quarta-feira, 5 de agosto de 2009

NO TEMPO EM QUE DROGA NÃO ERA DROGA

GUIDO FIDELIS
*
COCAÍNA ERA RARA NOS ANOS 60

Fumar era moda, elegante. Fumava-se em todos os ambientes. Diferentes marcas, com ou sem filtro, às vezes utilizando-se elegantes e charmosas piteiras. Baforadas longas, fumaça subindo em círculos, igual ao que se podia ver e copiar nos filmes, em branco e preto, belos clássicos de luz e sombras. Boates e barzinhos eram impregnados de fumaça. Amores desfeitos, novos romances, conversas amenas ou existenciais somente com o cigarro na boca. Ele era uma espécie de força vital que encorajava, ajudava a superar a timidez que paralisa diante do inesperado, quando alguém nos pede um discurso de improviso numa festa ou solenidade. Permitia, ainda, vencer noites insones e de solidão. Impossível beber e ouvir música sem a companhia do cigarro. O tango jamais existiria sem um cigarro na boca de Gardel. As ruas também eram pacatas no início da década de 60. Por elas se podia transitar sem riscos de assaltos. Crimes eram raros, exceção para os vigaristas que ludibriavam otários que se achavam espertos, vítimas da ganância, do incontrolável desejo de ganhos fáceis, caídos do céu. Muita gente acreditava em bilhetes premiados, máquina de fabricar dinheiro e pacos. E algumas prostitutas, enquadradas por crime de vadiagem, que portavam nos sutiãs, entre os seios, habeas corpus preventivos para livrá-las do flagrante.
Ainda se vivia a comemoração do nascimento de Brasília e a consequente inflação que se seguiu. Também se iniciava o movimento hippie e os Beatles lançavam seu primeiro disco, “Please, Please Me”, em 1962. O clima pré-revolucionário ganhava contornos, preparando-se as senhoras católicas para engrossar a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, muitas delas insufladas por membros da TFP – Tradição, Família e Propriedade, entidade ultra-direitista.
Pouco ou quase nada se falava em drogas. Cocaína dificilmente aparecia no noticiário, embora se soubesse da existência de consumidores, mas sempre nas altas rodas. O produto era raro, acessível apenas a quem tivesse bom poder aquisitivo. Maconha era mais comum. Mas poucos usuários se atreviam a usá-la em público. Sob desconfiança, eventuais consumidores eram apontados, chamados de maconheiros. No caso da maconha, tanto traficante quanto consumidor eram sujeitos às penalidades previstas. Lança-perfume ainda rolava nos bailes carnavalescos. Produto desodorizante com aroma de perfume, em forma de spray, era fabricado pela Rhodia, com a marca Rodouro. Logo, passou a ser inalado, pois proporcionava estado de euforia e excitação. Acabou proibido ainda na década de 60, embora continue a ser fabricado e consumido na Argentina.
Outras drogas eram livres, não se inseriam no rol de proibidas, consideradas crimes diante da lei. Algumas, com incentivo e aplausos do mundo científico e intelectual, que revelava efeitos extraordinários para os candidatos às experiências. O LSD, substância sintética mais conhecida na época como ácido lisérgico, era utilizado em experiências terapêuticas. Conferencistas de renove apregoavam maravilhas. Santo André foi palco de uma delas, realizada na Biblioteca Municipal, com auditório lotado. Falava-se da sensação agradável, de cores brilhantes, da audição de sons incomuns. Na época, também se comentava o livro “As Portas da Percepção”, do escritor e pensador Aldous Huxley, fascinante relato sobre as experiências do autor com a mescalina, a descoberta de um fantástico mundo novo, céu o inferno. Huxley, dando ênfase à sua obra, cita o poeta William Blake: “Se pudessem limpar as portas da percepção, tudo se revelaria ao homem como é: infinito.”
Formou-se, em Santo André, um circulo de discussão e de experimentação. Diversos médicos participavam dos debates e muitas foram as sessões destinadas especialmente à experimentação da droga. Eu mesmo tive três oportunidades de provar o ácido lisérgico com a perspectiva de que viajaria por um mundo mágico, capaz de enxergar através das paredes. Numa delas houve desencontro, na segunda estava ausente na data. Na última, cheguei perto, fui até a porta do Hospital Jardim, onde a prova seria realizada, mas desisti no último momento por um instinto que não saberia explicar, pois nada poderia me impedir, não estava praticando nenhum crime.
Mais adiante, depois de proibida, passou a ser mais procurada pelos jovens, ganhou usuários que se transformaram em dependentes químicos. Hoje continua espalhada em muitos recintos, problema agravado com o crack, droga letal que ganhou as ruas, abastece os miseráveis, transformados em zumbis.
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*Guido Fidelis, jornalista, escritor cosmopolita, sensato, pé no chão, também advogado é outro dromedário da imprensa paulista. Ex-Última Hora, Diário do Grande ABC, A Nação e A Gazeta, sua pulsante literatura deixa pouca dúvida a respeito de suas preferências: drama policial com um aroma decididamente neonaturalista. Realmente, sua floresta urbana São Paulo é, mais frequentemente do que não, comprimida em um gênero ainda considerado opressivo. Guido Fidelis tem mais de uma dúzia de livros publicados. A última obra de Fidelis, Corredeiras do Tempo (Rapids of Time), mostra uma propensão marcante para a abstração acima da ação. Ao invés de policiais e ladrões, o leitor se encontra imerso em atmosferas densas caracterizadas por uma forte ênfase no simbolismo. No final, a narrativa filosófica de Guido Fidelis chega através de curtas-metragens, ricos em lirismo e um prazer para ler. Visite o blog de Guido Fidelis: http://guifidel.blogspot.com/
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30 comentários:

  1. Brilhante "ensaio" do Guido, como sempre.

    O detalhe destacado no e-mail de divulgação enviado pelo Edward também me chamou a atenção:

    "O tango jamais existiria sem um cigarro na boca de Gardel"

    Eu completaria dizendo que: muitas doenças e mortes jamais existiriam em função do uso das drogas, incluindo, claro, o uso de bebidas.

    Abraçossssss

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  2. Olá meus amigos e amigas deste blog!
    O amigo jornalista José Marqueiz, Prêmio Esso de Jornalismo, falecido recentemente, me disse certa vez: "para ler um texto do Guido Fidelis, usa-se tirar o chapéu". E tinha razão. Acompanharam a narração de Guido nessa matéria de hoje?

    Como não se sensibilizar com seu texto gracioso, fácil, narrativa que nos prende à leitura? Guido relembra com maestria os saudosos anos 60, quando fumar era moda, elegante. E essa frase em seu texto: "O tango jamais existiria sem um cigarro na boca de Gardel".
    Tem ou não que se tirar o chapéu.

    Tenho o prazer de ser amigo desse brilhante jornalismo há muitos e muitos anos e com ele estou sempre aprendendo. Todas as manhãs sou premiado com versos e frases poéticas feitas por ele. Ora saudando o sol, ás vezes reclamando do frio e da chuva, mas sempre transmitindo bom humor em tudo que escreve. Pedi ao Guidop que voltasse a escrever neste blog. Em meia hora me enviou essa matéria.

    Escutem agora essa. Ao enviar esse texto para o blog, Guido Fidelis escreveu assim: "caro Edward, ai está um artigo que me pediu. Leia, se não gostar jogue no lixo". Imaginem, eu cometer um crime, atirando ao lixo uma matéria do Guido. Poderia até ser processado e preso pelos deuses da literatura, sem dúvida! Para minhas amigas e amigos, estudantes de jornalismo, mais uma aula de mestre, nesse texto maravilhoso de Guido Fidelis.
    Obrigado pela presença aqui, meu bom amigo!

    PS: acabo de ver a presença de outro bom amigo e brilhante jornalista, Marcos Masini, de Franca. Coincidentemente, Marcos cita a mesma frase que eu destaquei nesse comentário. Para ver o blog do Marcos Masini, cliquem em sua foto. Vale a pena fazer uma visita ao "Divã do Masini".

    Edward de Souza

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  3. O mestre Guido Fidelis brinda-nos hoje com um tema palpitante e atual: até que ponto a proibição das drogas protege a sociedade?

    O que sabemos é que a clandestinidade, além de atraente, é palco do crime organizado, que manipula os bastidores do Estado e já se transformou em potência mundial. Atualmente,o maior poder do planeta decorre das fortunas movimentadas pelo tráfico internacional de drogas. Uma engrenagem que faz interface com o comércio de armas e lavagem de dinheiro. O poder paralelo que esconde bilhões surrupiados da civilização de maneira ilegal. A roda viva que alimenta a violência, especialmente nos grandes centros urbanos.

    Existem bilhões de drogados no mundo. Não apenas por drogas clandestinas mas, também, por aquelas que são vendidas em farmácias, com ou sem receita médica.

    Se é assim, porque não colocá-las todas na legalidade? Lugar de droga é na drogaria. A pergunta é: isso interessa ao poderoso sistema que vive exatamente da clandestinidade?

    édison motta
    Santo André, SP

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  4. Olá Guido e Edward...
    Dia destes ouvi alguém dizer que drogas inofensivas como a maconha hoje nem são mais tão preocupantes , como se alguma droga fosse inofensiva e pudesse deixar de ser preocupante. A
    cada nova estação aportam entre os jovens novas drogas, e cada vez mais potentes. Esta semana fiquei assustada em saber que o LSD, pouco comum em nosso país em décadas passadas, conforme o relato do Guido em seu texto, hoje já é produzida em larga escala por aqui, inclusive por estudantes que utilizam laboratórios de faculdades para isso.

    Talvez o maior desafio neste momento seja lutar contra as drogas sintéticas, cada vez mais potentes. Li outro dia num site da internet que só no ano passado foram apreendidos cerca de 10.000 comprimidos de ecstasy no Brasil e, para assustar, neste ano, nos primeiros 4 meses foram apreendidos mais de 7.500.

    O Edward tem razão, em relação ao texto do Guido Fidelis. Uma leitura gostosa que nos prende até o final. Vamos aprendendo sempre aqui neste blog.
    Bjos,

    Gabriela - São Paulo - Cásper Líbero

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  5. Olá Guido


    Seja bem-vindo com esse texto gostoso, informativo e educativo.
    Na década de 50, os jovens fumantes usavam camisas de nylon brancas (transparentes), com o indefectível bolsinho. A moda era mostrar a marca do cigarro. Quanto mais caro, mais prestígio os rapazes ganhavam perante o sexo frágil. Eu fumava Luiz XV e quando surgia uma oportunidade comprava “venenos” americanos; Philip Morris, Camel... Era um barato idiota. As garotas ficavam desapontadas quando seu namorado não era fumante!
    Na hoje chamada “Cracolândia” (boca do lixo), imperava o lenocínio. O grande quadrilátero que começava na Praça Júlio Mesquita e se estendia até as imediações da Estação da Luz e daí, abarcando a Duque de Caxias e todas as suas travessas, entre elas a Rua Aurora e a Rua dos Gusmões. Na verdade, era e continua sendo o bas-fond paulista.
    Não se via o uso de drogas ostensivamente, mas o uso no interior dos antros da prostituição e jogos clandestinos, entre outras práticas no gênero era comum. A maconha, como você bem diz, por ser mais barata era a droga mais usada.
    A cocaína e a heroína era um privilégio da “boca do luxo”. Local de boates para todos os gostos e bolsos. A Rua Major Sertório e imediações se transformavam a partir das 21 horas. Carrões de luxo, homens, casais e garotas de programa, vestidos luxuosamente ali iam se divertir e adquirir ou consumir drogas. Uma sociedade se degenerando!
    Enquanto isso, no dia a dia, o quebra- quebra nas Praças da Sé e Clovis Beviláqua, provocada pelos sindicatos fortes da época, infiltrados por indivíduos com idéias importadas. A inflação era galopante!
    “Admirável Mundo Novo” também de Aldous Huxley, uma ficção que nos transporta para o futuro através uma nova organização cientificamente estruturada. Para isso foi usada uma droga chamada “Soma”. Não será isso que o homem na sua insensatez vem buscando há tanto tempo?

    J. Morgado

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  6. Adhemar Castro Pereiraquarta-feira, 05 agosto, 2009

    Muito bom esse texto do Jornalista Guido Fidelis!
    Penso que a luta contra as drogas nos dias de hoje precisa começar dentro de casa, com boa formação, boa educação, adequação, aprendizado da frustração, boas relações entre pais e filhos, relações familiares melhores, compreensão, atenção, afeto. As drogas atualmente configuram um dos maiores flagelos pelos
    quais a humanidade passa, e pensar que pode ser evitado com medidas simples e de extrema
    eficiência se começarmos pela pequena prevenção doméstica.

    Certamente ninguém tem a ilusão de que este problema tenha fim, mas seguramente todos podemos contribuir um tantinho, embora ainda estejamos distantes de encontrar caminhos verdadeiramente eficazes. O modelos de prevenção adotados nos últimos 20 anos em nossa sociedade já não demonstram mais a mesma eficiência, é preciso mudar os caminhos e encontrar soluções que necessariamente passam pelo seio da família que nos mesmos últimos 20 anos terceirizou a educação de seus filhos.

    Refletir sobre as drogas é responsabilidade de todos nós, afinal os primeiros passos da formação de uma pessoa começa em casa, como tudo que diz respeito à boa formação. A novidade, já deixou de ser novidade: prevenção começa no lar.
    Abraços,

    Adhemar Castro Pereira - Rio de Janeiro - Psicólogo

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  7. Ôi Guido... Eu não fumo. São poucas minhas colegas que tem esse vício aqui na faculdade, sabe? E se fumam, é às escondidas. Imagine numa faculdade de medicina alunas furmando... Lendo seu texto, fico imaginando, será que essa medida tomada pelo Governador de São Paulo, José Serra, em proibir o cigarro em lugares fechados não vai estimular ainda mais a venda do produto nocivo?

    Na verdade, o cerco está fechado contra os fumantes. O que era elegante no passado, conforme você relata, hoje é visto com repulsa, pelo menos pelos não fumantes. Se no passado, quando a droga era até tolerada e poucos a usavam, com o cigarro não pode acontecer a mesma coisa?
    Parabéns pelo artigo, ótimo!
    Bjos a todos...

    Liliana Diniz - Santo André - SP.

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  8. Bom dia jornalista Guido e amiguinhos do blog do Edward...
    Eu tenho a Revista Veja em casa e na sua edição dedicada aos jovens, que sempre leio, traz um texto da jornalista Fabiana Corrêa. Achei que vêm ao caso hoje, sobre o que o Guido Fidelis escreve, porisso peço permissão para exibi-lo. Pergunta a jornalista: "Sabe qual é a probabilidade hoje de um adolescente ter algum tipo de contato com o mundo das drogas? Cem por cento. Quarenta e dois por cento deles já viram alguém sob o efeito de substâncias proibidas. Os que não viram, de três, uma. Ou têm um amigo viciado, ou já foram a uma festa onde havia consumo de drogas, ou sabem quem é o traficante do bairro.

    O acesso aos tóxicos nunca foi tão fácil. Os preços caíram. Com 10 reais – valor de uma entrada de cinema – é possível comprar 1 grama de cocaína. A maconha está ainda mais barata. Para adquirir um cigarro, basta ter 1 ou 2 reais.

    Soam românticos os tempos em que se imaginava que o primeiro contato de um adolescente com as drogas poderia ocorrer por intermédio de um lendário traficante disfarçado de pipoqueiro. Hoje, sabe-se que os entorpecentes são vendidos dentro do próprio colégio, por um aluno que trafica em troca de dinheiro para financiar seu vício. Pior: ele pode ser um colega de classe", termina a jornaista.

    Estamos mesmo no fim do mundo, sem dúvida. E esse governador de araque, que não tem mais meu voto para Presidente, preocupado com os males do cigarro.... Detalhe: eu não fumo!
    Beijos...

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  9. Bons tempos aqueles em que fumar não fazia mal (pelo menos, ninguém achava que fazia) e que as drogas eram envolvidas nessa aura de mistério e desconfiança...

    O texto do Guido Fidelis está perfeito! É meu pai, mas eu sempre tiro o chapéu para o que ele escreve.

    Abraços a todos os leitores!

    Lara Fidelis
    http://vermelhopoesia.blogspot.com/

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  10. Eu na autoridade de padre deveria ser um pouco austero, e puxar a orelha do senhor Guido Fidelis.
    Mas o texto apresentado hoje foi tão bem redigido, que eu perdi a autoridade.
    A forma romanceada que foi usada aqui, dá certa curiosidade de experimentar esses alucinógenos.
    O que me segura é o medo de voltar a encontrar o chifrudo novamente.
    Essa história que as drogas ajudam enxergar o invisível é uma maneira que o diabo usa, para aliciar futuros seguidores.
    O mundo invisível as retinas físicas de nós pobres e ignorantes mortais, só é revelado aos que tiveram a humildade de reconhecer Deus como um grande pai.
    Os meios físicos visíveis e alucinógenos, são os maiores conturbadores da verdade eterna.
    A maioria desses imbecis que escrevem livros, compõem músicas, escrevem novelas, fazem cinema, com a intenção de arranhar o mundo espiritual, são inspirados pelas drogas , e pela intuição diabólica.

    Padre Euvidio.

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  11. Queridas amigas e amigos, grande Guido Fidelis: excelente crônica, sob todos os aspectos. Tempos outros, riquissimos, auge da Guerra Fria, Guerra do Vietña mobilizando (contra) intelectuais no mundo todo, Sartre e Simone leitura obrigatória e citados em todas mesas de bares, nossa UNE ainda não vendida ao governo e exercendo com vigor seu papel contestador (sob a presidência do Serra, atual governador), Cuba fazendo uma revolução romântica, tanta coisa... É verdade, cocaina era droga só de gente muito rica. E cigarro fazia parte do charme, tanto que um tipo se chamava "Charm". Gardel, de cigarro na boca. Hoje sou tangueiro, nos nossos bailes os fumantes são minoria. Os tempos mudam, umas coisas melhoram, outras pioram, é o normal. E o barco vai em frente. Para encerrar, e para quem não sabe: Guido Fidelis, escritor, editor e jornalista, integra uma familia de pessoas das letras. Lara Fidelis, filha, é excelente jornalista. Virginia, sua mãe, idem. Que privilégio!
    Parabéns Guido Fidelis!
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  12. Ana Célia de Freitas.quarta-feira, 05 agosto, 2009

    Boa tarde Guido e Edward.
    Texto brilhante,assunto polêmico que a meu ver deveria ser melhor assistido pelas autoridades.
    É muito triste ver crianças e jovens se acabando em função das drogas.
    Belos tempos aqueles que não tínhamos a noção do que seria droga,mas hoje ela está em cada esquina,nos bairros, em todas as
    classes sociais,este sem dúvida é o mal que assola o nosso país,e claro aquelas drogas que estão em Brasília.
    Ana Célia de Freitas.Franca/SP.

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  13. Boa tarde, Guido e amigos do blog!
    Realmente, Guido Fidelis e Milton Saldanha, bons tempos. Ainda jovem, arrumei uma namorada. Acho que tinha uns 18 anos, mais ou menos. Primeira coisa que fiz no primeiro encontro foi comprar uma maço de cigarros Minister, longo, para chamar a atenção e mostrar que eu era homem, pode? Era mesmo elegante. E devo ter chamado a atenção da garota, porque, até hoje, ela está comigo e me deu dois filhos maravilhosos, um deles já médico formado. Certo que nos separamos depois do nosso primeiro encontro, tive outras namoradas, mas ela ficou no meu pé (ou eu na dela?), sei lá. Voltamos e estamos juntos até hoje. O cigarro larguei faz alguns anos. Ninguém fuma em casa, mas a recordação permanece.
    Valeu o texto, Guido, pena que não escreve com mais constância nesse blog do Edward, você é formidável.
    Abraços,

    Paolo Cabrero - Itú - SP.

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  14. Se todo mundo parar de fumar, beber e consumir drogas, estoura a terceira guerra mundial. Pois a crise de desemprego que isso gerar, vai ser maior do que a quebradeira Americana.

    Dr. "Q.I."

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  15. Olá Guido Fidelis!
    Isso que me encuca. Você conta que fumar era elegante, os barzinhos eram impregnados de fumaça e ninguém morria mais cedo? e eu sei que era assim mesmo, vivi esses tempos. O que será que mudou, nós ou os cigarros?
    Eu tinha um amigo cujo apelido era "piteirinha". Precisa falar a razão? Onde estava tirava o maço de Luiz XV do bolso, sacava um cigarro, e caprichosamente o colocava na pitadeira. Erguia elegantemente a mão e, vez ou outra dava uma tragada no cigarro.

    Para os jovens de hoje, explico porque se usava a piteira. Eram poucos os cigarros com filtros nos anos 60 e a piteira fazia as vezes de um filtro. Entendiam os fumantes da época que a piteira segurava um pouco a nicotina do cigarro. As piteiras tinham um filtro em seu interior. Eram sempre trocados e saiam amarelinhos de nicotina. Bons tempos, bons tempos, sem dúvida. Que belo artigo Guido, meus cumprimentos!

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.

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  16. Ôi Guido!
    Vi o endereço do seu blog no final de sua matéria e dei um pulo lá, antes de postar esse comentário. Encontrei frases lindas e filosóficas, uma delícia de se ler. Sabe qual a razão da minha curiosidade? Como estudante de jornalismo achei maravilhoso esse seu texto e fui a procura de outros. Não eram crônicas em seu blog, mas verdadeiros poemas, frases perfeitas. Adorei, viu?
    Esse blog só tem profissionais de primeira linha. Por isso estou aqui com minhas colegas todos os dias, para aprender.
    Bjos,

    Priscila - São Bernardo - Metodista

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  17. Olá gente deste blog...
    Abrangente e oportuno o artigo desta quarta-feira do escritor Guido Fidelis.
    Sobre a Lei Anti-fumo, que passa a vigorar a partir desta sexta-feira, não entendi a proibição de fumar nas garagens de prédios. Afinal, seria a fumaça de um cigarro mais prejudicial ao organismo humano do que os tufos expelidos pelo escapamento de um carro ?
    São essas malditas pequenas ditaduras enfiadas goela abaixo da população que desviam a atenção das falcatruas oficias. O aparato de fiscalização vai envolver um punhado de gente paga com nossa grana e que poderia ser aplicada na segurança, saúde e educação. O cara que fuma, continuará "pitando" em casa na presença dos filhos e ninguém vai meter o bedelho.
    Atualmente o Brasil está cheio de arautos da moralidade, do meio ambiente e da saúde como, por exemplo, o médico televisivo Dráuzio Varella, que dá conselho pra curar até dor de cotovelo, mas que contraiu malária por não ter tomado a vacina numa viagem ao Nordeste. E o ex-fumante, (pior do que os que nunca fumaram,, já que quando o cigarro lhes dava prazer não se imporavam com o próximo), agora rodam a baiana ao verem alguém fumando. Grande parte da população, fumante ou não, tem carro que polui trocentas vezes mais que o cigarro. E daí ?
    Enfim, é a hipocrisia nacional ditando normas de comportamento e aliando-se a demagogia tupiniquim.
    Enquanto isso, sarneys, lulas, collors, malufs e outros seguem saltites, livres, leves, soltos no cenário nacional.
    Caro Guido Fidelis desculpe utilizar o espaço de comentários sobre seu excelente artigo para este desabafo.

    abraços
    Oswaldo Lavrado -SBCampo.

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  18. Um cigarro encurta a vida em 2 minutos

    Uma garrafa de álcool encurta a vida em 4 minutos

    Um dia de trabalho encurta a vida em 8 HORAS!!!

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  19. Nesse grande futuro, não podemos esquecer do nosso passado, por isso não faça de sua vida um rascunho, talvez não tenha tempo de passá-lo a limpo.

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  20. O Dia do Padre é celebrado oficialmente em quatro de agosto, data da festa de São João Maria Vianney, desde 1929, quando o Papa Pio XI o proclamou "homem extraordinário e todo apostólico, padroeiro celeste de todos os párocos de Roma e do mundo católico".
    Ontem, eu e mais oitos padres fomos para a balada comemorar. Enchi o carão de vinho, por que fiquei muito triste que nenhum companheiro de blog comentou nada a respeito.
    Mas não tem problema, o ano que vem vocês me darão os parabéns.

    Padre Euvidio.

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  21. Amigos do Blog de Ouro, Edward e Jornalista Guido Fidelis, bôa noite.
    Amigos, o artigo de Guido Fidelis, retratou o que foi a nóssa juventude , e de fato, fumar éra quase que uma obrigação entre os jóvens.Uma verdadeira armadilha contra a saúde.
    Eu também caí néssa armadilha e demorei quase 40 anos para saír déla, porém não censuro quem fuma, pois me julgo sem moral para tal (até gósto do cheiro da fumaça do cigarro).
    Quanto as drógas ilicitas, o meu amigo e méstre Juliano Morgado já explanou em seu comentário como éra
    a realidade nas famosas bocas de lixo e de luxo, onde como homem da Lei,trabalhei por mais de quinze anos, e quando encontrava-mos alguem usando ou vendendo drógas, éram imediatamente condusidos ao Distrito e autuados, ficando prêsos invariavelmente por no minimo três mêses.Dos crimes cometidos naquéla época, (anos 60/70)os mais conhecidos éram o conto do bilhete , do vigário (viu Padre Euvidio )e os batedores de carteira, porém a maioria praticada sem violencia,além da famósa "vadiagem" onde o sujeito tinha que arranjar serviço no prazo de um mês, sob pena de ir em cana quando apanhado Hoje o que impéra náquele local, é o consumo de crack, uma das drógas mais letais que se conhece, porém com a mudança da lei e dos costumes, taís atos (uso das drógas) não são mais punidos e os viciados além de se destruirem, destroem a familia, em busca do dinheiro para comprar a dróga , usam de violencia e até cométem crimes bárbaros para obte-lo .
    Quem sustenta o tráfico, não são só os infelizes viciados, caídos pelas sargetas, pois sabe-se que os ricos e famosos são os que adquirem na maioria das vezês a melhór dróga, para impressionar os "amigos", em suas suntuosas féstas
    Uma maneira de ajudar no combate ao tráfico, não é só subir o morro, tem que subir também nos apartamentos de cobertura em muitas cidades deste País.

    Abraços Guido Fidelis, parabéns pelo artigo, abraços ao pessoal do Blog Dourado que nos fêz falta na data de ontem, (por motivos técnicos)de acôdo com o que Edward me revelou.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  22. Estimado amigo, Professor João Paulo de oliveira:
    Fique tranqüilo!
    Ninguém joga pedras em árvores que não de bons frutos.
    Quando eu comecei postar os meus comentários aqui nesse blog, eu também fui incompreendido por muitos, e hoje com paciência e carinho, acho que recebo a admiração da maioria.
    No que diz respeito a mim, eu sou seu admirador.
    O Edward é detalhista e preciso no que faz.
    Se você consegui a admiração do chefe Edward, é por que você é muito bom.
    Eu tenho um ditado comigo, ”já que eu estou no inferno, então eu abraço o capeta”.

    Padre Euvidio.

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  23. Este comentário foi removido pelo autor.

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  24. Oi Edward.

    Ótimo texto do Guido.
    Antigamente parece que a droga se associava mais aos artistas, escritores, pensadores... Atrevo-me a dizer que parecia ter até um certo "glamour" e que hoje temos apenas viciados em busca de um prazer fugaz.

    Mas o que é droga, afinal? Condenam o cigarro, mas e a cerveja que tem propagandas em massa na TV vendendo uma imagem de gente esperta e sarada, sem mencionar o fato de que mata muito mais?
    Hipocrisia.
    Remédios de tarja preta, cocaína, maconha, cigarro, crack...
    O mundo virou um churrasco misto.

    DIGA NÃO ÀS DROGAS!

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    Desculpe o sumiço, mas tive uns probleminhas com a internet.
    Ai ai...

    Aos poucos, estou voltando e visitando os blogs que tanto gosto!!!

    Muito obrigada pelo carinho e atenção.
    Você é 10! :-)





    "O sorriso é uma linda tinta que bem usada pinta o quadro da vida."
    A.D.






    BOA SEMANA PARA VOCÊ!




    ♥.·:*¨¨*:·.♥ Beijos mil! :-) ♥.·:*¨¨*:·.♥




    http://brincandocomarte.blogspot.com/

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  25. Esse Fidelis “fedeu”, bem feito senhor dos blogs.
    O senhor fez tanto o cartas dessa criatura, que ele inchou tanto, e saiu voando igual o padre, “Adelir de Carli”, aquele dos balões, lembra?
    Será que o Fidelis sabe ler GPS? Eu acho que não, senão a defesa civil já o teria encontrado, e ele voltaria ao blog, pelo menos para as conclusões finais. Parece que virou costume aqui as pessoas postarem suas matérias, e deixar os comentaristas a ver navios. Eu tiro o meu chapéu para a Jornalista Nivia, por que ela é uma das únicas, que dá atenção para os seus fãs. Tiro o chapéu também para o Morgado, pois ele também é muito educado, e dá atenção para todos que o solicitam. Você também Edward, é meia cuia, mas ta bom dá pro gasto.

    José Sarney. O santo.

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  26. Hei!!! cadê você!!! eu vim aqui só pra ti vê!!!quinta-feira, 06 agosto, 2009

    .

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  27. Não percam! O primeiro capítulo de:

    O BLOGADO


    Acesse o blog do padre Euvideo.

    http://padreeuvidio.blogspot.com/

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