quinta-feira, 25 de junho de 2009

CASSARAM O DIPLOMA DOS JORNALISTAS

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APRENDENDO A DIFICIL ARTE
DE FAZER SOPA COM LETRINHAS
Foi um golpe na imprensa brasileira a decisão do STF que torna opcional o diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Num momento em que a imprensa se vê invadida por segmentos totalmente estranhos à categoria, essa liberação além de danosa é perigosa e preconceituosa. O ministro Gilmar Mendes fez graça e por cima comparou a função de jornalista com a de cozinheiro. Nada contra, toda profissão deve ser respeitada, desde que seja exercida com dignidade. Eu jamais me atreveria a entrar na alçada de um mestre da cozinha, nem ele na minha, a não ser dentro de casa onde, acredito, ele escreva lá os conceitos dele assim como eu, escondidinho, faço minhas acanhadas incursões pelo fascinante mundo da culinária. De modo que, se o ministro da mais alta Corte quis ofender um ou outro lado, quebrou a cara, deu com os burros n´água. Ainda é cedo para sabermos que efeito terá a decisão do STF contra a exigência do diploma para o exercício do jornalismo. Somente o tempo nos permitirá conferir o resultado, mas certamente essa decisão vai concorrer para o aviltamento salarial e a invasão do mercado por qualquer um que seja alfabetizado. Não que o jornalismo seja algo tão mágico, mas, como toda profissão, exige técnica e treinamento que só uma universidade pode oferecer. Vamos estender essa baderna à medicina, engenharia, advocacia e outros setores? Acompanhem o texto de Nivia Andres sobre esse assunto. Com direito a uma deliciosa receita, afinal, jornalistas e cozinheiros estão juntos numa mesma panela.
(Edward de Souza)
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Vou virar chef de cuisine
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NIVIA ANDRES
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Como todo mundo já sabe, o diploma de jornalista foi desclassificado pelo STF. Ninguém precisa mais de diploma para exercer essa profissão. Os preclaros juízes togados da corte superior decidiram, por goleada (9x1) que, a partir de agora, todo mundo pode ser jornalista. Não, não pensem que sou radical! Há excelentes profissionais sem diploma que têm texto apuradíssimo, abordagens preciosas e conhecimento vasto, tanto que dispensaram os bancos acadêmicos e nem por isso são menos admirados. Inclusive eu lhes rendo todas as loas pelo brilhantismo, argúcia, engenhosidade, perspicácia e sutileza, além, é óbvio, da integridade e do comportamento ético com que se movem quando se trata, especificamente, do texto jornalístico. Notem bem, não estou sendo irônica nem sarcástica. É o que penso.
Além do mais, acredito piamente que quem não tem competência não se estabelece e talento é fundamental, abre portas e janelas. Mas no caso da nossa profissão, só talento não basta, há que ter conhecimento - saber técnico. E não venham me dizer que jornalismo não é ciência. É, sim, faz parte da ciência da comunicação. Para dominá-la, é preciso muito estudo, muita vontade e bastante talento, além de uma porção avantajada de força de vontade e capacidade de superar obstáculos, principalmente os advindos das dificuldades econômicas, porque raramente os profissionais do jornalismo são bem remunerados - muitas vezes têm que desdobrar-se em vários empregos para garantir vida digna.
Pois bem, o próprio ministro presidente do STF, em sua justificativa de voto, argumentou que o exercício de muitas profissões não carece de diploma e citou, entre outras, a de chef de cuisine, maneira charmosa de denominar a função de cozinheiro. Sabem que gostei da idéia? E como possuo todos os requisitos para habilitar-me, acho que vou virar chef de cuisine... Adoro cozinhar e já aviso que piloto um fogão como poucas mulheres, além do que esta profissão está na moda. Meu nome também serve - Nivia Andres - parece simpático e se precisar, vou galicizá-lo, adotando, também, o meu segundo nome, Maria, escrevendo-o em francês, Marie, comme il faut. Ah! Um detalhe importante, como escrevo e falo francês fluentemente, vou adotar o sotaque e misturar algumas palavras do idioma de Napoleão, como o faz, très bien, o famoso Claude Troisgros, em que pese esteja radicado no Brasil há muitos anos... Já aviso que a minha preferida é a cozinha mediterrânea, sabidamente a mais saudável! Ah! Também entendo de vinhos e de decoração, embora não esteja nos meus planos, em princípio, o de abrir um restaurante. Mas não vou abrir mão de vestir um uniforme elegantíssimo, com a minha marca bordada, em letras góticas, maravilhosa! E desenhado e costurado por mim, porque também entendo de design e sei costurar com perfeição. E bordar, também...
Também não vai ser difícil abrir e gerenciar uma empresa, já que entendo bastante de gestão, mercê dos anos em que atuei, como assessora de comunicação, em uma entidade empresarial, na qual aproveitei para fazer muitos cursos específicos na área de administração e controle.
Para arrematar, vou deixar-lhes uma pequena prova, em primeira mão, de um dos pratos do menu que vou disponibilizar aos clientes. É uma receita de família, muito admirada por quem já provou - prática, simples e refinada: Um pacote de massa fresca, tipo talharim (500g); uma bandeja (250g) de cogumelos de Paris (frescos); duas cebolas médias, finamente picadas; dois dentes de alho, muito bem picados; duas colheres de sopa de azeite; duas caixas de creme de leite light (17% de gordura); 50g de manteiga sem sal; uma colher de chá rasa de orégano; uma colher de chá de salsa seca; 50ml de molho shoyu; pimenta calabresa a gosto; queijo parmesão ralado a gosto e sal a gosto, conforme o seu paladar. Prefira o sal marinho, que é mais saudável, em quantidade moderada, porque o shoyu já é salgado.
Modo de fazer: Em uma panela grande, coloque água (para cozinhar a massa), com um fio de óleo e sal a gosto. Para o molho: tire a pele dos cogumelos e corte-os em fatias bem finas, no sentido do comprimento; coloque o azeite na panela e misture com a manteiga; acrescente a cebola e o alho e cozinhe até que estejam transparentes, sem dourar. Acrescente a pimenta, o orégano, a salsa e os cogumelos; mexa para misturar com a cebola e o alho e deixe cozinhar por dez minutos, até que os cogumelos estejam macios e quase seque a água que produzem. Em seguida, acrescente o creme de leite, o shoyu e o queijo, incorporando-os bem. Cozinhe a massa conforme as instruções da embalagem e após, escorra e incorpore o molho. A porção é suficiente para cinco pessoas. Se quiser dobrar a quantidade de massa, aumente o molho, acrescentando um pouco de leite. Costumo servir este prato acompanhado de uma carne assada - prefiro um tatu recheado e uma boa salada de folhas - alface americana, rúcula e radicchio .
Brincadeiras a parte, nessa era pós-inutilidade do diploma, se é que posso sugerir algo àqueles que desejam seguir a carreira de jornalista, aconselho que sigam estudando muito, lendo muito, escrevendo muito e procurando especialização, cada vez mais. Saber, aliado a talento e criatividade abrem muitas portas e janelas, para qualquer profissional. Com diploma, ou não.
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*Nivia Andres, jornalista, graduada em Comunicação Social e Letras pela UFSM, especialista em Educação Política. Atuou, por muitos anos, na gestão de empresa familiar, na área de comércio. De 1993 a 1996 foi chefe de gabinete do Prefeito de Santiago, Rio Grande do Sul. Especificamente, na área de comunicação, como Assessora de Comunicação na Prefeitura Municipal, na Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACIS), no Centro Empresarial de Santiago (CES) e na Felice Automóveis. Na área de jornalismo impresso atuou no jornal Folha Regional (2001-06) e, mais recentemente, na Folha de Santiago, até março de 2008. Blog da jornalista: http://niviaandres.blogspot.com/
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57 comentários:

  1. Bom dia!
    Transmissão de pensamento. Eu estava, já na madrugada de hoje, escrevendo um texto sobre a desclassificação do diploma de jornalista, atendendo pedidos de dezenas de estudantes de jornalismo que frequentam esse blog. Essa matéria para debates já deveria ter sido postada faz alguns dias, mas fomos empurrando, até que hoje, enquanto eu escrevia sobre o assunto, surge a Nivia com um texto pronto que, de cara, me agradou: "Vou virar chef de cuisine".

    O título irônico me fez dar risadas. Lembrei-me do ministro Gilmar Mendes que, ao anunciar essa decisão de cassar os diplomas de jornalistas, fez graça e por cima comparou nossa profissão com a de cozinheiro. Fiquei imaginando eu de avental na cozinha, com esse frio, preparando uma sopa. Mas de quê? Ora, de letrinhas, claro!

    Juntei meus rabiscos que escrevia e coloquei um ponto final. A Nivia saiu na frente e seu texto era o melhor, porisso foi postado hoje. Para não perder meus escritos, parte dele postei acima, na chamada, e que representa meu ponto de vista sobre esse assunto.

    Como você chegou aqui, já leu o que a Nivia escreveu e certamente deve ter gostado. Então, um desafio: adivinhe quem é a Nivia nessa foto de formatura e como prêmio um convite para experimentar minha deliciosa sopa com letrinhas, acompanhada por um bom vinho francês. Que tal?

    Abraços...

    Edward de Souza

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  2. Ôi Nivia e Edward...
    Realmente, estava faltando esse assunto aqui no blog. Eu estou no quarto ano de jornalismo e vou continuar, a não ser que a Unicamp resolva cancelar o curso, o que não acredito. Fica uma dúvida. E os jornais, como ficam agora? Como vão contratar profissionais para suas redações? Explicando melhor, como vão escolher uma pessoa e habilitá-la a ser repórter ou redator? Nada me tira da cabeça que isso foi mais uma tramóia sórdida do nosso Presidente, usando o ministro como executor dessa medida para acabar com diplomas de jornalistas. Lula sempre foi avesso a jornalistas, por muitas vezes tentando inclusive penalizar a classe com medidas severas, sugerindo a criação da Lei de Imprensa, lembram-se? Como a idéia não foi à frente, com essa lei ele enfraquece substancialmente a classe. Um absurdo que isso tenha ocorrido entre quatro paredes de um Ministério, sem que estudantes de jornalismo, profissionais e proprietários de jornais fossem ouvidos...
    Obrigada Edward e Nivia pelos artigos aqui postados e espero que minhas colegas e meus colegas comentem o assunto também. Pelo menos opinar ainda podemos nesse País. Até quando, não sei...
    Bjos a todos,

    Karina - Campinas

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  3. Sou totalmente contra a decisão do STF de ter acabado com a exigência de jornalista possuir diploma! O Senhor Ministro, Gilmar Mendes, que comparou a profissão de jornalista com a de cozinheiro mostra como realmente funciona o STF, pois os demais colegas simplesmente o acompanharam na votação! O que está precisando mudar é a forma de ser membro do STF, ou seja, não precisa ter diploma de advogado e nem tão pouco prestar exames na OAB! Aliás, será que estes senhores ministros que votaram a favor da cassação do diploma de jornalista fizeram exame na OAB? Em minha opinião a ABERT, Associação Brasileira de Emissoras de Radio e Televisão é quem fez pressão para a derrubada do diploma e consequentemente acabarem com todos os direitos adquiridos pelo Sindicato da categoria nestes últimos 30 anos! Gostei da crônica da jornalista Nivia Andres e concordo com tudo que escreveu para ser um jornalista e também gostei da pitada de humor na sua receita! Quero deixar claro que também não tenho nada contra cozinheiros, mecânicos, faxineiros e outras profissões que ainda não é exigido diploma, mas a forma relacionada destas profissões com a de jornalista que é regularizada desde o ano de 1.969 é um retrocesso na educação brasileira e no STF!
    Estevam C. Figueiredo ( Ituiutaba MG)

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  4. Ôi Nivia, primeiro, ampliando a foto, tenho certeza que vc é a primeira nessa foto, acertei? É loirinha e linda.
    Quanto ao diploma para jornalista, quem tem deve guardá-lo de lembrança. Eu estou em busca do meu e, como a Karina disse acima, não vou desistir desse meu propósito. Pretendo ser jornalista e ter orgulho em dizer que sou formada na profissão.
    Esqueci-me de dizer ao Edward que, se acertei, indicando vc na foto, quero tomar a sopa que ele faz com letrinhas, tá? Pelo visto, vai ser um banquete, porque muitos aqui vão acertar.
    Bjos...

    Andressa - Metodista - São Bernardo

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  5. Nivia, eu novamente. Quero participar também do banquete com a sopa de letrinhas do Edward. E vai ter vinho francês, ele garantiu. Você é a primeira na foto, ao lado do rapaz de bigodes e de óculos, não é?
    Beijinhos,

    Karina - Campinas

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  6. O autodidata é, antes de qualquer coisa, um curioso. Ele freqüenta bibliotecas de forma sistemática, sempre se pergunta o porquê das coisas e tenta descobrir as respostas por conta própria.
    "Eles pesquisam em vários livros, até descobrirem o que querem saber",
    Eu tenho um grave defeito, quando eu interesso por um determinado assunto, ou alguma coisa ligada a ciências em geral, eu pesquiso até exaurir os meus ânimos.
    O nosso presidente também é um autodidata, exauriu todos os conhecimentos do bode velho Fidel, para depois tentar por em pratica aqui em terras tupiniquins.
    Sorte nossa, o que é bom lá, não é bom aqui.
    Deveriam também deixar de exigir diplomas de medicina, por que o Brasil está cheio de curandeiros fazendo milagres.
    Se pra ser jornalista não precisa mais de diploma, ser presidente não precisa de estudos, então ser padre vai ficar muito fácil, é só aprender fazer o sinal da crus e falar enrolado que nem eu.
    Nivia, com todos esses predicados, algum engraçadinho vai lhe oferecer casa, comida, roupa lavada, carro na garagem e vinte mil reais por mês.

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  7. Ôi Nivia.... (rssssssss....) esse padre está cada vez mais assanhado, fique esperta com ele. Ele só se esqueceu de dizer quem é vc. Para mim, sem dúvida a segunda na foto, ou seja, a primeira mulher da esquerda para a direita, acerteiiiiiiiiiiii...
    Quanto à decisão do Ministro Gilmar Mendes, creio que ainda é cedo para avalia as consequências. Só acho que o termo correto é desclassificação do diploma e não cassação, certo?
    Bjos,

    Larissa - Cásper Líbero - São Paulo

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  8. Sabe Nivia e Edward, eu estou ainda sem saber que posição tomar, em relação a essa desclassificação do diploma para jornalistas. Muitas dúvidas surgem, as colegas também "voando" no assunto, fica dificil saber se devemos ou não continuar ou se o curso será extinto. Vcs, mais experientes, poderiam nos dizer como ficará a partir de agora. Estuda-se para quê, se quiser ser jornalista? Advogado, engenheiro, químico ou, seguindo seus sábios conselhos, Nivia, para cozinheira?
    Beijos, adorei sua crônica, Nivia.
    Ahhhhhhhhh.... Nesta foto, você é a primeira mulher da esquerda para a direita, acho...

    Cláudia - Cásper Líbero - São Paulo

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  9. "Ninguém é bom por acaso; a virtude deve ser bem aprendida."

    **Chico Xavier**

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  10. Ôi Nivia e Edward...
    Vocês dois escrevendo um artigo em quatro mãos encantam. Adorei a forma como esse assunto da desclassificação do diploma de jornalistas foi tratado aqui. E tinha mesmo que ter uma pitadinha de humor, afinal, nosso Brasil pintou a cara faz tempo. Só não nos faz rir. Os palhaços são sempre os mesmos, com atitudes absurdas como essa que tomam. Queria ver cassarem diplomas de médicos. Outro dia li num jornal aqui de Ribeirão Preto que um "falso médico" foi preso exercendo a atividade ilegalmente. O coitado tinha cursado até o quinto ano de medicina e era super preparado para a profissão. Sem dinheiro, não pode concluir o curso e tentou clinicar para ter dinheiro e voltar a terminar a medicina. Está em cana. Coisas do nosso Brasil...
    Nivia, vc é a primeira mulher da esquerda para a direita. Se acertei quero a sopa de letrinhas com vinho francês. Nesse frio....Hummmmmmmmmm....

    Ana Caroline - Ribeirão Preto

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  11. Caio Martins Siqueiraquinta-feira, 25 junho, 2009

    Olá pessoal...
    Quero deixar claro, em primeiro lugar, meu profundo respeito pelos graduados em Jornalismo e pelos professores da área. Mas, ouso divergir da Nivia e do Edward por levar em conta que o ofício do jornalista, diferente dos ofícios do contador, do engenheiro, do médico, do corretor de imóveis, coincide com o que nossa Constituição resguarda como liberdade de expressão (…é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença…). A liberdade de expressão é fundamental em qualquer democracia.
    Percebam que o texto constitucional em nenhum momento faz a mesma ressalva à arte ou prática de cura, à interpretação das leis e atuação em cortes, ao cálculo e construções de estruturas ou avaliação e comercialização de imóveis.
    Estas atividades não fazem parte das garantias essenciais da pessoa humana, a liberdade de expressão faz.

    Obrigado pelo espaço,

    Caio Martins Siqueira - Sergipe

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  12. Queridas amigas e amigos:
    Comecei no jornalismo em 1963, quando ainda não existiam as faculdades de jornalismo. Quando, se não me engano, lá por 1967, fiquei sabendo que tinham criado uma faculdade do ramo em Porto Alegre, fiquei super feliz e vi, pela primeira vez, a profissão que tinha escolhido sendo valorizada, na medida em que a partir dai para exercê-la seria necessário o curso superior. Eu já estava na profissão, tive por lei direito ao registro automático, e poderia ter torcido o nariz para as faculdades. Inclusive porque nós, veteranos e sem diploma, fomos dentro das redações professores da garotada. Não, não torci o nariz, como fazem os arrogantes. Pelo contrário, me tornei um defensor ferrenho da faculdade e da exigência do diploma. Ao mesmo tempo, me tornei também um crítico ferrenho da má qualidade da maioria das faculdades. Passei a defender não o fechamento dessas escolas, mas sim a redução do número, com o fechamento sim daquelas ruins demais, criadas só para seus donos ganharem dinheiro. E aperfeiçoamento permanente das boas faculdades, onde, inclusive, para ser professor, o cara teria que provar determinado tempo mínimo de experiência em redação real, entre outras exigências. Esse decisão do STF, querida Karina, não teve nada a ver com o Lula. O cara fala suas bobagens, não perca seu espírito crítico em relação a todos os governos, mas também não jogue tudo na costas dele, seria injustiça. Essa decisão foi para atender a uma antiga, e bota antiga nisso, aspiração patronal. Os poderosos, ricos, influentes e sempre ameaçadores donos dos grandes veículos, das grandes redes. Eles se livram dos sindicatos, que ficarão desmobilizados, e que bem ou mal, não interessa, sempre defenderam os interesses da nossa classe. Os patrões reduzem salários. E, como disse o jornal Unidade, do nosso sindicato paulista, agora vira prerrogativa dos patrões decidir quem será ou não jornalista. É tudo que eles queriam: profissionais domesticados e dóceis aos seus interesses, muitas vezes escusos, trambiqueiros. O jornalista atrelado a um código de ética sério, rígido em seus princípios, exigente na hora de pedir um salário digno, exímio nas questões técnicas do ramo, este vai desaparecer. Em seu lugar vai surgir o cara que trabalha de graça só para ter o nome no jornal, o amigo do filho do dono veículo, o pilantra interessado no poder de um espaço qualquer onde possa fazer lobby, vender influência, traficar opiniões de grupos pagantes interessados. Os patrões, com a maior cara de pau, argumentam que agora os especialistas poderão se comunicar com a sociedade. Mentira, os especialistas jamais foram cerceados nesse direito, e para isso existem as páginas de opinião, um espaço pluralista e que não exige conhecimento jornalístico. São falácias, para encobrir as verdadeiras razões dos patrões: achatar salários, desmobilizar e deter um novo poder -- o de formar uma nova classe.
    Parabéns Nivea Andres por levantar o tema com seu brilho de sempre. Não sou tão elegante como você, indignado prefiro chutar logo o balde.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  13. Oi, amigos...
    Por que espernear com a extinção do diploma de jornalista ? Há anos a área está tomada por paraquedistas: Casagrande, Neto, Falcão, Caio, Arnaldo César Coelho, Ronaldo Giovanelli e, agora, Amoroso entre outros. Enfim o Dunga não entende nada do riscado e é técnico da seleção, o Datena, por acaso, conhece algo sobre aviação ? mas deu muitos palpites na queda do avião da TAM e continua metendo o bedelho em uma porção de coisas que desconhece. A Ana Maria Braga, é especialista em que? culinária, fofoca ou jornalismo?.
    Nossa área está infestada de ultralevistas e o sindicato não berra a favor da classe.
    Esse juíz, Gilmar Mendes, apitou que jogo para meter a colher de pau em seara alheia com esdruxulas comparações?
    Vocês perceberam que de uns anos pra cá, o Judiciário mete o bico em tudo, como se estivesse acima do Legislativo e do Executivo. Agora foi a vez do jornalista e do cozinheiro. Quem será o seguinte ? Que tal botar o senhor Gilmar Mendes na arquibancada e, de lá, decidir as partidas de futebol.
    Este país não e mesmo sério.
    Com todas as mazelas políticas, judiciárias e até familiares ou o povo de se levanta, sem terrorismo por favor, ou a Nação vai para o brejo. A água já bate no umbigo.
    Parabens Edward e Nivea pela e demais bloguistas pelas opiniões sobre o assunto.
    abraços

    Oswaldo Lavrado -SBCampo

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  14. Boa tarde a todos!
    Respondendo ao Senhor Caio Martins Siqueira, de Sergipe, que postou comentário antes do Milton Saldanha.
    Prezado senhor, chamo sua atenção para um equívoco na interpretação do texto da Constituição: o fato de se exigir um diploma para o exercício do jornalismo não configura censura ou exigência de licença para o cidadão exprimir sua opinião ou comunicar-se. A Constituição diz apenas, a meu ver, que o Estado não pode interferir na liberdade de expressão discricionariamente. Não pode, por exemplo, impedir ninguém de manter um blog ou comentar num blog, nem pode impedir que jornais publiquem determinadas notícias.

    O problema todo é a confusão que se faz entre expressão e jornalismo. Jornalismo está bem longe de ser expressão de opinião. Só quem desconhece completamente as técnicas e a rotina de trabalho de um repórter pode achar que uma notícia expressa as idéias e opiniões de um jornalista. Na verdade, expressa as opiniões e idéias das fontes entrevistadas. Por isso, não vejo como a exigência de diploma está infringindo a liberdade de expressão. Qualquer um pode se manifestar livremente no Brasil e existem inúmeros meios para isso que não passam necessariamente por produtos jornalísticos.

    Abraços, senhor Caio!

    Marcelo Santos - Jornalista - Belo Horizonte/MG

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  15. Senhor Lavrado, não cometamos injustiças. Desses nomes que citou, dois deles são sim, formados, e com diploma de jornalista. Casagrande e Falcão. Outro é o ex-goleiro Raul, que sumiu mas comentou por uns tempos na Globo. mais um que é jornalista e que me lembrei agora, assina inclusive colunas em jornais e tem diploma é Tostão, também ex-craque da Seleção Brasileira.
    Feita essa ressalva, no mais concordo com o senhor, muitos paraquedistas na aérea.

    Rafael Gustavo - estudante de jornalismo - Uberaba/MG

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  16. Penso que o atual jornalismo, hoje mais voltado às pseudo-celebridades do que à notícia em si, precisa urgentemente de reformulação. Mas a notícia da extinção do diploma caiu como uma bomba sobre mim. E me incomodou demais a comparação de nossa profissão a outras. Afinal, um dia já fomos considerados o Quarto Poder. Agora, apenas cozinhamos... Lamentável!

    Beijos,
    Lara Fidelis
    Ainda jornalista

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  17. Ôi Nivia e Edward!
    Que bom que abordaram esse assunto hoje aqui no blog. Muitos comentários que acabam nos ajudando. Gostei muito do que disse Milton Saldanha, até porque, os proprietários de jornais realmente são como ratos, sempre roendo a corda para seu lado. E podem perguntar para qualquer um deles o que acharam dessa medida imposta pelo Ministro Gilmar das Neves (isso?), 100 por cento concordam. Agora que o diploma de jornalista se torna opcional, vão fazer o que bem entender e se livram da perseguição do sindicato, como esclareceu o Milton.
    Parabéns Nivia e, concorrendo a sopa de letrinhas do Edward, você é a primeira mulher da esquerda para a direita, com certeza! Depois me avise onde vai ser o banquete para eu comparecer.

    Martinha - Metodista - SBC

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  18. Olá, amigos! Estou muito satisfeita com a repercussão do texto. E espero novas e boas contribuições até o final do dia. O exercício do contraditório é muito importante para nós, seja qual for o assunto.

    Karina, continue firme no seu curso. Ele não vai ser cancelado. Ao contrário, acredito que vai melhorar, ainda mais. Na verdade, o que quiseram criar foi o Conselho Nacional de Jornalismo, há algum tempo. Não obtiveram êxito. Queriam cercear o exercício da profissão.

    Estevam, também não tenho nada contra qualquer profissão, desde que exercida com dignidade.

    O professor João Paulo tem razão. Temos que procurar aprender sempre, ser curiosos e criativos. Esta é a diferença que pesa, em qualquer profissão.

    Andressa, temos que exibir, com orgulho, o nosso diploma, afinal, para obtê-lo, os sacrifícios foram muitos.

    Padre Euvídio, obrigada pelos elogios. Nenhum engraçadinho vai se atrever a fazer proposta alguma. Tenho casa, cozinho muito bem, posso lavar a minha roupa, não tenho carro porque não dirijo (uma escolha...) e 20 mil reais por mês não me seduzem. Vivo muito bem com menos de 10% desse valor. e também tenho cara-metade!

    Larissa, quem escreveu "cassação" foi o Edward, no título, creio que para destacar o assunto...

    Cláudia, continue estudando muiiiito. O curso não vai ser extinto!

    Caio, também concordo com você. Não foi o que eu disse no texto?

    Milton, você tem razão. Não tenho o seu brilho para a crítica. Você coloca os pingos nos "is"!

    Marcelo, você foi ao ponto. O verdadeiro jornalista conta o que acontece, o fato. Ele não fabrica a notícia.

    Bem, quanto à "adivinhação" proposta pelo Edward, aguardemos até o anoitecer para contar os felizes ganhadores de um banquete cujo cardápio será uma refinadíssima sopa de letrinhas oferecida pelo Edward. Ainda não escolhemos a fonte das letrinhas, mas vamos conversar com os melhores fabricantes de massas do Brasil. Podem crer, será um formato inesquecível! Quanto ao vinho francês que vai harmonizar o ágape, sugiro que seja o Romanée-Conti. Naturalmente que o Edward e seus colegas ficarão responsáveis por conseguir as "bouteilles" do precioso líquido junto à adega do Alvorada...numa deferência do seu velho "cumpanheiro"...

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  19. Ôi Nivia e Edward, vocês são excelentes, juntos então...
    Ótima essa abordagem hoje no blog sobre esse assunto. Para algumas colegas ainda em dúvida, hoje pela manhã conversei com um dos diretores da Unisantos, cujo nome não tenho autorização para citar, perdoem-me por isso. Ele me garantiu que a Unisantos e demais faculdades de jornalismo vão manter o curso, sem problemas.
    Martinha, futura colega de jornalismo, vc trocou o nome do Ministro que assinou essa medida da não obrigação do diploma de jornalismo. O sobrenome não é das Neves e sim Mendes.
    Outra coisa, agora para a Nivia. Se eu acertar quem é vc na foto, posso ter o direito de trocar o menu? Fico com o prato da sua receita, só que, ao invés de tatú, preferia um lagarto assado. De boi, claro. A sopa do Edward deixo para o Padre Euvídio.
    Quase me esqueço. Vc é a primeira da foto.
    Bjos,

    Thalita - Santos - (Unisantos)

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  20. Ruis Ingnácio Burra da Silvaquinta-feira, 25 junho, 2009

    Companheiros, a vingança veio a cavalo, em passos galopantes...
    Quem mandou vocês falarem mal de minha pessoa...
    hurraaarraaarrraaaa...

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  21. Talita, a troca do menu fica com o Edward, mas posso fazer, é claro, especialmente para você, o lagarto. No sul, tatu é a mesma coisa que lagarto! Carne bovina, é claro...

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  22. Prezados colegas de profissão e amigos deste blog.
    Sou contra a decisão do Supremo, sim. Considero histórica a luta dos jornalistas pelo direito a uma regulamentação que garanta o mínimo de qualificação profissional para quem pretende trabalhar na profissão.
    Concordo com a Federação Nacional de Jornalistas de que é um ataque sem precedentes, que procura aniquilar nossa regulamentação, com o argumento de que “a profissão de jornalista não requer qualificação profissional específica”. Visão mesquinha de quem quer atacar um direito garantido pela Constituição Federal.
    Como estabelecer a confusão sobre cerceamento à liberdade de expressão e a censura, com o direito dos jornalistas terem uma regulamentação profissional que exija formação acadêmica?
    A regulamentação garante, sem dúvida, o direito à informação qualificada, ética, democrática. Acredito que essa decisão, que chamo de “FORA DA NOVA ORDEM MUNDIAL”, só objetiva favorecer empresas de comunicação, como disse acima o colega jornalista Milton Saldanha.
    A população tem direito à informação de qualidade, baseada em princípios éticos. Os jornalistas têm direito à sua regulamentação profissional.
    Garantia de qualidade nenhum diploma dá: existem péssimos médicos, com diploma, terríveis advogados, com diploma e incompetentes engenheiros, com diploma… Isso evidencia que diploma não é garantia de qualidade, mas eu confesso que dormi preocupada e acordei com uma certeza: sou uma jornalista diplomada, pós-graduada e prestes a me tornar mestra. E vou lutar por uma categoria de formação acadêmica de qualidade.
    Abçs a todos,

    Daniela - Universidade Federal de Juiz de Fora/MG

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  23. Concordo plenamente com o comentario da Daniela, de Juiz de Fora. Comecei o curso de graduação em jornalismo a um semestre e quero ser diplomada em jornalismo, não só para ter diploma, que sei não é uma garantia de um bom ou mal profissional, mas sim pelo reconhecimneto da profissão. Ser jornalista é muito mais do que uma liberdade de expressão! É, acima de tudo, aprender a ter senso crítico!
    Realmente é um absurdo essa decisão da STF e mais absurdo é o argumento que é mesmo mais uma questão trabalhista do que democratização da comunicação. No meu ponto de vista isso é uma desvalorização do jornalista!

    Fabíola - Florianópolis

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  24. Amigos jornalistas,
    Essa decisão do Supremo Tribunal Federal é uma palhaçada. Aí eu pergunto, vamos continuar parados diante dessa situação? Sou jornalista por formação sim! e me orgulho muito disso.
    Abraços,

    Luiz Carlos - Curitiba/PR

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  25. Ôi Nivia e Edward,
    estou indignada com essa decisão do STF. Em momento algum eles pensaram nas pessoas que fizeram um curso de jornalismo e no tempo e dinheiro que gastaram para concluirem o curso. E o que fazer agora, com os alunos que já se encontram no meio do curso? Por acaso, os senhores do STF irão reembolsar os pais e alunos que já gastaram para conseguir tal formação?
    Isto tudo só nos desmotiva de viver nesse país. Se algumas pessoas resolvem que tal curso não vai valer, daqui a pouco curso superior nenhum valerá, pois assim como há maus jornalistas há também maus professores, advogados, médicos…
    Quem irá nos reembolsar? Vou ter que brigar na justiça e gastar mais ainda?
    Bjos,

    Tatiana - São Vicente - ( Unisantos)

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  26. Thalita e Martinha, tá certo o nome, o cara é o abominável homem das neves...

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  27. Nivia, estive pela manhã, por volta das 6 e meia e li o texto de vcs, mas não tinha tempo para comentar, estava correndo para ir à faculdade. Vim agora para cumprimentá-los e tentar acertar quem é vc na foto. É a primeira, ao lado do rapaz de óculos e bigodes, acertei? Me avise o dia da sopa do Edward, tá? (rsssssss...) Deixe-me aproveitar e dar um recado para a Tatiana, de São Vicente, que postou comentário acima.
    Sinceramente Tatiana, o curso de jornalismo deve ter valor em si - no conteúdo que oferece - e não no diploma que dá e nos privilégios que esse papel concede. Faça o seu curso de Jornalismo colega, erga a cabeça e faça valer o diploma que receberá no final do curso não pelo que ele é ou representa, mas pelo que você é. Nada de pensar em desistir e recuperar o que pagou. Vamos todas nós em frente, mesmo com as dificuldades que virão por causa dessa medida descabida do STF.
    Bjos,

    Andréa - Metodista - São Caetano

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  28. Nivia, quem optou pelo curso de Jornalismo comprou um pedaço de papel ou o conhecimento que o curso proporciona? Se comprou o conhecimento e se esse conhecimento é bom, suficiente e capacitante, não precisa reclamar ou temer nada. Se comprou o papel não deveria nem ter começado.
    Abraços,

    César Augusto - Franca - SP.

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  29. Dona Nivia, o Sací tá todo feliz aqui no buteco. Disse que agora pode sê jornalista, é verdade? Só que é burro pra escreve qui dói.
    O Sací manda falá qui deviam caçá é esse padreco barbichinha qui apareci aqui no blog pra enchê as paciença da gente. Êta Padre safado, sô!!!!
    Abraço, dona Nivia

    Zé Honório - Buteco do Moleque Sací - Pinda

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  30. Zé Honório vortou equinta-feira, 25 junho, 2009

    Ô dona Nivia, levei uma bronca só do povo. Esqueci de votá. Nóis todo do buteco achamo que a senhora é a primeira muié da fotografia. Si acertá, nossa turma dispensa a sopa de letra do Edward (eco) e quê come o seu tatú, podi trocá?

    Brigado Dona Nivia

    Zé Honório - Buteco do Sací - Pinda

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  31. Eu tenho certeza que a Nivia é uma das duas moças que estão na foto, acertei?
    Se conselho fosse bom ninguém daria de graça.
    Se eu fosse jornalista eu ia encabeçar uma turma para formar uma nova seita. E o slogan da minha seria, “com diploma não há salvação”.
    Eu tenho certeza que todos iriam ficar muito ricos, por que coisa que não falta é analfabetos para alimentar seitas novas.
    Poderiam fazer também muitas promessas de salvação, assim como fazem atualmente, é só falar com muita ênfase, “vejam o exemplo do nosso presidente não estudou e agora é o nosso guia pátrio”, ou então,
    “Eu prometo a vocês caros fiéis, que também serão alguém na vida, mesmo sem estudos”.
    Ah não se esqueçam de me chamar também, para eu passar a sacolinha.

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  32. Queridas amigas e amigos, maravilhosa jornalista Nivia Andres: Quando surgiu aquela discussão nacional sobre o Conselho de Jornalismo assinei um artigo no jornal Unidade, do nosso Sindicato, defendendo a criação do Conselho. O Sindicato acolheu prontamente o artigo porque tinha também essa posição, juntamente com a Fenaj. Os patrões eram contra, claro, e manipularam com grande competência a opinião pública, afirmando que seria uma forma de censura, controle, etc. Não era nada disso. Quase ninguém entendeu o que seria o Conselho, porque não se soube fazer ligações com os demais conselhos de classe que já existem e que também estão querendo extinguir, para desregulamentar quase todas as profissões. Por que os patrões eram contra o Conselho? Porque queriam isso que agora conseguiram no STF, o aniquilamento da nossa profissão. O Conselho, entre outras coisas, iria coibir o exercício ilegal do jornalismo, atribuição que legalmente os sindicatos não têm. Mas o Conselho tem, por lei. Entenderam agora? "Ah, mas as faculdades vão continuar". Grande vantagem, se perdemos o principal, que é a regulamentação, ou seja, só poderia exercer o jornalismo quem era de fato jornalista. Trabalhei como assessor de imprensa para dois conselho de classe, primeiro o dos farmacêuticos e depois o dos economistas, neste último por quase cinco anos, onde também era editor-chefe do Jornal do Economista. Aprendi e me aprofundei no tema "conselhos", era minha obrigação. Isso qualificou meu artigo no Unidade porque tive a chance de explicar detalhes jurídicos que as pessoas em geral desconhecem, e nem têm obrigação de saber. O Conselho de Jornalismo (o nome não seria exatamente assim, estou simplificando)hoje teria sido de fundamental importância. Poderia, sem exagero, ter influenciado nos rumos que a coisa tomou. Tenho mil críticas ao Lula, mas não sou burro nem desinformado. O governo também faz coisas boas. O Conselho teria sido uma delas. O Lula na época até explicou que estava atendendo reivindicações antigas das entidades dos jornalistas, mas as pessoas no seu anti-lulismo cego e infantil não tiveram ouvidos para isso. Foi uma pena.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  33. Esse Zé Honório será um dos primeiros a se converter na seita dos analfabetos.

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  34. Jornalistas Edward e Nivia!
    Sou comerciante e como sabem, tenho com meu pai uma churrascaria aqui em Itú e estamos abrindo outra em São Paulo, em Pinheiros, que será comandada pelo meu irmão, Nicácio.
    A respeito do assunto tratado hoje no blog, penso que é um absurdo a dispensa do curso Universitário de Jornalismo. Será que é para desistimular o pessoal que está na Universidade? Será que estão com medo de que o ensino de jornalismo numa universidade abra demais os olhos das pessoas? Afinal podemos observar que o Governo faz de tudo para manter o povo na ignorância,apesar de que fala tanto em Educação, principalmente nos palanques.O Governo paga bem aos professores? O profissional da educação é valorizado? É um absurdo e um desrespeito o que fez o STF com vocês, jornalistas. Quer dizer que se eu tiver algum entendimento sobre direito poderia, quem sabe, ser um magistrado? Gente, pra onde estamos levando nosso país! Daqui a pouco curandeiro poderá ser médico. Será? Acho que precisamos é exigir formação específica para alguns ocupantes de cargos públicos. Muitos têm "o dom da palavra", mas nenhum entendimento sobre o certo, o ético e o honesto.
    Abraços a todos vocês!

    Paolo Cabrero - Itú - SP.

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  35. Nivia, tudo legal? Estou de olho na sopa com o famoso Romanée-Conti, muito apreciado lá no Alvorada. E vou acertar. Você é a primeira da esquerda para a direita.
    Quanto ao seu artigo de hoje, muito legal e satírico, adorei.
    Sabe Nivia, eu tenho um pensamento sobre essa questão. Para mim, diploma não mede capacidade de ninguém. Quantos intelectos existem e nunca pisaram em uma faculdade. Profissionalismo é dom e não um simples pedaço de papel.
    Beijos...

    Ana Catarina - Blumenau

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  36. Ernesto R. Garcia Silveiraquinta-feira, 25 junho, 2009

    Olá pessoal,
    O diploma de jornalista deve ser obrigatório. A sociedade merece notícia de qualidade, feita por profissionais especializados, que tem noção do que estão retratando. Jornalismo é coisa séria, e não merece ser feito por qualquer um.

    Ernesto R. Garcia Silveira - Garça -SP.

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  37. Nivia, ficou engraçada demais sua crônica. Com tantas qualidades vc encontraria um sócio logo pra abrir esse restaurante com comida mediterrâneas. Gostei até do nome que vc assumiria; Nivia Marie Andres. É por aí, de que adianta ficarmos derramando lágrimas se diploma vai ou não ter valor. Vamos estudar e aprender a profissão e trabalhar com profissionalismo, porque, até para cozinhar a corda pode estourar para o nosso lado. E o diploma para exercer essa profissão, onde conseguir? Soube que até garçon para trabalhar faz curso e é diplomado. Vamos ser uma das poucas profissões sem diploma no Mundo, possivelmente.
    Abçs,

    Maria Eugênia - São Paulo - SP.

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  38. Ana Célia de Freitas.quinta-feira, 25 junho, 2009

    Boa noite crianças...
    Nívia amei o seu texto, bastante pontual.
    Penso que o diploma é sem dúvida o início de se formar um bom profissional,é óbvio que apenas ter o nome gravado em um papel não é suficiente para dizer que esteja preparada para esta ou outra profissão, mas é essencial obter essa teoria, e a prática sem dúvida deve caminhar em conjunto com a mesma.
    Um profissional que queira se destacar,aprimorar, e oferecer o que há de melhor no mundo, seja informação, educação, ciência, etc,deve estudar constantemente,tendo em vista que as mudanças ocorrem com muita velocidade.
    Embora jornalismo não seja minha área de atuação,admiro esses profissionais que enfrentam vários obstáculos para levar ao leitor o melhor conteúdo.
    O que torna uma pessoa um ótimo profissional, claro, não é a faculdade,mas o seu insistente aprimoramente, mas a faculdade é essencial.
    Acho que você é a primeira da foto, ao lado do homem de bigode...
    Abraçossssssssssssss.
    Ana Célia de Freitas.Franca/SP.

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  39. Somos um país de terceiro mundo. Por isso pergunto aos nobres jornalistas: Nos Estados Unidos e países da Europa, além de alguns da América do Sul, como funciona a regulamentação sobre jornalistas? Há necessidade de diploma? O curso universitário nesses países não seria uma iniciação ou complemento intelectual?

    Gustavo S. Santis


    Cachoeira Alta - GO

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  40. Prezado Rafael Gustavo...
    Há controversias.Oscar Roberto Godoi e José Roberto Wryth são jornalistas. Data vênia, Falcão teve um programa em uma TV italiana enquanto esteve na Roma, mas não é formado. Casagrande nunca pisou em uma faculdade. Tostão é formado em medicina e só. Raul Plassman é jornalista.
    De qualquer forma, a profissão não pode ser aviltada. Alguém neste espaço de comentários alerta que pra ser jornalista é necessário ter o dom, o canudo só não basta. Tá certo.
    Neste meus mais de 30 anos de jornalismo, vi excelentes profisionais sem diploma e muitas tranqueiras com o papel. Toda profissão tem seus mandrakes.
    Neste momento, 19h45 ouço, via TV, e leio, via Net, a notícia da morte (há ser confirmada) de Michel Jackson, o comedor de criancinhas.
    Valeu a polêmica, caro Rafael.
    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  41. Prezada Ana Célia de Franca. Vc me deixou embasbacado com sua frase. Vou repeti-la: "O que torna uma pessoa um ótimo profissional, claro, não é a faculdade,mas o seu insistente aprimoramente, mas a faculdade é essencial". Afinal, é ou não é a faculdade um benefício no aprendizado. Na primeira frase, vc disse que faculdade não torna uma pessoa um bom profissional. Na segunda, vc disse que ela, faculdade, é essencial. Decida e me avise, por favor!
    Abçs,

    Paulo Roberto - Divinópolis/MG

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  42. "A satisfação está no esforço feito para alcançar o objetivo, e não em tê-lo alcançado. "

    ***Ghandi***

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  43. Tive hoje aqui a mais grata surpresa que poderia ter!!! Nivia Andress foi minha colega de comunicação social na UFSM. Nos formamos em 1977 e mesmo tendo feito mais uma faculdade recentemente, a primeira é que fica no coração e sempre sinto saudades...
    Foi uma bela surpresa mesmo!!! Obrigado
    abraço

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  44. Nivia, vc se esqueceu de dizer aqui no blog quem é vc na foto. Estamos todas aguardando ansiosas para saber quem foram as acertadoras. E muitas de nós de olho no vinho do PLanalto. A sopa de letras do Edward, depois, claro.
    Bjos...

    Andressa -SBC

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  45. Ôi Andressa, como a Nivia ainda não anunciou quem é ela na foto, vou dar meu palpite. Só agora pude vim ver a matéria do dia. Bem legal a Nivia na cozinha, onde todas nós precisamos nos acostumar (rssssssssssss....).
    A Nivia para mim é a segunda mulher. Todas estão dizendo que é a primeira, da esquerda para a direita e vão errar. Vamos ver.
    Bjos,

    Milena - Santo André - Metodista

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  46. É, meninas, vou nanar, a Nivia se esqueceu de dizer quem é ela na foto. Ja é tarde, amanhã fico sabendo. Nos encantramos na faculdade, tá?
    Bjos,
    Larissa -São Paulo

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  47. Olá, moças e rapazes!

    Com efeito, peço desculpas a todos por não revelar, ontem, minha posição na foto. Sou a primeira, à esquerda, após o rapaz de bigode. Como podem ver, todos acertaram, menos a Milena!

    Mesmo assim, todos estão convidados para a Sopa Literária do Edward. O que ainda está pendente e é de responsabilidade dele, é o vinho para acompanhamento do prato. E a data do evento, é claro!

    Só para esclarecer aos prováveis participantes, nosso fornecedor da massa de letrinhas vai fabricar, especialmente, vários pacotes de massa com as letras D I P L O M A.

    No pacote, estará impresso: Edição limitada, especial para o Blog Crônicas de Edward de Souza e Amigos Jornalistas. Ah! E as letrinhas serão coloridas, no formato da fonte "Impact", que achamos mais apropriado para a ocasião!

    Para o evento, vamos formatar um convite de design arrojado e chamaremos toda a mídia nacional! Já pensaram, que show! Uma turma de jornalistas e seus amigos, comendo o diploma de jornalista? Vai ser uma maravilha!

    Agradeço todas as participações. Foram muito importantes para nós! O que resta a dizer a todos os envolvidos na questão é que não abandonem os seus sonhos e continuem estudando e se aperfeiçoando.

    Um abraço a todos!

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  48. Valeu Nivia!
    Não tinha como errar, tomando por base essa foto-pintura sua!
    Beijos,

    Andressa - Metodista

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  49. Então, "Dona Nivia", nos abandonou ontem, né?
    Agora li sua resposta e todos nós, menos uma, acertamos. Vamos esperar o banquete do Edward, tá? Com o vinho do Planalto, peça à ele para não se esquecer (rsssssssss).
    Bjos...

    Karina - Campinas

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  50. Ana Célia de Freitas.sexta-feira, 26 junho, 2009

    Boa noite Paulo Roberto...
    Desculpa se me expressei mal,sem dúvida, a meu ver a faculdade é essencial para o início de um bom profissional,ela permeia uma base necessária, e a prática ocorre no momento em que colocamos essa teoria em prática.
    Espero ter esclarecido sua dúvida.
    E você o que pensa sobre o assunto?
    Abraços e um ótimo final de semana.

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  51. Paulo Roberto responde para Ana Célia esexta-feira, 26 junho, 2009

    Olá Ana Célia de Freitas.
    Não quero e não sou indelicado, ainda mais percebendo que estou dialogando com uma pessoa íntegra e de bons princípios. Creio que lhe entendi, mas ficou outra vez confusa sua explicação, quando, no segundo tópico, você repetiu:"ela permeia uma base necessária, e a prática ocorre no momento em que colocamos essa teoria em prática".
    Viu o que eu quis dizer? A prática ocorre no momento em que colocamos essa teoria em prática. Confuso, creia.
    Mas, para não ser deselegante, vou traduzir em miúdos. A Faculdade é uma segurança, uma raíz no início do nosso aprendizado, mas o que vai mesmo nos ajudar é a prática. Exercendo uma atividade e ganhando experiência, nos tornamos um bom profissional, Isso, Ana?
    Beijos,

    Paulo Roberto - Divinópolis/MG

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  52. Ana Célia de Freitas.sexta-feira, 26 junho, 2009

    Ana responde para Paulo Roberto:
    Isso mesmo, a raíz vai criar frutos conforme adquirimos experiência.
    Beijos e um ótimo final de semana.

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  53. Luiz Gustavo Martinellisexta-feira, 26 junho, 2009

    Desculpe-me, Paulo Roberto! Você é na verdade um chato de galocha. Se entendeu, porque ficar enchendo a paciência da Ana Célia? Mostrar que você é um sabichão? Experimente trocar umas idéias comigo, que dou aulas em três faculdades de jornalismo. Vamos ver se você é mesmo inteligente como julga. Você é, na verdade, muito prepotente...
    Passar bem,

    Luiz Gustavo Martinelli - São Paulo

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  54. Caro senhor Edward:
    O meu nome é Gustavo da Silva Lourenço tenho 10 anos estou na aula de Informática da escola Anita Catarina Malfatti li o primeiro e o segundo capítulo e achei muito aterrorizante e assustador.E acho que o terceiro capítulo será mais assustador que o primeiro e o segundo capítulo.

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