quarta-feira, 1 de abril de 2009

AS HISTÓRIAS DAS REDAÇÕES DE JORNAIS

INÉDITO
PARTE XV
*
SÉRIE
"TRAPALHADAS DE UM FOCA"

CAPÍTULO II
*
A FOICE DOS MEUS HORRORES
Edward de Souza

Lembro com uma riqueza de detalhes o primeiro dia em que eu fui cobrir uma matéria policial. Foi na metade dos anos 60. Eu tinha apenas 17 anos e já trabalhava como locutor na Rádio Difusora de Franca e de quebra escrevia como “free” para um pequeno jornal semanal da cidade, de nome “O Eco”, onde defendia uns trocados. Certo dia ligaram para a redação da rádio, informando que um crime bárbaro tinha ocorrido numa fazenda. Um lavrador enciumado matou a esposa a golpes de foice. Um dos golpes arrancou a cabeça da infeliz. O gerente da rádio, Luiz Carlos Facury, vendo que meu programa havia terminado, pediu para que eu corresse a essa fazenda, perto de Franca, para trazer detalhes do crime aos ouvintes. A rádio nessa época não tinha viatura, nas emergências usava táxi, mas naquele dia, um amigo do gerente, conhecido como “Chiquinho”, estava na rádio e se ofereceu para me levar com seu “fusquinha” até essa fazenda. Antes de sair liguei para o jornal, que iria circular no dia seguinte. Otávio - já falecido - dono do pequeno tablóide, se entusiasmou, viu ali sua grande chamada de primeira página. Pediu-me que passasse na redação que ele também iria, com uma máquina fotográfica. Eu escreveria o texto. Seguimos para o local do crime. Muita gente reunida, indignação e horror no rosto de amigos e familiares. Repórteres da região estavam chegando, afinal, numa época tranqüila, onde só ladrões de galinhas geravam notícias, esse assassinato era um prato cheio para a Imprensa. Fomos informados que o assassino fugiu após degolar a esposa e que o corpo da jovem mulher já havia sido levado para o necrotério de Franca. Inutilmente tentamos encontrar fotos dos envolvidos nessa tragédia. Todos os documentos estavam com a polícia ou com a funerária. O dono do jornal se impacientou, queria fotos para ilustrar a matéria e não servia apenas aquelas tiradas dos curiosos no local do crime. O jeito seria tentar na delegacia de Franca, junto ao delegado responsável pelo registro do crime. Antes passei um boletim para a rádio. Com a notícia no ar, quando chegamos ao distrito dezenas de pessoas se aglomeravam nas imediações, curiosos em saber mais sobre esse bárbaro homicídio. Furamos a barreira humana e entramos. O delegado era o saudoso Pláucio Pressoto, amigo de meu pai, que tempos depois, de forma trágica, acabou sendo assassinado a tiros por um PM, num café no centro de Franca, após uma discussão banal. O delegado nos atendeu de uma forma amigável. Perguntou sobre meu pai e, antes que outros repórteres entrassem, nos conduziu para uma pequena sala. Explicamos ao delegado que queríamos fotos, mas ele não estava com os documentos da vítima, ainda em poder da funerária. Muito menos do assassino, que fugiu levando tudo com ele. O jornal teria que ser fechado em menos de duas horas, não daria para esperar a funerária com os documentos. Com ar triunfante, o delegado levantou-se da mesa e exclamou: “vou lhes dar a melhor foto”. Em seguida agachou-se e ergueu uma enorme foice bem perto do meu nariz. Cabelos loiros estavam grudados no sangue coagulado na arma do crime e esvoaçam, chegando perto do meu rosto. O cheiro de sangue invadiu minhas narinas. Tentei segurar o fôlego para não respirar, mas minhas vistas se escureceram. Segurei-me na mesa, tentando fugir daquela cena de horror. Empolgado, o delegado não percebeu meu desespero, muito menos Otávio, fotógrafo e dono do jornal, que batia uma foto atrás da outra, contente com o presente que caiu dos céus para sua tão sonhada manchete de primeira página. Com as vistas turvas arrastei-me da sala. Ninguém percebeu. Ou, se perceberam, não deram atenção. Encontrei um banheiro e coloquei tudo pra fora. Lavei o rosto e sai depois de alguns minutos. Na minha mente, aquela foice ensangüentada com cabelos loiros grudados. O cheiro do sangue estava impregnado em minhas narinas, ou seria na minha imaginação? Fugi da delegacia sem me despedir e corri para a redação. Para escrever a matéria foi um drama. Cada linha, uma corrida ao banheiro. Naquela altura, enquanto o dono do jornal lutava para revelar as fotos no seu quarto escuro, vômito e diarréia me atormentavam. Deixei duas laudas na mesa (não consegui escrever mais que isso), dei um grito avisando que havia terminado o texto e corri pra casa. Minha mãe, percebendo que eu havia chegado pálido e abatido, procurou saber o que tinha acontecido. Contei a ela, mas suas palavras de consolo pioraram as coisas, deixaram-me três dias sem comer e com pesadelos todas as noites. Disse ela: “sabe filho, você deve agradecer a Deus o delegado ter lhe mostrado essa foice com sangue e cabelos grudados. Já pensou se ele lhe mostrasse a cabeça da pobre mulher?” Tem hora que mãe não é mãe, concordam?
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*Edward de Souza é jornalista, escritor e radialista. Escreve aos sábados no Divã do Masini e às quintas-feiras no Jornal Comércio da Franca.


30 comentários:

  1. Graande Edward!

    Eis aí mais uma história pitoresca para demonstrar, especialmente aos iniciantes, que todo brilhante jornalista - como é o seu caso - tem seus momentos de foca. Aliás, sabem por que o bichinho foi adotado como símbolo do repórter principiante? É porque a foca não enxerga longe. Vê apenas aquilo que está próximo ao seu nariz.
    E nesse caso, Edward, o nariz prevaleceu, não foi? Com desdobramentos para o estômago e o intestino.
    Muitas vezes o foca se encontra diante da notícia. Se aprofundar sua pesquisa, poderá obter a manchete do jornal. Mas, como enxergar longe?
    Apenas com o tempo, a experiência.
    O duro choque com a realidade faz endurecer o coração. Que, como todas as coisas da vida, tem lá suas vantagens. Espanta a insegurança e ajuda a interpretar os fatos como eles são.
    O jornalismo policial espelha a própria realidade da vida com suas tragédias e angústias. Algo pelo qual todos passamos ou passaremos algum dia. Seja na doença ou morte de um ente querido, um acidente, uma grave desavença. Por isso, a reportagem policial é considerada, desde há muito tempo, como porta de entrada no jornalismo. Dói, mexe com a alma, mas compensa.
    Lá na frente, descobre-se que a vida é bela em si mesma. Pelo simples fato de estarmos vivos, fato que merece um agradecimento diário ao Criador.

    édison motta
    Santo André, SP

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  2. Pois é Edward

    Seu batismo! A partir do fato que está narrado no blog, acredito que os cadáveres futuros não lhe ocasionaram nenhum mal-estar. Sua carreira como repórter policial estava começando. Uma carreira brilhante. Sua fértil imaginação a par de casos verídicos fizeram com que você se tornasse O JORNALISTA.

    Grande amigão

    J. Morgado

    Mongaguá - SP

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  3. Ôi Edward,
    Você me prendeu na leitura, do começo ao fim, Edward. E é isso que estou aprendendo com vocês nesse blog. A importância do começo, meio de fim de um texto. Maravilhoso, se bem que, vou lhe confessar, dei risadas demais, imaginando a situação sua, inesperada, diante de uma foice sangrenta (rssssssssssssss....). Essa da sua mamãe também foi demais. Uma das melhores que vi psotada aqui no blog.

    Bjos

    Karina - Campinas

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  4. Amigo Edward de Souza

    Uma delícia ler o que você escreve. Uma leitura gostosa e fácil de entender. O dom de escrever para o povo, Edward. Por isso, meu amigo, você foi reconhecidamente um dos melhores repórteres policiais que conheci em toda a minha carreira. Foi meu mestre e grande incentivador, como sei, foi de outros também. Aprendi muito com você. Sua leitura nos prende com suspense e ação e no final, quando não se chora, ri. Foi meu caso hoje. Como poderia eu imaginar que você terminaria o texto sanguinário falando de sua mãe. E a frase que desatei a rir: ""tem hora que mãe não é mãe, concordam?" Saudades quando me lembro de você com seu vistoso bigode naquela mesa de jornal cheia de papéis jogados, cinzeiro, fósforo e cigarros, cabelos desgrenhados e compridos, escrevendo o que você chamava de "cascatas do dia". Premiado como melhor repórter pela PM, pela Sony e outros mais que teve em sua carreira, foi muito pouco pela anos extraordinariamente brilhantes no jornalismo, cujo começo eu não conhecia, mas passei agora a conhecer.
    Forte abraço, amigo do peito, que Deus continue cuidando de sua mente privilegiada para deleite de todos nós, amigos e leitores seus.

    Amilcar A. Cardoso - São Paulo -SP.

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  5. Bom dia!
    vejo que te tornaste o "Brad" das focas!!!parabéns tio..hehehhe
    Falando sério: esse blog ainda vai ser premiado!
    Beijos!

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  6. Não consegui conter meu riso, ao final da tragedia.
    E sobrou pra mãe..rss
    Essa sua entrada no jornalismo policial foi em grande estilo e a forma com que vc a descreveu digna do mestre Hichcock.
    E o assassino, continuou foragido??
    Isildinha- Osasco

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  7. Estou morrendo de rir desse ”causo”. Achei muito interessante. Você é um cara de sorte Edvard! Já pensou se ao invés de ser jornalista você fosse um juiz de futebol?
    Valentim Miron de franca sp.

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  8. Queridas amigas e amigos
    Esse show de texto do Edward, que recentemente me encantou com uma crônica sobre o ladrão de galinha, remete antes de tudo à percepção de que o repórter, foca ou veterano, não importa, é antes de tudo um ser humano. E, no caso por ele brilhantemente relatado, um ser humano muito sensível, como provou sua reação. Se ele fosse um cara frio, mesmo com dezenas de anos de janela, como a gente dizia antigamente, teria sido um péssimo repórter.
    Parabéns Edward!Hoje pude conhecer um pouco melhor também o homem.
    Milton Saldanha
    PS. - Fiquei viciado neste blog. É a primeira coisa que abro todos os dias. E tornou-se irrestível opinar, é um belo exercício de avaliação da nossa profissão e do nosso trabalho, em qualquer época.
    Beijos!

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  9. Milena - Porto Alegre/RSquarta-feira, 01 abril, 2009

    Ôiii,
    Você escreve fácil demais, Edward. Empolga ler seu texto. Poderia dar aulas em redações de jornais e ensinar que, escrever dificil só para tese de Juiz de Direito. Estudo jornalismo aqui em Porto Alegre e recebi vários e-mails pra visitar seu blog. Relutei porque não imaginava que iria encontrar artigos tão bem selecionados e escritos por grandes profissionais, como os que acabo de ler. Aliás, li até os das postagens mais antigas. Uma delícia essa história sua relatada hoje. Quando você terminou com a mamãe, a glória. Morri de rir. Parabéns, viu?

    Beijinhos,

    Milena C. Armandi - Estudante de jornalismo

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  10. Li seu texto, sai para contar pra minha mãe, dando risadas, claro. Ela morreu de rir. Voltei pra ler novamente. Que delícia histórias assim. Valeu Edward. Continue contando mais "causos" pra nós, você e esses seus amigos maravilhosos, como o Milton Saldanha, Édison Motta, Morgado, Guido Fidelis, Lavrado e outros. Viu como marquei o nome de todos???
    Obrigada pela alegria que me deu nesse dia!

    Juliana Peixoto - Blumenau -S.Catarina

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  11. Marcia Regina - São Pauloquarta-feira, 01 abril, 2009

    Legal, legal, Edward. Adorei seu relato sobre esse crime. Tadinho, fiquei com dó de você. E culpou a mamãe, né?

    Bjos...

    Marcia Regina - Estudante da Cásper Líbero

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  12. Cá estou. Já disse, não perco essas histórias por nada desse mundo. Imprimi mais essa do Edward e já guardei. Ao ler, morri de rir, imaginando a cena. Essa experiência, foquinha como eu foge dela. Morro de medo de cadáver e de sangue. Uiiiiiiii....
    Delicioso esse texto, viu, Edward?

    Bjos,

    Thalita - Santos

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  13. Foquinha nova atraída ao blog pelas colegas. Deixando meus cumprimentos a todos que escrevem aqui. Na faculdade, só falam do blog. Vou começar agora a ler todos os artigos, mas pela carinha dele, adoreiiiiii.

    Abçs

    Michelle - Metodista - S. Bernardo

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  14. Gostei do blog. Estou aqui por indicação de um amigo.
    Caro jornalista Edward, esse seu medo de alma penada passou?
    Espero que sim, senão pode aparecer alguma alma pelada também.......
    Fico imaginando como deve ser difícil tirar fotos de defunto, eles
    Não fazem poses, tem que ser do jeito que eles estiverem.
    A vantagem é que eles não podem reclamar se ficaram boas ou não as fotos.
    Caso reclamem, o cidadão deixa de ser jornalista na hora. Kkkkkkkkk. Valeu!!!!!!

    Caio Cezar. Franca SP.

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  15. Que horror! Fiquei imaginando você naquele banheiro
    vomitando na pia, quem será que desentupiu a coitada.
    A primeira vez a gente nunca esquece. O meu primeiro
    Serviço foi em uma loja de roupas, o mais velho de casa pediu para eu ir lá no escritório buscar um martelo de borrachas para pregar alfinetes no vidro, He He, e eu fui,
    e ainda pedi gritando, todo mundo riu de mim, e para piorar as coisas, cai de bunda na escada de madeira que era um mezanino muito alto, onde ficava o escritório. Eu usava um sapato de plataforma, Imaginem o barulho que fez, parecia a guerra do Iran e Iraque. Fiquei com dor na bunda por muito tempo. A minha mãe me consolava dizendo-:, é filho as minhas chineladas eu tenho certeza que doía menos.
    Luiz Augusto Franca São Paulo

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  16. Certa vez fui ver um cadáver encontrado morto, já sem vida, e totalmente inconsciente. O bichim já estava em elevado estado de putrefação, por isso é que ele estava mortim da silva. Chegando lá deparei com uma cena mórbida, o presuntão estava pendurado em uma corda de algodão, já roída pelos vermes também. Quando aproximei deu um ventinho que entrou pela porta balangou o coitado
    e esse indivíduo fedorento caiu em cima de mim.
    Parecia que éramos amigos de longa data, pois o marvado caiu com os braços em cima do meu ombro, enlaçando o meu pescoço, e para piorar as coisas ele era mais alto do que eu, e com as pernas travadas, a boca desse fedorento veio de encontro com a minha. A hora que eu tentei tirar aquele rosto em decomposição em cima do meu, as orelhas cheias de bicho saíram em minhas mãos, sem dizer que os lábios podres ficaram grudados nos meus. Tentei pedir ajuda mais o perito que me acompanhava estava no banheiro vomitando igual a você que está lendo esse causo agora. Para ficar livre de esse ser fedorento,(imagina uma vaca podre e multiplica por um milhão,e ainda é pouco) fui agachando devagarzinho, conforme ia abaixando via
    As entranhas cheias de vermes daquele pobre coitado. Nessa altura já não sabia mais quem era o coitado o defunto ou eu. Já de joelhos no chão olhei para baixo e vinha uma folhinha fixei meus arregalados olhos e vi que era primeiro de abril de dois mil e nove, huuufaaaa graças a deus.

    VALENTIM MIRON FRANCA S.P.

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  17. Pena! Em todos os blogs existem engraçadinhos que não tem o que fazer. Ainda por cima com piadas bobas, sem sal de tudo. Fazer o quê?
    Sigam em frente com esses relatos deliciosos sem se importar. Todas nós estamos gostando muito.

    Ana Rita - Metodista -SBC

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  18. Ana Rita
    Você tem toda a razão. E o pior humorista é aquele que não tem graça nenhuma.
    André Vidal

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  19. Virou mesmo nosso ponto de encontro seu blog, prezado Edward de Souza. Dificil entrar na internet e não vir ler a matéria do dia. A de hoje, impagável. Faz mesmo a gente chorar de rir. Fico já imaginando o que virá pela frente. Todos vocês devem ter muitas histórias pra contar, tenho certeza.

    Bjos

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  20. Posso não concordar com uma só palavra que você Ana Rita e André Vidal disseram ao meu respeito, mais defendo até a morte o direito de dizê-las. Se vocês são criaturas melindrosas, paciência, eu só queria ser divertido.
    Confesso-lhes que estou morrendo de rir só de pensar nas suas caras ao ver que não era mais um caso de reporte policial. Mesmo assim peço-lhes perdão. O meu jeito de ser dificilmente será mudado, pelo menos Por enquanto.

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  21. Adorei o texto de hoje, Edward.
    Parabéns!!! Sabe, não sei se é possivel, mas como faço para lhe mandar um e-mail pessoal? Tentei entrar no seu perfil, ver se encontrava, mas não tem nada lá. Não encontrei nenhum endereço para correspondência no seu blog. Se puder me mandar, por favor!

    Beijinhos,

    Ana Caroline - R. Preto - SP.

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  22. Parabéns a todos!

    O Blog está bombando, um sucesso nas faculdades, território do foca.
    E vai bombar mais!

    Vou fazer uma proposta aos leitores:

    Acreditem, não é pegadinha de primeiro de abril.Pessoalmente,nada contra aqueles que se divertem com a mentira. Melhor é não se afastar da verdade.Porque voltaremos ao tema amanhã, se o Criador assim o permitir.

    Como publicitário que também sou, (minha alma-gêmea profissional),formado com a primeira turma de comunicação da Metodista, achei um mote interessante, numa expressão natural que o Edward deixou escapar, certamente sem pensar.
    Ele acabou por culpar a mãe?!

    Hilário!

    Sua frase final foi: "tem hora que mãe não é mãe, concordam?"

    Pergunto:
    Sim ou não?
    Concordam ou discordam?

    Para aqueles que, como eu, acreditam na veracidade da expressão espontânea do Edward para fechar o texto, uma sugestão:
    Que tal um concurso nacional de redação (curta,enxuta,concisa, no formato do blog) com o tema proposto:

    ..."Tem hora que mãe não é mãe."

    Uma dica:

    Leiam o comentário de Juliana Peixoto - Blumenau -S.Catarina logo mais acima.

    Creio que é por aí: não vamos estimular um concurso de desavenças com as mães. Mas de situações engraçadas, que vivemos com elas e que, ao contrário do dogma, revelam que elas, como humanas, também erram. Melhor é terminar ambas as pessoas - mãe e filhos - sorrindo juntas. De preferência, gargalhando.

    Animai-vos focas do Brasil! Encarem o desafio como pauta.

    Lembrem-se que vem aí o
    Dia das Mães!

    Vou procurar usar minha influência junto ao Edward para convece-lo a, pelo seu critério único e redundantemente exclusivo, publicar na capa do Blog as dez melhores.

    Poderão - quem sabe? - ser dez passaportes de foca para o mercado de trabalho...
    Através do curso natural do Rio denominado Internet que é planetário.

    Que tal, gostaram da idéia?
    Afinal, o que seria das redações sem eles, os maravilhosos focas, que um dia serão grandes profissionais?

    Aleluia!


    édison motta
    Santo André, SP

    Sem permissão dele, eis o endereço para que enviem as redações:

    edwardsouza@terra.com.br

    Antecipadamente, um feliz Dia das Mães para todos nós, filhos, mães e pais. Com muita paz!
    Fui!

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  23. História maravilhosa! Parabéns!

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  24. Olá amigos e amigas!

    Primeiro, o meu e-mail postado pelo grande amigo Édison Motta é esse e ele tem toda a permissão para postá-lo. Iria fazer isso agora, atendendo o pedido da Ana Caroline, de Ribeirão Preto. Depois, dizer que estou emocionado, desde a manhã, com a demonstração de carinho de todos vocês. O Édison, Morgado e o Milton Saldanha quase me fizeram chorar, logo pela manhã, com palavras carinhosas e amigas. Depois esse "punhado" (estou perto de Minas agora, não se esqueçam) de e-mail que o blog recebeu até agora. Por último, vendo aqui, a minha amiga e brilhante jornalista, Nivia Andres, de Sacramento, no sul do País, chegando agora e postando seu comentário. Quanto as brincadeiras no blog, vão existir sempre, nem por isso esse espaço será monitorado. Vai continuar aberto para postarem o que quiserem. De coração, obrigado pelo carinho e continuem acompanhando essa série, que terá desdobramento amanhã, com mais histórias hilariantes dos nossos queridos foquinhas de outrora, extraordinários profissionais de hoje. Intimo o Milton Saldanha, publicamente, a contar seu primeiro gafe como foquinha. A intimação serve para os demais companheiros jornalistas que nos acompanham.
    Por fim, o desafio do Édison Motta está lançado e vamos aguardar os dez melhores textos sobre o tema: "Tem hora que mãe não é mãe". Vou pedir ao Édison, autor da idéia, que escreva o regulamento, que será postado a partir de amanhã no blog.
    Mais uma vez grato a todos (as) de coração e vamos em frente!

    Edward de Souza

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  25. Joaquim Tadeu de Melloquarta-feira, 01 abril, 2009

    Mãe não é mãe, concordam?
    É os caminhoneiros que pensam assim.
    Todo caminhão que passa está escrito na traseira,
    “MÃE TENHA DISTANCIA” .

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  26. Queridas amigas e amigos
    Edward, não é frescura, perdi a conta das mancadas que já dei na profissão, e de vez em quando ainda acontecem. Porém, sinceramente, não lembro de algo marcante que segure uma boa historinha. E se não for boa prefiro não arriscar. Vou contar apenas uma mancadona, séria, da qual me arrependi muito. Rapidamente. Eu era um prestigiado repórter da Folha da Manhã, de Porto Alegre, em 1972. Num único ano cheguei a assinar mais de 40 matérias especiais de página central, que era a mais nobre do jornal. Uma produção brutal. Pois bem, certo dia explodiu uma fábrica de fogos de artificio, num bairro, e arrasou com o quarteirão inteiro. Uma tragédia, de grande comoção. Eu estava circulando com colegas numa Kombi do jornal, fomos para o local. Eles assumiram a cobertura e eu, inexplicavelmente, me omiti. Eu era atirado, arrojado, e nem eu entendi aquela prostração, nunca. Mas aconteceu. Depois me senti muito mal, em casa e na redação. O episódio foi superado perante meus chefes e colegas, eles felizmente gostavam desse escriba. Mas não superei no meu íntimo. Um bom soldado não foge do combate. Sofri com aquilo, mas aprendi.
    Beijos,
    Milton

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  27. Edward, amigos e amigas leitores.
    Quanto menos regulamento melhor, penso eu. Não esqueço uma história que me foi contada pelo mestre, amigo, ex-prefeito de São Bernardo do Campo e grande jurista. Ele estudou na renomada Faculdade de Direito da USP do Largo São Francisco, celeiro de eminentes juristas do País. Em seu tempo de aprendiz universitário,reunia-se com um grupo de colegas muito unidos. Na faculdade e fora dela, quando se encontravam para discutir as grandes questões do País e, também, jogar conversa fora porque ninguém é de ferro.
    Um dia, decidiram formalizar o grupo e criar uma sociedade civil.
    Quando foram preparar os estatutos, as vaidades apareceram, as disputas por liderança afloraram e o pau comeu. O grupo se desfez. Acabou a união.
    Se se tratasse de um concurso com prêmios, viagens, empregos etc, necessariamente haveria um regulamento. Não é esse o caso.
    Vamos deixar em aberto o convite e o desafio para os focas.
    As dez melhores histórias serão publicadas no Blog. Alcançarão grande visibilidade nacional e, quem sabe?, resultarão na abertura de portas para o mercado de trabalho.
    Essa é a magia da internet.
    Vamos esperar que apareçam muito mais do que dez boas histórias. Então, se for esse o caso, que se publiquem todas, numa série especial de estréia dos focas.
    E viva a liberdade!

    Grande abraço a todos,

    édison motta
    Santo André, SP

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  28. Eu quero participar. Vou ganhar o concurso e receber o troféu foquinha do Edward de Souza e do Édison Motta. O troféu vai ser de prata ou folheado a ouro?
    Brincadeirinha. Mas, achei uma grande idéia e vai agitar nossa turminha aqui da Metodista. Quando vocês publicarem como vai ser, vou imprimir e levar pra galera. Legal mesmo.

    Renata - Metodista - Santo André -onde moro

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  29. Opssss... Também quero participar. Pode ser de qualquer lugar do País ou só da turma de Sampa? Sou uma foquinha amestrada, mas foca!

    Glorinha - Rio de Janeiro

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  30. Ana Célia de Freitas.quarta-feira, 01 abril, 2009

    Boa noite menino.
    Que história triste menino.
    Percebo que não é facil trabalhar em um jornal, vocês devem passar por cada situação hein.
    Quanto a sua mãe, ela foi sincera, se você presenciasse a vítima seria bem pior.
    Mas mãe é mãe, quer sempre o melhor para o filho...
    Muito obrigada em nos brindar com esses fatos históricos.
    E o livro, quando sai?
    Abraçosssssssssssssss.
    Ana Célia de Freitas. Franca/SP.

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