memorável viagem, mestre Morgado, vimos crianças pescando com arco e flexa, nadamos em rio com piranhas, em Rondônia e acompanhados de botos, no rio Amazonas.
    Conte para o pessoal dia desses...

    E o grande Paolo Cabrero? Vai "engolir" a afirmação da Andressa de que "ninguém faz um pintado na brasa como lá, no Mirante, em Piracicaba?
    Como fica a reputação de sua churrascaria, caro Paolo?

    Abração a todos,

    édison motta
    Santo André, SP

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  31. Olá amigos

    Deixei de responder duas perguntas: 1. Mangona é um tubarão. 2. Não sou nenhuma das figuras lá nas fotos. Sou o fotógrafo.

    J. Morgado

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  32. Ana Célia de Freitas.quarta-feira, 19 agosto, 2009

    Boa noite pessoal.
    J.Morgado como sempre nos presenteia com suas belíssimas crônicas.
    Adoro peixe,mas pescar não é minha praia,alguns dias atrás fui a um pesque pague,tentei pescar um peixa,mas nada,se não fosse uma amiga,o jeito seria comprar o peixe para o almoço.
    Lendo essa crônica me deu uma vontade de passear e pescar pelos locais citados.
    Como não sou especialista no assunto,gostaria de saber:Pescar acalma?Como diz a música:Tá nervoso vai pescar.
    Beijosssssssssssss.
    Ana Célia de Freitas.

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  33. SR JMORGADO, como é bom ler suas histórias vividas pelos caminhos maravilhosos deste país lindo, que amo tanto. Pantanal, também fui lá quando garoto, com meu pai. Sei bem do que está falando: pantanal quase virgem, que maravilha! Obrigado Sr JMorgado as lembranças que tenho do pantanal são maravilhosas. E sua crônica me fez viajar no passado. Muito obrigado. Um grande abraço.

    Um brasileiro – Chapada dos Veadeiros – Alto Paraíso GO.

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  34. Brrrrrr
    Entrei de novo para concordar com a Andressa. Acho que não existe no Brasil pintado mmelhor preparado e mais saboroso do que o do restaurante do Mirante do Rio Piracicaba. Estive lá várias vezes, algumas acompanhado do Edward, que pode comprovar a qualidade do peixe servido naquele restaurante piracicabano.
    Bem lembrado Andressa, bem lembrado.

    abraços
    Oswaldo Lavrado -SBCampo

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  35. Lavrado e Andressa, realmente o pintado do Mirante, em Piracicaba, é imperdível. Além de ser um ótimo passeio.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  36. Acabo de chegar em casa, com um frio de 12 graus, para essa cidade de natureza quente. E vento gelado que corta, coisa de louco. Mas, não poderia me omitir quando se trata de Mirante e Rio Piracicaba. Eu e o Lavrado, com outros amigos e muitas vezes, almoçamos no Mirante, querida Andressa. E nosso pedido era só esse, o famoso pintado na brasa. Uma maravilha. Aquelas postas firmes, douradas, o pirão e o divino molho tártaro. O Milton Saldanha, pelo visto já provou essa delícia.

    Não conheço ainda o pintado na brasa do Paolo Cabrero, mas não vai faltar oportunidade. O único restaurante, Andressa, que me serviu um bem parecido e pertinho de você, foi o "Rosas Churrascaria", em Santo André, do meu amigo Mauro. O Lavrado, creio, deve ter degustado essa especiaria lá. Pra que ficasse igual, ou pelo menos parecido com o do Mirante, aconselhado pelo Mauro, eu tinha que me dirigir ao caixa, onde ficava o irmão do Mauro, de nome Oswaldo, e pedir a ele essa especiaria. E recomendava: "O Mauro me pediu para você me fazer aquele espeto de pintado na brasa especial, tá"? Como éramos amigos e conhecidos de rádio e jornal, saia impecável.

    Faça isso, Andressa. Vá ao "Rosas Churrascaria", na Rua Natal, em Santo André e procure o Mauro e o Oswaldo. Diga que eu recomendei esse pintado. Não vai sentir saudades do Mirante, lhe garanto.

    Vou me preparar agora para assistir o melhor time do Brasil jogar. Meu São Paulo contra o Fluminense. E vamos ganhar de goleada, marquem.

    OBS: onde anda o Ademir Morgado, brigou conosco? E o professor João Paulo que nada falou sobre seus comentários que foram publicados hoje no Comércio da Franca? Será que não leu?

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  37. Marquem bem o que estou dizendo. Quando for meia-noite e ninguém mais entrar no blog para ler, vai aparecer o Padre Euvídio e escrever um monte de besteiras. Tudo porque reoslveu doar seu Notebook para o Edir Mais Cedo, segundo ele. Agora, espera o Bispo dormir para usar o computador de seu superior. Vejamos, se estou errado...

    Prezado Senhor Morgado! Tantas histórias assim tem mesmo que ser divididas entre nós, aficcionados da pesca. E garanto para a Ana Célia, cujo sobrenome também é Freitas (quem sabe somos parentes), que uma pescaria alivia e muito o estresse de nosso dia-a-dia. Os médicos de hoje recomendam caminhar, como se isso fosse uma solução e, para mim, não é. Tanto que o carteiro de minha rua, com 44 anos, morreu dias desses de infarto. E andava a cidade de São Paulo inteira, coitado. Que Deus o tenha! A pescaria sim, relaxa, você respira ar puro e fica em contato com a natureza.
    Uma boa noite a todos vocês!

    Eugênio de Freitas - São Paulo - SP.

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  38. Meu amigo J. Morgado, quando falamos de pescarias, nos da uma saudade medonha dos nossos antepassados. Eu por exemplo lembro-me do meu pai e do meu avo, quando íamos pescar na ponte velha do rio Sapucaí.
    Essa ponte ainda existe, sabia? Fica na estrada que liga franca a batatais, e até hoje não foi pavimentada, por que fizeram outra pista dupla que liga franca, batatais, brodowski e ribeirão preto.
    Não sei se ainda dá peixes no Sapucaí.
    Eu lembro que fizemos um acampamento debaixo dessa ponte, e quando todo mundo estava dormindo, meu pai pegou um graveto, esfregou na barriga de um dos que estava conosco dormindo na barraca e gritou a cobra!!! O sujeito levantou desesperado, saiu correndo e levou o acampamento no peito.
    Quando meu pai era vivo nós nos lembrávamos dessa passagem, e dávamos boas gargalhadas.
    _______________________________________

    Obs. Edward, você esqueceu-se de mencionar o meu nome.
    O meu comentário saiu também no comércio, e eles usaram uma frase do meu comentário como titulo da matéria.
    Quero diretos autorais. Rsrsrsrs...

    Valentim Miron - franca S.P.

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  39. Valentim Miron, meu bom amigo! E não é que me esqueci de lhe avisar! Não sei o que houve, acho que preciso de uma pescaria. Sua frase abriu os comentários, certo, então o Jornal lhe deve mesmo direitos autorais. Foi uma grande falha minha, mas os amigos jornalistas desse blog receberam todos os comentários postados no Comércio da Franca de hoje e o seu estava lá. Peço a eles que confirmem isso. O Professor João Paulo poderia fazer isso, mas penso que nem viu ainda. Acorda, Professorrrrrrrrrr....
    Desculpe, meu amigo Valentim. Amanhã vou lhe presentear com um exemplar com os comentários, certo? Me cobre...
    Abraços que vou ao jogo!

    Edward de Souza

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  40. Senhor Edward de Souza, eu não tenho culpa se o bispo não quer que eu use o notebook dele!
    Ele não pode nem pensar que eu fui à igreja universal e doei o meu “not” numa seção da fogueira santa.
    Tem uma coisa que você não sabe, eu preenchi o recibo da Kombi da igreja, falsifiquei a assinatura do bispo, e doei-a também para Jesus.
    O bispo ainda não deu falta da Kombi, mas a hora que ele perguntar eu vou falar a verdade, e ele vai entender.
    Outra coisa doei também todos os vales refeições que eu tinha, o problema é que eu estou sem dinheiro, morrendo de fome, e ninguém veio trazer comida pra mim.
    Fui à igreja reclamar para o pastor, e ele me disse: fé irmão, Jesus está te testando.
    É “féde mais”, ou “féde menos”.
    Esse assunto de pescaria me deu uma fome violenta, e para piorar as coisas passaram uma receita, que só serviu para virar os meus “zóios”.
    Tem um mendigo aqui na porta da igreja dormindo, me parece que tem uns pães duros lá na capanga dele.
    Vou chegar de mansinho, certificar-me que ele realmente está dormindo, e vou roubar esses pães, e fazer uma sopinha com um caldo kinor, que eu achei numa macumba.
    Agora tenho que parar, a fome é tanta, que eu estou sem forças para digitar.
    Imagine onde está coçando agora nesse momento.
    Oh meu Deus vou ter que acordar o bispo para ele coçar pra mim.
    To sem forças, fraquim, fraquim!!!

    Padre Euvidio.

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  41. Este comentário foi removido pelo autor.

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  42. Olá meus amigos

    O bate-papo foi muito bom. Outras crônicas virão sobre viagens conjugadas com as pescarias feitas ao logo de minha vida até o ano de 1982.
    Fatos curiosos, históricos, geográficos, folclóricos e muitos “causos”. Meios de transporte usados. Trem, automóveis, avião, barcos, baleeiras, animálias...
    Obrigado pela atenção e os carinhosos comentários.

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado


    OS. Não deixem de ver minha coluna quinzenal amanhã (21).

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  43. Et bien, parece que vou ser a última a comentar sobre a crônica maravilhosa do Morgado...Como sempre, ele nos oferece mais uma linda passagem de suas aventuras haliêuticas! Não sabia o significado do termo, por isso recorri ao meu Aulete Digital que explicou na hora: Haliêutica - arte, habilidade para a pesca.

    Pelo visto e comprovado neste blog, nosso queridíssimo amigo e colega não é somente capaz nas habilidades esportivas da pesca mas um campeão na arte de encantar pela escrita, na descrição de suas aventuras! Sucesso total!

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