quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011




Ouço ainda as súplicas de minha mãe, 40 anos depois, implorando para que eu desistisse dos planos de deixar minha cidade Natal com a intenção de tentar a sorte numa cidade grande. Com 20 anos de idade eu estava decidido. Iria procurar emprego numa emissora grande de São Paulo. Percebia que em Franca não teria futuro algum em minha carreira como radialista. Tinha ainda o sonho de cursar uma faculdade de jornalismo que me ajudaria na carreira, e na minha pequena cidade, no final dos anos 60, isso seria impossível. Franca tinha então cerca de 80 mil habitantes e a única faculdade que possuía era de advocacia. Hoje, com quase 400 mil habitantes, possui várias, além de uma universidade que atende 10 mil estudantes da cidade e região.
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Meu pai, homem honesto e trabalhador, nunca deixou faltar nada, financiando os estudos dos filhos sem nunca ter exigido que o ajudássemos nas despesas da casa. Foi assim que estudei no Instituto Adventista de Campinas, cursando o ginasial num prestigiado estabelecimento de ensino, cujas mensalidades eram caríssimas. Sentia a falta dos irmãos, da minha casa, do carinho e das comidas gostosas da mamãe, mas com o tempo aprendi a viver só. Era ainda uma criança, tinha apenas 13 anos.

Em Franca, três anos depois, por obra do destino, aos 16 anos de idade comecei a trabalhar numa emissora de rádio, então pertencente à Rede Piratininga. Escondido do meu pai, a princípio. Queria ele que eu apenas estudasse e buscasse trabalho depois. E foi engraçado como tudo aconteceu. Um vizinho, Abrahão Facury, falecido ano passado, próspero comerciante em Franca, pediu-me que levasse um recado ao filho, Luiz Carlos, gerente da Rádio Piratininga de Franca. Essa emissora é a atual Difusora, pertence ao GCN - Grupo Corrêa Neves - proprietário do Jornal “O Comércio da Franca”.

.Assim que entrei no prédio, ouvi gritos e palavrões. Um locutor conhecido do horário desentendeu-se com o gerente da rádio e praticamente foi jogado para fora do prédio. Esperei a poeira assentar e procurei Luiz Carlos Facury, que ainda estava muito agitado e nervoso, para lhe entregar o recado do pai. O gerente da rádio sabia que eu e um amigo, Paulo Roberto Verzola, (foto acima), locutor hoje conhecido na cidade, por algum tempo apresentamos um programa estudantil na rádio. Sem ninguém no horário, não hesitou. Praticamente arrastou-me ao estúdio, entregou-me uma pasta com comerciais, a lista da programação musical que estava sobre a mesa do estúdio e gentilmente disse: “você tem boa voz, é inteligente, toque o programa”.


Não decepcionei. Não só comandei o programa como ainda criei frases e brincadeiras que agradaram os ouvintes. Várias ligações ocorreram no período em que eu estava no ar, atendidas pelo gerente da rádio, elogiando o seu novo “profissional”. Eu não tinha nenhuma ilusão, sabia que estava ali como “tampão” e seria substituído no dia seguinte, com a volta do profissional brigão ou com a contratação de outro radialista. Enganei-me. Assim que saí, Facury me esperava. Cumprimentou-me e pediu-me que voltasse no dia seguinte, o horário das 14 às 17 horas era meu, caso aceitasse o salário oferecido por ele.

Assim comecei em rádio e aprendi muito nestes quatro anos que exerci a profissão em Franca. Apresentei noticiários, fiz reportagens, narrei futebol e, acreditem, trabalhei em novelas, sucesso naqueles tempos em que a TV era objeto raro nas residências. Foi o meu primeiro registro na Carteira Profissional como radialista.

Devo destacar que desde pequeno meu pai incentivou-me a ler. Assinava o Diário de São Paulo (Diários Associados) e o Comércio da Franca. Anos depois, coincidentemente, assinei uma coluna no Comércio, na minha volta a Franca. Papai possuía enormes coleções de Machado de Assis, José de Alencar, entre outros. Quando saia para o trabalho entregava-me um livro e a noite queria ouvir a minha opinião sobre a leitura. Li todos os livros de sua coleção e, ainda pequeno, fiquei encantado com “O Guarani”, obra de José de Alencar.

Final dos anos 60. Enfrentando forte oposição de minha mãe, ouvi apenas alguns conselhos dados pelo meu pai, (foto recente), enquanto arrumava a mala para partir em busca dos meus sonhos, combustível essencial para enfrentarmos com motivação e esperança a difícil caminhada da vida. Por mais dura que ela pareça ser, é possível acreditar numa vida de realizações se sonharmos diariamente com os nossos projetos, os nossos ousados planos, nossos desejos de conquistas materiais e pessoais. O que difere pessoas bem sucedidas de outras fracassadas é a capacidade de sonhar. Você conquistará grandes coisas se tiver grandes sonhos. Mas deixará de conquistar tantas outras se não sonhar. Decidido e contando com a ajuda de tios que moravam em Santo André e não tinham filhos, parti com a certeza que conseguiria atingir meus objetivos. Sabia que a luta seria árdua numa cidade grande e estranha. Mas, tinha confiança e lutaria para vencer.
Recebido com carinho pelos tios, ele irmão de meu pai, ela irmã de minha mãe, eu estava em casa e minha mãe tranquilizou-se. Sabia onde eu estava e teria notícias minhas sempre. Meus tios são falecidos, ela, Dionir, morreu ano passado, ele, Ivan, faz muitos anos. Foram como pais e devo muito a eles, jamais esquecerei.

No dia seguinte, depois de bem acomodado na casa dos tios, sai pela manhã em busca de trabalho. De preferência numa rádio grande em São Paulo, por isso, bem cedo, eu estava na portaria da TV Tupi, que ocupava a quadra rodeada pelas ruas Piracicaba, Av. Professor Alfonso Bovero, Travessa Xangô e Catalão, no Sumaré. Havia uma padaria embaixo do prédio que abrigava a rádio e a TV e ali tomei um gostoso chocolate enquanto esperava o início da movimentação de pessoas na portaria. Nesta padaria fiz amizade com um funcionário da rádio, um antigo operador de som da Tupi, que se chamava Wilson, não lembro seu sobrenome. Expliquei que era locutor e queria trabalhar. Com sua ajuda, passei pela portaria e duas horas depois fui atendido por Walter Foster. Minhas pernas tremeram. Eu estava frente a frente com um dos maiores galãs da TV brasileira e não sabia que ele respondia, interinamente, pelo núcleo de locutores e de jornalismo da Tupi.

Calmo, atencioso, Foster (foto a esquerda) perguntou-me o que desejava. Contei a ele que vinha do interior em busca de um emprego, tinha experiência e poderia fazer um teste, caso ele permitisse. O ator percebeu meu nervosismo, tomou-me pelos braços e ofereceu-me um café. Depois de uma boa conversa, prometeu que assim que tivesse uma vaga iria me chamar. Dei-lhe o telefone da casa de meus tios e com um aperto de mãos lhe agradeci. Comecei a perceber que sem um “cacife” (recomendação de alguém importante), eu nada conseguiria em São Paulo. Mas, não iria desistir na primeira tentativa...
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“O dia em que gravei o Jornal Nacional” volta domingo, 27 de fevereiro, com o segundo capítulo. Nesta sexta-feira e sábado vamos apresentar o especial do jornalista J. Morgado.
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*Edward de Souza é jornalista, escritor e radialista
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45 comentários:

  1. Bom dia, amigos e amigas...
    Comecei por baixo, ou melhor, do princípio, para escrever esta série intitulada “O dia em que gravei o Jornal Nacional”. Estou com isso atendendo pedidos feitos por e-mails de algumas amigas estudantes, que pretendem saber como fazer para encontrar um emprego, depois de formadas em jornalismo. Vão perceber, pelo relato neste primeiro capítulo, que é preciso sonhar, lutar para atingir um objetivo nesta vida, que nada é fácil e nem cai do céu com um simples pedido ou promessa feita a Deus ou a um santo. Nas grandes cidades, São Paulo é a maior delas no Brasil, muitas vezes precisamos também contar com um cartucho (recomendação de amigo influente), para chegar onde pretendemos.

    As fotos postadas hoje, entre elas uma em que estou ao lado do companheiro Paulo Roberto Verzola, na Rádio Difusora e apresentando um noticiário, perdem em qualidade por causa do tempo, mas são documentos desta época e registram os fatos ocorridos, por isso são necessárias. Repare, o Verzola está com os cabelos raspados, estava com 18 anos e fazendo o tiro de guerra. Eu não estava, tinha apenas 17 anos. Ele tem exatamente um ano a mais que eu. Comanda hoje um programa de rádio e de TV local e assina uma página diária no Jornal Diário da Franca. Com o Verzola comecei a narrar futebol em campinhos de várzeas e nossos microfones eram latas de massa de tomate. Era preciso pulmão para ser ouvido na esquina.

    No segundo capítulo você vai acompanhar a busca pelo primeiro emprego numa grande cidade, outros casos engraçados ocorridos neste período, antes que eu conhecesse Luiz Lombardi Neto e por ele fosse apresentado para a direção da Globo, onde assumi o cargo de voz padrão da emissora e gravei o Jornal Nacional no final dos anos 70, então com poucos mais de 21 anos de idade.

    Um forte abraço e grato pelas manifestações de apoio deixadas ontem, na chamada para esta série.

    Edward de Souza

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  2. Olá Edward

    Meu amigo/irmão

    Emocionante o capítulo de hoje de sua biografia profissional. Ao final, um suspense.
    Interessante como essa narração se parece com a vida inicial de muitos jovens que vão à busca de sonhos ou uma oportunidade.
    Walter Foster já era galã das novelas da rádio Tupi na década de quarenta. Eu já o escutava quando interpretava o mocinho no “cinema em casa”. Um filme conhecido radiofonizado e levado ao ar todos os domingos as vinte e uma horas (se não me engano).
    O aperitivo foi maravilhoso. Despertou-nos o apetite para ler mais, muito mais.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  3. Edward, estou simplesmente encantada com seu relato feito neste primeiro capítulo. Como é bom ter histórias e saber contá-las como você. J. Morgado disse corretamente, o aperitivo foi delicioso e nos convida a continuar acompanhando essa história de sua vida.

    Achei lindo você jovem com um microfone. Você era um galã, Edward!

    Bjos

    Tatiana - Metodista - SBC

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  4. Muito bom saber mais sobre sua trajetória. Aguardo os próximos capítulos, afinal como disse o J. Morgado despertou-nos o apetite para ler mais. Esse apetite eu posso ter à vontade! rs
    Bjs

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  5. Parabêns querido amigo. Que bom que resolveu dividir suas experièncias.Com certeza vem muita coisa boa por aí. Abraços!!!

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  6. ''O que difere pessoas bem sucedidas de outras fracassadas é a capacidade de sonhar. ''

    Adorei ler! Quero ver a continuação!! Ir em busca dos sonhos não é fácil mais vale a pena! E quero muito saber o desfecho desta linda história! Obrigada por avisar-me do texto *-*

    beijos

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  7. Oiê, amigos (a)...

    Beleza: essa não é uma simples história, é uma lição de vida e perseverança do homem que acreditou e venceu. Conhecemos trajetória que, em partes, foram reveladas durante saudáveis e gratificantes jornadas,juntos por cerca de 30 anos, pelos rincões deste Brasil. Os relatos não me surpreendem e reutilizo para para reviver inesquecíveis conversas de dois profissionais que se tranformaram em amigos, quase irmãos, graças a Deus.
    Certamente a escrita irá chegar até os grandes momentos da passagem pelo Grande ABC, que desnudou definitivamente a competência profissional e a lealdade de um dos mais brilhantes jornalistas que conheci do qual nunca necessitei pedir autógrafo porque o "cara" é meu amigo. Precisa mais ?
    Está valendo, vá em frente, velho e querido irmão.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo.

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  8. Edward, que linda esta história que começa a contar. História da vida um profissional que tinha sonhos e foi buscá-los. Pelo visto com coragem e o mais importante, sabendo se valorizar, conseguindo ser atendido pelo diretor, também ator, de uma grande rede de rádio e TV. Já li muito sobre a extinta TV Tupi, líder de audiência em São Paulo durante muito tempo, os jornalistas mais antigos deste blog podem confirmar isso. Obrigada por nos brindar com, diria, suas confidências e sua história maravilhosa.

    Bjos

    Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP

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  9. Edward, ontem foi um dia em que tudo deu errado para mim. Não consegui conectar-me de forma alguma. Em compensação, hoje matei a vontade de ler sua série. Comecei com a chamada-texto de ontem e li com vagar este primeiro e gostoso capítulo. Concordo com o que escreveu. Devemos ter sonhos, alimentá-los e não deixá-los morrer nunca.

    Estou adorando sua história, Edward.

    Bjus

    Andressa - Cásper Líbero - SP

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  10. Olá, pessoal, vai bombar a série! Pelo que conheço do Edward, começou muito sério, mas, logo, logo, vamos ler passagens bem engraçadas por aqui. Histórias prá contar ele tem de sobra.

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  11. Ilca, até que achei engraçada a passagem ocorrida com o Edward na Rádio Difusora, aqui de Franca. Foi levar um recado para o gerente da rádio e lá encontrou a maior confusão. Fiquei imaginando a cena e assim que eu puder encontrá-lo, vou pedir para contar pessoalmente como tudo aconteceu. O radialista brigando com o gerente e expulso da rádio. Assim foi ele, sem o querer, claro, o beneficiado, ficando com o emprego. Super agradável ler um texto do Edward, principalmente contando estas histórias de sua vida.

    Bjus

    Giovanna - Franca - SP

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  12. Boa tarde, Edward, é o Gabriel Ramos, o "Barba", aqui de Franca, tudo bem com você? Estamos todos reunidos na lanchonete da Baixada, do "Miltão" e curiosos para saber quem foi este locutor que quebrou o pau na rádio. Já foram feitas até apostas, mas não vou citar nomes. Você vai dizer o nome dele no blog ou passa a noite aqui para nos contar quem é, ou era o locutor?

    Até mais...

    Gabriel "Barba" - Franca - SP

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  13. Edward. como explicar este caso ocorrido na Rádio entre o gerente e o radialista? Exatamente na hora em que você chegava estavam brigando e foi assim, pelo menos entendo eu, que começou sua carreira em rádio, concorda? Debitar ao acaso, sorte, destino? Sou obrigada a descartar a interferência Divina. Deus não iria provocar briga nem prejudicar uma pessoa para ajudar outra. Não deixou de ser esta uma passagem bem curiosa relatada em seu excelente texto. Estou amando a série e seguindo...

    Bj

    Carol - Metodista - São Bernardo do Campo

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  14. Meu querido amigo-irmão Oswaldo Lavrado, assim não vale! Pensa que meu coração é de ferro? Acabou fazendo seu velho amigo chorar, creia. No próximo capítulo, Lavrado, minha intenção é falar sobre o ABC, afinal, lá comecei minha carreira em termos de São Paulo. Não como eu queria, mas... Deixa para amanhã, senão estrago a sequência. No ABC fiz grandes amigos, é a minha segunda cidade e conheci você, joia preciosa, lapidada com esmero pelo Todo Poderoso.

    J. Morgado, outro amigo-irmão querido! O sobrenome do Walter Foster era na verdade, Forster. Descendente de alemães. Tiraram o "R" para soar mais limpa a pronuncia e também para que seus fãs assimilassem melhor o nome. Começou como locutor em Campinas, depois na Rádio Bandeirantes de São Paulo como noticiarista. Contratado pela Tupi, também como locutor, foi elevado a condição de ator e se deu bem. Fez sucesso o danado. Embora eu tenha ficado esperando seu telefone durante um bom tempo, que não veio, era um cavalheiro. Morreu em 1997.

    Abraços aos dois queridos amigos!

    Edward de Souza

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  15. Edward, se ontem eu estava muito curiosa para ler o primeiro capítulo, agora estou mais ainda para ler a sequência. Apaixonante seu relato.

    Beijos

    Vanessa - Campinas - SP

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  16. Este comentário foi removido pelo autor.

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  17. Carol e Edward, não creio em sorte, muito menos em destino. Uma coincidência, Carol, o Edward estar presente na rádio no momento em que surgiu a confusão, nada mais que isso. Se tudo deu certo para ele, foi pela sua capacidade, profissionalismo, apesar de ainda jovem. Exemplo disso o Edward mostra mais a frente em seu texto quando cita que saiu bem cedo a procura de um espaço, enfrentando os poderosos da mídia sem nenhum cartucho, com a cara e a coragem. Maravilhosa a série e um exemplo para nós que acompanhamos este blog. Aguardo o próximo capítulo.

    Bjos,

    Larissa - Santo André - SP

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  18. Prezado Edward, quando os mais velhos dizem que o mundo mudou de ruim para pior, os mais jovens se rebelam e nos chamam de ultrapassados. Acompanhando com atenção o primeiro capítulo deste relato formidável feito por você, observei como os jovens de algumas décadas atrás eram diferenciados. Pelo que notei, seus pais tinham condições de sustentá-lo sem trabalhar, mas você não se conformou com essa possibilidade e desde cedo colocou-se a campo buscando um emprego, seu lugar ao sol. O que faz um jovem hoje nesta idade, por exemplo, em que você conseguiu seu primeiro emprego na rádio, com menos de 18 anos? Se os pais tiverem condições financeiras, vai zanzar de carro o dia todo, pitar um fuminho dos bons ou cheirar cocaína. Essa é uma realidade, infelizmente. Claro, existem as poucas excessões. Por isso se torna ainda mais importante a série que escreve. Parabéns, Edward, passo a admirá-lo ainda mais.

    Abraços do amigo,

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP

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  19. Olá Edward

    Boa tarde

    Você mencionando o romance de José de Alencar, “O Guarani”, fez com que minha mente voltasse no tempo. E lá estou eu, na minha adolescência devorando essa maravilha do grande escritor.
    O heróico Peri e sua protegida Ceci.
    Ao final, depois de muitas peripécias e com a enchente do rio que tudo devora os dois heróis partem “a bordo” de uma palmeira que desaparece no horizonte. Uma união que o amor consagrou.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  20. Olá Giovanna, com prazer vou lhe contar os fatos daquele dia que ficou gravado em minha memória. Só me telefonar e marcar um cafezinho que terei prazer em lhes fazer mais uma visita. Se esperar mais alguns dias, posso lhe levar o novo livro de contos, prestes a ser editado, O.K.?

    Vanessa, Larissa e Laércio H. Pinto, obrigado pela presença e pelo apoio. É isso, Laércio, todos temos defeitos, são muitos, mas é dever destacar também as qualidades, se isso puder beneficiar outros.

    Abraços,

    Edward de Souza

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  21. Meu caro amigo-irmão J. Morgado. Não tem como esquecer estas maravilhas escritas pelo José de Alencar. Ficam gravadas para sempre em nossa memória.

    Abraços,

    Edward

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  22. Edward, estou imprimindo esta série que você começou a escrever hoje no blog. E ansiosa aguardando o segundo capítulo. Vou mostrar amanhã para minhas amigas. Linda a sua história, ilustrada com fotos da época. Estou adorando...

    Bj

    Anna Claudia - Uberaba - MG

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  23. O primeiro capítulo é um convite para continuarmos seguindo a série que vc escreve Edward. Está maravilhoso, texto e a história.

    Beijinhos,

    Talita - Unisantos - Santos - SP

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  24. Estava fácil prever que seria um sucesso a série que você começou a escrever hoje, Edward. Como estou atrasado, muito se comentou sobre o texto, por isso quero chamar a atenção, de quem ainda leu, sobre o primeiro comentário que você escreveu, deve ter sido logo depois desta postagem, creio. De uma forma engraçada, o Edward conta que começou a narrar jogos de futebol nas várzeas usando como microfones latinhas de massa de tomate. Não consegui parar de rir, achei muito engraçado isso. Foi mesmo verdade, Edward, ou está brincando?

    Acho que você deveria ter acrescentado isso no texto, caso confirme a veracidade. Muito bom, meu caro, você é 10!, em maiúsculo!

    Abçs

    Juninho - SAMPA

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  25. Um alô rapidinho, quase na hora da missa, para o amigo "Barba", que resolveu gastar a batéria do seu novo notebook na Lanchonete da Baixada, do "Mirtão". Tem que ser com "R", "Barba", afinal o "Mirtão" é mineiro do Claravar, uai! Sobre a pergunta que você fez, achei por bem não escrever o nome do locutor que brigou na rádio com o gerente. Foi um dos grandes locutores de Franca e já é falecido. Por isso, em respeito a sua memória e também aos seus familiares, sem o nome. Fica melhor assim. Daqui a pouco passo por aí e conversamos.

    Juninho, nada de brincadeira. Tanto eu como o Verzola tivemos como escola para a rádio as latinhas de massa de tomate. Cansamos de transmitir jogos de várzea com as latinhas servindo de microfones. Bom era quando saia uma briga. Como não tinha maleta e nem fio para preservar, era só sair correndo, jogar a latinha fora e pronto! Se der, ainda falo sobre isso nos próximos capítulos.

    Abraços a todos, muito obrigado pela força, presença, e comentários.

    Edward de Souza

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  26. Oiê, amigos (as)...
    Edward: como sei que você vai ler este pedaço somente quando retornar do bar do "Mirtão" quero dizer que talvez mais que você fico emocionado ao reler a história que já conhecia e que alavancou muito o respeito e admiração que lhe devoto, apesar de nossas longas e acirradas pendengas, sempre resolvidas na primeira "capelinha" da esquina.
    Vou lembrando também que o Valter Foster tinha uma entrada na Rádio Bandeirantes/AM, de cinco minutos, chamada "conversa do meio dia" que minha saudosa mãe ouvia no bom e velho rádio tipo capelinha, barganhado por meu, também saudoso, pai com um primo dele em troca de um coleirinha. Isso lá por 195 e pouco.
    Agora me responda : "o ônibus aqui de São Bernardo, que vai paa São Caetano, volta ?
    Qualquer dia escrevo sobre isso aqui no blog (se você autorizar, é claro).

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  27. Neste primeiro capítulo, Edward, percebo que você fala muito em rádio e TV. Claro, não precisa responder agora, principalmente se o assunto for abordado logo mais a frente, mas fiquei curiosa para saber onde entra o jornalista em toda esta história. No texto que escreveu sobre o "Bebê-Diabo", você conta que trabalhou no Jornal Notícias Populares no ano de 1975/76, quando o caso foi publicado, por isso a pergunta. Pode ser que eu esteja atravessando seu relato, mas faz parte da curiosidade feminina. O radialista passou a ser jornalista ou assumiu as duas profissões?

    Adorando esta série.

    Bjos,

    Daniela - Rio de Janeiro

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  28. Olá Edward, boa noite!
    Como você pode ver o avião não caiu, cheguei a pouco de São Paulo de carona em outra aeronave.
    O bi-motor ficou lá para fazer revisão no trem de pouso.
    Quando eu voltar lá para buscar o avião, você vai comigo, e agente aproveita e vai visitar o
    J. Morgado; Isto é se você tiver coragem de voar comigo!
    Acabei de ler essa mais recente postagem agora.
    Confesso que fiquei encantado com a energia que você tinha quando mais moço, ou menos velho, e que carrega até hoje. Energia essa que lhe torna um profissional autentico, lúcido, decidido e capacitado para levar em frente o blog mais intelectual da internet.
    Os próximos capítulos eu não perco por nada, mesmo que o meu avião venha a cair.

    Parabéns pela série.
    Padre Euvideo.

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  29. Que história magnífica!
    Muito bom texto, parabéns!
    Gostei muito de ler.
    Até

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  30. Edward. Parabéns por ter se "jogado" neste projeto e realizado seu propósito. Parabéns pela forma literária e filosófica com a qual você apresenta a realidade como lição de vida que expressa verdade, experiência e saberes. Aproveito a oportunidade para agradecer suas visitas no Memórias, sempre articuladas e elegantes. Até o próximo capítulo. Bjs!

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  31. Bom dia, Edward.
    Como viajo muito, costumo sempre ler as postagens com atraso, mas ainda tive tempo de ler o primeiro capítulo de sua série antes da publicação do segundo e estou gostando muito. Vamos recordando com você a medida que cita personagens, emissoras de rádio e de TV. A TV Tupi, por exemplo, neste capítulo. Os nascidos na minha época vão se recordar da famosa novela "Direito de Nascer", sucesso retumbante daquela emissora, se não estiver enganado, exibido em 1965. Eu tinha pouco mais de 12 anos e o pessoal de casa corria para assistir essa novela no vizinho. Meu pai só pode comprar uma TV, mesmo assim em muitas prestações, em 68. Vou aguardar o próximo, Interessante sua história e um texto gostoso de ler.

    Um abraço

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP

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  32. Oi Edward, como bom jornalista, não foi difícil perceber que você não se contentou apenas em escrever o episódio do dia em que gravou a chamada do Jornal Nacional, resolvendo temperar o relato com um pouco de sua fascinante história profissional. Bem melhor, ganhamos nós que o admiramos e apreciamos sua redação impecável. Espero o próximo capítulo.

    Beijos

    Michelle - Florianópolis - SC

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  33. Um abraço, meu grande e bom amigo!
    Trabalhamos juntos muitos anos, em jornais, conheço um pouco de sua história, mas não com todos estes detalhes apresentados neste primeiro capítulo. Quando você estava na Globo eu não o conhecia. Nos encontramos depois, em 1974, no Diário do Grande ABC. Naquela época, lembro-me bem, você estava no Correio Metropolitano e dando furos policiais um atrás do outro no Diário. Encontraram a solução, tirando você do concorrente e o levando para o Diário. Na época em que você se juntou a nós na redação, o José Louzeiro ainda estava por lá, acredito. Bons tempos. Seu texto continua brilhante e a série, ótima. É sempre um prazer poder ler o que escreve.

    Um fortíssimo e grande abraço!

    Flávio Fonseca - Jornalista - SBC

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  34. Amigos do blog de ouro,bom dia.
    Agora vamos conhecer a historia de como tudo começou na carreira do amigo jornalista Edward o criador do "nosso" blog.
    Acompanharemos suas historias que com certeza nos deixarão surpresos com tudo que Edward foi capaz de cumprir em sua profissão.
    Abraços amigo Edward,primeiro capitulo já nos revela o duro começo de uma gloriosa carreira.
    Temos que sonhar,mas tambem lutar para que os sonhos se realizem.
    Abraços aos demais amigos do "nosso" blog.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  35. Oi Edward, vc nem pode acreditar o sufoco que passei ontem a noite tentando deixar meu comentário sobre o primeiro capítulo desta série maravilhosa que vc escreve. Mexi muito no meu bloguinho e o comando não enviava a foto de jeito nenhum, foto que troquei dez vezes e fiquei com a mesma. Hoje pela manhã consegui trocar a foto e a senha, que não estava dando certo, precisei fazer um recadastramento. Não sei a razão, uma chatice! Fiquei esperando um bom tempo o segundo capítulo, mas como não foi postado, resolvi deixar o meu alozinho neste primeiro, que achei sensacional. Muito bom mesmo, parabéns.

    Percebo agora, visualizando o comentário, que a foto está virada para a direita. Ah... Não! Vai ficar assim, cansei.

    Logo que sair o segundo capítulo eu volto.

    Beijinhos,

    Gabriela Cásper Líbero - SP

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  36. Boa tarde, Edward!
    Eu e a Diana, minha esposa, estamos acompanhando com muito interesse a publicação desta série, está excelente, aceite nossos cumprimentos.

    Abraços dos amigos, Sandro Leão e Diana - Santo André - SP

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  37. E só agora vc avisa, Edward! Hummmmm... Vim mais de 10 vezes ao blog para ler a sequência da série, não fica com peninha de mim? Brincadeirinha, entendo, vc deve ter fortes motivos para não ter publicado o segundo capítulo. O difícil será esperar até domingo...

    Bjus,

    Tatiana - SBC

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  38. Edward, espero que não tenha sido nada grave e que você tenha encontrado a solução para o seu problema. Vamos aguardar para domingo, com expectativa, o segundo capítulo. Está super agradável a série.

    Bjos

    Daniela - Rio de Janeiro

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  39. Desejo sorte pra a solução dos seus problemas, e esperarei as próximas postagens.

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  40. Olá Amigos

    Boa tarde

    Estive fora do ar durante todo o dia. A culpa é da Telefônica.
    Padre Euvídeo, meu bom pastor... Aqui pertinho de Mongaguá, mais precisamente em Itanhaém (17 quilômetros) há um excelente aeroporto. É só avisar e irei apanhá-los com minha carruagem.
    Será um prazer enorme recebê-los.

    Um fraterno e prolongado abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  41. Este comentário foi removido pelo autor.

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  42. Estou preocupada, Edward, tentei lhe telefonar e durante um bom tempo seus dois números telefônicos estavam ocupados e o celular desligado, espero que tudo esteja bem. Volto a ligar logo mais. Estamos todos em casa acompanhando esta série bonita que resolveu escrever. Peço desculpas por muitas vezes não ter deixado minha opinião sobre os demais artigos postados, sobra pouco tempo e escolho entre ler ou comentar, ficando com a primeira opção.

    Nos falamos ainda hoje, beijos!

    Liliana Diniz - Santo André - SP

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  43. Prezado Edward, não poderia jamais deixar de marcar presença nesta série que começa agora e continua domingo. Aproveitei uns dias de folga para dar uma esticadinha rumo ao litoral, voltando ao lar, doce lar, no final da tarde de hoje. Sabia das suas participações em transmissões esportivas, lendo os textos do Oswaldo Lavrado, jamais poderia imaginar que, com apenas 21 anos, você havia assumido tamanha responsabilidade sobre as costas, numa emissora do porte da TV Globo. Vamos ter uma boa e agradável leitura, a julgar por este primeiro capítulo.

    ABÇS

    Birola - Votuporanga - SP

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  44. Se nesta época você tinha todos estes problemas para encontrar emprego e já com 4 anos de experiência, imagine nós, Edward, pobres estudantes de jornalismo nos tempos atuais. Formar e correr atrás de jornais, revistas, rádios, Tvs... Quem for mais bonita consegue um lugarzinho. Capacidade profissional, não precisa! Sorte minha é que não sou de jogar fora (rsrsrsrsrsrs).

    Estou amando sua série e não vou deixar de ler nenhum capítulo.

    Beijinhos,

    Samantha - Metodista - SBC

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  45. Querido Amigo
    Para te entender bem "tive de começar pelo princípio" e desculpa o meu atraso!
    " O que difere pessoas bem sucedidas de outras fracassadas é a capacidade de sonhar"...Sem dúvida! E esse foi o teu trunfo para além da tenacidade, coragem e confiança no caminho pretendido!
    Pode ajudar a recomendação de alguém influente mas... se a semente do valor não estiver lá, ninguém se arriscará!
    As pessoas experientes sabem quando estão perante um filão... o resto, foi trabalho e suor teu!
    Parabens, Amigo.
    Beijo
    Graça

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