domingo, 31 de maio de 2009

LINHA DE TRANSMISSÃO EM CAMPO ERRADO

Oswaldo Lavrado
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A dura vida de radialista
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Os aeroportos brasileiros viviam dias de caos nos meados dos anos 80, com dezenas de vôos domésticos e internacionais atrasados. Um grande problema para nós, profissionais de rádio, que cobríamos nessa época o Campeonato Brasileiro da Série B. O Santo André tinha jogo marcado para Belo Horizonte num domingo, contra o América mineiro e só restava a nós duas opções, ir com o carro da rádio ou enfrentar a viagem de ônibus. Preocupados com os golpes de vista do nosso famoso “Lampião”, motorista que sempre nos acompanhou em transmissões de futebol, numa tarde de sábado, embarcamos (eu e o Edward) em um ônibus da Viação Cometa, saindo da rodoviária do Tietê, rumo a Belo Horizonte, para a transmissão desse jogo de futebol.
As mais de 6 horas de viagem foram relativamente tranqüilas, mesmo o trajeto sendo pela rodovia Fernão Dias, conhecida por seus inúmeros acidentes, de pista única e repleta de curvas que deixava qualquer um com o coração na mão. Imaginem com o glorioso “Lampião” ao volante. Certamente iríamos pagar todos os nossos pecados. Atualmente remodelada, a Fernão Dias tem grande trecho, principalmente na parte paulista, com duas pistas o que proporciona uma viagem menos perigosa.
Chegamos a Belo Horizonte por volta das 20h, desembarcamos nossa "tralha" e esperamos diminuir um pouco o burburinho da rodoviária proporcionado pelo embarque e desembarque de passageiros. Com as malas e o equipamento da rádio subimos por uma da escada em caracol e quando chegamos ao topo fomos advertidos por um segurança: "olha, tomem cuidado que aqui está cheiro de trombadinhas e vocês correm sério risco de assalto". Era verdade, na praça ao lado da rodoviária notamos algumas rodinhas de garotos e adultos em atitudes suspeitas. Escolados com viagens pra todo lado e, principalmente pelo Centro de São Paulo onde pululam trombadinhas, trombadões e marginais de todos os tipos, entramos no primeiro táxi livre na rodoviária. “Por favor, nos leve para um hotel longe daqui", disse eu ao motorista. Conhecedor profundo do emaranhado horizontal da capital mineira, o taxista nos conduziu, sem nenhum contratempo, ao Savassi, bairro de classe média alta e onde, à época, parecia ser o point noturno de BH.
Alojamo-nos num hotel quatro para cinco estrelas, onde não foi preciso usar o expediente de Bauru (ver a tabela de preços da diária), já que nesse dia nossa carteira dispunha de recursos suficientes para as despesas de hospedagens e outras. “Mais tarde nos instalamos em uma mesinha na calçada de uma lanchonete freqüentada pela “nata” de Belo Horizonte”, situada na longa e quase interminável Avenida Antonio Carlos, onde passamos algumas horas saboreando os deliciosos petiscos mineiros, entre eles o caldinho de feijão com torresmo e, sem excessos, retornamos ao hotel. Então aconteceu um fato engraçado. O Edward cismou que estava com problemas de coluna. O apartamento no hotel onde estávamos era luxuoso, acarpetado e até com sala de visitas. Não deu outra. Sem pensar duas vezes o Edward resolveu que sua cama seria dispensada, dormiria no chão, sobre o grosso tapete do quarto. E no chão passou a noite. Eu pensava com meus botões, pagar uma fortuna para ter maior conforto em hotel de luxo e o cara dorme no chão... Cada louco com sua mania!
Domingo, tipo meio dia, estávamos no campo do América, também conhecido como “Coelho de BH”, já que o Atlético é o Galo e o Cruzeiro a Raposa. Procurei o administrador do estádio e perguntei onde ficavam as cabines de rádio. Educadamente e no melhor estilo mineiro o homem me apontou a direção, porém sem sair do banquinho em que estava sentado. Agradeci dei um grito para o Edward que me seguiu carregando as malas e a parafernália da rádio. Resmungou, mas subiu um lance de escadas até onde estavam as cabines. Como de praxe, procurei entre os diversos boxes existentes a indicação (etiqueta) da Telemig (Telefônica de Minas Gerais) que indicava nossa linha. Não achei, nem a nossa, nem a da Rádio ABC de Santo André, que também iria transmitir o jogo.
Voltei ao administrador e coloquei o problema: "olha, moço, esta semana não esteve aqui nenhum funcionário da Telemig para instalar linhas de rádio", disse o homem. Pedi para usar o telefone do estádio (à época não existia celular) e liguei para a central da telefônica mineira. Após uma espera de pelo menos uns 30 minutos, uma voz feminina sentenciou: “moço, as linhas de transmissão da Rádio Diário e da Rádio ABC estão no Mineirão".
“Como é?", disse eu já estressado. Para encurtar a história: A Telemig, por engano, instalou nossas linhas no Mineirão onde no mesmo dia e horário jogariam Atlético e Portuguesa. Entenderam, sei lá como, que todas as rádios de São Paulo iriam trabalhar no principal estádio de Belo Horizonte. Implorei para que a jovem resolvesse nosso problema. "Vou ver o que posso fazer", disse ela. Enfim, conseguiu localizar no Mineirão dois funcionários da empresa e os enviou ao estádio do América. Os rapazes, não muito solícitos, montaram nossas linhas (Diário e da ABC) e entramos no ar por volta das 16h30 (o jogo começaria às 17h). Concluímos nosso trabalho, mas foi um sufoco uma vez que a jornada esportiva da rádio começava às 13h. Ao deixar o estádio, já noite, fui à sala do administrador para agradecer a acolhida. Ainda sentado no mesmo banquinho, sem levantar e nem me olhar, o homem estendeu a mão e balbuciou: "Voltem sempre, vocês são gente boa".Tomamos o rumo da rodoviária escura e imunda de BH e encaramos mais de 6 horas de viagem de retorno a São Paulo, rezando para que a greve da aviação tivesse fim. Pouco ou quase nada foi dito entre eu e o Edward na viagem de volta. Nem o resultado do jogo (1 a 0 para o Santo André) foi motivo para um bom e descontraído papo.
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*Oswaldo Lavrado - jornalista e radialista - trabalhou no Diário do Grande ABC, rádio e jornal, e comandou a equipe de esportes da Rádio Diário. Atualmente é editor do semanário Folha do ABC.
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25 comentários:

  1. Bom dia Lavrado e amigos do Blog,

    Que estresse heim Lavrado? O pessoal de hoje não faz a menor idéia das dificuldades para transmissão num passado até recente. No jornalismo impresso enfrentava dificuldades parecidas procurando aparelhos de telex para enviar os textos. Pior foi quando, naqueles tempos da "casinha" nem mesmo o Diario do Grande ABC tinha um telex, só teletipos para receber o material das agências de notícias. Em 1974 fui cobrir um congresso da SBPC, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em Recife, PE. Enviava o material da agência de correios para a Prefeitura de São Bernardo onde o motorista do Diario iria busca-los. Certa vez, num sábado, a Prefeitura estava trancada e, a muito custo, o Barbosa conseguiu que o vigilante subisse ao 17º andar, onde estava instalado o telex, e jogasse o texto lá de cima, pela janela.
    O mais importante, Lavrado, é que mesmo diante de tantas dificuldades, a equipe esportiva da Radio Diario, por você comandada durante bons anos, dava literalmente "show de bola".
    Parabéns por trazer boas lembranças.

    Abração,

    édison motta
    Santo André, SP

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  2. Olá Lavrado

    A história de repete! Acredito que fatos como esse que você esta relatando e nos relatou lá no Rio de Janeiro, tenham acontecido outras vezes.
    A ignorância sobre o Grande ABC na época era muito grande, apesar de todos os fatos político-sindicais que ocorreram anos antes.
    O “tar” do porteiro que lhe deu informações lá no estádio é igualzinho ao mineiro das piadas. Não se zangue os mineiros não “uai”. Adoro Minas Gerais, um estado que conheço de norte a sul e de leste a oeste.
    A piada a que me refiro é que o caboclo mineiro gosta de fazer o cabo da enxada bem comprido. Quanto mais longe do instrumento melhor! Como o porteiro não se dignou a se levantar...
    E o Edward, dando uma de faquir, resolveu o problema das costas?
    Gostoso de se ler essas histórias meu amigo.
    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  3. Bom dia amigos (as) do blog...
    Eu e Oswaldo Lavrado, na verdade, enfrentamos duas greves da aviação no período em que cobríamos o Campeonato Brasileiro, tanto da Série B quanto da principal. Essa de Belo Horizonte foi uma delas, por isso, cansado de ficar horas sentado na poltrona de um ônibus da Cometa, minha coluna acabou mesmo indo para o "vinagre". E quem aguenta 7 horas sentado dentro de um ônibus?

    O Lavrado não relatou, até para não alongar essa história, mas o fato é que, naquele final de semana em Belo Horizonte, hotéis 3 estrelas estava todos lotados. Esse que ficamos no Bairro Savassi era mesmo um cinco estrelas de porte. Nos instalamos num apartamento que poderia ser ocupado por uma família enorme. Quando vi aqueles tapetes de urso atirados ao chão, não tive dúvidas, troquei a cama por eles.

    Só queria saber quem foi que disse que dormir no chão faz bem e melhora a coluna. Para conseguir me levantar foi preciso sair de gatinho. Isso quando não se pega um bom resfriado. Essa história de dormir no chão faz bem pra coluna é conversa mole pra boi dormir...

    A outra greve da aviação brasileira foi bem pior que essa, nos surpreendeu em pleno Recife e fomos obrigados a ficar uns três dias por conta da Varig na capital pernambucana. Êta vida dura. Na praia, comendo camarão e tomando cerveja gelada, instalados num bom hotel beira-mar. A Varig pagando as despesas, mas essa é outra história a ser contada aqui....
    Um bom final de semana a todos!

    Edward de Souza

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  4. Ôi Lavrado, enfim uma foto sua no blog. Será que o Edward estava lhe escondendo? Esse ao seu lado com belos cabelos castanhos deve ser ele, não?
    Lavrado, li todo o seu relato de mais esse drama que passaram em Belo Horizonte. Olha, diga isso ao Edward. Quem inventou que dormir no chão faz bem para a coluna foram os ortopedistas. Para piorar o "freguês e obrigá-lo a procurá-los nos consultórios (rssss...).
    Bjos, bom domingo....

    Vanessa (Cásper Líbero) SBC

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  5. Bom dia Lavrado!
    Sempre que leio esses seus casos de transmissões de futebol, você fala do "Lampião", mas não contou nenhuma história dele ainda aqui. Deve ser uma peça rara, não é? Pelo medo que vocês tinham dele, deve ter acontecido muita coisa engraçada nessas andanças de vocês pelo Brasil. Será que naquela época não tinha ainda o piloto automático sempre usado pelo Édison Motta em suas viagens? "Hóstias" sei que nunca faltaram (heheheheheheee).
    Abraços,

    Paolo Cabrero - Itú - SP.

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  6. Eu gosto muito de ler essas suas histórias, Lavrado. Na Metodista fazemos cursos de radiojornalismo e TV, mas tudo teórico, na prática é que a coisa pega, lendo sobre todos os problemas que encontram. É preciso ter jogo de cintura, sem dúvida. Mas é uma delícia, não é não? Muitos problemas, mas resolvidos, sobram as lembranças de todos esses lugares que visitaram.
    Abçs a todos e bom domingo,

    Gabriela (Metodista) SBC

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  7. Agostinho Freitas - ( Moleque Sací)domingo, 31 maio, 2009

    Sêo Lavrado, essa história que o Edward está contando lá em cima de que sua coluna atacou porque ficou muitas horas sentado numa poltrona do Cometa num cola. E o tempo que ele ficou tomando caldinho de feijão com torresmo no buteco, num conta? Aqui no meu buteco em Pinda (resolvi abrevia o nome), tem um cara que chega as 10 da manhã e sai quando fecho o buteco. A única coisa que ele tem é dor de cutuvelo, de tanto encosta nu balcão.
    Um bom dumingo pra vocês todos,

    Agostinho Freitas - ( Moleque Sací) - Pinda (ficou mais fácil, o "Zoim me ensinou a escrever assim).

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  8. Lavrado, que memória vc tem, menino!!! Nossa, vc carrega uma enciclopédia na mente. Lembra-se até de pequenos detalhes. E por isso consegue agradar a todos com seus relatos. Parabéns!!!

    Beijos e bom domingo....

    Karina - Campinas - SP.

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  9. Hummmmmmm... Bem na hora do almoço entro e leio seu artigo, Oswaldo Lavrado. E me deu uma fome quando cheguei no caldinho de feijão com torresmo!!! Que delícia é a comida mineira.
    Legal mais esse seu relato Lavrado, adorei!!!
    Bjos,

    Maria Paula - Santo André - SP.

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  10. Milton Saldanhadomingo, 31 maio, 2009

    Queridas amigas e amigos
    Nesta era de internet, celulares milagrosos, gps, e mil e tantas engenhocas minúsculas, leves e inacreditáveis, creio que fique realmente difícil para as novas gerações imaginar as dificuldades que a gente enfrentava, em todos os setores da imprensa. O detalhe contado pelo Édison Motta é precioso, o cara jogou a maçaroca pela janela do edificio. Trabalhando no Estadão, num começo de noite, no meio de um tremendo nevoeiro, fui cobrir um engavetamento na Via Anchieta. Passei a matéria aos berros, consultando as anotações e ditando de um orelhão, de improviso, porque não dava tempo de voltar à redação para escrever. O horário de fechamento da edição era a coisa mais rígida do jornal, sempre duramente cobrado, porque qualquer atraso representava prejuízo financeiro e perda de venda em banca no início da manhã. Nem sempre dava para usar Telefoto, trambolho barulhento, porque ela exigia antes a revelação e ampliação da foto. Muitas vezes a gente mandava filme por passageiro de avião, alguém fazendo o favor, e algum motorista do jornal ia lá buscar. O Estadão tinha um serviço chamado "cabine", que recebia matérias ditadas por telefone. Eram transmitidas na pauleira, repletas de erros, depois o "copy" (redator) tinha que reescrever tudo. Não havia internet, claro, nem sites de busca. A gente ia para a rua e aprendia a se virar. Alguns repórteres eram fracos de texto, mas excelentes apuradores. Outros eram ótimos de texto e fracos na apuração. O repórter completo era aquele que somava essas duas qualidades. Modéstia a parte, os escribas deste blog faziam parte deste último grupo. As histórias do Edward de Souza e do Oswaldo Lavrado me lembram da aventura que era fazer rádio. Contem mais, sempre, desta forma saborosa. A verdadeira história da imprensa está aí.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  11. Boa tarde a todos!
    Verdade que vencer dificuldades, no caso de Oswaldo Lavrado, Edward e a equipe de rádio, dignifica mais o trabalho que faziam, mas fico pensando, meus Deus, quando desleixo. No caso anterior que o Lavrado nos contou, foi no Rio de Janeiro, a muito custo ligaram a linha da rádio, pecisando até da interferência de um ator. Agora essa de Minas... Façam-me um favor, né? Lavrado, vocês tinbham paciência demais....

    Beijos e um bom domingo!

    Angélica - São Paulo - SP.

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  12. Censuraram-me muito em comentários anteriores, por que eu não gostar do passado.
    Não é preciso ir muito longe.
    A matéria do Lavrado fala por si só.
    Só um imbecil de galocha prefere o passado com suas falsas pompas, do que um presente glorioso.
    Se fosse hoje um celular resolveria o problema sem muitas complicações.
    A única coisa do passado que poderia nos dar saudade, é só o vigor físico, que com o tempo vai dissipando e deixando-nos a mercê dos outros, e de remédio que só servem para retardar a nossa viagem para o alem.
    Tudo me parece nostálgico.
    Mas nada é mais nostálgico de que uma velhice de memórias fracassadas.
    E também não ficam para trás, no quesito nostalgia, memórias de uma juventude gloriosa, quando está em um físico de um velho.
    Os jovens podem me questionar a vontade, mas o dia que ficarem velhos irão dizer, “o padre tinha razão”.
    Não estou querendo dizer que o lavrado, o Edward são velhos, no entanto não os conheço.
    Só estou querendo dizer que há pouco tempo atrás faziam muito por tão pouco, ou será que faziam pouco por muito ($).

    PADRE.

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  13. A felicidade não está em viver, mas em saber viver. Não vive mais o que mais vive, mas o que melhor vive."

    -LUMEM-

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  14. Essa desculpa que o Edward usou para dormir no chão, por acaso não era para ficar longe dos seus roncos?
    Lavrado!
    Não está mais aqui quem falou. “fui”.

    Valentim Miron

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  15. Olá, amigos...obrigado:
    acho que dá pra esclarecer algo aqui:
    Motta e Saldanha: no começo dos anos 70 fizemos a cobertura pelo Diário (jornal), dos Jogos Abertos do Interior, em Botucatu, e a gente enviava a matéria por ônibus. Escrevia à noite no quarto do hotel e mandava pelo último ônibos Botucatu/São Paulo. Um motorista do Diário esperava na rodoviária (aquele tempo na Luz).O fotógrafo era o Mário Otsubo, que o Motta conheceu muito bem. Tem algumas lances desses Jogos Abertos, protagonizados pelo mestre Edward e pelo jornalista José Roberto Marques (já falecido), que contarei mais à frente.
    Paolo Cabrero: deixa quieto que você vai conhecer algo sobre o nosso "Lampiao". Um retorno do Rio de Janeiro (Niteroi), à noite, o homem errou o caminho e nos conduziu a uma labirinto ocupado por favelas e por pouco a coisa não acaba alí. O Edward estava junto. Conto depois.
    Karina: são lances que não dá pra esquecer nada. Ficam na memória mesmo.
    Angélica: è preciso ter paciência, afinal nos dois casos (e nos demais), qualquer altercação com os caras das telefônicas aí é que os problemas não seriam mesmo solucionados. Depois, na viagem de volta, eu descarregava no Edward (judiação, tadinho).
    Vanessa: o cidadão ao nosso lado na foto é o próprio.
    Agostinho (saci): só agora, passados quase 30 anos, é que descobri porque o Edward, mesmo com calor acima de 30 graus, vestia sempre uma jaqueta de couro legítimo (mangas compridas, claro).
    Edward: você só não esclareceu; eu te avisei que dormir no chão é coisa pra índio e que você iria acordar ainda pior: deu no que deu:

    Obrigado a todos e boa semana
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  16. Bonita história caros jornalistas, cheia de tropeços e alegrias. O importante é viver e poder contar fatos tão interessantes como este e depois colher os louros, não é mesmo?

    Fiquem na Paz.

    Abraços.

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  17. Tô de volta, pra falar com o
    Padre Euvidio: com todo respeito padre, ainda não inventaram um aparelho que possa revelar o futuro, daí não há outra alternativa senão falar do que aconteceu hoje pela manhã, ontem à tarde ou há 10 anos, certo ?. Eu e o Edward ainda somos "jovens". Valeu padre.
    Valentim: você tem razão, o homem ronca mais que locomotiva antiga. Ainda conto neste blog uma história noturna barulhenta do nosso principal personagem em uma estada no Hotel Nacional, em São José do Rio Preto. Aguarde.

    Obrigado
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  18. Esqueci:
    A foto do artigo é do Estádio Serra Dourada, em Goiânia, na sequência da história do avião que desceu de barriga no aeroporto Santa Genoveva e já por nós contada neste blog.
    Quem bateu a foto foi o narrador Luís Roberto (de Múcio), hoje na TV/Globo, mas à época narrador da Rádio Globo. Somos amigos deste os tempos em que ele trabalhava na Rádio Tribuna, de Santos. Deixou a Tribuna e foi ser admininstrador do Pacaembu, nomeado pelo então prefeito paulistano Paulo Maulf. Na sequência, foi contratado pela Rádio Globo de São Paulo e em seguida pela TV/Globo. Sua família reside em Santos e ele no Rio de Janeiro.
    Nada a ver, mas vale como informação.
    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  19. Olá meus amigos(as). O blog rolou solto e só cheguei agora. Fui ao churrasco em comemoração à Bodas de Ouro de meus tios, em Ribeirão Preto e minha orelha ardeu à tarde inteira. Pior, corri aqui e nem sei os resultados dessa rodada de domingo de futebol.

    Vamos por parte, antes que meu amigo Lavrado se engane. Quem roncava e espantava todo mundo à sua volta era o Sidney Lima. O Lavrado também e tenho uma prova fotográfica que posso mostrar, desde que ele me autorize. Tiramos essa foto do Lavrado esticado na cama do hotel onde sempre ficávamos, no Rio de Janeiro, Praia do Flamengo, bem em frente ao Palácio do Catete.

    Eu, Maurício Muniz e o nosso "Lampião". Nessas fotos, o Lavrado, que roncava igual aquele da gripe mexicana, acorda de um salto, coloca as mãos tentando impedir os flashes, xinga, mas é fotografado. Tenho toda essa sequência aqui. Só publico com autorização dele.

    Padre Euvídio, não seja contraditório. E o caso do seu passado que o senhor contou sobre um coroinha? Aliás, o senhor vive de recordações sempre, não se esquece desse coroinha de jeito nenhum.

    Lavrado lembrou Botucatu, isso traz boas lembranças, mesmo o padre não gostando. Na verdade, o padre não gosta do passado dos outros, o dele nunca se esquece. O "Balainho", boteco que frequentávamos da fina nata da cidade de Botucatu. José Roberto Marques, grande amigo que se foi muito cedo e extraordinário jornalista, com brilhante carreira na Rádio Bandeirantes. Nos anos 70 e, um pouco dos anos 80, éramos inseparáveis. Botucatu tem mesmo uma bela história, Lavrado. E já mudei de idéia, ao invés de um livro, vamos publicar uma Bíblia(faço comparação ao tamanho) com nossas histórias....

    Forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  20. Ôi Lavrado, mais uma história deliciosa essa que vc conta hoje. Já é marca registrada desse blog esses casos de rádio que vc conta. O engraçado é que o Edward está sempre junto nessas suas aventuras. Vocês devem ser muito amigos, isso nem precisa perguntar, até pela brincadeira que estão sempre fazendo um com o outro dá para perceber. Acho isso a coisa mais linda do mundo. Uma amizade pura (sem conhecer os dois sei que é assim) de muitos e muitos anos.
    Bom final de domingo e não pare de nos brindar com esses relatos gostosos dessas histórias do rádio, tá bom?
    Bjos,

    Thalita ( Santos)

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  21. Olá, amigos!

    Não pude participar antes porque a minha internet caiu. Recém voltou. Aqui está muito frio (5°C). Final de semana chuvoso e Minuano soprando...Já explico, Minuano é o ventinho danado que sopra por estas bandas no inverno (O Milton Saldanha conhece muito bem...)

    Pois bem, mais uma deliciosa história de nossa dupla dinâmica Edward e Oswaldo. Deliciosa para quem lê, é claro! Não é fácil superar as dificuldades técnicas quando se tem horário para tudo, mas os "Mosqueteiros" sempre dão um jeitinho e entram no ar!

    E o mineiro administrador do estádio, hein? Deve estar lá sentado até hoje...

    Ah! E quanto à Bíblia, Edward, estamos esperando, ansiosamente, a sessão de autógrafos!

    Um abraço a todos!

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  22. Sempre que tem essas histórias de rádio contadas pelo Lavrado sou obrigada a chamar meu irmão Marcos. Ele é vidrado nesses casos sobre rádio e locução e esportiva. Tem apenas 13 anos e jura que vai ser locutor esportivo. Transmite jogos pela tv num gravador que papai deu à ele, liga rádio durante transmissão esportiva, principalemnte quando joga o Atlético aqui do Paraná e grita gol junto com o narrador, enfim, um apaixonado por rádio. Se vai pra frente não sei. Depois de deixar esse comentário vou chamá-lo para ler a história de hoje do Lavrado, antes que durma. Aí, adeus computador. Lê, relê e vem me fazer perguntas ainda sobre alguma coisa que não entendeu (rsssss...)
    Obrigada gente!
    Beijos a todos,

    Milena - Londrina/PR

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  23. Sou leitor assíduo desse blog e quase nunca posto meus comentários, tudo porque acho esse padre Euvídio um xarope. Vive implicando com tudo, o velhote. E deve ter um passado sinistro, não pode nem ouvir falar nessa palavra que arrepia todo. O que será que o "bode velho" aprontou no passado, hein!? Que tem coisa nisso tem! Fora com o velhote!!!
    Suas histórias nesse blog, prezado Oswaldo, todas elas, nota 1000.
    Abraços,

    Juca Britto - Araras - SP.

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  24. Tadinho do padre, senhor Juca, ele só faz tipinho, nada mais que isso. É dengoso, gosta de agrado. No fundo é uma pessoa amável...
    Ele reclama quando a turma conta coisas do passado mas não sai daqui e lê tudo, aposto. Hoje ele leu a história do Oswaldo Lavrado, como eu e muita gente, sei que gostou, mas quer chamar a atenção, só isso. Perdõe o padre, senhor Juca!
    Amelinha- Mogi-Mirim - SP.

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  25. Querida Nivia Andres
    Caramba, que geladeira está sua terra! Nos anos em que morei aí no RS passei muito frio, nunca me acostumei. O Minuano não perdoa. Minha familia teve uma fazendinha num trecho daquela estrada que liga Santa Maria a Cruz Alta. Andei muito a cavalo por ali, e quando pegava um Minuano pelas orelhas era de arrebentar, mesmo usando poncho. Mas que ficou tremenda saudade, ah, isso ficou.
    Beijo!
    Milton Saldanha

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