quarta-feira, 2 de março de 2011

TERÇA-FEIRA, 1 DE MARÇO DE 2011


Enquanto aguardava ser atendido pelo locutor francano que trabalhava na Rádio América, notei que um homem alto e forte aproximou-se da portaria e se fez anunciar em voz alta: “o diretor artístico da rádio me aguarda, sou seu amigo e vim fazer um teste para a vaga de locutor, anunciada”. Então havia uma vaga e eu não sabia. Não tinha como ficar contente com a notícia, afinal o cidadão apresentou-se como amigo do diretor da rádio, mesmo assim, encheu-me de esperança. Ainda na recepção, o candidato a vaga falava com desembaraço e convicção. Citava pessoas famosas que conhecia, países onde esteve, e dizia para a recepcionista, já com expressão aborrecida por aguentar tremendo chato de galocha, que falava fluentemente o inglês.

A bela recepcionista sentiu-se aliviada quando o diretor artístico pediu para ela conduzir o tal amigo e pretendente à vaga de locutor até a sua sala. A jovem disparou rapidamente, pedindo que ele a seguisse. E voltou lívida, deixando escapar essa frase: “aguento cada uma nessa rádio”. Comecei a rir e ela percebeu. Acalmou-se, abriu um lindo sorriso e ofereceu-me um café. Conversamos um pouco e contei a ela que também estava em busca de uma vaga para locução na rádio. A jovem recepcionista disse-me com franqueza que torceria pelo meu sucesso, mas achava difícil, porque mais de 30 locutores já haviam feito o teste em dias anteriores, entre eles, velhos profissionais de rádio.

A chegada do Adilson interrompeu nossa conversa. Cumprimentou-me efusivamente e convidou-me para acompanhá-lo. Contou-me no trajeto que havia trabalhado na Rádio Hertz de Franca, nos anos 60, uma concorrente da Rádio Difusora. Naquela época só havia aquelas duas emissoras de rádio na cidade. Foi uma conversa agradável entre eu e Adilson, que confirmou, a rádio estava à procura de um locutor. Iria levar-me até a sala do diretor artístico da emissora. Em minutos fui apresentado a ele pelo Adilson, mas não recordo seu nome. Pediu-me que aguardasse alguns minutos porque outro concorrente a vaga estava num dos estúdios fazendo um teste. Logo chegou a minha vez e fiz o que pediram. Assim que o teste terminou voltei à sala do diretor artístico que solicitou um tempo até que fossem feitas as avaliações de todos os candidatos testados naquele dia. Sentado confortavelmente na sala, como se fosse o dono da rádio, estava o amigo do diretor artístico, que havia feito o teste anterior ao meu. Seu primeiro nome era Carlos, fiquei sabendo.

Uma hora depois fui chamado e soube que de todos os candidatos apenas eu e o Carlos fomos selecionados. A rádio precisava apenas de um locutor, por isso seríamos novamente submetidos a um teste. O reprovado poderia até ser chamado em outra oportunidade, prometeu o diretor artístico. As cartas estavam marcadas. Carlos leu alguns pequenos textos em português e eu, uma lista com nomes de músicas em alemão, francês, italiano e inglês. Se tivesse tempo suficiente, o diretor artístico da rádio teria acrescentado nomes de músicas em polonês, japonês, chinês e dinamarquês. Pacientemente tentei, não deu. E não daria para nenhum locutor da época, por mais experimentado que fosse. Desconheço um só daquele tempo e mesmo hoje, que fale fluentemente quatro línguas. Cá entre nós. Hoje em dia não passaria por este vexame. Teria rasgado aquelas folhas e mandado o diretor pilantra enfiá-las no... Lixo, juro!

Despedi-me de Adilson Machado, que lamentou minha reprovação depois de ter superado quase todos os demais candidatos. Agradeci-lhe pela atenção e antes de sair do prédio da rádio, passei pela portaria. Queria despedir-me da jovem recepcionista e ainda agradecer-lhe pela atenção e gentileza comigo, durante o tempo em que fiquei na rádio. Ela estava ansiosa para saber o resultado do teste. Contei-lhe o ocorrido e a jovem, fitando-me com seus dois belos olhos azuis, lamentou: “temia por isso”. Pediu o número do meu telefone para contato. Hesitei, sabia que, a exemplo da TV Tupi, eu não seria chamado. Ela insistiu, entregando-me um cartão com seu nome e telefones: “ligue, sempre estou informada sobre uma nova oportunidade, quem sabe possa ajudá-lo”.

Na porta de saída da rádio, um minuto de silêncio. Reflexão, pensamento positivo. Era preciso manter a confiança e enfrentar a vida com a sensação da segurança conferida pela determinação e o espírito altaneiro de quem sabe que é possível superar imprevistos e vencer. Momento de colorir o horizonte com as cores da esperança e acreditar que tudo não passou de duas tentativas que não deram bons resultados naquele dia. Estava pronto para seguir o caminho de volta a Santo André. Um menino cruzou alegremente o meu caminho. Segurava um enorme rádio que funcionava a pilhas, sorriu de uma maneira contagiante, abanou a mão e desapareceu. A vida é este mesmo círculo, sempre renovado, entre o trabalho e nossos desejos de realizar os sonhos que nos movem.

Acostumado a se deitar muito cedo, meu tio mudou sua rotina naquela noite. Estava a minha espera na cozinha, com seu velho rádio ligado no programa do Moraes Sarmento, na Rádio Tupi de São Paulo. Queria saber como foi o meu dia. Contei tudo o que havia se passado e ouvi dele uma sugestão. Desistir momentaneamente de São Paulo e tentar uma rádio no ABC. Na manhã seguinte ele me apresentaria a um amigo seu, dono de uma rádio, com reais possibilidades de dar certo, então eu teria um emprego e a chance de mais tarde ser contratado por uma grande emissora de São Paulo. Meu tio Ivan, carinhosamente chamado pelos amigos de “Delegado”, era chefe dos fiscais da Prefeitura de Santo André e como todo o chefe que se preza, não fazia nada, assinava o ponto pela manhã e voltava à tarde para encerrar o expediente da mesma forma.
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Era divertido ver meu tio sair pela manhã para o trabalho – entenda assinar o ponto. Depois de um banho rápido e de tomar seu café, segurava uma enorme pasta que pesava horrores, nunca pude ver, mas com certeza carregada de chumbo, e seguia rumo a prefeitura, poucos quarteirões da casa onde morava, no centro de Santo André. Minha tia Dionir corria para o quarto dos fundos - a casa era alta - e da janela acenava se despedindo. Amoroso, ele respondia, esticando um dos braços. A impressão era que ficariam dias sem se ver. Meu tio entrava as 8h00, assinava o ponto e as 9h00 estava de volta, isso quando não resolvia dar um passeio a pé pelo centro da cidade. Enquanto esperava a volta do marido, minha tia tocava acordeon.
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Naquela manhã, no começo dos anos 70, fiquei esperando sua volta e fomos ao encontro deste seu amigo, dono da Rádio Clube de Santo André, atual Trianon de São Paulo. Tratava-se de José Astolphi (nada a ver com o árbitro de futebol), na verdade, sócio na emissora com Antonio Del Fiol, conhecido radialista da Jovem Pan de São Paulo, falecido em 2002. Del Fiol destacou-se como o mais famoso garoto-propaganda da TV brasileira, quando por décadas foi porta-voz das campanhas publicitárias do saudoso Mappin e também do Jumbo Eletro. A Rádio Clube ficava na Rua Oliveira Lima, hoje calçadão coberto de Santo André. Não precisamos entrar, o amigo do meu tio estava num café, ao lado da Rádio Clube. Astolphi era um senhor de idade, vestia um terno escuro, enorme para o seu tamanho, ficando a nítida impressão que o defunto, ex-dono daquelas vestes, era bem maior que ele. Como não abotoava o paletó e carregava alguma coisa pesada num dos bolsos, um lado ficava bem maior que o outro. Para resumir, era bem desengonçado. E mal encarado. Assim que fui apresentado a ele, olhou-me da cabeça aos pés, como se estivesse vendo o ET de Diadema. Quando soube que eu era locutor, faltou apenas dizer: “isso aí?” Mesmo assim nos convidou para entrar na rádio e garantiu, para minha surpresa, que eu teria emprego. Antes faria um teste, caso não fosse aprovado como locutor, poderia oferecer-me uma vaga no jornalismo, precisava de um redator de notícias...
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*Edward de Souza é jornalista, escritor e radialista
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*Acompanhe nesta quinta-feira o quarto capítulo da série, “O dia em que gravei o Jornal Nacional”.
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37 comentários:

  1. Bom dia amigos (as)...
    Você acompanha nesta terça-feira o terceiro capítulo desta série “O dia em que gravei o Jornal Nacional”. No primeiro capítulo tivemos 44 comentários, no segundo 35, com média de mais de 600 visitas por dia ao blog, para desespero do ET de Diadema, que detesta quando falo em números. Se ao menos 10 por cento das pessoas que nos visitam e lêem o texto comentassem, o número aumentaria consideravelmente. Uns não o fazem porque não insistem em aprender como postar comentários, outros simplesmente não gostam, preferem apenas ler. No decorrer do capítulo de hoje, caso sobre tempo no período da tarde, pretendo responder a perguntas, caso existam, como fiz no capítulo de hoje.
    Um forte abraço!

    Edward de Souza

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  2. Olá Edward

    Bom dia

    As aventuras de um jovem jornalista continuam. Nomes, datas, lugares... Uma excelente memória amigão e uma maneira gostosa de escrever e mais gostosa ainda de ler.
    Ratificando suas informações quanto ao número de visitas e comentários, quero informar para tristeza de alguém, que em minha última matéria (sexta e sábado, últimos) aconteceram quase 700 visitas e quase 30 comentários. Têm sido assim tudo o que é postado por mim, o Lavrado e você.
    No meu tempo, lembro-me do endereço de algumas rádios. A primeira vez que entrei em uma, foi a Rádio Cultura e pasme, sabe onde se situava? No Jabaquara, muito longe do centro de São Paulo. Um enorme terreno com algumas construções e a torre de transmissão.
    Tinha eu na época quatro ou cinco anos e o programa que fui assistir foi do... Não chore amigão! Nho Totico.
    A Rádio Record, na Rua Quintino Bocayuva esquina com a Direita. A Rádio Excelsior, na Praça Patriarca...

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  3. Em meu comentário acima, onde leram "como fiz no capítulo de hoje", quase no final do texto, entendam "como fiz no capítulo de ontem".

    Obrigado!

    Edward de Souza

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  4. Oi Edward, tremenda deslealdade praticada por este diretor da Rádio América. Pior, fazer todos vocês, desclassificados, de bobos. No seu caso, ficou o dia todo na rádio, passou por dois testes, esperando uma decisão que já havia sido tomada. Fico revoltada lendo coisas assim. Na sequência da sua história você resolveu me fazer rir um pouco, para descontrair. Essa do seu tio ser chefe e como todo o chefe que se preza não fazia nada foi demais! Coitado, Edward...

    Não tenho dúvida, agora depois de ler o terceiro capítulo, vc poderia mesmo editar um livro, ficaria excelente.

    Gabriela - Cásper Líbero - SP

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  5. Edward, nunca poderia imaginar que coisas deste tipo aconteciam em rádios. Só não entendo qual a razão do teste. Seria bem mais prático dar o emprego para o escolhido, e não tomar o tempo dos demais. Além disso tudo, mexiam com os sentimentos das pessoas, todos cheios de esperança. Justo seria um só texto para todos, como puderam entregar um em vários idiomas só para você?

    Adorei ver outra foto sua daqueles tempos. Impressão minha ou seus olhos são verdes?

    Imperdível esta série!

    Bjus

    Tatiana - Metodista - SBC

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  6. Oiê, amigos (as)...

    O relato, em gotas, do nosso Edward desnuda a saga de um rapaz sonhador e idealista, cujo sonho era trabalhar em rádio ou televisão. Identifica as barreiras que também encontrei para começar carreira e não sou do Interior, portanto com conhecimentos da Região Metropolitana de São Paulo, especialmente do ABC, mais sustentáveis que a do nosso Edward. Sei, por experiência própria e por sua odisséia a nós por ele antes relatada, a via crucis que trilhou.
    Sua história para abrigar um sonho é uma lição de vida, um exemplo de perseverança e uma advertência aos que pretendem vencer em qualquer atividade.
    O Edward conseguiu seu lugar no rádio, na televisão e, de quebra, em jornal.
    Aguardemos, pois, os próximos capítulos.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo.

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  7. Olá amigo jornalista, radialista e colega escritor, Edward de Souza.
    Gostei muito do capitulo de hoje, porque lembrou parte da minha infância e juventude. Você não fala em datas, mas lembro bem da Rádio Clube de Santo André. Não sei onde era o estúdio, mas a emissora tinha um programa de auditório no conhecido Largo da Estátua, no final da Rua Cel. Oliveira Lima, atual calçadão, onde depois foi a sede da Associação Ítalo-Brasileira. Eram programas sertanejos, mas não lembro nomes dos apresentadores. Um dos locutores apenas recordo, era Edison Lazzari. Não sei se você vai comentar a respeito, em próximos capítulos, mas essa rádio depois passou a pertencer a Oswaldo Gimenez, que foi prefeito de Santo André e o primeiro a ser cassado no Brasil por corrupção.

    Depois da Rádio Clube, conheci o antigo auditório da Rádio ABC, no Bairro Casa Branca, também em Santo André, mas nessa época eu já era adolescente e como meu pai havia falecido, comecei a fazer meus passeios sozinho ou com amigos. Nesse tempo eu nem pensava em jornalismo, trabalhava como auxiliar de farmácia, porém. Por influência de meu pai, que arrumou meu primeiro emprego em estabelecimento farmacêutico, também comecei a gostar de programas de rádio, ele adorava. Esse capítulo me fez lembrar com saudade daqueles tempos.

    Saudações, amigo Edward. Vou acompanhar atentamente essa nova série do seu blog, e sempre que possível, fazer meus comentários.

    Hildebrando Pafundi - escritor e jornalista

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  8. Que lindo este relato, Edward. Emociona tanta luta e perseverança e revolta a injustiça que sofreu. Pelo visto, entre você e um dos donos da Rádio Clube, Sr. Astolphi, de cara surgiu uma forte incompatibilidade de gênios, não? (rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs). Será que mesmo assim você conseguiu seu emprego na rádio? Vou aguardar com ansiedade o próximo capítulo.

    Outra coisa que deixou-me encantada. O amor entre seus tios. Trocando acenos pela manhã quando ele seguia para o trabalho. Ela está uma gracinha nesta foto. Li no primeiro ou segundo capítulo que os dois não tinham filhos e são falecidos, correto?

    Uma leitura gostosa de ler, com conteúdo super interessante!

    Bjos,

    Carol - Metodista - SBC

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  9. Edward, voltei porque percebí que vc não assinou este terceiro capítulo. Esqueceu ou resolveu deixar assim mesmo?

    Bjos,

    Carol

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  10. Gabriela, meu tio era um tremendo gozador, vivia rodeado de amigos só para ouvirem seus "causos". Um homem querido em Santo André e conhecido em toda a cidade. Familiares o chamavam de "Terço". Para ler, seria "Térço", e jamais iria achar ruim estas brincadeiras que faço com ele, estivesse entre nós. Pelo contrário, iria soltar sua gostosa gargalhada ao ler o que escrevi sobre. Eu sempre considerei meus tios como pais. Fui um felizardo. Tinha dois pais e duas mães maravilhosos.

    Tatiana, era assim, quem não entrasse na "panelinha" nada conseguia. Quanto a cor dos meus olhos, impressão sua. São castanhos claros.

    Oswaldo Lavrado, velho e bom amigo-irmão. Verdade, você conhece minha trajetória, boa parte dela, talvez não sabia de tantos detalhes como estes que resolvi trazer para esta série. Lutamos, amigo, mas valeu a pena, foi gratificante demais.

    Voltando ao amigo-irmão J. Morgado. Já ouvi falar do "Nho Totico", mas penso que eu ainda nem era nascido, amigão. Não lembro também das emissoras que citou, nestes endereços. Valeu pelo colorido que trouxe a esta narraçao, com maiores detalhes.

    Amigo Hildebrando Pafundi, fico muito feliz em ter você conosco, seguindo a série e recordando seus bons tempos de infância e juventude. Só um detalhe. Este relato que faço sobre a Rádio Clube aconteceu no começo dos anos 7o. Um ano depois, eu já estava na Globo, antes passando pela Rádio Emissora ABC, também citada em seu comentário.

    Você apenas fez uma troca, Pafundi. Oswaldo Gimenez, primeiro prefeito cassado do Brasil foi dono da Rádio Clube nos anos 60, ficava a emissora no Bairro Casa Branca. Vendeu antes dos anos 70 para o Astolphi e Antonio Camargo Del Fiol.

    Carol, para encerrar. Meus tios não tinham filhos. Ele irmão do meu pai, ela irmã da minha mãe. São falecidos. Minha tia morreu aos 84 anos, ano passado. Meu tio, bem antes, não tinha ainda 60 anos. Quanto a assinatura, nem havia reparado, esqueci mesmo, vou corrigir e aproveitar ver se encaixo a data no relato sobre a Rádio Clube. Com eu disse ontem, na pressa, a revisão é feita on-line.

    Abraços...

    Obrigado pela força!

    Edward de Souza

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  11. Vai ser difícil Edward, enquanto durar esta série, não lhe fazer perguntas. Estou verdadeiramente encantada com seu relato, seu texto, depois de ler estes três capítulos. Só não entendo a razão de não ter escrito antes esta série. O que foi que o motivou a nos brindar, somente agora, com estas histórias gostosas que arrancam indignação, ternura, emoção, risos e muita expectativa? Juro que, não fosse a curiosidade, deixaria para ler todos os capítulos assim que terminasse a série, como se fosse um maravilhoso livro que sonhava tanto ler.

    Bjos,

    Giovanna - Franca - SP

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  12. Convenhamos, Edward, não conseguir o emprego na Rádio América e ficar com a Rádo Clube não foi uma boa troca. Abandonou a recepcionista bonita e ficou com o desengonçado com a cara feia (kkkkkkkkkk). Afirmo isso porque tudo indica que você encontrou um lugar bem rápido nesta Rádio de Santo André, com o seu tio lhe ajudando. Posso até estar enganado, mas aposto que você fica, vamos ver no próximo capítulo.

    Brincadeira, sei que foi injustiçado no teste da Rádio América. Que palhaça fez o diretor daquela rádio! Só não sei se abandonou mesmo a recepcionista. Pelo seu relato... Era loira ou morena, Edward?

    Abçs

    Juninho - SAMPA

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  13. Sabe o que fiz, Edward, li todos os capítulos hoje. Os dois primeiros novamente, fica melhor, assim vou acompanhando sua história sem ter que recorrer à memória. Falar em memória, como pode recordar todas estas passagens, incrível. Acho lindo ter histórias como as suas e saber contá-las com graça como você faz. Sobre o diretor da Rádio América, no capítulo de hoje, nem quero mais comentar, está sendo um prato cheio para todos. Bonito nesta história é que surgiu o vilão, mas também pessoas bem intencionadas e de bom coração, como o seu conterrâneo e a recepcionista da rádio.

    A história dos seus tios é maravilhosa, você não disse, mas fica a impressão que o adotaram como o filho que não tinham. Engraçado demais o terno do dono da Rádio Clube. O defunto era maior, Edward (rsrsrsrsrsrsrsrs). Maravilhosa série e um visual lindo, com fotos da época. Já estou aguardando as emoções do quarto capítulo.

    Bjos,

    Larissa - Santo André - SP

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  14. Edward, minha mãe está acompanhando a série comigo e hoje me fez rir até chorar. Sabe o que ela disse? Está ainda ao meu lado, tentando impedir que eu conte. Mas, vou denunciá-la. Com um ar de quem entende do assunto, assim que acabou de ler o texto, pediu para ver mais uma vez sua foto quando jovem, postada hoje. E sapecou essa pérola: "essa recepcionista da rádio não era nada boba, com um pão desses, até eu". (rsssssssss). Essa eu desconhecia, "um pão". Saiu de perto brava, resmungando.

    Lindo seu relato, Edward. E revoltante o caso do diretor da rádio, agindo de uma forma desonesta e desumana com vocês.

    Bjos,

    Vanessa - Campinas - SP

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  15. Alo mestre Edward.
    Estou lendo com prazer a história que vem contando. Me lembrei de um velho amigo, juiz aposentado, de quem ouvi muitas vezes a afirmação:
    "O melhor da viagem é contá-la".È verdade. Quando se tem a memória afinada com FATOS OCORRIDOS, a luta empreendida, as amizades feitas,os amores vividos, os escorregões impostos pela jornada avolumando-se na lembrança, vale muito a pena contar. Massageia nosso ego e agrada quem ouve - no caso lê - histórias. Quem não as teve?
    O Morgado falou da Radio Cultura, me parece, PRB4. Para mim, não registrado. Dela me lembro na São João esquina da Duque de Caxias.Assim vamos repondo informações. Como estamos no inicio, estou certo, muito mais você haverá de trazer para nosso deleite em saudade. Peço a você, blogueiro bom, passar um abraço amigo aos viajantes deste alegre barco de noticias. Gente boa navega em boas embasrcações. Um abraço carinhoso a todos do amigo Garcia Netto

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  16. Lindo Garcia Netto. Quem dera tivesse eu as palabras certas para dizer como estou amando essas histórias contadas pelo Edward. Neste capítulo de hoje consegui ficar com raiva, dar risadas e emocionada com tanta beleza contida nesta narração. Sempre que venho a este espaço encontro 6 ou mais pessoas on-line, uma constante o dia todo. Sinal que esta beleza que você posta, Edward, está repercutindo como nunca. Parabéns, prometo voltar para ler o próximo capítulo.

    Bj

    Talita - Unisantos - Santos - SP

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  17. Olá Garcia Netto


    Que prazer enorme “revê-lo” de volta aqui no Blog do Edward e seus Amigos.
    Também me recordo da Rádio Cultura na esquina da São João com Duque de Caxias. Faz tempo meu amigo.
    Lembro-me das filas que se faziam na porta dessa rádio para ver o Wanderley Cardoso, na época um tremendo sucesso (início da década de 60).
    Mas antes, bem antes disso, não posso precisar a data (fim da década de 30 e início da de 40) ela esteve na Rua Professor Souza Barros, no Jabaquara. E foi ali que vi “Nhô Totico” pela primeira vez.
    Mais tarde no terreno em que se situava a rádio, foi construída uma Fábrica de Vidros.
    Uma empresa americana onde trabalhei por algum tempo.
    E a saudade mata a gente morena...

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  18. Oi Edward, nem pense que estou lendo este seu terceiro capítulo por causa de sua intimação feita no capítulo anterior para que eu comparecesse sempre. Já lhe disse que é um enorme prazer sempre estar aqui, mas sou consumida pelo tempo, que voa vertiginosamente. Como todas as amigas e amigos leitores do blog, também estou encantada com seu relato, esse o motivo de ter vindo registrar minha presença. Estranhei você não ter postado uma foto do seu tio, estou curiosa para ver como era. Deve fazer isso, claro.

    Sua tia, disseram aqui, tem um jeito meigo e agradável, encantou-me vê-la segurando um acordeon. Está morando nas estrelas, mas lembrada por você nesta série muito especial que enobrece os blogs, a cada dia mais acreditados e com conteúdo. Sua colaboração neste sentido é digna de aplausos. Maravilhoso texto, como sempre Edward, estou lendo e vou procurar estar presente em todos os capítulos.

    Beijos

    Liliana Diniz - Santo André - SP

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  19. Prezado Edward, de cara peço-lhe perdão pela ausência nos comentários. Hoje coloquei a leitura em dia. Li os três fantásticos capítulos desta série memorável. Sei que você tem um passado rico em histórias profissionais, Edward, mas jamais poderia imaginar que eram tantas e tão empolgantes. Sua luta em busca de um lugar ao sol é um exemplo para todos estes jovens estudantes que frequentam este espaço, que sei, são muitos. Não esmorecer nunca, mesmo diante de tantas e tantas adversidades e seguir sempre de cabeça erguida em busca dos sonhos.

    O fato lamentável ocorrido na Rádio América, poderia curvar uma pessoa menos preparada, você não entendeu assim e foi em busca dos seus objetivos que serão ainda contados neste blog e estarei acompanhando.

    Aceite meus cumprimentos pelo texto magnífico!

    ABÇS

    Birola - Votuporanga - SP

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  20. Juro que tenho uma curiosidade, Edward, gostaria de saber o que virou na vida este imbecil da Rádio América que o fez passar tamanha humilhação. Deve ter dado gargalhadas quando o fez engolir aquele texto em vários idiomas, mas como sempre acreditei que aqui se faz, aqui se paga, deve ter recebido seu castigo merecido. Estamos aprendendo com você, Edward. Bons exemplos devem e precisam ser seguidos. Está cada dia melhor a série.

    Bjos,

    Priscila - Metodista - SBC

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  21. Meu Amigo
    E é assim que se vence! mas a juventude tb ajuda e muito.
    Eu comecei por angariar publicidade para os peródicos daquele tempo e do outro lado do mundo...até que tive um Coluna só minha.
    E hoje...tenho um livro quase pronto para editar e ainda não mexi uma palha! Não é que o sonho tenha terminado...simplesmente há uma parte de mim que está gasta com tanta dor que passou por mim nestes últimos anos!
    Mas hei-de conseguir! Basta seguir o teu exemplo!
    Beijo
    Graça

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  22. Este comentário foi removido pelo autor.

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  23. Edward, depois que conheci este blog, jamais deixei de frequentá-lo. Sinto-me bem lendo os seus textos e também dos seus amigos, J. Morgado e Oswaldo Lavrado. Essa série mostra sua luta em busca dos seus objetivos. Você conseguiu despir-se do egoísmo, emancipou-se do domínio das preocupações, acreditou que o fracasso inicial é o caminho do sucesso, acendeu o fogo do entusiasmo e continuou firme. Os louros da vitória, apenas uma consequência de tudo que você plantou. Leio e estou recomendando às minhas amigas seu blog, esta série que, com certeza, jamais será esquecida.

    Beijos

    Michelle - Florianópolis - SC

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  24. Meu Grande amigo Edward de Souza, depois de ler mais uma vez essa maravilhosa série, eu não poderia deixar de manusear o meu teclado de marfim com teclas de pérolas e com caracteres alfabéticos e numéricos em alto relevo de ouro dezoito quilates, para deixar o meu parecer quanto ao reluzente testamento da sua saga rumo ao estrelato.
    Estou ficando cada vez mais seu fã.
    Você é um cara malvado, pois estou estonteante e alucinado para saber o desenrolar dessa história fantástica.
    Abraços.

    Padre Euvideo.

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  25. Amigos do blog de ouro,boa noite.
    Edward, estou acompanhando
    (e gostando) de suas "reminicências".
    Neste "nosso"blog a cada dia temos uma historia para lêr,refletir e opinar.por enquanto estou lendo,raciocinando como é a vida e como a gênte tem que perseguir um sonho,sofrer e torna-lo realidade, e vc Edward está demonstrando o quanto somos capazes de lutar e vencer as batalhas da vida.tudo indica que vc lutou e venceu merecidamente.
    Parabéns Edward,continuo a acompanhar a sua SAGA.

    Abraços a todos.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  26. Olá amigos (as)...
    Respondendo algumas perguntas que deixei em branco, ontem. Recomeço pela Giovanna, conterrânea e sempre presente neste blog. Ela quer saber porque somente agora resolví escrever esta série. Na verdade, Giovanna, essa ideia nunca passou pela minha cabeça, ocorre que, por curiosidade, assim que comecei uma pesquisa para tentar encontrar o vídeo da gravação do Jornal Nacional dos anos 70 e 71 e não consegui, acabei recordando de tudo o que aconteceu na época. Casos interessantes, engraçados, outros não, então veio a vontade de relatar os bastidores da Rede Globo dos anos 70. Assim que comecei a escrever, sem que tivesse essa intenção, quando percebi estava contando o princípio de minha carreira. Não consegui parar e segui em frente. Assim surgiu esta série, O.K.?

    Juninho, curioso demais, garoto. Era loira a recepcionista da Rádio América, mas não consigo lembrar seu nome. Nunca mais eu a encontrei depois daquele dia do teste.

    Larissa, foi isso que aconteceu. Meus tios se orgulhavam de mim e tratavam-me como filho. Eu os respeitava e adorava como meus pais. Uma convivência maravilhosa entre os três. Saudade dos tios...

    Vanessa, um abraço em sua mãe. Era mesmo assim na época. Um garoto simpático era chamado de pão. Bondade de sua mãe, eu estava mais para pão amanhecido (hehehehehe). Espero que você e a "mama" continuem acompanhando a série. Amanhã tem mais.

    Garcia Netto, meu velho e bom amigo, ícone do rádio brasileiro, que inclusive gravou vários comerciais com Cid Moreira no Rio. Uma alegria ler seu comentário e contar com sua presença ilustrando este blog, e colaborando, com sua fantástica memória, com histórias sobre o rádio brasileiro. Espero que continue seguindo a série e nos ajudando com seus comentários.

    Talita, verdade, o blog está recebendo uma média de visitas impressionante, não poderia imaginar que isso acontecesse. Obrigado, amiga, pela presença e pelo apoio.

    J. Morgado, amigo-irmão, saudando Garcia Netto e trazendo velhas e doces recordações do rádio antigo. Obrigado amigão, você é o nosso esteio e a força maior deste blog.

    Liliana, vou continuar lhe intimando, quero você sempre conosco, vai ter que encontrar um tempinho em sua agenda. Não coloquei ainda uma foto do tio porque não encontrei, mas já providenciei e no próximo capítulo, amanhã, pretendo postar uma. Obrigado, amiga!

    Volto mais tarde para responder outras perguntas.

    Um bom dia a todos!

    Edward de Souza

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  27. Oi Edward, lugar comum dizer que está maravilhosa esta série, e que nos deixa sempre curiosa para ler o próximo capítulo. Bom é você permitir que cada capítulo permaneça dois dias postado, assim quem não puder vir durante a postagem no primeiro dia, foi o meu caso, pode ler com tranquilidade no dia seguinte. Acho oportuna suas intervenções, porque a maioria, como eu, desconhece fatos da época em que essa história aconteceu.

    Neste capítulo, adorei quando você escreveu, sobre o teste na Rádio América, que se fosse hoje, você rasgaria aquelas folhas, escrita em vários idiomas e mandaria o diretor enfiá-las no... Lixo! (rsrsrsrsrsrsrsrsrs). Recado entendido, Edward. Também eu mandaria. Outra coisa, que graça sua tia, linda! Vou esperar o capítulo de amanhã, ansiosa.

    Beijos,

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  28. Prezado Edward, essa série realmente nos transporta a um passado inesquecível. Acredita que, como seu tio, meu pai também ouvia Moraes Sarmento na Rádio Tupi? E não gostava que ninguém falasse alto ou aprontasse qualquer bagunça nesse horário que o impedisse de ouvir com clareza o programa. Por tabela eu seguia a programação. Moraes Sarmento permaneceu mais de 60 anos no ar, idade que tenho hoje, com o seu programa, não apenas na Tupi, mas em outras emissoras.

    Lendo este capítulo foi que fiquei sabendo que a Rádio Clube é hoje a Trianon, aqui de São Paulo. Vez ou outra eu a sintonizo em meu carro. Mais uma, Edward. Vendo a foto do Antonio Del Fiol, de cara, antes mesmo de ler o texto, lembrei-me das gravações que ele fazia para o Mappin e o Jumbo Eletro. Tinha um vozeirão. O nome dele não me lembrava e nem sabia que havia falecido. Deve ter morrido jovem.

    Continuo seguindo a série, deixando antes a nota zero para este mal profissional da Rádio América pela conduta desleal durante o teste que a emissora realizou, prejudicando descaradamente outros envolvidos, principalmente você, no final.

    Abraços

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP

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  29. Edward, todos já falaram, realmente sua história é envolvente. Mas uma coisa me chamou a atenção, sua família é encantadora. Posteriormente poderia escrever sobre eles. Abraços!!!

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  30. Querido amigo! Estou passando para dar um olá! ainda não lí toda sua matéria. estou retornando ao blog hoje e ainda têm muita coisa para colocar em dia. O Rum não me derrubou, não!!rsrs...mas ajudou muito! a nevasca táva braba!! mas consegui participar do que há mais de dois anos estava esperando! por isso deixei o blog um pouco de lado. mas eis que estou de volta ao blog!! Agora é só um olá, mas depois passo para deixar meus comentários!!
    Abraços
    Lhú Weiss

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  31. Gostei. É desta maneira que a vida vale a pena: pulsão pela vitória. Alegria em movimento, essa é a melhor definição que encontro para descrever esta história de um jovem genial. Parabéns. Bjs!

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  32. Edward, depois de um longo e tenebroso verão, eis-me de volta. Tive um pequeno acidente de carro, por isso minha ausência. Saiba que hoje coloquei a leitura em dia, acompanhando também sua série, que li desde o primeiro capítulo. Também, li textos de J. Morgado e do conterrâneo, Oswaldo Lavrado, beijos aos dois. Estou encantada com seu relato, uma história de força, coragem e disposição para lutar e vencer, parabéns. Amanhã venho ler o quarto capítulo.

    Beijinhos

    Cindy - Metodista - São Caetano Sul

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  33. Deus escreve certo por linhas tortas, Edward. Sem querer me antecipar ao seu relato futuro, neste capítulo entendi que a intervenção de seu tio Ivan foi benéfica, talvez momentaneamente frustrando seus planos de alcançar uma grande emissora em São Paulo. Espero apenas que, no capítulo de amanhã, você confirme minhas previsões. Os tropeços da vida sempre nos ajudam, mesmo que naquele instante não estejamos preparados para cair.

    Linda sua história.

    Bjus

    Daniela - Rio de Janeiro

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  34. Olá, tudo em paz, Edward? Acompanho seu blog faz algum tempo, mas nunca participei. Estudo na Metodista, em São Bernardo. Minhas amigas participam do seu blog. Estou seguindo essa série e achando bárbara, super legal.

    Parabéns pelos textos.

    Beijos

    Francine

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  35. Oi Edward!
    Obrigada pela visita lá no blog!
    Nossa quanta luta hein, é só não desistir, e trabalhar que assim agente sempre consegue!

    Bjooo

    Nath de Freitas
    http://nathdefreitas.blogspot.com

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  36. Olá Edward! É com muito gosto que venho aqui em seu espaço, ler as suas inteligentes crônicas! Gostei, gostei muito do texto. Mais uma vez parabéns! =D
    Abraços para você e continue escrevendo, pois você tem talento!

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