segunda-feira, 3 de agosto de 2009

HISTÓRIAS DE FADAS OU DE PIZZAS?

NIVIA ANDRES
Os contos de fadas são uma variação do conto popular ou fábula. Partilham com estes o fato de serem uma narrativa curta, transmitida oralmente, onde o herói ou heroína tem de superar grandes obstáculos antes de triunfar contra o mal. Por característica, envolvem algum tipo de magia, metamorfose ou encantamento, e apesar do nome, animais que falam e se comportam como gente são muito mais comuns neles do que as fadas propriamente ditas. Entre exemplos famosos temos Rapunzel, Branca de Neve e os Sete Anões, O Gato de Botas, João e Maria, Cinderela e a Bela e a Fera.
Decididamente, as histórias contadas hoje, no Brasil, nada têm de contos de fadas. Mesmo as maiores malvadezas e atrocidades cometidas por Lobo Mau, Rainha Malvada, Bicho Papão, Cuca, Capitão Gancho, Mula-sem-cabeça, madrastas enciumadas, bruxas, magos, lobisomens, monstros e centenas de outros afins não chegam aos pés das barbaridades que se cometem nesse país de fantasia às avessas, com uma grande novidade na estrutura da narrativa – no epílogo, desaparece o tradicional ... E foram felizes para sempre, substituído por... E tudo acabou em pizza! São os contos de ogros! (pedindo perdão a Shrek, é claro, um gentil, bondoso e digno representante da classe, que não se enquadra nos requisitos de perversidade necessários; e, óbvio, rogando duplas escusas aos pizzaiolos, esses profissionais tão talentosos, que entraram de gaiatos na história, já que o delicioso produto que oferecem transformou-se em palavra maldita no dicionário de politiquês, ora ostentando significado extra de investigação ou apuração de denúncias de irregularidades administrativas, corrupção etc. sem levar, devido a manobras políticas, ao julgamento ou punição dos implicados.
Se há uma característica que vêm marcando o processo de desenvolvimento da civilização desde o seu início é a idéia de que, para existir, a sociedade depende da integração do homem com seu meio. Essa ênfase de pertença social é decorrente dos vários elementos que ameaçavam constantemente a integridade dos grupos humanos no passado, tais como guerras, pestes e invasões estrangeiras. A necessidade de coesão social fomentou a criação de narrativas que gradativamente ajudaram a cristalizar um sistema de idéias sobre a expectativa da sociedade em relação ao papel do indivíduo. Nesse sistema, o "outro" é aquele que, deliberadamente ou não, se encontra isolado do convívio com seus semelhantes, ou não compartilha dos mesmos costumes e regramentos éticos e morais. Por isso, deve sofrer penalidades ou ser eliminado. Esse é o indivíduo nocivo à sociedade, o pilantra, o malfeitor. Em todas essas histórias ditas de fadas havia a intenção de se transmitir determinados valores ou padrões a serem respeitados pela comunidade ou incorporados pelo comportamento de cada indivíduo. É por esta razão que até hoje se vê o conto de fadas mais como um instrumento pedagógico de potencial educativo e disciplinador, utilizado como exemplo a ser incorporado ao comportamento social de cada indivíduo. E então, a título de curiosidade, se reescrevêssemos os tradicionais contos de fadas, num estilo bem brasileiro, incorporando anti-heróis tupiniquins, de relevantes malfeitorias, quem seriam eles? Renan poderia ser o Bicho Papão; Inácio daria um ótimo Capitão Gancho; Dilma, com certeza, encarnaria perfeitamente a Cuca, o jacaré-fêmea do Sítio do Pica-pau Amarelo; Zé Dirceu convenceria como Lobo Mau de rara eficiência; Maluf seria um autêntico Dick Vigarista; Zé Sarney interpretaria o Mancha Negra com louvor; Edmar do Castelo incorporaria majestosamente um dos Irmãos Metralhas, o 171!
Que magnífico livro daria, sob o título “Contos de ogros brasileiros”, seguramente um clássico para as futuras gerações obterem exemplos sólidos de como não ser e não fazer, para o bem de todos e felicidade geral da nação!
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*Nivia Andres, jornalista, graduada em Comunicação Social e Letras pela UFSM, especialista em Educação Política. Atuou, por muitos anos, na gestão de empresa familiar, na área de comércio. De 1993 a 1996 foi chefe de gabinete do Prefeito de Santiago, Rio Grande do Sul. Especificamente, na área de comunicação, como Assessora de Comunicação na Prefeitura Municipal, na Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACIS), no Centro Empresarial de Santiago (CES) e na Felice Automóveis. Na área de jornalismo impresso atuou no jornal Folha Regional (2001-06) e, mais recentemente, na Folha de Santiago, até março de 2008. Blog da jornalista: http://niviaandres.blogspot.com/
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42 comentários:

  1. Ôi Nivia...
    Quando eu era pequena, morria de medo do bicho-papão. O engraçado é que eu nem sabia quem era ou o que era esse tal bicho-papão. Quando eu não queria dormir, lá vinha minha mãe ameçando: "se você não se deitar, o bicho-papão" vem te pegar!" E eu corria pra cama, com medo do tal bicho que nunca tinha visto. Muitas vezes fazia manha pra comer e o papai sentenciava: "Se você não comer o bicho-papão bem te buscar". Que medo, comia forçada, afinal, não queria ser levada por um monstro, pelo menos era isso que minha mente infantil imaginava.

    Hoje, crescida, vi que meus temores de infância não eram infundados. O bicho-papão existe e se vacilarmos, não só tira nosso sono como nossa comida. Hoje sei que o bicho-papão tem nome, na verdade, muitos nomes e se esconde no Congresso, Senado ou no Palácio do Alvorada.

    Quem diria! Quando criança, pensava que eles moravam em cavernas úmidas e escuras, eram cheios de pelos e com olhares aterradores. Pelo contrário. São elegantes, trajam-se bem e a cada instante estão prontos para dar o bote e nos pegar.

    Criança é mesmo inocente, Nivia. Tão inocente que jamais iria imaginar que o monstro que tanto temia, que povoava seus sonhos infantís era também escolhido pelos seus pais, através de votos. E pensar que agora a incumbência é minha. Cresci, fazer o quê! Sou obrigada a escolher um dos muitos bichos que mais tarde irá me "papar". Irá papar meus pais, tios, avós... Meu povo! Ahhh... Que saudades do bicho-papão da minha infância! Eu era feliz e não sabia...
    Beijos, Nivia,

    Liliana Diniz - Santo André - SP.

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  2. Queridas amigas e amigos, brilhante colega e amiga Nivia Andres: Nossa querida gaúcha desfila hoje aqui com seu brilho de sempre. Texto fluente e limpo, bonito, criativo, embalado na sua cultura de leitora atilada, com vasta visão crítica. Parabéns!
    Milton Saldanha

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  3. Bom dia, Nivia!
    Realmente, é uma idéia escrever um livro com nossos anti-heróis tupiniquins. O problema é encalhar as vendas nas livrarias. O público alvo é o responsável pelo fato de tantos bichos-papãos (ou seriam papões) estar hoje no Poder. E com o dinheiro das bolsas, não iriam comprar um livro que falasse mal do seu bichinho preferido, com certeza. Mas, a tentiva é válida. Quem sabe uma ONG não resolva patrociná-lo para distribuir gratutitamente às nossas crianças. Se isso acontecer, a tendência é diminuir ou acabar, num futuro, os tais bichos roedores, ou melhor, papadores. O Brasil, sem eles, seria outro País.
    Parabéns pela crônica de hoje!

    Abraços,

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.

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  4. Olá Nívia

    Obrigado por mais um texto magnífico.

    “Contos de ogros brasileiros”. Uma idéia genial. Para não ir muito longe, você pode começar com os políticos a partir da proclamação da república. Tenho certeza que fará sucesso.
    Você já pensou dizer para uma criança hoje: “se comporte se não eu chamo o Sarney” ou qualquer outro político em evidência? Pessoas que a exemplo das bruxas, ogros, lobos maus, etc., da literatura de outrora praticavam o mal para atingir seus objetivos não medindo as conseqüências. Eu disse outrora, mas os livros ai estão para quem quiser ler. “Os mais belos contos de fada Russos”, Ingleses, Irlandeses, Franceses... As fábulas de La Fontaine, Esopo...
    Esses livros foram o tesouro de minha meninice. Ao vê-los nas vitrines embrulhados em papel colorido transparente, mostrando capas ricamente ilustradas eu vibrava de emoção.
    Um livro falando sobre as “fábulas políticas” brasileiras mostrando os maus e os bons a exemplo dos contos de fada ou das fábulas em que os personagens, como você bem exemplifica, são animais vorazes tentando abocanhar ou enganar os mais fracos.
    Se você quiser colaboradores para escrever esses contos, quem sabe eu possa dar uma “palhinha”?
    O rei, na figura de um leão vaidoso e nescio, cercado de eminências pardas nas peles de raposas, gambás guaxinins, lobos, etc., fazendo intrigas, roubando achacando, tramando... E o povo, recebendo as migalhas ou minguadas sobras de caixa.

    J. Morgado

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  5. E essa brincadeira abaixo exemplifica bem o papel dos papões em nosso País:
    "Um homem passa pela porta do plenário do Senado e escuta uma gritaria que saia de dentro: “Bandido, Ladrão, Salafrário, Corrupto, Falsário, Drogado, Oportunista, Chantagista, Assassino, Traficante, Mentiroso, Vagabundo, Sem Vergonha, Trambiqueiro, Preguiçoso de Merda, Vendido, Estelionatário, Assaltante, bicho-papão... ”
    Assustado o homem pergunta ao segurança parado na porta: “O que está acontecendo ai dentro? Estão brigando?”
    “Não” - responde o segurança:
    - “Estão fazendo a chamada."...
    ESTE É O RETRATO DO NOSSO... BRASIL!

    Abraços, Nivia, belo artigo!

    Tanaka - Osasco - SP.

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  6. Bom dia, amigos e amigas!

    Preliminarmente, quero cumprimentar nosso brilhante colega Edward de Souza, pelo Selo Ouro que agora ostenta este blog, justamente recomendado pela Abril e reiterar a grande honra que é, para mim, fazer parte de sua equipe de articulistas. Além de uma honra, é uma alegria diária e permanente participar desta rede de amigos que cresce vertiginosamente, na medida em que os temas propostos encontram eco na consciência dos leitores.

    Pois bem, nosso conto de fadas às avessas nada mais é do que um retrato da realidade em que vivemos - os monstros que povoavam o imaginário da nossa infância são bem reais e atacam, destemidos, o cotidianos de cada um e de todos, através dos desmandos institucionalizados, com o aval de uma massa acrítica e sem voz, que cresce na medida em que deixamos os políticos desonestos tomarem conta das instâncias governamentais, que teriam a obrigação de governar para o bem comum, mas usam o poder, de forma descarada, em próprio proveito e para os seus asseclas.

    Acredito que vivemos um período de transição para a mudança e este espaço que ora utilizamos é um dos instrumentos que vai possibilitá-la. Se temos voz, ela precisa ser ouvida. Cabe a nós mudarmos a face deste país, livrando-o de lobisomens, bruxas, bichos-papões e de todas as espécies de ogros que infelicitam o nosso ambiente. A missão é árdua, mas possível. Basta que não desistamos de agir, em vista das dificuldades.

    Um abraço a todos. Volto mais tarde.

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  7. MESSIAS ANTONIO BENTOsegunda-feira, 03 agosto, 2009

    BOM DIA!
    DESCULPEM MEU DESABAFO MAS, PRA MIM, O BICHO-PAPÃO É UM BARBUDO QUE CHEFIA UMA GANGUE DE MARGINAIS E LADRÕES EM BRASILIA, E QUE QUER CONTINUAR A SAQUEAR NOSSO PAÍS... E TEM GENTE QUE VOTA NESSE ESTRUME. TAMBÉM, COM TANTAS BOLSAS FORNECIDAS AOS CABEÇAS CHATAS COM O DINHEIRO MEU E SEU, SÓ MESMO FAZENDO CARIDADE. QUERIA VER ESSE BICHO-PAPÃO BARBUDO FAZER CARIDADE COM O DINHEIRO DELE.
    GOSTEI DO BLOG E CUMPRIMENTO A JORNALISTA NIVIA, POR ESSE ARTIGO!

    MESSIAS ANTONIO BENTO - CUIABÁ/MT

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  8. From: Vera Seckler
    Sent: Sunday, August 02, 2009 4:26 PM
    Subject: Re: Fw: GANHAMOS O SELO DE OURO DA EDITORA ABRIL...

    O Instituto Histórico e Cultural de Mongaguá e a Casa da Memória se sentem orgulhosos de tê-lo como membro.
    Abraço

    Vera

    Um email enviado pela presidente do Instituto.

    Os "Mosqueteiros do Blog do Edward, agradecem.

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  9. Prezada Nivia!
    O texto intitulado "Histórias de fadas ou de pizzas" - “Contos de Ogros” - está sensacional. Merece publicação e mesmo uma série deles para formar um livro. Linguagem gostosa, dentro dos parâmetros jornalísticos e literários. Há muita história a ser grampeada do passado e transposta para o presente.

    Particularmente, penso que também se pode buscar exemplos na velha Grécia, nos clássicos. Veja e analise: os deuses do Olimpo são os nossos políticos. Nababos, marajás, vingativos. Lançam toda sorte de maldição nos mortais, nós, obrigando-nos a um trabalho de Hércules todos os dias para sustentar seus luxos, suas amantes, seus amigos e parentes. E ainda não encontramos nenhum herói para nos salvar. Pense.

    Guido Fidelis

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  10. Marcos Aranha Penteadosegunda-feira, 03 agosto, 2009

    Sabe, Nivia, o problema do brasileiro é este. tudo é motivo para brincar. coloca-se milhões num desfile para festas gays, São João e Carnaval e não se consegue reunir uma centena na frente do congresso para protestos legítimos contra os bichos-papões do nosso povo.

    Acredito que nós brasileiros precisamos resgatar a natural capacidade de nos irarmos diante desses absurdos que acontessem onde deveria vir bons exemplos. Claro, que com reações pacíficas, mas de forma coletiva, usando todos os instrumentos de comunicação disponíveis.

    Possuimos hoje tributos muito altos, que não seriam questionados se tivéssemos o necessário retorno, principalmente na saúde, educação e outros direitos essenciais.
    Abraços,

    Marcos Aranha Penteado - Maringá

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  11. Feliz o homem que suporta a tentação.
    Por que depois de sofrer a provação, recebera a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam. Ninguém quando for tentado, diga: “É Deus que me tenta”.
    Deus é inacessível ao mal e não tenta ninguém. Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e alicia.
    A concupiscência depois de conceber dá à luz ao pecado; gera a morte.
    Não vos iludais, pois, irmãos meus queridos.

    Padre Euvideo.

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  12. Quando menino eu lia muito gibis lá no maranhão.
    Confesso que eu era fã numero um do mancha negra.
    A minha política é inspirada nele. Hoje eu vejo com orgulho o reconhecimento através das palavras sábias que a jornalista atribuiu a mim.
    É a glória!!!

    José Sarney

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  13. Ôi Nivia...
    Verdade quer os maiores bichos-papões do nosso País são os políticos, mas por uma questão de Justiça, seria bom enumerar outros que sangram até a alma do brasileiro. Um exemplo são os banqueiros, uma verdadeira Máfia instalada no Brasil. Nos roubam na maior cara de pau, além de algumas estatais, como por exemplo a Sabesp e a Eletropaulo. A água e a luz que os brasileiros usam em suas casas são caríssimas. Outros bichos papões do nosso dinheiro que poderiam, sem favor algum, desfilar nas páginas desse livro. Se seguirmos em frente, iremos nos deparar com "Os missionários da Fé". Esses bichos-papões certamente irão queimar no Inferno, se é que ele existe. Certo que o povo entra na conversa desses vigaristas porque quer, mas nós também entramos no papo dos políticos porque queremos, como eles! O Edir Macedo seria, nesse livro, como sugestão minha, o maquivélico Dr. Silvana, aquele inimigo número Um do Capitão Marvel, cujas intenções, além de derrotar nosso herói, é conquistar o mundo de qualquer maneira. Não haveria espaço suficiente para que eu pudesse enumerar mais bichos-papões do nosso Brasil, por isso paro por aqui. Ótimo seu artigo, tanto que me fez viajar na imaginação, sempre nessa linha traçada por você, identificando nossos "bichos-papões".

    Beijos a vc e parabéns, Nivia. Vc escreve magnificamente bem.

    Maira Cristina - São Paulo/SP

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  14. Queridos amigos e amigas do Blog,

    Antes de comentar o artigo da Nivia, não posso deixar de saudar o confrade e amigo Osvaldo Lavrado pela história do rádio interessante que contou ontem. Estava viajando – fui participar do lançamento de um festival gastronômico em Ubatuba, tarefa difícil...- e só hoje vim ao Blog. Lavrado: que equipe aquela dos craques do rádio heim? Tive o prazer de conhecer todos. Com o Rolando Marques, convivi também na Prefeitura de São Bernardo onde ele desempenhou, com maestria, o cargo de chefe do Cerimonial. Imaginem as solenidades, apresentadas com aquele vozeirão.
    Depois, nos comentários, fiquei sabendo do beijo que o Edward ganhou de um fã. Naqueles tempos, o movimento GLS ainda não existia. Se fosse nos dias atuais,considerando que o amigo está com a bola toda, convidado para desfilar ternos Armani, a história certamente iria para a revista “G”. Mas vamos considerar que, de fato, houve uma euforia etílica do rapaz. E fica tudo por isso mesmo.

    Nivia: genial a montagem de personagens atuais com os antigos contos de fadas. Brasília, a ilha da fantasia, está povoada por muitos deles. O lamentável é que, quando retornam aos seus territórios, continuam com poder e ascensão inabaláveis. Vejam o retorno de Renan Calheiros ao Senado e a eleição de Severino Cavalcanti – agora doente – a prefeito de sua cidade.

    Edward: Parabéns pelo selo de ouro. Vamos ao TOP!

    Abração,

    édison motta
    Santo André, SP

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  15. Ôi Nivia...
    Mais uma vez você consegue mostrar criativamente a nossa triste realidade. Meus parabéns!
    Bjos,

    Gabriela - São Paulo - SP.

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  16. A tarde já vai alta e ainda não recebemos as visitas de nossas queridas colegas da Comunicação da Metodista e da Cásper Líbero...Onde estão vocês, gurias?

    A opinião de vocês é muito importante para o blog, assim como a de todos os nossos amigos que ainda não se manifestaram.

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  17. Nivia, querida, eu estudo na Cásper Líbero, tá? As coleguinhas ainda estão em férias, esticadas pela gripe suína, deve ser por isso. Muitas, simplesmente desapareceram, com medo do novo "bicho-papão" que começa a mostrar sua cara a cada dia. Ontem, a morte daquela garota de 15 anos, sepultada hoje em São Caetano; instantes atrás de um homem de 50 e poucos anos aqui em São Paulo. A pandêmia, descartada pelos donos do Poder, os verdadeiros "bichos-papões", mostra sua triste e cruel face.
    Beijos...

    Gabriela

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  18. Nivia, recebi uma ligação da Gabi, dizendo que vc estava nos conclamando e vim ao blog. Ia fazer isso mais tarde, mas foi um dia corrido hoje. Fui às compras. Olha, achei interessante essa sua idéia, principalmente se voltarmos no tempo, que conheço apenas pela história. Tivemos muitos outros "bichos-papões" em nossa política que se enquadrariam como uma luva nesse livro. Imagine o Carlos Lacerda no Rio, Adhemar de Barros, Jânio Quadros e mais recentemente o ex-prefeito de São Paulo, o Pitta. Nesse último caso, a quadrilha estaria completa, Pitta, Maluf, seu chefe supremo e outros da curríola. Seria uma delícia folhear um livro com essas carinhas carimbadas da nossa política no papel correto que deveriam ter na vida real, ou seja, de escroques. Tem uma poesia interessante que encontrei outro dia na internet, num site ou blog, não me lembro, de autoria de Rosa Clement. Pelo menos é esse o nome que vi assinando a autoria. Basta mais um versinho para completá-la com nossos políticos, ficaria perfeita, leia:

    O Bicho-Papão

    Será que alguém já viu
    se o tal bicho-papão
    tem cara de bolacha
    ou tem cara de pão?

    Será que ele aparece
    na forma de um balão,
    se estica pela brecha
    e aguarda no colchão?

    E quando chega a noite
    em plena escuridão
    vai embaixo da cama
    virar o comilão?

    Será que seu cardápio
    varia a refeição?
    Terá raposa, lobo,
    ou só frango e leitão?

    Será que sua voz
    tem rugido de leão?
    ou será que ele chama
    cantando uma canção?

    Adultos me respondam
    a última questão.
    Quem será que inventou
    esse bicho-papão?

    Beijinhos...

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  19. Ah, Gabriela, me perdoe a indelicadeza! Ainda não gravei todos os nomes das colegas. Você deve estar certa, a gripe A está assustando o pessoal mas, mesmo assim, você está participando e agradeço muitíssimo. E, Andressa, que bela colaboração! Já sabemos que o Bicho Papão é tal um camaleão; suas formas são múltiplas...

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  20. Amigos do "nósso" Blog, bôa tarde.
    Parabéns a Nivia Andres pelo artigo de hoje.
    Sim, quando criânças, muitos de nós acreditava-mos nas histórias e lendas que nos contavam nóssos pais. A gênte escutava com a maiór atençaõ e depois ia dormir com mêdo do Bicho Papão, o Hómem do Saco e o Lobo Mau.
    A gênte éra feliz e não sabia.
    Hoje a realidade é outra e o mundo de sonhos da infância,transformou-se em pesadêlo ,pois todos os vilôes das histórias tornaram-se reais, travestidos de Politicos sem nos dar chance de ao menos nos defender de seus ataques em nósso combalido BOLSOS.
    Complementando, não sei se a Nivia esqueceu-se ou omitiu por um descuido.
    Não citou o nósso verdadeiro ALI BABÁ, vulgo MOLUSCO,O LULA, esse sim,já disse ao que veio juntamente com seus quarenta ladrões,e apóia a todos indistintamente, desde o momento que seja de seu interesse.
    Abraços Nivea, abraços Edward e todos amigos do nósso dourado Blog

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  21. Martinha - Metodistasegunda-feira, 03 agosto, 2009

    Ôi Nivia, adorei sua criatividade. O único impecilho para que seu livro seja impresso e colocado nas livrarias, seria a censura. Como será que reagiriam ao ver crianças folheando um livro com as caras (rosto é um tratamento a ser dado ao ser humano), dessas manjadas figuras de nossa política? Milhares de criancinhas iriam perder o sono. Imagine dar de cara com um sapo barbudo prestes a lhe abocanhar! Ou o dono do Senado lhe perseguindo, com olhos aterradores, boca escancarada com dentes pontiagudos, tentando lhe roubar seu cofrinho com moedinhas! Se a censura for a mesma que proibiu o filme da Cicarelli no You Tube, vai carimbar na capa do livro: Proibido para menores de 21 anos.
    Mas, vale a pena tentar... Com nosso jeitinho brasileiro, Nivia, pode ser que consigamos dobrar a censura. Pelo menos nossas crianças terão seu "bicho-papão" que todos nós tivemos em nossa infância. O nosso, sem cara, desconhecido. O delas, com cara e bem conhecidos!
    Beijos a você e as amigas da Cásper Líbero, onde fiz o primeiro ano de jornalismo. Estou no terceiro, na Metodista, em São Bernardo onde moro.

    Martinha - São Bernardo - Metodista

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  22. Nivia e minhas coleguinhas futuras jornalistas. Não estarão vocês sendo rude em demasia com nossas pobres crianças. Os tempos mudaram, são outros e já não se fala mais em "bicho-papão", "Sacy Pererê", "mula-sem-cabeça" e outros personagens do nosso folclore. A sugestão que deixo, para evitar esse trauma na garotada é um livro com receitas de pizzas. Em cada uma delas a cara arredondada de um desses nossos políticos. E o nome correto para cada pizza. Por exemplo: "Pizza parentes no Senado", Carinha do Sarney; "Pizza Mensalão", carinhas do Lula, Zé Dirceu e outros. Essa pizza, sem dúvida, seria a com maior variedades. E assim por diante. Nossas crianças não se chocariam e nem engordariam muito. Afinal, qual delas teria apetite para comer muito, vendo aquelas caras?
    Beijos,

    Thalita - Santos - Unisantos

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  23. Olá amigo Admir! Como poderia esquecer? O presidente está lá, sim, na pele do Capitão Gancho...

    "...Inácio daria um ótimo Capitão Gancho..."

    Lembra dele, o malvado da história do Peter Pan? Pois é, teve um fim horripilante, comido pelo feroz jacaré...

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  24. “Quando o Lula joga Banco Imobiliário, ele é capaz de afetar a economia nacional.”

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  25. São tantos malvados, que a Nivia se esqueceu do Chuc Norris!

    Quando o Bicho Papão vai dormir, ele deixa a luz acesa com medo do Sarney.

    “Ao responder as questões de uma prova, escreva sempre “José Sarney”. Você vai sempre tirar nota 10.”

    “José Sarney” pediu um Big Mac no Burger King.
    E foi atendido.”

    Padre Euvideo.

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  26. Nivia, tudo bem?
    Quanta criatividade sua e das minhas amiguinhas. Adorei esse texto, mexe com nossa imaginação. Gostei também do que escreveu a Liliana, que lindo, menina! Parabéns! Seria uma boa jornalista. Mas, escolheu a medicina, é um sacerdócio, como é o jornalismo. Vamos tentar cumprir bem nosso papel.
    Nivia, como espião de comentários hoje, me diga apenas uma coisa. Esse livro do ogro, abaixo da sua assinatura, parece-me o Inácio numa charge, ou é impressão minha. Observe bem...
    Beijos,

    Lidiane - Metodista de São Bernardo - moro em Santos

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  27. Oii Nivia, "falha nóssa" kkk
    É que o nósso dignissimo e iletrado Presidênte, é mais conhecido por apelidos do que pelo próprio nóme, Sapo Barbudo, Molusco,Marido da Inutil,Nóve Dedos, 51 e por aí vai.
    Menos pelo nóme, que aliás quase ninguem sabe, ainda mais INÁCIO ?? .
    A propósito, agóra fiquei com dó do jacaré, que déve ter morrido envenenado depois do "suculento" almoço kkkk
    bjs
    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  28. Ana Célia de Freitas.segunda-feira, 03 agosto, 2009

    Boa noite a todos...
    Nívia,como sempre texto brilhante,você demonstrou através do mesmo quem são os bichos papões, as bruxas,as cucas,enfim os vilões do novo século.
    Apenas uma diferença,os vilões da nossa infância era imaginação nossa,inocência mesmo, mas os de hoje causa muito mal a humanidade,há alguns minutos assisti a uma discussão no plenário com Collor,e outros políticos, causou náuseas.
    Penso que deveriam mudar o nome do conselho de ética para conselho de ÈTITICA.
    Há outra diferença,na atual circunstância não exista o viveram felizes para sempre,não para nós, mas para eles com certeza.
    Parabéns pelo texto,por favor mande uma cópia para cada político em Brasília.
    Ana Célia de Freitas.Franca/SP.

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  29. Um brasileiro de saco cheiosegunda-feira, 03 agosto, 2009

    José Sarney, Lula, Zé Dirceu, Maluf, Jader Barbalho, Mercadante, Genoino, Quercia, Severino, FHC, Pita, Collor, aquele do castelo (esqueci o nome), todos os generais da ditadura, Delfim Netto, descendentes do clã ACM, vereadores, prefeitos, governadores, deputados estaduais e federais, senadores, ministros, presidentes e diretores de estatais e autarquias, o guarda da esquina achacador, o cidadão que suborna, empresários atolados em falcatruas, bandidos, traficantes, policiais corruptos, médicos negligentes, advogados de bandidos, jornalistas comprados, estelionatários, donos de postos que adulteram combustíveis, contrabandistas, laboratórios que vendem remédios forjados ou não testados, supermercado que rouba no peso, superfaturamento de obras, doações não declaradas para campanhas eleitorais, cabides de empregos, funcionários fantasmas, desvio de materiais de obras, roubo de combustíveis, desmanches de carros roubados, jogo do bicho, contraventrores do futebol e do carnaval, fortunas não explicadas, sequestradores, exploradores de menores, estupradores, fazendeiros com trabalho escravo, caloteiros de todos os tipos, vagabundos em geral.
    Junte tudo isso, mais o que esqueci, e torça para que o inferno exista. Só que o capeta vai ter que ampliar as instalações.

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  30. Era uma vez... Não, não era uma vez. A bruxa da corrupção está solta! Da torre do Castelo onde estava encerrada, a rainha do mal conseguiu com a ajuda dos duendes de um reino chamado “brasimara”, escapar. Montada em sua vassoura mágica percorre todas as províncias do reino e com sua imunda varinha de condão vai espalhando nuvens tenebrosas.
    Seus discípulos mais chegados, vão se locupletando. Com palavras melífluas conseguem hipnotizar a população, enganando-os!
    Em toda a parte, corruptores e corrompidos. A lepra moral se espalha. Ao contrário da doença física, essa é transmissível!
    Um dia, surgirá o príncipe salvador. Quando? É difícil saber. A “fada esperança” continua trabalhando...

    J. Morgado

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  31. A lista do brasileiro de saco cheio, acima, pode incluir também: gente que faz a apologia do fumo, drogas, álcool; jogadores profissionais de cassino e similares; jogadores de futebol marginais como o Romário; idiotas como o Kaká, que enchem os estelionatários daquela "igreja" de dinheiro; motoboys insanos no trânsito; quem compra e quem vende carteira de motorista; criadores de cães pitbull; neo-nazistas; flanelinhas que somem depois que recebem para cuidar do seu carro; firmas de vallet, que se apropriam dos espaços públicos; a Prefeitura, que não faz nada contra esses abusos; estacionamentos não tabelados, que cobram absurdos; feirantes que te empurram coisas podres misturadas com as boas; o povo otário que concorda com tudo.

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  32. Deus é bom d+.
    Ele deu a inteligência para o homi.
    Essa inteligência, gero a tecnologia.
    E por sorte naum são todos que tem acesso a tecnologia.
    Sorte desse “indignado II” ai, por que se eu tivesse a tecnologia da bomba, eu soltar uma bem na boca desse idiota.

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  33. E esse brasileiro de saco cheio então! Madremia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  34. Esse é o blog mais maluco que eu já vi.
    Tem um padre, duvidoso, um véião com uma foto muito, engraçada, com uma coisa na mão que ninguém sabe o que é, um cientista burro, e um monte de jornalista veio, querendo passar por garotões, achando que as fotos das meninas são atualizadas. “Valhamiodio.

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  35. Gente e esse professor então!!!!!!!!! Eu tive a curiosidade de ir lá no blog dele, meu deus é um verdadeiro desequilibrado. O Homem é fanático por cinema. Nem percam tempo, não vale a pena!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  36. O blog tem a presença da grande maioria formada por pessoas inteligentes. Já observei que no final do dia, quando o assunto foi debatido até não mais poder, surgem os analfabetos que não se identificam. Entram anônimos e saem desconhecidos. Veja esse imbecil que usa o apelido "Sou Eu". Um burro de marca maior. E discorda do quê, esse quadrúpede? Ele nem sabe o que leu, se é que leu. Sugiro ao Edward que mantenha o blog até uma certa hora e depois corte a opção "comentários", assim esses animais ficam a ver navios. Observem, se tenho ou não razão... Daqui a pouco aparecem mais tipos, como o imbecil do Padre Euvídio, a Jurema, o tal Sarney e os aplausos do idiota do Professor João Paulo. Pra mim, são todos um tipo só. Esse tal Euvídio faz esses tipos todos, tenham essa certeza. É o mesmo estilo e a mesma ignorância!
    Nivia, desculpe meu desabafo, mas faz dias que só observo pra hoje descer o malho nesses hipócritas que vivem a atormentar nosso espaço.
    Parabéns pelo seu artigo. Satírico,Inteligente e diferente!

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  37. Nivia, até que em fim uma brasileira que dá nome aos bois: digo dá nome aos ratos que desgraçam este país maravilhoso que é nosso, das pessoas de bem. Muito bom.
    Um grande abraço.

    Um brasileiro – Alto Paraíso – GO

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