terça-feira, 12 de maio de 2009

PAIXÃO POR UMA ÉGUA TERMINA EM MORTE

Edward de Souza

Ambrósia, pivô do crime

Nos anos 70, quando comecei minha carreira em jornal, fui enviado à editoria de polícia do Correio Metropolitano. Não tinha nem idéia das funções de um repórter policial, mas era a minha primeira oportunidade e não poderia deixá-la escapar. Naquela época, não sei se isso mudou, todo repórter começava pela área policial. Era o primeiro teste de fogo.
Logo nos primeiros dias notei que não era nada fácil a vida de repórter policial. Em meio a denúncias, investigações, acusações e até jogos de interesses, percebi que teria que manter controle e, na maioria das vezes, muito sangue frio. E, nesse ponto, era importante o repórter ter jogo de cintura, ou seja, saber lidar com quaisquer tipos de situações e pessoas. Isso era fundamental para realizar um bom trabalho nesta área. Até por que o movimento na editoria policial era e ainda é tão intenso quanto numa delegacia de polícia. A quantidade de ocorrências policiais sempre foi imensa.
Numa quarta-feira depois do almoço deixei o jornal com o carro de reportagem, dirigido pelo “Vicentão”, na companhia do fotógrafo Sergio Sakakibara, o “Serginho japonês”, amigo que perdi o contato, não sei por onde anda. Era rotina percorrermos os principais distritos policiais do ABC Paulista em busca de notícias. Mas aquele era um dia atípico. Nada tinha ocorrido de mais grave que merecesse destaque na página de polícia, pelos menos depois de passarmos pelos distritos das principais cidades do ABC, Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema. Voltar ao jornal de mãos abanando seria complicado, isso nunca havia ocorrido. Foi então que resolvi esticar nossa ronda e visitar as delegacias de Mauá e Ribeirão Pires. Nem poderia imaginar o que me esperava nessa última cidade. Entramos no 1º Distrito de Ribeirão Pires e cumprimentei o delegado de plantão, pedindo permissão a ele para ver as ocorrências policiais que haviam sido registradas. Olhei todos os boletins e nada havia que pudesse interessar. Já estava de saída quando uma mulher morena clara, cabelos compridos, invadiu o distrito aos berros, quase me derrubando em sua passagem. Gritava que não aguentava mais tanta humilhação e que desta feita a polícia teria que tomar providências antes que uma tragédia viesse a acontecer. Meu faro de repórter policial indicava que naquele mato tinha cachorro. Quase acertei... Era uma égua, o pivô de toda aquela confusão. Não se importando com a presença da Imprensa, pelo contrário, até gostando e pedindo para que sua denúncia fosse publicada, a jovem mulher, mais tarde identificada como Aparecida, contou a mim e ao escrivão Eurico que seu marido, conhecido como "Dico", lavrador, estava apaixonado por uma égua, que pertencia a sua vizinha. Claro, ninguém é de ferro e precisei segurar para não rir na frente dela. O delegado se levantou da cadeira e percebi que saiu para dar boas gargalhadas em outra sala. Enquanto isso, ar sério e compenetrado no que fazia, Eurico, o escrivão, redigia a ocorrência. Um verdadeiro artista, pensei comigo. Não esboçava nem um leve sorriso. Vez em quando torcia o nariz, mais nada. Aparecida deu detalhes surpreendentes. Revelou que por diversas vezes flagrou o marido transando com a égua. Chegou até a colocá-lo para fora de casa, mas "Dico" sempre voltava com pedidos de desculpas, prometendo encerrar seu relacionamento com o animal. Segundo a mulher, teve noites em que a égua - desolada com a separação - fugia do pasto e até empurrava a janela do quarto onde ela dormia, à procura do lavrador. Mas a revelação bombástica veio em seguida. Contou que naquela manhã havia surpreendido o marido, no pasto da vizinha, aos beijos com a égua. E tinha testemunhas que poderiam ser arroladas pela polícia, caso necessário. O boletim foi registrado, mas Eurico não sabia o título que dava à ele. Por determinação do delegado, acrescentou: “averiguação de zoofilia” - praticar sexo com animais - e encerrou a estranha ocorrência. O delegado prometeu para a mulher que iria intimar o lavrador. Disposta a prosseguir com sua denúncia, Aparecida concordou em nos levar ao pasto onde estava a égua. O jornalista, de qualquer área, tem o dever ético de investigar a veracidade dos dados que chegam ao jornal. Na área da polícia, porém, a reportagem requer muita precisão para não se publicar erros e precisar repará-los no dia seguinte. Quando chegamos, Aparecida chamou a vizinha, dona da égua. A mulher já saiu de casa nervosa e proferindo ameaças contra “Dico”, por causa do romance que o lavrador insistia em manter com seu animal de estimação. Descobrimos que a égua chamava-se “Ambrósia”. Era uma bela égua. Seu pêlo era totalmente marron e sua crina longa e macia, fato constatado pelo “Sérgio Japonês”, que acariciou a égua para acalmá-la e tirar umas fotos. Com a história e fotos, voltamos ao jornal e cumprimos nossa obrigação. No dia seguinte, estupefatos, os leitores viram a manchete: “lavrador se apaixona pela égua Ambrósia”. Não sobrou um só exemplar nas bancas. Dias seguidos acompanhamos o tórrido romance entre o lavrador e a égua “Ambrósia”, naquelas alturas conhecida em toda a região do ABC e em São Paulo. “Dico” foi expulso de casa, mas segundo testemunhas, todas as noites dormia no pasto ao lado de “Ambrósia”, aproveitando o repouso da dona do animal.
Dois meses depois dessa primeira matéria publicada, “Dico” foi encontrado morto próximo ao pasto onde ficava. Uma de suas orelhas havia sido arrancada. Jornais de São Paulo então se interessaram na história e o caso do romance do lavrador com a égua “Ambrósia ganhou divulgação nacional. Um deles, o extinto Diário da Noite, publicou em suas páginas uma foto da égua, cabisbaixa, com a seguinte legenda: “Ambrósia” chora a morte do seu grande amor”. Não foi dificil a polícia descobrir a mandante do crime, claro. Presa, Aparecida revelou que pagou certa quantia em dinheiro para um pistoleiro matar o marido. Como prova de sua morte, pediu a ele que trouxesse uma de suas orelhas, o que aconteceu. O matador profissional também foi preso dias depois da confissão da mulher. Sobre “Ambrósia”, nada mais se ouviu falar, mas contavam moradores de Ribeirão Pires que, depois da morte do lavrador, a égua relinchava noites a fio, até que um dia foi encontrada caída no pasto, sem vida.
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*Edward de Souza é Jornalista e radialista. Trabalhou nos jornais, Correio Metropolitano, Folha Metropolitana, Diário do Grande ABC e O Repórter, da Região do ABC Paulista. Em São Paulo, na Folha da Tarde, Gazeta Esportiva, Sucursal de "O Globo", Diário Popular e Notícias Populares, entre outros. Atuou nas Rádios: Difusora de Franca, Brasiliense de Ribeirão Preto, Rádio Emissora ABC, Diário do Grande ABC, Clube de Santo André, Excelsior, Jovem Pan, Record, Globo - CBN e TV Globo de São Paulo. Participou de diversas antologias de contos e ensaios. Assina atualmente uma coluna no Jornal Comércio da Franca, um dos mais tradicionais do interior de São Paulo.

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Milton Saldanha escreve resenha amanhã sobre a famosa Operação Condor, uma ação conjunta das ditaduras do Cone Sul, incluindo o Brasil, que matou secretamente centenas de opositores. Um casal de uruguaios, e seus dois filhos, foram salvos da morte graças ao trabalho da sucursal da revista Veja em Porto Alegre, chefiada pelo jornalista Luiz Cláudio Cunha, que hoje mora em Brasília. O livro "O Sequestro dos Uruguaios" é uma história sensacional sobre os bastidores da série de reportagens da Veja que desvendou o caso, identificou e denunciou seus protagonistas. Além, ainda, de contar detalhes inéditos sobre a Condor. Esse trabalho deu a Luiz Cláudio o Prêmio Esso de Jornalismo (principal), o Prêmio Vladimir Herzog e o Prêmio Abril. Leiam amanhã neste blog a resenha (intencionalmente curtinha) sobre este livro imperdível.
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34 comentários:

  1. Olá Edward


    Sua história de hoje parece um drama de autoria de Sheakespeare.
    O sexo com animais é mais comum do que “nossa vã filosofia poderia imaginar”.
    Pobre ambrósia... Morreu de amores por um caboclo apaixonado. Judiação! Daria uma excelente moda de viola, você não acha?
    Lembro-me desse caso. Escandalizou a comunidade hipócrita!
    Eta repórter policial porreta!

    J. Morgado

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  2. Olá Edward,

    Às vezes, fico imaginando que muitos leitores do blog possam ter dúvidas quanto a veracidade de histórias que você narra aqui, com propriedade e estilo. Pois saibam todos que os fatos são rigorosamente verdadeiros, sem retoques.
    Lembro-me da história da égua e seu amante. Estávamos no Diario do Grande ABC, ainda na "casinha". O fato foi surpreendente por si mesmo e, também, por acontecer em Ribeirão Pires. Naqueles tempos, começo da década de 70, o "Correio Metropolitano" surgiu com força para enfrentar o monopólio do Diario. Seu lançamento ocorreu ocupando espaço de muitos outdoors nas cidades da região, um fato inédito até então. Torcíamos pelo sucesso do Correio porque, afinal, ampliava nosso restrito mercado de trabalho.
    O "furo" do Edward repercutiu bastante na redação do Diario. Tanto que, passado algum tempo, fomos buscar o Edward para fazer parte de nossa equipe. E, a partir de então, pudemos conviver, ao vivo e em cores, com seu talento.
    Parabéns Edward: bons jornalistas são como os bons vinhos: melhoram com o tempo.

    Abração,

    édison motta
    Santo André, SP

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  3. Ôi, Edward!
    São casos estranhos como esse que mostram que o jornalista, em sua profissão, tem que estar preparado prá tudo, não é? Apesar da morte do lavrador de forma violenta, porque teve uma de suas orelhas arrancadas, não pude deixar de rir do seu relato, entre cômico e trágico. Engraçado foi quando vc escreve que o "Dico" foi surpreendido aos beijos com a égua. Deve ter feito um malabarismo danado para conseguir, não? (rssssssssssssssssss).

    Bjos,

    Janete G. Junqueira - (Metodista) S.Bernardo do Campo

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  4. Êta relacionamento complicado esse, não Edward? Pareceu-me que a Ambrósia estava perdidamente apaixonada, coitada. Tanto que ia em busca do amado até de madrugada. Não tenho certeza, mas casos de zoofilia, sendo comprovados, costumam dar cadeia, não? Uma belo relato seu, muito engraçado, não tem como não dar risadas.
    Abraços...

    Paulo Roberto Aricanduva - Altinópolis - SP.

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  5. Vc me mata de rir Edward, apesar do triste desfecho desse caso. Muita engraçada essa frase sua, vou repetir: "Seu pêlo era totalmente marron e sua crina longa e macia, fato constatado pelo “Sérgio Japonês”, que acariciou a égua para acalmá-la e tirar umas fotos." Ficou a impressão que vc jogou tudo em cima do fotógrafo na última hora, sabia? Por acaso vc não teria verificado in locum as qualidades da Ambrósia? (rssssssssss....). Cada uma que vc já passou nessa vida de repórter, não? Essa é realmente muito especial.

    Beijinhos,

    Andressa (Cásper líbero) São Paulo

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  6. É muita humilhação para uma mulher ser trocada por uma baranha. Imaginem então ser trocada por uma égua.
    Eu fico curioso pra saber se esse infeliz fosse trocado por um alazão puro sangue, que atitude ele seria capaz de ter?
    Mistériossss.....

    BOCAGE.

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  7. Olá Edward.
    A humilhação que passou essa mulher foi a primeira coisa que imaginei, ao ler seu texto de hoje e também concordando com o leitor acima, que assina Bocage. Imagine a coitada saindo às ruas e ouvindo chacotas de todos os lados. Não justifica ela ter mandado matar o marido e por cima cortar sua orelha, mas imagina só como andava o estado de espírito dessa mulher! Qual mulher sairia às ruas, principalmente depois que o caso ganhou repercussão na mídia? Trocada por uma égua é, no mínimo, aviltante, cruzes!!!
    Bjos,

    Karina - Campinas - SP.

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  8. Edward,vc já pensou se esse fato se passasse nos dias de hoje ??
    Programas de baixaria da televisão (não vou citar nómes) tentariam entrevistar até a égua.
    Alguns apresentadores conclamando as autoridades em defesa do póbre animal, berrando aos quatro ventos que a égua também merecia ser feliz e que ninguem teria nada com isso,condenando antecipadamente a espôsa por tentar impedir tão sublime romance.
    Os Direitos Humanos, defendendo com unhas e dêntes o direito do "Dico" em se apaixonar pela égua "Ambrosia",a Igreja e os padrécos abençoando aquele amôr desigual,uma "Casa de oração" já providênciando até o casamento entre âmbos.Seria um sucesso.
    Eu me lembro de ter lido algo a respeito no "Diario da Noite". apesar do tempo decorrido.
    Só não conhecia a história toda a qual vc relatou agóra.Quanta imbecilidade do lavrador "Dico", com tantas mulhéres sobrando, foi lógo se apaixonar por uma égua, pagou com a vida e sem orelha esse seu desatino.
    Mas ele deveria ter sido fiélmente correspondido,pois pelo que se sabe a égua também morreu de amor pelo mesmo kkkkk
    Cada vêz melhór este Blog.
    Abraços Edward.
    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  9. Quando eu era adolescente,( calma senhores! “Eu ainda não terminei a história”. Não tirem conclusões precipitadas.
    É muito feio julgar os outros antes de deixá-los falar). Eu morava perto de um carroceiro que chamava Zeca de Paula. Esse cidadão acostumada guardar a sua éguinha num pasto próximo da minha casa. Observávamos eu e um amigo meu, que o meu primo, apelidado de “LENTE”, toda as tardinhas seguia despistadamente para o pasto que ZECA guardava a éguinha para a pobrezinha descançar. Seguimos o LENTE até o pasto. Chegando Lá o LENTE acariciava a éguinha, depois pintava um clima. Eu quase tive um trem, de tanto rir. O meu primo hoje é conhecido por “Zé das éguas”. Quando alguém pergunta-lhe o porque desse apelido ele responde, “sei lá”.
    Padre Euvidio

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  10. Edward, embora um fato como esse venha a causar certa revolta nos dias de hoje, imagino naquela época. O mundo deve ter vindo abaixo quando esse romance do Dico com a Ambrósia detonou nas páginas de jornais. Não vejo, respeitando outras opiniões, que a mulher do lavrador foi humilhada. Ora, não foi ela, de acordo com o relato do Edward, que procurou a Imprensa e fez questão que a mídia divulgasse? Se tivesse mesmo vergonha, largaria do danado do marido, ou sumiria para bem longe, deixando-o com a égua e pronto. Ainda por cima, certamente dando uma de vítima para justificar seu ato impensado, paga um pistoleiro para matar o companheiro. Burrice demais!!!

    Bjos......

    Thalita ( Santos )

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  11. Há uma tirinha, no jornal Diário de Santa Maria, em que o personagem principal é o "Tapejara", um gauchão morador nas grotas do interior, que é apaixonado por sua égua. Mimosinha,está sempre com uma flor na testa, oferecida por ele, é claro!

    Como se vê, há gosto para tudo, mas, às vezes, esta preferência é perigosa para o vivente...

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  12. Edward, se o caso da égua Ambrósia tivesse acontecido nos dias de hoje, Manoel Carlos ou Glória Peres já teriam transportado esse tórrido romance para a tela global, fazendo suspirar milhares de telespectadores. Já tivemos igual ou pior, exibido na telinha da poderosa meses atrás. O amor de entre dois gays, depois entre duas lésbicas, agora falta esse, entre o homem e uma égua. Caso isso ocorra, não se esqueça de pedir seu cachê e minha comissão de 20 por cento, sem descontar o Imposto de Renda, tá?

    Beijinhos, amei seu relato!

    Fernanda - Rio de Janeiro

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  13. Agostinho Freitas (Moleque sací)terça-feira, 12 maio, 2009

    Boa tarde pessoal.
    Quando um caso como esse é revelado pela imprensa tem uma grita danada. Falam que é o fim do mundo, que estamos nos finais dos tempos, enfim, um monte de besteiras. Tem uma região aqui do Brasil, nãso vou citar porque podem cair de pau em mim, que a molecada aprende sexo bem cedo com animasi de todas as espécies, sabiam? Vão de cabra, égua, vaca, até galinha entra na dança. Todo mundo sabi disso e não fala nada. A mulecada cresce e a tara pelos bichos desaparece. Esse lavrador deve ter vindo de lá, pelo apetite que tinha, só pode.

    Agostinho Freitas (Moleque sací)
    Pindamonhangaba -SP.

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  14. Prezado senhor Agostinho (Moleque Sacy). É preciso pensar que atos como esses são praticados por pessoas com desequilíbrio mental, no mínimo. Além do mais, isso impõe maus tratos aos animais e existe lei para punir barbaridades desse tipo. Qual a necessidade de um homem em praticar sexo com animais? Deus colocou a parceira do homem na Terra para que ele, homem, possa crescer e se multiplicar. Muitas dessas doenças que assolam o mundo, a Aids uma delas, os cientistas afirmam que foram transmitidas por causa da relação entre homem e macaco. Convenhamos, senhor Moleque Sacy, sexo com animais não pode e nem deve ser incentivado. Precisa ser rigoramente punido. Existe lei sim para isso. Esse lavrador que mantinha relações com essa égua não foi punido pela lei dos homens, mas recebeu o castigo que merecia.

    Débora F. Martins - Sorocaba -SP.

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  15. Edward, seu blog é mesmo diferenciado. Esse artigo de hoje nem poderia sonhar que seria postado. Aqui tem de tudo, por isso o blog não nos cansa. Epidemia de meningite, Getúlio Vargas, pontos de esmolas na Catedral da Sé, viagens mirabolantes para transmissão de futebol, em um avião que quase cai, amanhã o Milton Saldanha com a Operação Condor que não é do meu tempo, não me lembro mas vou ler e essa da Ambrósia que foi o máximo, me matou de rir, mesmo com o triste final. E quem não dá risadas imaginando uma égua que sai de noite e vai bater na janela de uma casa à procura do seu garanhão? E o beijo cinematográfico entre égua e homem? Foi na boca, Edward? Você é terrível. Por isso amo esse blog!

    Beijos a todos!!!

    Martinha ( Metodista) SBC

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  16. Olha Edward, já escrevi isso aqui umas dez vezes e vou repetir. O dia que vocês lançarem um livro com essas histórias, vão estourar no Brasil todo. A Martinha que escreveu acima estuda comigo na Metodista e ela foi citando um monte de histórias, umas sérias, instrutivas, outras engraçadíssimas, como as que contou do seu primeiro cadáver, lembra-se? Do Carequinha, essas que participou com o Oswaldo Lavrado nessas andanças de vocês por aí. Nossa, muitas histórias, fora as que virão por aí. Ficariam ótimas ao lado dos artigos do Motta, Saldanha, Nivia e Morgado. Um quinteto de respeito nesse blog, o melhor que já frequentei e que nos dá essa colher de chá de interagir. A históeria de hoje, da Ambrósia, Edward, meu Deus, tem que ser a contracapa do livro. Uma paixão avassaladora de um homem e uma égua(rssssssssssssssssss). E que memória pra guardar tudo isso. Você é fantástico!!!

    Gabriela (Gabi) Metodista) SBC

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  17. Olá Edward!
    Já pensou se a moda "Ambrósia" pega? Os jovens vão chegar em casa e a mãe pergunta: "vai hoje à casa da namorada?" E a resposta: "Não manhê, estou ficando com uma égua". (hehehehehehehehehe).

    Ricardo Pereira - Franca - SP.

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  18. Credo em cruz, que história é essa que contou hoje, Edward? O tal do "Dico" se amarrou mesmo com a "Ambrósia", mas a deixou viúva muito cedo, tadinha! Sou muito romântica e fico imaginando o "Dico", com olhar penetrante e apaixonado, levando rosas para a amada no pasto. E que cena, quando, com voz rouca e tomada pela emoção, declara seu amor para a bela "Ambrósia." Que linda história de amor... Com final triste!

    Bjos,

    Arlete - Poços de Caldas

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  19. Boa tarde, Edward.
    Um fato estranho como esse gera mesmo muita discussão e brincadeiras de todo o tipo, pode-se ver isso aqui no blog. Essa mulher errou só em uma coisa quando contratou o pistoleiro para matar seu companheiro que a trocou por uma égua. Pediu ao matador profissional que cortasse uma orelha do marido como prova. Deveria ter pedido para ele cortar outra coisa e, deixá-lo vivo, assim jamais molestaria um pobre ser irracional.

    Aceite me abraço,

    Renan Bueno Matoso - Aquidauana

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  20. Beleza, seu artigo sobre o triângulo amoroso de Ribeirão Pires. Lembro de ter lido no Correio e de você ter contado mais detalhes uma noite na Toca do Luiz, um boteco proximo a Rádio Diário, lembra ?
    Nessa noite, após você esmiuçar a tragédia envolvendo a Ambrósia, a Aparecida e o Dico, o saudoso Rolando Marques, narrador esportivo ds rádio, contou a história de um sujeito que dizia conversar com os animais. Um dia ele foi visitar o sítio de um amigo e para mostrar seus dotes de "pologlota da fauna" bateu um papo com um porco envergonhado, um pacato carneiro, um galo ciumento e um cachorro de estimação da casa. Ao se aproximar uma cabra, o dono do sítio apressou-se em chamar de lado o amigo que dialogava com um papagaio e alertá-lo: "não de muita atenção à Zelinda (a cabra). Ela é muito mentirosa".
    Uma coisa puxa a outra.
    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo.

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  21. Queridos irmãos lendo essa coluna, meus olhos encheram de lagrimas. Ao ler os comentários meus prantos transformaram-se em berros incontidos, parecido com as carpideiras de antigamente. Eu preciso do apoio de vocês
    seguidores desse blog. Vamos todos juntos unir as nossas forças, e arrecadarmos fundos para que eu possa começar um abrigo, para cuidar de animais sexualmente molestados por seres “desumanos”. Esses bichinhos precisam de alguém para cuidar do psicológico deles. Se na época que a AMBÓSIA, (essa linda potranca da foto) fosse resgatada por um abrigo como esse que eu quero começar, certamente ela recobraria o psicológico e voltaria a ser uma égua normal. Eu tive fazendo os custos de uma obra como essa, e cheguei à conclusão que uma mixaria de um milhão de reais daria com sobra, para realizar um sonho de todos os amantes dos animais. Assim como eu.
    aqueles que forem despreendidos, como o nosso artista Morgado, Motta, Edward, Cristina, Nivea, Isildinha,lavrado, Janete, Paulo Roberto, Andressa, Bocage, Admir, Fernanda, Moleque saci, O. Lavrado e tantos outros que aqui estão constantemente poderiam doar alguns dos seus bens, para que possamos começar a obra, em nome de deus.
    Estou à disposição, justamente com o departamento jurídico dessa futura entidade assistencial, para receber as doações. Quem quiser pode se manifestar aqui nesse blog mesmo, que eu passo o numero conta do banco. Deus abençoe a todos.
    Padre Euvidio, amante dos animais.

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  22. Seu padre o sr. aceita qualquer coisa?

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  23. Ana Célia de Freitas.terça-feira, 12 maio, 2009

    Boa noite a todos.
    Meninos que história hein...
    Deve ser muito difícil aceitar essa troca, a auto estima fora por água abaixo.
    Mas apesar de tudo, não contive o riso.
    Parabéns................
    Ana Célia de Freitas.Franca/SP.

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  24. Queridas amigas e amigos
    Hoje estou chegando tarde, correrias do trabalho, mas não poderia faltar neste espaço depois de ler a divertida e saborosa história da égua Ambrósia e seu grande amor. E com o final trágico, não foram felizes para sempre.
    Muito bom Edward, adorei!
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  25. Boa noite irmão Bocage, aceito qualquer coisa que você possa me dar.
    Padre Euvidio. Amante dos animais.

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  26. Então vou te mandar a minha sogra padre, porque se ela não servir pra nada, pelo menos o Senhor cuida do psicológico dela.

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  27. Seu padre, o seu futuro orfanato vai aceitar qualquer animal?

    Casimiro Mariano- Porto Velho

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  28. Boa noite irmão Casemiro, irei aceitar todos os animais. Meu orfanato já tem um nome:
    “ARCA DE NOÉ”. Todos os seres irracionais serão bem vindos.

    Padre Euvidio- amante dos animais.

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  29. Então vou mandar a jararaca da minha sogra também.

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  30. Padre Euvídio, como o senhor é bonzinho, um verdadeiro seguidor de São Francisco de Assis em sua devoção pelos animais! Temos, aqui no convento, alguns animaizinhos que precisam de proteção - cabras, ovelhas, vacas, gatas e cadelas. Podermos enviá-las para o seu refúgio?

    Sua criada,

    Irmã Rosalina do Amor Maior

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  31. Se eles tiverem algum tipo de problema sexual pode mandar.

    Padre Euvidio

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  32. Não foi o que eu relatei ontem a respeito do acontecido??. ( a igreja e os padrécos etcetera ! )
    Eís ai acima a prova.
    O nósso querido e amado Padre Euvidio, já está querendo grana "para ele" fundar um orfanato
    para animais,com nósso dinheirinho .
    Tem dó, Padre Euvidio, já não chega a politicalha para nos deixar mais póbres com o roubo de nósso dinheiro e o senhor ainda vem me pedir algum ?
    Tô fóra.
    Abraços pessoal do Blog,e não deem grana para o Padre não hem !!
    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  33. Olá meus amigos!
    O Admir Morgado já cortou a barba do padre Euvidio. Tenha pena do padre, Admir, ele só quer um milhão de reais. Pouco, se considerarmos que nossos políticos gastavam isso por semana, nos vôos maravilhosos que faziam em suas andanças por Paris, Londres, Roma, etc e tal, sempre muito bem acompanhados. O padre, meu amigo Admir, vai cuidar dos nossos animais irracionais, veja bem, porque dos considerados racionais, temos que cuidar nós!
    PS : aproveito para responder a pergunta de uma leitora desse blog. Ela perguntou se existe lei que puna o sexo de homens com animais. Sim, cara leitora, existe lei e é passível de alguns anos de cadeia os praticantes de tais anos asquerosos e desleais com animais.

    Abraços a todos!

    Edward de Souza

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  34. Antonio Catelanisábado, 16 maio, 2009

    Eu queria que Ambrósia tivesse sobrevivido a todo esse drama e encontrado, para substituir o burro com quem se relacionava, por um legítimo cavalo. Temi que Aparecida, a mulher traída, voltasse sua fúria contra a inocente Ambrósia, que também não passava de vítima do lavrador salafra, nessa magnífico relato do Edward.Parece que não foi assim. Menos mal. Como gosto de animais ao ponto de não comer nenhuma espécie de carne há mais de 25 anos, vejo aquilo que o ser humano volta e meia faz com eles, como prova inconteste de que a palavra CARNIFICINA funciona só no sentido que beneficia a hipocrisia dos que dominam a arte de falar. Aqueles que mugem, latem, cacarejam, piam, relincham, crocitam e até miam, ficam fora disso, COMO SE NÃO TIVESSEM CARNE E FOSSEM FEITOS DE MATÉRIA PLÁSTICA!

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