quarta-feira, 26 de agosto de 2009

ATÉ NEUROSES APROVEITADAS NOS GOLPES

TERCEIRO CAPÍTULO

Depois que um vigarista conseguiu vender um bonde a um mineiro, e outro malandro o Viaduto do Chá a um caipira em São Paulo, esse tipo de golpe ficou desacreditado. Entretanto, na França, em Paris - abordamos o assunto ontem nos comentários - um vigarista vendeu a Torre Eiffel três vezes, num dos maiores contos do vigário que o mundo já conheceu. Na imaginação do vigarista, até as neuroses são aproveitadas, acompanhe...

O CONTO DO CLEPTOMANÍACO – Em uma das principais joalherias do Rio de Janeiro, um homem de olhar nervoso entra na casa de jóias e pede para ver os anéis. Um dos funcionários coloca vários em cima do balcão, na esperança de uma grande venda. O jovem examina e de repente pega um deles e sai correndo. Os funcionários da loja saem rapidamente em seu encalço, mas o jovem já se encontra seguro por um senhor de aspecto distinto, muito bem vestido. Explica, já de volta à loja, que o rapaz é seu irmão, mas sofre de cleptomania. Entrega o dinheiro do valor da jóia que seu "irmão" havia levado. Depois de tudo certo, o senhor distinto solicita desculpas. No dia seguinte, lá vem de novo o rapaz de olhar nervoso. Os funcionários já estão preparados, mas mesmo assim mostram as jóias para ele. Acontece a mesma correria do dia anterior e aparece o senhor distinto que paga novamente a jóia levada pelo "irmão". E assim vai acontecendo todos os dias, só que as jóias escolhidas são cada vez mais caras. O senhor distinto vai sempre pagando e o dono da joalheria fica cada vez mais satisfeito. Chega a aguardar ansioso a presença do rapaz de olhar nervoso. E ele aparece mais umas duas ou três vezes, mas os funcionários nem mais se preocupam em persegui-lo. Ao contrário, oferecem sempre os melhores e mais caros artigos. Em determinado dia, ele escolhe um colar caríssimo de brilhantes e sai correndo. Ninguém o persegue. Ficam olhando para a porta, na espera do senhor distinto que virá pagar o colar. Desta feita ele não aparece. O colar levado pelo rapaz nervoso valia cinquenta vezes mais que todas as jóias anteriores, que haviam sido pagas até aquele dia.

O CONTO DO ROLEX - Dois rapazes bem vestidos chegam a uma joalheria para comprarem um relógio Rolex, que seria dado ao patrão como presente de aniversário, oferecido pelos funcionários da empresa. Como os dois não chegavam a um acordo sobre o modelo que mais o agradaria, fazem o pagamento de um relógio e pedem ao dono da joalheria que um funcionário os acompanhasse, com os dois relógios, até a empresa, que ficava no prédio ao lado, onde o próprio patrão faria a escolha. Chegando ao bem montado escritório da empresa são atendidos pela secretária, que pede ao funcionário da joalheria que aguarde um instante enquanto os três entram na sala do patrão com os dois relógios. Só depois de um bom tempo esperando e percebendo que a secretária desapareceu é que o rapaz descobriu que a "sala do patrão" - que tinha outra porta de saída - estava vazia, e que aquele escritório estava sendo desocupado, pois a empresa, antes ali estabelecida, mudara-se para outro andar.

O CONTO DO PAU-DE-ARARA – O mais cruel dos contos é o do pau-de-arara. O vigarista usa a boa fé, a ignorância das vítimas e um caminhão para colocar seu plano em ação. Ele chega em qualquer cidade do Nordeste e espalha a notícia de que está indo para o Rio de Janeiro ou para São Paulo e pretende lotar o caminhão com pessoas que querem viajar. Afirma aos interessados que a viagem terá a duração de três dias, e ele cobrará barato. Sem muita demora arruma logo a freguesia, e parte. Três dias depois, quando chega em uma cidade movimentada, ele para e avisa aos passageiros que a viagem chegou ao fim. Alegre, o grupo salta, mas vai saber a verdade na primeira esquina: a cidade é Vitória da Conquista, Bahia e o Rio de Janeiro ou São Paulo está bem longe. O caminhão também.

O CONTO DO TROCO – Nas grandes metrópoles, o telefone também entra na história dos vigaristas. Quase todos os dias ele é aplicado. O malandro prefere sempre um edifício que tenha duas entradas. Disca os números de um supermercado das proximidades.
- Alô, aqui é do apartamento 365 da Avenida Alcântara, nº 340. Por favor, eu queria um desodorante e um sabonete. Existe um problema. Eu queria troco para 5 mil cruzeiros (dinheiro da década de 70). O entregador do supermercado chega instantes após no 340 da Avenida Alcântara. O vigarista o espera na porta. Pergunta se é do supermercado. Ao receber a afirmativa do entregador, solicita que ele lhe entregue a encomenda e o troco, pedindo que o espere por alguns minutos, enquanto sobe ao seu apartamento para buscar o dinheiro. O funcionário do supermercado espera por muito tempo na porta do edifício, mas nunca mais vai ver o vigarista, que já saiu pela outra entrada.
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Acompanhe nesta quinta-feira o quarto capítulo dessa série de "contos do vigário" e conheça outros golpes criativos aplicados no século passado.
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*Edward de Souza é jornalista, escritor e radialista
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48 comentários:

  1. Bom dia amigos (as) do blog...

    Estamos nos aproximando de 70 mil visitas neste blog, o que deve acontecer nesta quarta-feira, quando postamos esse terceiro capítulo da série "Contos do Vigário", golpes criativos que eram praticados na década de 60 e 70 no Brasil. É bom explicar que a linguagem usada na década de 70, quando escrevi pela primeira vez essa série, é usada em grande parte desse texto. Resolvemos manter o valor do dinheiro utilizado na época da publicação, para que os contos não percam sua originalidade.

    Mais de mil e duzentas pessoas passaram pelo blog nestes dois dias de postagens desses contos do vigário, registrando quase 97 comentários até agora. Por essa razão, deixo aqui meus agradecimentos aos amigos e amigas já habituados com nosso blog e as boas vindas aos que nos visitam pela primeira vez.

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  2. Edward, bem cedinho e estou no blog. Acabei de ler os contos deste terceiro capítulo. Esse golpe do cleptomaníaco é demais. Como em outros casos, os vigaristas sempre exploram a ganância das vítimas. Esse joalheiro pagou caro por isso. Os vigaristas, nesse caso, levaram vantagem em tudo, porque até as jóias que pagaram, ficaram com eles, com recibo e tudo.

    Fiquei com peninha dos nordestinos, tadinhos. Arrumaram as trouxinhas com a intenção de se mudar para uma cidade grande, onde poderiam melhorar de vida. Acabaram ficando sem o dinheirinho que tinham e numa cidade do Nordeste mesmo. Esse caminhoneiro é desalmado, Edward....
    Bjos, vou à faculdade e volto à tarde!
    Liliana - Santo André - SP.

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  3. Bom dia, Edward!
    Desde segunda-feira que não consigo tempo para seguir os demais capítulos dessa sua série inédita na Internet, sobre os velhos e gostosos contos do vigário. Hoje, antes de abrir a churrascaria, corri ao computador bem cedo e já li o capítulo atrasado de ontem e o de hoje. Fiquei impressionado com a facilidade e com a inteligência dos vigaristas que agiam naquela década de 60 e 70. Eram mesmo muito criativos. Alguns golpes que li, se praticados ainda nos dias de hoje, fariam vítimas, com certeza. Estou seguindo a série, O.K.? Excelente, parabéns.
    Um abraço,

    Paolo Cabrero - Itú - SP.

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  4. Olá amigos

    A série de contos do vigário que o Edward está postando neste blog, com maestria de um velho jornalista policial, é apenas o início de uma enxurrada de outros golpes que são aplicados todos os dias através dos meios de comunicação.
    Os contos do aluguel, do empréstimo, do laranja, do carro... Enfim um número sem-fim de velhacarias derivados dos tradicionais, mencionados neste blog pelo experiente repórter.

    J. Morgado

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  5. Eu penso que esse camioneiro que levava os baianos para dar uma volta de três dias era pago pelo Lacerda. O político, quando governador do Rio, não gostava de baianos nem de mendigos, o Milton Saldanha que conhece mais profundamente nossa política pode confirmar isso. Não foi o Lacerda que mandou matar mendigos no Rio?

    Abraços...

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  6. Se por um lado é triste podermos constatar que em nosso País impera tanta malandragem, por outro sobra um consolo. Temos o povo mais criativo do mundo, mesmo que seja para coisas ruins, como esse "conto do pau-de-arara". Muita crueldade, Edward. Fico imaginando aquele povo, sonhando com uma vida sem privações, conseguindo emprego e uma melhor condição de vida. Então surge um vigarista e coloca tudo a perder. Maldade pura!
    Bjos,

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  7. Olá Edward, agora li sobre o "conto do pau-de-arara". Minha mãe não se lembrava direito e me contou por cima. O engraçado é esse povo todo num caminhão e não descobrir para onde estavam indo. Como pode? Se pegam esse camioneiro fariam dele picadinho. Esse do cleptomaníaco é genial. Quanta imaginação!
    Obrigada, continuo seguindo a série. Coloco papai para ler todas as noites, quando ele chega da fábrica.
    Beijos...

    Ana Paula - Franca - SP.

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  8. Prezado Professor João Paulo!
    Sua indignação seria maior caso tivesse visto o que esses olhos viram, muitos anos atrás, quando fui enviado em missão para a cidade de Vitória da Conquista, na Bahia, onde fiquei durante 6 meses. Logo na primeira semana em que eu estava naquela cidade, quando certo dia fazia meu passeio matinal pela praça central, vi quando um caminhão estacionou, com uma pesada lona. O motorista desceu do caminhão e abriu a lona. Parecia invasão de marcianos. Desceu um bando de baianinhos gritando: "Olha o santo, olha o santo". Quem seria o santo, pensei. E não é que era eu!!! Os baiainhos se ajoelharam, me vendo de batina, acho que nunca tinham visto um padre, beijaram minhas mãos e o primeiro pedido que fizeram foi farinha. Queriam farinha de qualquer jeito e achavam que eu iria fazer esse milagre. Enquanto isso, o caminhoneiro fugiu, largando aquele povão na praça. E queriam farinha, onde arrumar isso, pensei. Pedi para eles esperar e fui num armazém, onde a igreja comprava fiado. Lá tinha ainda uns 10 quilos. Comprei tudo e mandei colocar na conta da igreja. Quando voltei, me juntaram, arrancaram a farinha das minhas mãos e comeram tudo. Até minha batina foi junto. Sai correndo para a igreja só de ceroula, com os baianinhos atrás. Não tinham onde ficar, dormiram na igreja muitos dias e todo o estoque de farinha da cidade acabou, foi um Deus nos acuda. Era água e farinha. Quando acabou começaram a comer abacate e beber água. Até que padre Aristeu conseguiu, com a ajuda de um político de Salvador, levar esse povo pra suas cidades novamente. Hoje, lendo o conto do jornalista Edward de Souza é que eu soube que aqueles coitados tinham sido vítimas do "pau-de-arara".
    Dona Miquelina me chama, volto mais tarde.
    A Paz do Senhor para todos!!!

    Padre Euvídio

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  9. Olá pessoal. Tudo que o Padre Euvídio escreve aqui neste blog, aprendemos a levar na brincadeira, no entanto, desta feita ele se aproximou, e muito, da verdade. Querida Ana Paula e mamãe Débora. Era mesmo desta forma que o golpe era aplicado. Esse povo nordestino, na ânsia de morar numa cidade como São Paulo e Rio, davam todas as suas economias para o vigarista, antes de sairem com o caminhão. E eram orientados a não colocar a cabeça para fora, do contrário a Polícia Rodoviária iria ver e levaria todos eles presos. Essa era a ameaça.

    Somente a noite, no escuro, o motorista parava o caminhão numa quebrada, perto de um riacho qualquer e o povão descia, fazia sua necessidades, tomava banho, etc e tal. Antes do dia clarear entravam no caminhão e ficavam fechados pela lona, sem botar o nariz para fora, enquanto o vigarista dava voltas com o caminhão, em marcha lenta, até seu destino, no caso uma cidade de porte maior, no Nordeste mesmo, para despachar todos eles e fugir em seguida.

    Ficavam sem dinheiro, sem casa e comida e dependiam da caridade dos conterrâneos para se alimentar. Muitos acabavam ficando pela cidade mesmo. Outros, mais tarde, voltavam pra casa. Mas, o sonho da cidade grande, depois dessa decepção e do apuro que passaram, para sempre estava esquecido.
    Por essa razão "O conto do pau-de-arara" é conhecido como um dos golpes mais cruéis praticados naquelas décadas de 60 e 70.

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  10. Edward, esse tal de Padre Euvídio é uma graça. Mesmo brincando com coisa séria, ele nos faz rir com suas frases engraçadas. Pelo menos serve para amenizar a tristeza que a gente sente ao saber da humilhação que esse povo nordestino sofria (será que ainda sofre?) nas mãos desses vigaristas desumanos. Edward, o tal Padre Euvídio é padre mesmo? Ou é brincadeira dele?
    Bjos,

    Karoline - Metodista - S. Bernardo

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  11. Olá Edward, parabéns pela série. Estou acompanhando atentamente todos eles. É inacreditável como eram velhacos esses vigaristas antigos. E muito inteligentes, não tem como uma pessoa não cair no golpe. O do cleptomaníaco é genial. Se fosse eu o joalheiro caia também. Você não ia contar hoje a história da coruja que venderam como papagaio para um português? Ou ficou para amanhã? De qualquer forma, volto ao blog, hoje e amanhã. Vou acompanhar toda essa série.
    Abraços,

    Eurípedes Sampaio - Jundiaí - SP.

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  12. Edward, tudo bem? Todos os contos chamam a minha atenção, mas como todo o pessoal, também me sensibilizei com o "conto do pau-de-arara", pensando no sofrimento daquele povo humilde quando descobre a farsa. Uma coisa me intrigou nesse conto. Me diga porque esse vigarista, travestido de caminhoneiro, dava voltas com o pessoal? Não daria na mesma se os transportasse para São Paulo ou Rio? Se ele passava o dia todo com o caminhão em movimento, estava gastando diesel, ou gasolina, sei lá, do mesmo jeito, não é verdade? Maldade pura não pode ser, tinha que ter o ganho nessa história toda... Volto mais tarde e amanhã venho ler mais. Já imprimi os contos de hoje também, com todas essas ilustrações engraçadas.
    Bjos,

    Thalita ( Unisantos) - Santos -SP.

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  13. Thalita, sei não, mas acho que esse motorista enrolava os nordestinos porque morava perto de onde os deixava, assim não tinha que voltar do Rio ou de São Paulo e nem pagar pedágio. Deve ser alguma coisa assim. Pobres coitados, dá mesmo pena!
    Bjos,

    Luiz Augusto Netto - Uberlândia/MG

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  14. Estou adorando essa série, Edward. Eu nem imaginava que esses contos eram praticados aqui no Brasil. Deu papo para discussão ontem na Universidade, acredita? Duas colegas estiveram no blog, não aprenderam a postar comentários, mas estão seguindo e discutimos o assunto por quase uma hora. Foi bem legal. Tentei ensinar a elas como postar comentários, vamos ver se conseguem.
    Beijos e parabéns pela série,

    Daniela - Juiz de Fora- MG

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  15. Caro Miguel Falamansa: sim, foi o Lacerda, quando governador do extinto Estado da Guanabara (ex-Distrito Federal, cidade do Rio de Janeiro). Para "limpar" a cidade ele mandou jogar os mendigos de uma ponte do rio Guandu. Se não me engano, a denúncia surgiu quando um dos mendigos sobreviveu milagrosamente. O crime era feito durante a madrugada. Apurou-se várias mortes. Naquele tempo não se usava essa expressão, mas acabou tudo em pizza e o governador sequer perdeu o cargo.
    Abraço,
    Milton Saldanha

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  16. Prezado jornalista, estou adorando essa série dos "contos do vigário". Registro esse meu primeiro comentário, depois de ter vindo ao blog várias vezes. Um dos melhores blogs que vi na Net, meu parabéns!

    Abçs,

    Cláudia - Porto Alegre - RS

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  17. Queridas amigas e amigos: há alguns anos cai no conto do desempregado. Foi mixaria, mas golpe. O cara ganhava no volume. Eu parei num congestionamento da Faria Lima quando ele se aproximou, bem arrumadinho,barbeado, gravatinha e sem paletó (certamente para não assustar, mostrar que não portava arma). Educado, quase tímido, explicou-me: "moço, fico com vergonha do que vou fazer, mas estou desde às 8 da manhã (eram 17h)procurando emprego. Estou com fome, pode me dar um troco para um sanduiche? Grande artista, interpretou tão bem o papel que o bondoso aqui caiu como um pato. Senti muita pena dele. Puxei o que seria hoje uns 10 reais e dei para o cara, na hora. Uns dois ou três meses depois encontrei o mesmo sujeito aplicando o mesmo golpe na Consolação. Quando se aproximou do meu carro, baixei o vidro e gritei: "Você de novo, seu safado!" O cara sumiu como um raio, no meio dos carros. Outra vez socorri na rua um cara com ataque epilético. Quando se recuperou do ataque, que era real, tentou me aplicar um golpe dizendo que era de Caxias do Sul, estava sem grana e queria voltar. Fiquei furioso e pensei: "esse agora vai para Caxias na marra". Era fisicamente bem mais fraco que eu, não tive receios. Coloquei o cara no carro, numa boa, e levei para a rodoviária. Lá fui procurar com ele o serviço social e só descansaria quando o patife estivesse dentro do ônibus. Quando ele percebeu que era pra valer, se mandou de repente, em passos rápidos, e sumiu na multidão. Foi tudo loucura, eu sei, mas aconteceu assim. Depois dessas duas experiências, aprendi a não acreditar em ninguém e corto logo o papo. Os safados manipulam os bons sentimentos da gente.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  18. Olá, amigos!

    Estão cada vez mais interessantes as "trambicagens" selecionadas por nosso talentoso jornalista Edward de Souza, que pesquisou, a fundo, o "modus operandi" utilizado pelos vigaristas para enganar o povo.

    Muito triste o caso do "pau-de-arara". Posso imaginar o desespero daquelas pessoas enganadas, sem terem para onde ir, sem dinheiro,sem nada...dependendo de esmolas, perdidas no mundo.

    Não sei se alguém já se deu conta, mas convivemos, há meses, com um legítimo "conto-do-vigário" no blog! A cada dia, nosso diletíssimo amigo, padre Euvídio, nos "conta" um "conto" diferente, conforme o tema proposto!

    Não se vexe, padre Euvídio, caríssimo amigo, os seus contos são do bem...São contos, mesmo! São aplicados apenas para provocar risos, eheheheh, ahahahahah...rsrsrsrsrsrs...E, às vezes, também, para provocar reflexão, quando nosso beatíssimo vigário não está sob os eflúvios de Baco...

    Aliás, o conto das pererecas é genial!

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  19. Excelente esta série dos Contos do vigário da década de 70! Li as publicada no dia de hoje e a que mais gostei foi do O CONTO DO CLEPTOMANÍACO! Achei muito interessante que ainda temos contos do vigário parecidos nos dias atuais e os ´espertinhos ´ continuam na ativa em pleno século XXI aplicando estes golpes em pessoas sem cultura e outras que se acham espertos para ganhar dinheiro fácil e acabam caindo na armadilha ! Na minha modesta opinião o que mudou nos contos do vigário da década de 70 e no século atual foi às formas de agir! Neste novo século temos o golpe do Mensalão, o golpe do dinheiro na Cueca, o do Que não vi nada e não sei de nada, das Contratações secretas, o do Dízimo e por aí vai!

    Estevam C. Figueiredo ( Ituiutaba MG )

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  20. Olá meu amigo Saldanha

    A época em que você se refere (tempos do Lacerda e & Cia.) não era a da pizza, mas da “marmelada”. Lembra-se?

    J. Morgado

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  21. Olá Edward e amigos do Blog!
    Eis no blog outro grande amigo nosso que eu não tinha notícias faz tempo. Creio que ninguém prestou atenção ao nome. O grande fotógrafo Estevam Figueiredo, ex- Diário do Grande ABC, que trabalhou nos bons tempos da "casinha" com João Colovatti. Estevam é um fotógrafo premiado, soube disso através do Ricardo Hernandes, faz algum tempo, e hoje veio dar o ar da graça aqui no blog do Edward. O J. MOrgado, MIlton Saldanha, Lavrado, devem se lembrar do Estevam Figueiredo. Vejam acima, ele está em Ituiutaba, Minas Gerais. Ontem a presença da Denise, eu vi, hoje do Estevam. Aos poucos vamos encontrando velhos amigos aqui no blog do nosso querido Edward de Souza. Que bom. Esses contos do vigário, cada vez mais intrigantes. Ótimos, Edward.
    Um abração para todos!

    Luiz Antonio ( Bola) - Santo André - SP.

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  22. Edward, o dia em que não venho ao blog mais cedo, morro de aflição. A Gabi já ligou em meu celular trazendo um monte de novidades, me contou até como era aplicado o "conto do pau-de-arara" e ia continuar, mas pedi para ela parar, senão como é que eu ia ler os contos, né? É aquela história. Você quer assistir a um filme, chega uma amiga e conta tudo. Não é preciso ir mais ao cinema, claro (rssssssssss....). Esse conto do pau-de-arara é mesmo cruel, como muitas outras maldades praticam contra nossos irmãos do Norte-Nordeste, entre eles políticos com cara de santo que prometem um par de sapatos se receber votos deles. Entrega um pé antes, se receber o voto, dá o outro. Além das promessas de água no Nordeste. Essa última pormessa, de água, dá votos, não Milton Saldanha?
    Para mim, o conto melhor de hoje foi do cleptomaníaco. Genial e muito bem aplicado. Um golpe de mestres, até porque, os vigaristas não são apressados, trabalham com calma até meter a mão na bolada. Muito bom os contos, cada dia melhor.
    Bjos Edward...

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  23. Prezado Edward, realmente, lendo seus contos, transporto-me à velha São Paulo da garôa, onde se podia andar nas ruas pela madrugada despreocupado, sem medo da violência. Eu andava pela Avenida São João, depois de meia-noite, e encontrava bares, restaurantes, lanchonetes e tabacarias, todos com as portas abertas e repleto de gente alegre se divertindo. Até os cinemas daqueles tempos tinham sessões contínuas, começando depois do almoço e seguindo até de madrugada. Os antigos vigaristas aplicavam seus golpes mas não praticavam maldades contra pessoas nas ruas. Eram inteligentes demais, basta conferir esse conto do cleptomaníaco, do troco e do Rolex. São Paulo de hoje, bares fecham suas portas assim que escurece, não tem mais aquela alegria e despreocupação de antigamente. Saudades...
    Abraços, parabéns pela série, vou continuar acompanhando!

    Laercio H. Pinto - São Paulo - SP.

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  24. Ôi Edward... É impressão minha ou os vigaristas daqueles tempos passavam o dia inventando golpes? Sabe o que eu fiz hoje? Li todos os contos novamente. Comecei do primeiro capítulo para chegar a esse terceiro, foi então que pensei sobre isso. São muitos contos e cada um deles com sua especialidade. Adorei o do violino, contado por vc ontem, do milionário, que dá aquele golpe impressionante na concessionária, do cleptomaníaco hoje e muitos outros. O que virá amanhã? Morro de curiosidade. Bom demais essa série!
    Bjos,

    Cindy - São Caetano - (Metodista de São Bernardo)

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  25. Imperdível esses contos do vigário, Edward. Todo mundo comentando lá na Metodista. Daqui a pouco vou pra lá, mas antes corri pra ler os contos do dia. Vão comentar e não posso estar por fora, claro. Também gostei desse, do cleptomaníaco. O do pau-de-arara é maldoso, apesar de conter um pouco de criatividade e muita "cara-de-pau" do vigarista. Imagina só tirar dinheiro desses pobres coitados. Bem... Tem outro que faz isso e está milionário, usando o nome de Deus, então...
    Beijinhos...

    Mônica - Metodista - São Bernardo

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  26. Edward, tudo bem? Cada dia contos surpreendentes desta série, muito legal. Olha, estou indo para as aulas também. Li o comentário acima da Mônica e tive uma idéia. Vou fazer uma enquete hoje na Metodista, pra saber qual o conto que minhas coleguinhas mais gostaram, tá? prometo que amanhã eu divulgo aqui. Claro vão faltar os outros que serão postado amanhã ou depois, não sei quando termina. Depois faço uma enquete final. Já preparei meu caderninho para marcar, voto por voto. Vou correr, está quase na hora e o trânsito é terrível essas horas.
    Tchau.... Até amanhã!

    Martinha - Metodista - São Bernardo

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  27. Pois é Edward

    Chegamos! 70.000 visitas. Parabéns.

    J. Morgado

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  28. Edward e amigos do Blog de Ouro, bôa noite.
    Edward está nos repassando verdadeiras AULAS de como se enganar otários, aulas éssas que ele tomou conhecimento ao longo se sua brilhante carreira de Jornaista e que tinha contato quase que diariamente com esse tipo de crime.
    Por cérto nenhum de nós teria coragem de pôr em prática o que está aprendendo, a não ser que por este blóg passeie algum politico, para se aproveitar do aprendizado e arrebanhar mais alguns $$$ do pôvo.(esqueci-me do Sarney)
    Quanto aos coitados dos Páu de Araras(Éra esse o apelido dos nordestinos que aqui chegavam)os que conseguiam descer em nóssa ântiga Estação Rodoviária, tinham que ter muito cuidado para não ficarem pelados literalmente, e sem lenço e sem documentos, de tantos vigaristas que frequentavam áquéla estação, a espreita do primeiro otário que lhe caisse nas mãos.(e éram muitos)

    Abraços pessôal e continuemos a nos divertir com os relatos do amigão Edward.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  29. Edward, tem também o golpe esperança; o virarista chama-se luiz inácio lula da silva. Um abraço.


    Um brasileiro - Chapada dos Veadeiros - GO.

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  30. Ana Célia de Freitas.quarta-feira, 26 agosto, 2009

    Boa noite amigos do blog...
    Edward estou encantada com a série,mas coitadinho dos nordestinos,sofrem tanto...
    Hoje assim que cheguei ao trabalho contei para as meninas sobre os contos,acharam muito legal,aproveitei e indiquei o blog.
    Fico ansiosa em chegar em casa para ler o próximo "golpe".
    Tudo que você escreve vale a pena ler,e sempre encontramos um pouco de graça em tudo.
    Olá Miltom Saldanha,nem mesmo você se livrou do golpe,hein!Esses caras tem uma lábia.
    Olá Karoline,o padre Euvídio é padre mesmo,é gente finíssima,muito estimado aqui em Franca.
    Gostaria de agradecer ao Professor Ms João Paulo de Oliveira pelas considerações sobre o ocorrido na creche,na próxima sexta-feira faremos um jantar beneficente para arrecadar fundos.Jantar do camarão.
    Abraçosssssssss a todos.
    Ana Célia de Freitas.

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  31. Oi, amigos (as)...
    Caro Saldanha, você tem razão, desculpem por ter desviado o assunto vibrante do nosso chefe Edward. Certamente, não acontecerá mais, prometo.
    Milton, acima você relata duas passagens suas com vigários aqui em SP. Conto outra mais ou menos semelhante, exatamente comigo e com o Edward. Foi em Marília. Uma noite de sábado, a gente (eu e o Edward) estávamos sentados em volta de uma mesa de um boteco na calçada larga da Avenida Bento de Abreu Sampaio Vidal, centro de Marília. Aí aparece um cara, tipo 30 anos, bem vestido. Conta uma precisava voltar para Uberlândia (ou Uberaba ?), sua cidade, e não tinha grana para a passagem. O Edward, crédulo e com pena do cara, meteu a mão no bolso e deu a importância que o sujeito precisava para pagar a passagem e até um pouco mais. O cidadão foi convincente e faltou pouco pra eu oferecer mais algum pra ele.
    Bem, o sujeito agradeceu penhoradamente e caiu fora. Lá pelas tantas, a caminho do hotel, deparamos com o cidadão em uma mesa de boteco repleta de garrafas de cerveja, com outros caras, e de boa. Precisei segurar o Edward pra ele não partir pra cima do grupo. Afinal estávamos em terra alheia.

    Sigam acompanhando os "contos" do Edward, cada um mais sensacional e maluco que o outro.

    abraços
    Oswaldo lavrado - SBCampo

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  32. Realmente, Andressa, é o que chamam de "indústria da seca". Não há interesse em resolver, senão acaba o problema, e acabando o problema não há mais como dominar e chantagear aquele pobre povo.
    Abraço,
    Milton Saldanha

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  33. Amigas e amigos, desculpem-me por ser tão pessimista, mas acho que quase todo mundo tem uma certa dose de golpista, maior ou menor, inofensiva ou danosa. As falcatruas dos empresários (lembram, por exemplo, o que a Parmalat já fez com o leite?)são inesgotáveis. Desde o roubinho no peso ou medida, até coisas graves, como remédios sem efeito. Os políticos levam a fama sozinhos, mas seus trambiques são sempre com empresários. O problema é que os políticos, além de serem os piores, deveriam ser os guardiões da moralidade pública. O Lott, sobre o qual já falamos aqui no blog, perdeu a eleição para o Jânio, entre outros motivos, porque era apontado como ingênuo. Tradução: o cara, apesar dos seus inegáveis defeitos humanos, era honesto até demais. Certa vez, em pleno comício, respondeu assim a uma reinvidicação: "infelizmente, isso eu não poderei atender". O general não sabia mentir. Seus assessores ficaram furiosos. Enquanto isso o Jânio, que mentia prometendo até pleno emprego, ganhou a eleição de lavada. Uma parcela do povo adora ser enganada, é impressionante. Isso explica o inegável sucesso do Edir Macedo, bispa Sonia e outros pilantras cobradores de dizimos.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  34. Prezados amigos!
    Acabo de chegar e encontrei algumas gratas surpresas. Este blog atingiu a incrível marca de 70 mil visitas em pouco mais de 7 meses, fato histórico e que deve ser comemorado. O amigo-irmão J. Morgado estava de plantão, conforme prometeu e foi ele a atingir essa marca que jamais iremos esquecer. Estou emocionado, creiam.

    Amigo Professor João Paulo de Oliveira. Que surpresa você me aprontou. Me fez chorar e, ainda com lágrimas nos olhos, estou lhe escrevendo para agradecer, de coração, a homenagem maravilhosa que fez ao meu sobrinho falecido recentemente, o Léo, de apenas 17 anos de idade. O querido irmão, Professor João Paulo de Oliveira, para que todos saibam, sem me avisar, enviou um envelope ao Jornal Comércio da Franca, que me foi entregue hoje, dia em que me apresento para escrever a coluna, com mensagens de dezenas de garotos e garotas, estudantes da Escola Anita C. Malfatti, de Diadema. Todos, em uma lauda e de próprio punho, falavam da tristeza pelo falecimento do Léo, meu querido sobrinho.

    Alguns simplesmente enviaram desenhos diferenciados, outros me homenagearam com desenhos do São Paulo. Esse envelope traz a primeira lauda com a assinatura do Professor João Paulo de Oliveira e sua solidariedade demonstrada por escrito. Todos com tarja preta do lado esquerdo. Emocionante e será repassado para toda a família.
    Estou sem palavras, caro Mestre João Paulo de Oliveira. Mas, mande um beijo no coração de cada um desses garotos e garotas que assinaram esse documento que será guardado com carinho e entregue depois aos pais do Léo.
    Obrigado, de coração!

    Edward de Souza

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  35. Sr Milton Saldanha, infelismente o sr tem razão. Faço meu o seu último comentário. Um grande abraço.


    Um brasileiro - Chapada dos Veadeiros - Alto Paraíso - GO

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  36. Agora meu recado direto aos irmãos Milton Saldanha e Oswaldo Lavrado!
    Prezados irmãos, quem disse que vocês tem que ficar restritos a comentar apenas o assunto do dia? Feito um comentário, não tem mais o que se falar sobre isso. Um assunto "pintou" na roda, deve ser discutido sim, sem problemas.

    E tiveram uma boa idéia sobre o engate de carro e sua utilização. Serve mesmo pra que? E o extintor obrigatório de incêndio que somos obrigados a carregar no carro, com pena de sermos multados e perdermos até pontos na carteira? Que utilidade tem? Provado está que se um carro começar a se incendiar, o extintor não serve pra nada. O carro vai mesmo pegar fogo. O melhor a fazer é sair do veículo e salvar sua vida, nada mais.

    Vamos em frente e comentar o que acham que deve ser comentado. São jornalistas e experientes, só irão trazer benefícios com essa troca de idéias. E sugiro que um de nós escreva sim sobre esses apetrechos insignificantes que só atazanam nossas vidas. Um belo tema para postarmos no blog. Que se habilita?

    Um forte abraço,

    Edward de Souza

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  37. Maravilha, outro dia a Denise Abraão, agora o "velho" Luiz Antonio, nosso Bola. Grande repórter policial que brilhou no Diário na década de 70, ao lado do Renato Campos. Uma inconfidência: foi o Bola que inventou o Mazzola como repórter policial. Lembro de algumas pendengas resolvidas no balcão do Bar do Roberto (japa), na esquina da Catequese com a Figueiras, em Santo André. Certo Bola ? saudades cara.
    Edward, meu irmão... logo, logo este blog nos trás de volta o Rolando, o Agapito, o Lázaro, o Paulo César, o Dimas, o Jésus, o Aristides, o Edson Dotto, e outros tantos que a gente nunca esquece. Beleza.

    Abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  38. Oi Edward.

    O que mais me impressiona é a criatividade desse pessoal.
    Sem mencionar o fato de que muitas vezes o que leva uma pessoa a cair no golpe é a ganância e achar que vai se dar bem.
    Mas tudo certo, afinal ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão! :-)



    UMA BOA QUINTA-FEIRA PARA VOCÊ!!!



    ♥.·:*¨¨*:·.♥ Beijos mil! :-) ♥.·:*¨¨*:·.♥


    http://brincandocomarte.blogspot.com/

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  39. Esse blog é um dos melhores que já visitei, se não o melhor. Estou encantada com os artigos aqui postados. Essa série que acabo de ler é fantástica, com relatos não encontrados ainda na Internet. Resgate de nossa memória, sem dúvida.
    Parabéns, senhores organizadores desta maravilha online...

    Viviane f. Rossi - Rio de Janeiro

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  40. Prezado Edward de Sousa eu estuo escrevendo carta para falar que olace do saquiador é como varios que tem hoje um dia desses minha mãe estava vindo e apareceu é pegou a carteira da emina mãe e ela meteu uma bousada nele.


    jonathan santos Rocha

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  41. Ana Célia de Freitas.sexta-feira, 28 agosto, 2009

    Olá Prof Ms João Paulo de Oliveira.
    Gostaria de agradecer de coraçãoem nome das 121 crianças que dependem da creche por esse ato de generosidade.
    Que Deus o abençoe sempre,e que lhe traga grandes conquistas.
    Abraçossssssssssssss.
    Ana Célia de Freitas.Franca/SP.

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