quarta-feira, 15 de abril de 2009

AS HISTÓRIAS DAS REDAÇÕES DE JORNAIS

INÉDITO
PARTE XXII
*
SÉRIE
“TRAPALHADAS DE UM FOCA”
CAPÍTULO IX
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Editor “mata” para não assumir erro
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Édison Motta
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No jornalismo, sempre houve focas e sempre haverá. Elas dão colorido especial às redações. Com sua insegurança, aprendem com os próprios erros e também com os erros dos outros. Há, também, situações em que a “foquice” é cometida por veteranos. Nesses casos, nem sempre as derrapagens são assumidas por quem as pratica. Muitas vezes acabam acobertadas pelas estruturas internas de poder ou, o que é mais grave, estampadas nas páginas dos jornais como se fossem verdades. Não presenciei, pessoalmente, a história que agora vou contar. Mas ficou famosa, no Diário do Grande ABC dos primórdios dos anos setenta. José Louzeiro, depois renomado escritor, havia assumido o comando da redação há pouco tempo. Eu trabalhava na Folha de S.Paulo exatamente ocupando a vaga que fora deixada e indicada por ele. Contaram-me os colegas que certa manhã chegou à redação do Diário, aos prantos, uma senhora de meia idade com uma grave reclamação: o jornal daquele dia estampava noticia policial dando conta de que seu marido havia falecido num grave acidente de automóvel. De fato, houve o acidente. O marido saiu gravemente ferido, mas não morreu. Encontrava-se hospitalizado. A notícia de sua morte provocou uma convulsão na família e amigos. A senhora reclamava que verdadeira procissão dirigiu-se à sua residência. Tencionava que o jornal corrigisse a notícia para evitar maiores incômodos para todos. Naqueles tempos não era hábito dos jornais corrigirem notícias. Passavam a impressão de perfeição. Até hoje, o saudável hábito de ser fiel aos acontecimentos não é tão comum. Vira e mexe deparamos com notícias que não se confirmam depois, com o correr dos fatos. Como recentemente foi comentado, aqui no blog, quando uma apresentadora da Rede Globo “chutou”, na notícia de um acidente, número significativamente maior de mortos do que havia acontecido. E a TV não consertou o equívoco. Na mídia eletrônica é mais fácil corrigir erros. O telespectador ou o ouvinte leva em consideração que os primeiros informes carecem de maior apuração. Na mídia impressa é mais grave: depois de publicada, a notícia somente poderá ser consertada na edição seguinte. Naquela manhã, a única secretária que atendia toda a redação chamava-se Nanci. Ouviu a reclamação da senhora e foi até Louzeiro intercedendo para que ele atendesse a mulher. Louzeiro deu um “chá de cadeira” na coitada, que ficou ali, sentada ao lado da secretária, por um longo tempo. Aquele não era, efetivamente, um bom dia para o chefão. Quem com ele conviveu sabe de seu carinho, especialmente para com os focas, e a atenção que costumava dar às pessoas. Porém, por algum motivo até hoje desconhecido, seu costumeiro humor não o acompanhava naquela manhã. Provavelmente, o secretário de redação esperava que a mulher desistisse da intenção de corrigir a notícia. Qual nada: a mulher não arredou pé. Passados muitos minutos e após várias intervenções da secretária, Louzeiro resolveu atender a mulher ali mesmo onde se encontrava, ao lado das mesas dos diagramadores, enquanto editava matérias para o jornal do dia seguinte.
- Senhora: qual foi o jornal que publicou a notícia de que seu marido está morto? perguntou Louzeiro, com cara de poucos amigos.
- Foi esse aqui mesmo, o Diário! Disse a chorosa mulher.
- Esse aqui, o Diário do Grande ABC? retrucou Louzeiro.
- Isso mesmo, este jornal, respondeu a mulher quase impaciente.
- Pois vou lhe dizer uma coisa, minha senhora: este jornal não erra! Se está escrito que seu marido morreu no acidente, então ele morreu. Meus sentimentos, a senhora agora é uma viúva! E encerrou o assunto. Dizem que a mulher foi embora mais atordoada do que chegou. Não se tem notícia a respeito do que aconteceu depois. Sabe-se que o jornal e o jornalista não sofreram nenhum processo. Também é desconhecido o destino do infeliz acidentado. Coisas dos velhos tempos que, felizmente, encontrariam dificuldades para serem reprisadas nos dias atuais. A verdade é que a história do defunto forçado do Louzeiro entrou para os anais das lendas das redações.
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Édison Motta, jornalista e publicitário é formado pela primeira turma de comunicação da Universidade Metodista. Foi repórter e redator da Folha de S.Paulo e Jornal do Brasil; editor-assistente do Estadão; repórter, chefe de reportagem, editor de geral (Sete Cidades) e editor-chefe do Diário do Grande ABC. Conquistou, com Ademir Médici o Prêmio Esso Regional de Jornalismo de 1976 com a série “Grande ABC, a metamorfose da industrialização”. Conquistou também o Prêmio Lions Nacional de Jornalismo e dois prêmios São Bernardo de Jornalismo, esses últimos com a parceria de Ademir Médici, Iara Heger e Alzira Rodrigues. Foi também assessor de comunicação social de dois ministérios: Ciência e Tecnologia e da Cultura. Atualmente dirige sua empresa Thomas Édison Comunicação.
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*Milton Saldanha conta amanhã outra história inédita neste blog, com o título: "Deu no Correio do Povo", não deixem de ler. Na sexta-feira artigo especial e muito aguardado de J. Morgado. Outro capítulo de "Histórias das redações de jornais" na segunda-feira
. Edward de Souza vai contar o caso de uma foquinha de jornalismo enviada para cobrir estranhos acontecimentos que ocorriam numa moradia da Vila Luzita, em Santo André. Brincadeira de mau gosto, tensão, pavor e a fuga da repórter, que ficou só de calcinha. Não percam esse capítulo inédito na próxima semana.
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26 comentários:

  1. Ôi Édison,
    Tenho um livro em casa comprado faz alguns anos pelo meu pai, que se chama "Araceli, meu amor", acho que é isso, asinado pelo escritor José Louzeiro. Seria o mesmo? Meu pai assinava o Círculo do livro e comprou através dele. O homem era turrão mesmo, não? Tentou convencer a mulher que o marido estava morto. Deve ter aprontado uma confusão na cabeça dela medonha, coitada! Tanto que acabou deixando pra lá. Tem uma coisa, como ninguém ficou sabendo mais nada, conforme vc relatou, pode até ser que em virtude dos ferimentos ele acabou morrendo mesmo. Senão, acho, ela não deixaria barato, sei lá.
    Estou de saida pra faculdade, depois do almoço volto.
    Bjos,
    Martinha - Metodista - SBC

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  2. Olá Édison

    O caso relatado com maestria, é bem o jeito que o Louzeiro de comportava na época. Como você disse, ele defendia os focas e todos os veteranos que o cercava. Porém, depois, ele desancava o faltoso. Veja o caso do foca que inventou cadáveres no acidente da Rodovia dos Imigrantes.
    Se ele tomava uma e outras, seu rosto suado, dando bronca, era hilariante. Saudade daquele maranhense capaz, inteligente e culto.
    Se não me engano já concorreu por duas vezes a um lugar na Academia Brasileira de Letras. Ele ainda chega lá!
    Você já notou as feras que andam por ai. Muitos passaram pela “faculdade” instalada no jornal “Diário do Grande ABC”!
    Louzeiro, escritor premiado, você, Prêmio Esso, Edward, também premiado e prestigiado, o Renato, um dos melhores jornalistas policiais e agora, de bengala, continuando a carreira como chefe de reportagem, no mesmo jornal. O Marqueiz, também prêmio Esso, o Ademir, premio Esso, etc. etc. São tantos...
    Considero o Louzeiro como um grande mestre. As nuances, a malícia, a intrepidez, a maneira de enxugar a matéria, entre outras coisas, foi passada para todos aqueles que tiveram o privilégio de trabalhar sob a batuta daquele grande jornalista.
    Obrigado Édison, grande amigo, por nos despertar a lembrança de outro amigo e mestre.

    J. Morgado

    Mongaguá-SP

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  3. Ôi,
    Essa foi demais, Édison. Morri de rir só de imaginar a cena. A pobre mulher sendo convencida que era uma viúva. Vai ver que o Louzeiro até conseguiu, a mulher sumiu, não foi? (rssssssssssss). Legal!

    Karina - Campinas

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  4. Essa foi de matar eim Edison? Coitada da mulher, virou viuva de marido vivo.
    Se fosse hj, ela poderia ter ido ao Procom ou à delegacia, exigir seus direitos ou seu marido de volta.
    Este é um exemplo de como uma noticia errada, prejudica uma pessoa, uma familia ou uma empresa, vide o caso da Escola Base, recentemente acontecido.
    A precipitação muitas vezes induz ao erro, e no jornalismo parece que tudo é pra ontem, tal a velocidade com que os fatos acontecem.
    Bom e educativo artigo para quem está na área.
    abços
    Cristina- SP

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  5. Valentim Miron Franca- sp.quarta-feira, 15 abril, 2009

    Pois vou lhe dizer uma coisa, minha senhora: este jornal não erra! Se está escrito que seu marido morreu no acidente, então ele morreu.
    Comecei bem o dia dando gostosas gargalhadas. Esse caso me fez recordar as palavras de um gerente de um instinto banco privado aqui na minha cit., quando eu fui reclamar que o saldo da minha conta estava alem do que constava no meu controle, nos dias de hoje uns cinco mil reais a mais. Pois alguém devia ter depositado na minha conta por engano. O gerente falou mais ou menos assim, “Pois vou lhe dizer uma coisa, meu senhor: esse banco não erra! Se o dinheiro está na sua conta pode crer que ele é seu”. Dei um tempinho ninguém reclamou gastei o danado, no Guarujá obviamente.

    Valentim Miron Franca SP.

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  6. Esse blog do Edward é mesmo impagável. A gente dá risadas dos artigos e dos comentários. Esse caso contado pelo Édison Motta é de morrer de rir. Fiquei imaginando a cara do Louzeiro, dando uma de turrão e tentando convecer a mulher a ser viúva de marido vivo. Depois, leio o comentário acima, do Valentim. Nessa ele levou uma vantagem danada. Banco não erra. Se o dinheiro está na sua conta, é seu. Isso podia acontecer comigo. Só acontece ao contrário, falta dinheiro, de tanto que tiram para pagar cartões de créditos, talões de cheques e outros assaltos mais.
    Já falei outro dia, esse blog me faz ficar de bem com a vida, por isso corro aqui todas as manhãs, para começar sorrindo.

    Beijinhos,

    Fernanda - Rio de Janeiro e foquinha crescida

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  7. Ai que delícia, Édison, entrar numa redação de jornal casada e sair viúva. Se a moda pega! Tá cheio de mulheres querendo se livrar de maridos chatos. Vão acabar correndo para redações de jornais, vai que encontram um editor como o Louzeiro, não? Saem, no mínimo, viúvas. Hilário!!!

    Beijinhos,

    Sandrinha - Santa Catarina (foquinha)

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  8. Ôi Édison,
    Quando eu me formar queria ter um chefinho assim. Viu que gracinha? Ele não culpou o responsável pela matéria errada, assumiu o erro em nome do jornal. Mas teve um caso com ele, acho que foi o Lavrado que escreveu, sobre a Imigrantes. O mesmo Louzeiro mandou o repórter que havia publicado 5 mortos em sua matéria, quando era apenas um, voltar ao local do acidente e matar os outros que faltavam, não foi isso? Bem, uma questão de humor, claro, depende do dia!!!
    Adorei essa de hoje!!!

    Beijinhos,

    Andressa - Cásper Líbero - Sampa

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  9. Quem trabalhou e conviveu com o Zé Louzeiro entende o artigo publicado neste blog hoje. O badalado escritor, além de protetor dos focas, também era capaz de decisões como a relatada pelo Mota. Eu fui vítima do Louzeiro, também no início dos anos 70. Igualmente foca no Diário tive uma lauda de matéria atirada ao lixo por ele, sem mesmo ter lido duas linhas: "Faça outra, esta está uma porcaria e você sabe fazer melhor", disparou. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Fiz outra lauda da matéria, quase igual a que foi ao cesto de lixo e aprovada pelo Louzeiro, com louvor.

    Oswaldo Lavrado - SBCampo/15/04/09

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  10. Bom dia a todos!
    Meu nome é Daniela e estou no último ano de jornalismo aqui na Universidade Federal de Juiz de Fora. Gostaria de permissão dos senhores para poder aproveitar esse blog para usá-lo em minha tese para conclusão de curso. Os artigos sobre "focas" e os demais, envolvendo editorias me interessaram e são diferenciados.
    Essa época do chamado jornalismo romântico já foi muito discutida aqui na Universidade, mas sem o preciocismo encontrado nos vários textos que li nesse blog, onde estou faz mais de hora pesquisando. Li vários do jornalista Edward de Souza, Milton Saldanha, alguns já nas postagens antigas, J. Morgado e agora esse interessante do Édison Motta, onde o humor forte do editor chefe prevaleu diante das reclamações de uma leitora.
    Fico grata, caso me permitam citar dados retirados dos artigos desse blog para ilustrar meu trabalho.

    Abraços,

    Daniela S. Martins - Universidade Federal de Juiz de Fora/MG

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  11. Ôi Édison e Edward,
    Três primeiras coisas que faço quando chego da faculdade: colocar um chinelo, um shorts e entrar no blog. Só depois vou tomar meu banho para almoçar. Fico aqui ouvindo os gritos de minha mãe: "ande menina, vá tomar banho pra almoçar". Mas, como!!! Se não ler o artigo do dia não sossego. O de hoje é muito engraçado, onde já se viu isso? Ô editor atrapalhado esse! Tadinha da mulher, saiu casada e voltou viúva. Li a chamada de amanhã e vai ter mais bomba no blog. O Edward promete escrever sobre uma foquinha numa casa mal assombrada, meu Deus! O que será que vai acontecer, hein?
    Permitam-me mandar um beijo pra Elisa e Taciana, lá da faculdade. Elas disseram que vão entrar no blog hoje. Vou tomar banho, depois venho ver se vieram.
    Bjos, adoro vocês!!!

    Thalita - Santos

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  12. Boa tarde!
    Bem engraçada essa história. O tal de Louzeiro devia ser bom de bico, pra levar a mulher na conversa. Casos assim, hoje, vão parar na Justiça e dão o maior trabalho. Teve um caso assim aqui na minha cidade. Publicaram, no lugar da foto de um assaltante, a de um comerciante conhecido aqui. Nem imaginam a confusão que deu.

    Abçs a todos

    Janaína - Apucarana - PR

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  13. padreeuvidio@hotmail.comquarta-feira, 15 abril, 2009

    Caro Edward. Mais uma vez eu estou aqui lendo o seu blog, como sempre fantástico. É muito legal saber dessas histórias que acontecem nos bastidores dos jornais. Fico encantado sempre com a naturalidade que você relata os fatos. Meus parabéns.

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  14. padreeuvidio@hotmail.comquarta-feira, 15 abril, 2009

    Caro jornalista Édison Motta. Até hoje acontecem o que você relatou nesse conto? “Muitas vezes acabam acobertadas pelas estruturas internas de poder ou, o que é mais grave, estampadas nas páginas dos jornais como se fossem verdades”.

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  15. Prezado Padre Euvidio

    Com todo o respeito que o senhor merece e a batina lhe confere, creio que o senhor está trocando alhos por bugalhos. Primeiro, cumprimentou nosso nobre escritor e digníssimo jornalista, Edward de Souza, pelo texto de hoje. Caso o senhor esteja lendo o texto corretamente, poderá perceber que a assinatura pelo artigo pertence ao jornalista Édison Motta. Ontem sim, o artigo foi de Edward de Souza. Percebi que o senhor postou seu segundo comentário, possivelmente para retificar seu erro, aproveitando esses longos momentos de folga que certamente deve ter em sua igreja, e cometeu outra gafe, respeitável padre. O que o senhor leu não se trata de contos. Conto é uma ficção e esse blog, pelo menos foi isso que me passou o amigo Edward de Souza, trata apenas de assuntos verídicos, ocorridos nas velhas redações de jornais de antigamente. Não tão antigamente, mas dos anos 70 para cá, correto? Esse esclarecimento serve para que as estudantes de jornalismo que entram nesse blog não se confundam, julgando ser relatos criados na imaginação de cada um dos seus autores. De resto, prezado padre, aceite minhas desculpas caso eu tenha sido rude com esse texto, mas a intenção foi apenas lhe esclarecer e mostrar os reais objetivos desse blog.

    A sua benção, padre!

    Francisco Heitor - Franca - SP.

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  16. Ôi amiguinhas,
    com muito custo consegui o acesso, o link que a Thalita me enviou não estava certo. Encontrei no site de procura do Google. Adorei, li muitos artigos e vou continuar a ler o restante. Os comentários são um barato. Tem um padre aqui todo atrapalhado, tadinho. Bem legal mesmo.
    Salvei o endereço em meus favoritos e não tem mais erro.

    Beijinhos,

    Taciana - Santos - SP.

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  17. Ô Chico... vc ta parecendo mais um Feitor que um Heitor. Acho que estamos pegando demais na batina do padre. Padre, eu já o adicionei no hotmail. Agora basta o Sr. ter um tempinho pra eu me confessar, pois estou tendo graves duvidas existenciais.
    abenção.
    Isildinha - Osasco

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  18. Ôi, Édison
    Adorei mais essa história de redação que você contou hoje. Coisas que a gente nem pensa que pode acontecer num jornal, mas bom para se aprender que até os nossos chefes tem seus dias de humor afetado. E esse estava bem afetado (rsssssssssssssss).
    Bjos,

    Ana Caroline - R. Preto

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  19. Boa tarde, Daniela!
    Já que nem o Édison, muito menos o Milton Saldanha entraram para lhe desejar as boas vindas, eu o faço. As boas vindas extensivas a todas essas amigas e amigos que todos os dias estão conosco, acompanhando esse blog. Abraço afetuoso aos que aqui estão pela primeira vez e espero que voltem sempre. A Daniela, que cursa o último ano de jornalismo na Universidade Federal de Juiz de Fora pediu autorização para usar o blog e alguns artigos para sua tese de conclusão do curso de jornalismo. Autorização concedida, em meu nome e em nome dos meus companheiros. Somos uma equipe e o que um decide, os outros assinam embaixo, prezada futura companheira. Fique à vontade e se precisar de maiores detalhes, não se acanhe, pode me escrever, anote: edwardsouza@terra.com.br
    Daniela, um forte abraço a você, boa sorte em sua nova profissão e ficamos à disposição para o que precisar. O blog é seu. De todos nós!

    Edward de Souza

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  20. Deus te abençoe irmão Francisco Heitor. Você tem razão filho. Eu acho que os meus noventa e oito anos estão pesando. Como você é uma criatura de uma fragilidade inconcebível aos meus pobres anos vividos, peço-lhe perdão por ter confundido a cabecinha de alguns novatos, que por ventura se adentraram nesse conceituado blog . Aproveito essa oportunidade, para pedir a sua autorização de continuar usando essa paginas virtual e poder de alguma forma me comunicar com os jornalistas que estão sempre aqui. Caso eu não tenha essa permissão, continuo pedindo ao santíssimo que zela pela sua integridade física e mental, livrando o de todas as mazelas que possam atordoar essa sua existência. Errar é humano, o certo é que erremos cada vez menos. É graças a pessoas que como você vive corrigindo a gente é que tentamos melhorar , pelo menos para satisfazê-lo. Acontece que eu gravei o nome de Edward no meu subconsciente, e a hora que eu vi tinha confundido. Tentei justificar realmente, mas com uma duvida, será que os jornais continuam cometendo os mesmos erros, e assumindo? É isto que eu gostaria de saber!

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  21. Ôi pessoal
    Será que aceitam mais uma foquinha nesse blog? Tenho 20 anos e estou no primeiro ano de jornalismo na Universidade Federal de Pernambuco. Quando soube do blog, procurei até encontrá-lo nos sites de pesquisa. Amigas minha comentam que já estiveram aqui, mas não marcaram a página. Só li o artigo do jornalista Édison, de hoje. Vou ler os outros agora. Obrigada!!!

    Beijinhos a todos vocês........

    Flavinha - Recife

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  22. Ana Célia de Freitas.quarta-feira, 15 abril, 2009

    Olá pessoal...
    Que história hilária hein,pelo visto ele conseguiu convencer a "viúva".Mas certamente foi muito difícil encarar a mulher.Eu não queria estar na pele dele nem por um minuto,afinal enfrentat a viúva de marido vivo ninguém merece.
    Mas se o tal fato ocorresse nos dias atuais, coitado, iria ser obrigado a desembolsar uma grana por danos morais.
    Beijossssssssssssss.
    Ana Célia de Freitas. Franca/SP.

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  23. Olá amigos,

    Há dias que são estafantes. Para quem não sabe, aos 56 anos ainda continuo firme, na ativa. Escrevo um editorial para jornal diário, aqui do ABC (www.jornalabcreporter.com.br) e faço várias assessorias. É a luta pela sobrevivência porque a profissão, caros amigos e amigas, é antes de tudo um sacerdócio.
    E por falar nisso, vamos direto à indagação do padre (será mesmo?):olhe, Euvidio, de uns tempos para cá tornou-se obrigatória a correção de notícias. Especialmente nas publicações sérias porque existem, também, aquelas que não o são. É preciso, para ficar numa expressão das Escrituras, separar o joio do trigo. Ocorre que a imprensa, de modo geral, é acanhada quando se trata de expor suas próprias mazelas. Quando os erros vem das estruturas superiores, então a correção é mais difícil ainda.
    Nos dias atuais, as tais "estruturas de poder" são fortíssimas nas redações. Sem a pretensão de desiludir os(as) focas - ao contrário, o propósito deste blog é incentivá-lo(a)s - poucos ambientes de trabalho se comparam ao jogo político praticado nas redações. Para sobreviver é necessário, além de talento profissional, possuir também um bom jogo de cintura para lidar com xiliques e melindres de editores com o "rei na barriga".
    Passei por todos patamares na imprensa: de repórter a editor-chefe. Portanto, falo com algum conhecimento de causa. E, como disse, ainda estou na ativa.
    Esclarecendo a dúvida da Martinha, um dos primeiros comentários de hoje, é ele sim, o próprio, José Louzeiro autor de "Aracelli, meu amor". Foi seu primeiro livro de grande sucesso nacional. É dele também "Lucio Flávio, passageiro da agonia", ambos relatando casos verídicos.Foi também roteirista do filme "Pixote", de Hector Babenco. Louzeiro é uma grande figura. Para mim um mestre e um adorável amigo e pai.
    Toda uma geração, dos anos setenta, do Diario do Grande ABC lhe é grata porque ensinou e formou grandes talentos. Mas, como relatei na história de hoje, como ser humano também tinha seus altos e baixos.Implicava sempre comigo devido ao meu sorriso constante:"Tá rindo de que, menino?"
    Sandrinha: ficar viúva porque passou a trabalhar numa redação não é fácil. Porém, separar-se é comum. Faça uma pesquisa e perceba como casamento de jornalistas dura pouco. Eis aí uma boa tese para quem vai se formar.
    Andressa: muito dificil, nos dias atuais, encontrar um "chefinho assim", como foi o Louzeiro. Mas, certamente eles devem ainda existir, como excepção (isso mesmo, com "p",confiram) para confirmar a regra.
    Daniela: faço minhas as palavras do Edward. Realmente somos uma equipe, outrora unida nos embalos das redações e nos eflúvios etílicos. Atualmente, por essa magia denominada internet.
    Thalita: quanta honra saber do seu saudável hábito. Ler, e ler muito, como já afirmou o Milton Saldanha, é o melhor caminho para quem deseja ser bom jornalista.
    Taciana: é isso aí. É bom salvar nos favoritos porque facilita o acesso nas outras vezes.
    Bemvinda Flavinha. Junte-se ao time que, em pouco tempo, estará escrevendo a história de nosso País: seus colegas estudantes, futuros e futuras jornalistas, além dos veterenos que aqui exercem
    o abençoado prazer de compartilhar conhecimentos.
    Isildinha: dúvidas existenciais todos nos as temos. Medite e guarde essa frase: "Desta vida a gente só leva a vida que a gente leva".

    Um grande abraço a todos,
    A vida é um prêmio, uma viagem encantadora.

    édison motta

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  24. Oláa! Tornou-se seguir e não deixou nenhum recadinho se apresentando ? =D A quem devo a honra? besos

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  25. Caro irmão Édsom Motta, não duvide do meu sacerdócio, fiz uma brincadeira com vocês, sou bem mais novo do que a minha revelação anterior.
    Fico muito grato pela atenção que você me dispensou. Entendi muito bem a sua explanação.
    Deus te abençoe. Um abraço fraterno.

    EUVIDIO.

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  26. Queridas amigas e amigos
    O Edward de Souza fez muito bem em puxar minha orelha e do Édison Motta. Nós, barbados, ainda não aprendemos a tratar com as damas. Desculpe Daniela, e agora sim: seja bem-vinda neste maravilhoso blog. Eu sempre fugia dos blogs, mas este me envolveu definitivamente. Tenho orgulho de estar aqui ao lado do Edward, Édison Motta, Morgado e outros menos frequentes, mas não menos brilhantes. Daniela, use e abuse dos textos. Realmente, além de divertidos, rendem muita discussão séria, sobre ética, respeito ao leitor, trato com fontes, etc. Outra coisa fantástica deste blog é a diversidade do livre pensamento. De ateu a padre (será mesmo?) todo mundo aqui tem espaço, sem censura, e geralmente todos se tratando com alegria e respeito, num patamar cultural raro na Web. Parabéns a todos!
    Beijos,
    Milton Saldanha

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