quarta-feira, 3 de junho de 2009

BASTIDORES DA HISTÓRIA
WANDERLEY DOS SANTOS
Ademir Medici
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SEGUNDO CAPÍTULO- A CHEGADA AO ABC PAULISTA
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O trabalho de Wanderley dos Santos sobre a construção da memória histórica chega ao Grande ABC via municípios de Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Com o apoio das Prefeituras de Mauá e Ribeirão Pires, Wanderley edita monografias em 1974 sobre a história das duas cidades. Em 1975 entrega à Prefeitura de Diadema uma monografia semelhante, mas esta somente seria editada após a sua morte. Em 1976 escreve a história de Rio Grande da Serra, que permanece inédita.
Wanderley dos Santos recupera uma discussão que chegou a ser calorosa na primeira metade do século 20 e no início da segunda metade do mesmo século: a localização da Vila de Santo André da Borda do Campo e a fundação do bairro de São Bernardo.
A Vila de Santo André da Borda do Campo está presente em todos os livros didáticos sobre a história e geografia brasileiras. É a história de uma vila entre a Serra do Mar e Piratininga, num espaço hoje conhecido por Grande ABC, e onde estão cidades importantes, conhecidas no Brasil e no exterior pelos grandes movimentos sociais dos metalúrgicos da virada dos anos 1970 para 1980.
Os livros didáticos falam desta vila e citam suas figuras mais relevantes: João Ramalho, Cacique Tibiriçá e Bartira, filha do cacique e mulher do português Ramalho. Uma data, particularmente, é sempre citada: o 8 de abril de 1553, dia em que a Vila de Santo André da Borda do Campo foi oficializada.
O enigma – que deixou com cabelos brancos ou sem eles historiadores importantes, entre os quais Frei Gaspar, Taunay, Azevedo Marques, Teodoro Sampaio, Gentil de Assis Moura e Luiz de Toledo Piza – era saber exatamente onde esta vila se localizava. Sua vida foi tão efêmera – extinguiu-se em 1560 – que nenhum traço concreto restou do ponto onde existiu uma capela, um rocio e também onde foi erguido um pelourinho.
Wanderley mexeu nesse verdadeiro vespeiro, corajosamente. Estabeleceu uma tese – a vila de Ramalho ficaria às margens do Córrego Guarará, no atual Município de Santo André – mas, principalmente, levantou um tema que se imaginava superado e esquecido.
Seu trabalho parte dos estudos já então realizados. Um verdadeiro rol de todos os trabalhos e seus autores é reunido por Wanderley que depois, à luz de uma documentação nova ou pouco estudada, costura uma teia que oferece informações novas hoje reunidas na sua obra maior: “Antecedentes Históricos do ABC Paulista: 1550-1892”, lançado na noite de 17 de novembro de 1992, em São Bernardo, como um clássico da historiografia local bancado pela municipalidade são-bernardense.
Tivemos o privilégio de editar esse livro de Wanderley dos Santos, e pudemos reunir num só trabalho três nomes importantes da História local: Wanderley, Esther Mazzini Le Var e Mario Ishimoto.
Dona Esther, a nosso pedido e com a autorização do Wanderley, idealizou telas a óleo belíssimas com imagens de igrejas históricas e outras paisagens, todas coloridas, que ilustram o livro; Mário cuidou da parte fotográfica.
Na última página do livro, Wanderley dos Santos escreve sua biografia, cujo original, à caneta, guardamos até hoje. No último parágrafo, os planos imediatos do nosso focalizado, semiprontos: Dicionário Histórico e Geográfico de São Paulo, Histórias dos Bairros de Tatuapé e de Vila Carrão; e História dos Municípios de Franca, Peruíbe, Rifaina e Tapiratiba.

LINHA DO TEMPO

1980 – Wanderley dos Santos é premiado pela Prefeitura de São Paulo pela monografia, transformada em livro, sobre a história do Bairro da Lapa.
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1981 – Eleito sócio titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e do Instituto Genealógico Brasileiro.
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1983 – Eleito membro do Instituto Histórico e Genealógico de Santa Catarina.
- Participa do projeto paulistano do Museu de Rua do Tatuapé.
- Participa da Comissão Pró-Tombamento de Monumentos Históricos de São Bernardo do Campo.
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1985 – Participa do projeto paulistano do Museu de Rua da Lapa.
- Representa a Arquidiocesana de São Paulo no conselho Municipal do Patrimônio Histórico de São Bernardo do Campo.
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1987 – Eleito membro do Instituto Histórico e Genealógico de Minas Gerais.
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1989 – Eleito membro do Colégio Brasileiro de Genealogia, no Rio de Janeiro.
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*Ademir Medici é jornalista e escritor, formado pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Trabalha na imprensa do Grande ABC desde 1968 e especializou-se na área de resgate e reconstituição da memória. Membro titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Possui um acervo de 32 livros escritos, sendo 24 publicados e oito inéditos. Ademir também ganhou, em 1976, o Prêmio Esso de Jornalismo, em parceria com o jornalista Édison Motta, pela série “Grande ABC: A metamorfose da industrialização”. Atua no jornal Diário do Grande ABC desde 1972. Foi repórter especial, editor de Cidades e Política e secretário de Redação. Atualmente é responsável pela coluna Memória, uma das mais lidas do jornal e do quadro "MEMÓRIA", no programa "ABCD Maior em Revista".
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NESTA QUINTA-FEIRA- ÚLTIMO CAPÍTULO DA SÉRIE - A chegada à Franca; a sistematização da documentação histórica local; as primeiras exposições; nasce um novo arquivo histórico.
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31 comentários:

  1. Bom dia Ademir!
    Acabo de ler o capítulo número dois sobre a história de Wanderley dos Santos. Ontem muito se discutiu nesse blog se ele deveria ou não ser homenageado com nome de rua ou avenida em Franca, mas pelo seu relato, outras cidades também ficam devendo uma homenagem à ele, principalmente Santo André, no Grande ABC. É uma ingratidão não se lembrar de quem tanto fez na luta pelo resgate das memórias dessas cidades.
    Amanhã volto para ver o capítulo final. Pela chamada, Wanderley volta a Franca, isso?
    Bjos a todos!

    Karina - Campinas - SP

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  2. Ôi Ademir, estou seguindo desde ontem essa série sobre Wanderley dos Santos, mas só hoje tive a curiosidade de ler a biografia desse moço, ou parte dela, que vc coloca em Linha do tempo. Como pode um homem de tanto valor como ele ficar praticamente no anonimato? Era um gênio, culturalmente falando. Só mesmo no Brasil, pessoas com ele ficam no ostracismo, enquanto políticos corruptos são capas de jornais e revistas. Triste....

    Karol ( Metodista ) SBC

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  3. Olá Ademir

    Novas revelações sobre a vida de Wanderley. Além de pesquisar a história do Grande ABC e a Região de Franca, foi mais além. O litoral, etc.
    Qual a possibilidade de se reeditar a obra “Antecedentes Históricos do ABC Paulista – 1550-1892”? Se não houver nenhuma editora interessada, as prefeituras envolvidas poderiam financiar a edição e, finalmente, prestar honras ao historiador.

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  4. Tem razão, Karol, a inteligência desse homem é para ter sido melhor aproveitada. Felizmente tem jornalistas como o Ademir Medici que nos mostra com fidelidade tudo o que ele, Wanderley dos Santos, fez para reabilitar a memória de tantos municípios. A série está cada vez melhor, parabéns Ademir, pelo texto e pelo seu trabalho magnífico que nos mostra nesse blog.
    Bjos,

    Angélica ( Cásper Líbero) S.Paulo

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  5. Santo de casa nunca fez milagres! De que adianta reconhecer esse senhor Wanderlei dos santos agora? Se quando vivo a cidade não deu valor algum. Parece que ele foi reconhecido em outros lugares, mas a cidade de franca, não o reconheceu, por isso não merece o seu reconhecimento.

    Um exemplo básico, os quadros do Morgado só vão ter o seu devido valor, infelizmente quando o artista Morgado desencarnar. Vivo é difícil de alguém dar valor. Parece que obras de morto têm mais valor.

    A cidade de franca nunca deu valor a ninguém, vai dar agora, santa ignorância! Ruas pra mim deveriam ser numeradas, pois eu acho uma ignorância dar nomes de pessoas as ruas, praças e edifícios.
    Veja o exemplo do nome Brasil, è o único pais do mundo que tem nome de uma arvore nativa. Eu acho isso fantástico! É a natureza ditando o ritmo da humanidade, embora, acabamos com o pau Brasil, uma identidade do nosso passado cultural.

    Padre.

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  6. Agostinho Freitas ( Moleque Sací)quarta-feira, 03 junho, 2009

    Ô Padre, o senhor deu uma bela enrolada e a turma aqui do buteco num entendeu quasi nada. Já tá matano o Morgado, coitado...
    Pior é aqui em Pinda, ninguém sabi nem quem discubriu essa cidade, se descubrirem matam o cara, onde já se viu botá um nomi desse na cidade.
    Tamo acompanhanu o Adimir e gostano muito. Queru falá pra Nivia que vamo aceitá sim os filme que ela que mandá. O Zoinho vai no brog dela e deixá nosso endereço pra ela mandá... Só num precisa du Mazarope, tem dimais aqui.

    Agostinho Freitas ( Moleque Sací) Pinda - SP.

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  7. Boa tarde, Senhor Ademir Medici!
    O primeiro artigo que foi publicado chamou muito nossa atenção aqui na cidade de Franca. Voltei hoje e já li o segundo. Esse terceiro vai movimentar a cidade de Franca novamente. Minha sobrinha, a "Helô", já me ligou avisando que leu o artigo hoje e sobre a chamada para Franca no último capítulo.
    Quanto ao comentário do Senhor Padre, concordo com ele que a cidade deveria ter números, seria bem mais fácil sua identificação. Mas, como não tem, Senhor Padre, vamos brigar para que o nome de Wanderley dos Santos seja homenageado com nome de rua ou avenida.
    Tenham um ótimo final de dia...

    Paulo B. Mendonça - Franca - SP.

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  8. Ôi pessoal, prezados Edward de Souza e Ademir Medici, eu gostaria de informar que minha prima, a Liliana, também aqui de Franca, enviou ontem pela manhã um e-mail para suas amigas, para a Daniela, Secretária de Gabinete do Prefeito Municipal da cidade e para o e-mail particular do Senhor Prefeito, Sidnei Franco da Rocha. É bem possivel que tenham entrado no blog e acompanhado esse relato do Ademir Medici sobre Wanderley dos Santos e seu envolvimento direto na fundação do nosso Arquivo Histórico. Pelo menos a Daniela deve ter visto e comunicado o senhor prefeito, não tenho dúvida sobre isso. Estou atenta a todos esses relatos.
    Obrigada,

    Ana Paula - Franca - SP.

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  9. Boa tarde Ademir e Edward!
    O Padre Euvídio é mesmo uma figura ímpar. Lá vem ele com aquela conversa afirmando que agora, depois de morto, nenhuma homenagem tem valor. Olha Padre, um reconhecimento pós morte pode mesmo não nenhum sentido para quem tanto fez e nada pode ver. No entanto, existem seus familiares que se sentirão, no mínimo, recompensados ao ver que a figura querida de Wanderley dos Santos recebeu uma homenagem de gratidão pelos serviços prestados à comunidade. E isso acontece desde que o mundo é mundo. Enquanto a pessoa está viva, produzindo, sempre se espera mais antes das homenagens. Elas chegam quando as forças se esgotam. É aí que o trabalho realmente aparece. Faz parte da vida, caro Padre.
    Quem sabe um dia o senhor também não venha a ser homenageado depois de morto com o nome seu ostentando a placa numa travessa ou beco, em sua cidade. Tudo é possivel...

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.

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  10. Prezada Ana Paula!

    Quero agradecer a você e à sua prima Liliana pelas providências que tomaram notificando o Gabinete do Prefeito sobre essa série apresentada pelo Ademir Medici sobre Wanderley dos Santos, fundador do Arquivo Histórico de Franca. O Prefeito e bom amigo Sidnei Rocha tenho certeza que, comunicado sobre as atividades de Wanderley dos Santos à frente do resgate de memórias do município, saberá fazer justiça quanto ao reconhecimento de seu nome, medida que se faz necessária, para que Franca não fique com o peso da ingratidão.

    Conversei ontem à noite com dois vereadores sobre Wanderley dos Santos e o seu trabalho na fundação do Arquivo Histórico de Franca e também da série que está sendo apresentada no blog. Estão aguardando material sobre a vida e o trabalho de Wanderley dos Santos, que eu mesmo irei encaminhar a eles na próxima semana.

    Continuem acompanhando esse trabalho de Ademir Medici, que, a cada dia, fica mais empolgante. Amanhã, Ademir conta detalhes da fundação do Arquivo Histórico de Franca, graças ao trabalho incansável de Wanderley dos Santos.
    Obrigado a todos pela força e um bom final de tarde!

    Edward de Souza

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  11. Queridas amigas e amigos
    Parabéns novamente ao Ademir Medici por este trabalho de restauração da memória histórica. Isso não tem preço, é notável! O padre fez uma das suas melhores intervenções neste blog, gostei. Tem razão na idéia de numerar ruas, isso torna tudo mais fácil, como é o caso de Brasília, onde poucos lugares levam nomes. Mas, por outro lado, perde o romantismo quando os nomes são bonitos. Porto Alegre tem a Rua da Praia, lindo, que vereadores imbecis mudaram para "Rua dos Andradas". Os gaúchos resistem e continuam até hoje, há décadas, falando Rua da Praia. Não existe nada mais lindo do que encontrar numa cidadezinha bucólica a Rua das Flores, ou Rua da Saudade. Finalmente, sobre homenagens em vida: precisam sim ser cautelosas, o ser humano é falível. O herói de hoje pode se transformar no vilão de amanhã. Já aconteceu muito. Existe até uma lei, de vez em quando burlada, que proibe nomes de locais públicos a pessoas vivas. Há quem diga que a morte redime, não concordo. Se fosse assim os piores bandidos teriam direito ao céu.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  12. Luiz Henrique Fontanezziquarta-feira, 03 junho, 2009

    Boa tarde Ademir!
    Li o artigo primeiro de ontem e o de hoje. O que chamou também minha atenção, além do trabalho gigantesco desse homem, Wanderley dos Santos, atuando em Franca, Grande ABC, São Paulo e mais cidades é que a cidade de Rifaina também foi privilegiada com o seu trabalho. Isso não ficou bem claro, Ademir, poderia me esclarecer? Ele chegou mesmo a resgatar a memória de Rifaina? Minha curiosidade é porque, apesar de morar em Batatais, tenho um rancho lá, onde costumo passar meus finais de semana com a família e amigos. Um dos lugares mais lindos da região de Franca, Batais e Ribeirão Preto.
    Muito obrigado!

    Luiz Henrique Fontanezzi - Batatais - SP.

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  13. Uma série gostosa de ler e acompanhar, Jornalista Ademir Medici. Sempre venho ao blog. Nos últimos dias estava fora do País, cheguei hoje pela manhã. Depois de um descanso, vim ver os textos publicados e estou em dia. Li todos e me prendi nesse seu relato sobre Wanderley dos Santos. Simplesmente fascinante o trabalho desse homem. E tem a ver com meu estado, minha terra onde nasci. Tomei a liberdade de copiar para mostrar, permita-me: 1989 – Eleito membro do Colégio Brasileiro de Genealogia, no Rio de Janeiro.
    Beijos a todos vcs...

    Fernanda - Rio de Janeiro

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  14. Ôi gente...
    Também continuo seguindo e aprendendo como escrever tão bem como vc, viu, Ademir? Está excelente essa série sobre Wanderley dos Santos. Muitas colegas minhas aqui de Santos estão lendo, comentaram comigo e estão adorando.
    Bjos...

    Thalita ( Santos)

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  15. É melhor que fale por nós a nossa vida, que as nossas palavras.

    *Mahatma Gandhi*

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  16. É sempre tempo de comemorar a chegada de Ademir Médici ao Blog.
    Alô estudantes de jornalismo: acompanhem a coluna "Memória" que o Ademir produz, todos os dias, no Diario do Grande ABC (www.dgabc.com.br). Um belo trabalho de garimpo da história de nossa região - o ABC paulista - onde são resgatados valores de milhares de pessoas anônimas. Creio que todo jornal, rádio, tv, deveria ter alguem seguindo a escola do Ademir para trazer à luz pessoas que foram significativas para a construção de nossas cidades.

    Abração a todos,

    édison motta
    Santo André, SP

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  17. Prezado senhor Luiz Henrique Fontanezzi, de Batatais...
    O Wanderley dos Santos estava trabalhando em vários livros, inclusive de Rifaina. Creio que ele não terminou esse livro, por causa da doença. Se o tivesse feito, com certeza teria me informado. Vale a pena consultar a Prefeitura de Rifaina.
    Grato pela atenção e pela participação neste blog.

    Ademir Medici

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  18. Eu acho esse padre meio “doidão”, mas às vezes ele tem razão. Eu tenho o mesmo nome do meu avô.
    O meu querido avô já falecido tem uma rua com o nome dele aqui em franca.
    Quando as pessoas perguntam o meu nome ficam pensativas, e as menos esclarecidas dizem:- como pode ter uma rua com o seu nome, se você ainda não morreu?
    O pior é que elas falam sério.
    Nisso eu levo vantagem, mesmo sendo de carona eu tenho uma rua com o meu nome ainda em vida.
    Vou confessar uma coisa a vocês, eu não sei onde fica essa rua, e ela existe a mais de trinta e oito anos.
    Valentim Miron- Franca SP.

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  19. O Ademir Medici está bombando aqui no blog do maestro Edward. Normal.

    Acho que o padre Euvidio tem razão. Homenagear morto pra massagear o égo dos parentes vivos é sacanagem. lá. Se o homenageado tiver seu nome em rua, avenida, praça, estádio, ginásio, escola ou teatro fica imortalizado.
    No entanto, aqui em São Bernardo tem gente cujo nome está em viadutos, passarelas, pontes, becos, pinguelas e vielas. No complexo do Paço Municipal tem um viaduto e um conjunto de passarelas com nomes de gente da cidade. Alguém, por acaso, vai mandar carta, encomenda ou residir na passarela, ponte ou viaduto, "Edward de Souza" ?
    Os vereadores Ary de Oliveira e Tunico Vieira, meus amigos, combinaram que, assim que eu embarcar pro outro lado, tentarão me homenagear colocando meu nome em uma viela ( 50 metros, de terra e sem saída) do Núcleo (favela) Santa Cruz, lá do outro lado da Balsa. Como reclamei, achei que mereço mais, propuseram então dar meu nome à pinguela de emadeira sobre o Córrego dos Meninos, próximo a casa do considerado Edison Motta. Nem isso mereço.

    abraços a todos
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  20. Aleluia, temos um morto vivo em Franca. Pode ser matéria para o Fantástico!
    É brincadeira, amigo Valentim. Essa rua realmente existe e fica na Vila Imperador. O CEP é o 14405-222.
    Um abração...

    Edward de Souza

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  21. Amigo Lavrado!
    Essa passarela, ponte ou viaduto não poderia ter um outro nome? Tinha que ser o meu como simples exemplo? Agora me diga uma coisa, porque tanta repulsa quando os amigos vereadores ofereceram lhe homenagear com o nome fixado na ponte de madeira do Córrego dos Meninos? Por causa da proximidade com o Édison Motta, ou a razão é mesmo a velha e arcaica ponte de madeira? E o Édison mora do lado de cá, em Santo André, numa bela mansão com direito a fogão de lenha, cujos apetrechos foram comprados em Franca, graças à minha interferência. Sabiam que é a única fábrica do Brasil que vende esse tipo de peça que faz a ligação fogão de lenha-chuveiro quente? O Édison sabe explicar melhor. Não sem antes se explicar com o Lavrado, que está fugindo como diabo da cruz das proximidades da casa do amigo Édison Motta!

    Abraços...

    Edward

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  22. Ôi Édison Motta e Ademir! Respondendo ao seu chamado. Podemos até não ter postado nada hoje, porque muitas de nós fizemos isso ontem, mas claro que estamos lendo e acompanhando o blog, tá bom? Vou dar um pito na turminha e mandar todas elas sairem da toca. Estão encolhidas por causa do frio, mas tenho certeza que acompanhando o Ademir. Claríssimo...
    Bjos,

    Mônica ( Metodista) SBC

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  23. Moniquinha e Motta, estou debaixo das cobertas com notebook no colo e lendo o que escrevem. Li bem cedinho esse segundo relato do Ademir Medici. E acham que eu iria perder?
    Beijinhos...

    Larissa (Metô) SBC

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  24. Também marcando minha presença, meninas. Não quero ganhar puxões de cabelos amanhã na Faculdade...]
    Motta, leio a coluna do Ademir no Diário do Grande ABC faz tempo, papai é assinante do jornal. Essa série acompanho com interesse, como leio todos os artigos que vcs escrevem.
    Beijocas,

    Andréa ( Metodista) moro em Santo André

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  25. Faltava eu. Não falta mais. Parabéns pela série, Ademir, estou acompanhando e gostando muito. Um gênio, nosso Wanderley dos Santos. Pena que está em outra dimensão...Faz falta pessoas com ele.
    Beijos,

    Lidiane (santista que enfrenta todos os dias a serra para estudar em SBC, na Metodista)

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  26. Também eu, turma!
    Virei fanzoca do blog do Edward. Parabéns Ademir, pela série sobre Wanderley dos Santos. Está emocionante. Amanhã volto pra ler o capítulo final.
    Bjos...

    Cindy ( Metodista) Sou de São Caetano

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  27. Opsss... Minha Cásper Líbero não pode ficar desprestigiada. Aqui o Adenir Medici estudou e se formou, por isso ela é a melhor do Brasil (rssss...)
    Belo relato Ademir, estamos todas ligadas no blog do Edward.
    Beijusssssssssss...

    Daiane (Cásper Líbero ) SP.

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  28. Valentim Miron Franca- sp.quarta-feira, 03 junho, 2009

    Valeu Edward, eu acho que vou ir lá nessa rua cobrar “IPTU” dos moradores pra mim, se eu to vivo, quem prova que não sou eu o homenageado!
    Você Edward, alem de um grande jornalista, é também um bom detetive, com lupa e tudo mais, achou até o CEP da rua, agora por favor, pegue o nome e o CIC de cada morador pra mim, KKKKKK.

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  29. Ana Célia de Freitas.quarta-feira, 03 junho, 2009

    Boa noite pessoal...
    A série está cada vez mais interessante.
    Que pena, aqui no Brasil as pessoas importantes, ou melhor inteligentes, costumam ser esquecidas, ás vezes só são lembradas após a morte, mas ainda há tempo de fazer uma bela e merecida homenagem, afinal ele merece.
    Beijosssssssssss.
    Ana Célia de Freitas. Franca/SP.

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  30. Pra esquentar, já que aqui no ABC tá um frio pra pinguim nenhum ficar com inveja.
    Olhando aqui da janela, do 10º andar do prédio que moro, vejo que o movimento de alunos da Metodista é bem menor do que o convencional. Por dois motivos, certamente: o frio que sugere um cobertor nas pernas e uma caneca de chocolate quente, e claro, o jogo do Timão com o Vasco.
    Então, caro Edward, daremos um jeito (politicamente) de colocar seu nome num viaduto inacabado que tem na Via Anchieta e que liga o nada a lugar algum.
    È, o Motta, via e-mail, declarou-se meu vizinho e que mora do lá de lá do Córrego dos Meninos, perto da pinguela (foi ele que disse). Convidou-me até pra um àgape por ele mesmo preparado em sua mansão, alí, ao lado da pinguela.
    Por motivos que expus a ao Motta, e que você conhece, tive que recusar, mas com muita dor no coração.
    Tenho agora uma conterrânea aqui no blog. A Cindy, de São Caetano, minha cidade. Enfim, alguém de Primeiro Mundo. Pano rápido...

    Abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  31. Edward e Lavrado, amigões do coração: menos, menos... mansão?
    Quisera. Na verdade, moro numa casa confortável construida há mais de 50 anos pelo meu pai. Atuei, ainda menino, como ajudante. Transformei-a numa chácara com direito a muitas flores, cachorros e, claro o fogão a lenha. Aqui também fica o escritório onde desempenho parte do meu trabalho. Viva a internet!
    O Edward tem razão: ele ajudou encontrar o fabricante de serpentina, aquela geringonça que vai no meio do fogão para esquentar água. Vivo, com dona Eva, uma vida ecológica: aproveitamos a água da chuva para lavar quintal,roupas, carro, motos, cachorros etc. O fogão esquenta a água e economizamos eletricidade. É muito bom morar aqui, no Jardim Bom Pastor, Santo André, perto da pinguela sobre o ribeirão dos Meninos que faz a divisa entre Santo André e São Bernardo.
    Nesse frio medonho, um caldinho de feijão ao lado do fogão a lenha... huummm, ficaram com vontade?

    Abração a todos,

    édison motta
    Santo André, SP

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